Em primeiro lugar queria deixar claro que o que escreverei aqui é puramente fictício e nunca aconteceu comigo ou com alguém que eu conheça. Dito isso, espero que apreciem esse conto.
Essa é apenas a primeira parte e nela não haverá sexo, mas podem ficar tranqüilos que nas próximas a coisa vai esquentar e muito.
Meu nome é Carla, trabalho como secretária em uma empresa de pesquisa clínica. Para quem não sabe é uma empresa que estuda tudo que se refere a novos medicamentos. Tenho 33 anos, 1,70, ruiva, seios modestos e uma bunda de tamanho normal. Tinha algumas sardas no rosto e um pouco acima dos seios. Gosto de me vestir bem, e se há uma coisa que eu ame nesse mundo é perfume, tenho vários, de diferentes fragrâncias e tipos. Sou divorciada a quatro anos do meu ex-marido, não tenho filhos e minha vida basicamente se resume a trabalho e somente trabalho. Moro sozinha e a minha única companheira é minha gata siamesa, Fofinha. Por falar inglês, muitas vezes sou requisitada como tradutora e isso consume muito do meu tempo, pensando nisso e querendo agilizar um pouco da minha vida, no intuito de ter um pouco de tempo para mim e para começar uma relação, resolvi contratar uma empregada.
A princípio meu intuito era o de ter uma diarista, apenas para limpar a casa e deixar a comida preparada, porém algumas amigas me disseram que sairia mais barato se eu arrumasse uma empregada doméstica meio periodo e foi o que eu fui procurar. Fui até uma agência de empregos e pedi que eles me indicassem uma empregada para trabalhar apenas pela parte da manhã, limpar a casa, deixar a comida preparada e ter o resto do dia livre. Dois dias depois recebi uma resposta, me mandaram uma candidata e marquei com ela em um sábado para fazer a entrevista. Ela chegou na hora marcada e isso já me deixou bastante alegre já que uma das coisas que eu prezo bastante é a pontualidade. O nome dela era Zuleide, uma negra de mais ou menos 1,80, cabelos ondulados, braços fortes e um pouco gorda. Seus seios e bundas eram avantajados mas ela não era nem de longe uma mulher atraente. Falou ter 37 anos, mas aparentava ter pelo menos uns 45. Mas deixando de lado a questão física, a mulher tinha boas referências e parecia ser uma boa pessoa. Ela também me fez um bom preço e acabou ficando.
Ela chegava as 7 horas da manhã na minha casa, e saia de 12:00, hora que eu chegava do trabalho para almoçar. Eu não tinha como reclamar do serviço, a minha casa estava mais limpa do que nunca e a comida dela era realmente muito boa. As duas primeiras semanas foram ótimas, porém com o tempo as coisas começaram a mudar. Sou muito organizada, mesmo porque isso é uma exigência no meu trabalho e logo comecei a notar que algumas coisas minhas estavam sumindo. Primeiro foram coisas pequenas, como batons e esmaltes e por isso não quis questioná-la e fiquei apenas pensando que era delírio da minha cabeça. Porém logo eu iria descobrir que não. Meus perfumes estavam esvaziando mais rápido e agora estava mais do que claro que era a empregada que estava mexendo nas minhas coisas. Era óbvio que ela não estava usando os perfumes, pois eu sentiria, mas ela podia estar colocando em algum pote e levando pra casa. Resolvi que era a hora de questioná-la. Quando cheguei do meu almoço ela já estava pronta para largar, segurando sua bolsa, ela se despediu de mim, mas eu a parei.
- Zuleide, eu preciso falar uma coisa com você.
- Pode falar senhora.
- É um assunto meio chato, mas eu não posso ignorar e espero que você me entenda.
- É alguma coisa no serviço? Eu me atrasei ontem mas foi só aquela vez.
- Não é isso. Seus serviços tem sido ótimos até agora. Mas tem havido um problema.
- Pode falar.
- Eu venho notando que algumas coisas minhas vem sumindo. Primeiro foram coisas pequenas, como batom e esmaltes e eu pensei que fosse só coincidência, mas agora meus perfumes estão quase vazios e eu não os usei tanto assim. Eu preciso perguntar, você tem usado ou pegado alguma de minhas coisas?
Eu esperava uma reação assustada dela, mas a mesma se manteve calma o tempo todo e me respondeu friamente.
- Eu não senhora. Onde que uma pé descalço que nem eu vai usar essas coisas chiques da senhora. Não fui eu não.
- Mas Zuleide, eu moro sozinha e com exceção de você e das minhas amigas, ninguém mais entra aqui.
- Eu posso garantir a senhora que não fui eu. Eu jamais faria isso.
Ela permanecia calma e dando respostas curtas e isso meio que me irritava, não dava pra saber se ela estava falando a verdade ou não. Mas era óbvio que era ela, minhas amigas me visitam há anos e isso nunca havia acontecido. Era ela e eu tinha certeza disso. Resolvi indagá-la mas fortemente.
- Se você não roubou então não tem problema se eu olhar na sua bolsa não é?
- NÃO - Ela aumentou o tom de voz - Eu sou pobre mas eu sou honesta e conheço meus direitos. A senhora não pode fazer isso.
- Pois se você não mostrar a bolsa eu lhe demito. - Também aumentei o tom de voz tentando recuperar a autoridade naquela conversa.
- Se a senhora me demitir eu lhe coloco na justiça. A senhora nem minha carteira assinou. Sabe que isso é crime. O problema de vocês patroazinhas riquinhas é pensar que porque a gente é pobre a gente não conhece os direitos da gente.
Eu fiquei abismada. Eu estava sendo ameaçada dentro da minha casa pela empregada que estava me roubando. Irritada com tudo aquilo eu sai do meu juízo. Não sei se era o stress do trabalho ou se era o tempo sem fazer sexo (quatro anos). Eu só sei que de repente eu enlouqueci e comecei a discutir com ela, exigindo que ela abrisse a bolsa, mas a mesma se recusou e eu acabei partindo pra cima dela com a intenção de eu mesma abrir a bolsa, mas acabei tomando um empurrão e caindo sentada no chão. Quando eu me preparava para levantar a empregada me repreendeu:
- Se a senhora vier de novo pra cima de mim, vai levar uma surra sua largatixa.
Eu fiquei ali parada, sem ação e esse foi o meu principal erro. Obedecer a ela sem questionar ou tentar brigar pela minha honra fez ela perceber que eu era facilmente manipulável quando a coisa passava para a questão física. A verdade é que eu fiquei com medo de apanhar da empregada que era muito maior do que eu. Vendo aquilo ela ajeitou o cabelo e falou:
- Até amanhã.
E depois simplesmente saiu pela porta como se nada tivesse acontecido. Eu queria esboçar qualquer reação mas não conseguia. Eu estava perplexa como alguém poderia ser assim. Ela disse mesmo "até amanhã"? Será que ela teria a ousadia de voltar a minha casa? A minha vontade era a de chamar a pólicia enquanto ela ainda estava no meu prédio, mas por algum motivo (talvez medo) que eu desconheço, fiquei ali sem reação. Depois de um tempo me levantei e comecei a pensar e acabei chegando à conclusão de que ela não voltaria, pois por mais atrevida que ela fosse, ela sabia que tinha roubado e sabia que eu poderia chamar a policia. Isso me tranqüilizou.
Eu acabei jogando toda a comida que ela fez no lixo. Eu estava com nojo daquela mulher. Almocei fora, voltei para o meu trabalho mas não contei a nenhuma das minhas amigas sobre o que havia acontecido, pois era muito humilhante. Voltei para casa, preparei meu próprio jantar e depois fui dormir ainda pensando no que havia acontecido.
PS: Espero que tenham gostado dessa introdução. Nós próximos dias escreverei a segunda parte e nela haverá cenas mais quentes.
Obrigado a todos.