Agarre-se aos 16 - 11

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 907 palavras
Data: 28/08/2012 05:31:16

• 11- Nada como um dia após o outro

"Nada como um dia após o outro". Eu pensara comigo enquanto olhava para José através do espelho do meu guarda-roupa; Eu vestira um casaco por causa do frio, e apenas uma cueca boxer cinza. Naquela manhã não sai para caminhar. Não iria deixar meu namorado sozinho em casa (Namorado. Aquela palavra soara bem naquele instante). Entrei no banheiro, me higienizei e quando sai José ainda dormira. Decidi fazer um café para ele. Estava muito cedo. Já que Eu costumava acordar naquele horário, desci para a cozinha, fiz um suco de laranja e umas torradas. Peguei a manteiga, a geleia e a maionese. Pus tudo numa bandeja. Peguei uns aperitivos que havia no armário e subi para o quarto. José ainda dormira. "De que horas ele acorda para ir à escola?" Pensei comigo mesmo. Não importa. Tê-lo ali estava de bom tamanho. Dei um beijo em sua testa e não houve reação. Eu queria acorda-lo, mas ele estava tão lindo dormindo. Decidi beija-lo. Comecei a dar selinhos em sua testa, descendo para o nariz, boca, pescoço e a parte que Eu começara a gostar mais na noite anterior: Seu peito.

Enfim consegui acorda-lo e ele disse:

– Não faz assim amor. Desse jeito Eu piro. Não posso responder por mim.

Eu sorri e disse, querendo desconversar algo que futuramente seria abordado:

– Hora do café da manhã!!! – Pus um sorriso no rosto e perguntei: – De que horas você acorda para ir à escola?

Ele sorriu e respondeu:

– 06h30min

Eu não acreditara no que ele dizia. Pegamos as 07h30min na escola e ele se acordava naquele horário? Depois pensei comigo mesmo: "Seu caipira de interior! Você é que está acostumado a dormir e acordar cedo.".

Não poderia fazer José se adaptar a minha rotina. Eu me perdi em pensamentos quando ouço o estalar dos dedos dele. Voltei pra terra. Ele me perguntou mordendo a torrada:

– Está tudo bem? Você ficou congelado por alguns minutos.

– Tudo Okay! – Falei para não preocupa-lo.

Ele sorriu e disse:

– Come comigo! Eu não vou conseguir comer isso tudo.

Realmente, Eu havia exagerado. Talvez pelo tamanho e físico de José.

Comi duas torradas e disse:

– Vou ao banheiro. Tenho que tomar outro banho.

Ele limpou minha boca que estava com geleia e me deu um beijo. Quando Eu me levantei ele falou:

– Para amor! Não faz isso comigo!

– Isso o quê? – Perguntei sem saber o que passara.

– Sua bunda é muito grande, não rebola desse jeito! – Disse ele com um sorriso no rosto.

Eu morri de vergonha e disse em tom de ordem:

– Vire-se!

Ele obedeceu se virou e Eu fui ao banheiro. Depois foi a vez dele.

Trocamo-nos e meu pai me levou a escola. José voltou para casa, pois não havia levado seu uniforme. Ele não sabia o que iria acontecer naquela noite. Nem Eu.

...

Claro que cheguei à escola primeiro que ele.

Quando entro na sala, apenas uma imagem na cabeça: Marcos olhando pra mim com a maior cara de cínico. Eu estava tão feliz que não tirei o sorriso do rosto. Esperei José chegar. Ele também entrou na sala rindo, mas seu sorriso dissipou-se ao ver Marcos.

Não comentei nada com o José. Eu sabia que não o impediria. Aquela briga seria dele com o Marcos, ele havia decidido isso.

No intervalo pedi para José me acompanhar até o banheiro. Pedi para que ele tirasse a ideia louca da briga de sua cabeça. Ele ignorou meu pedido. Puxei-o para mais um beijo. Eu queria aquele beijo. Mesmo não podendo fazer aquilo ali; Eu queria estar ao lado dele.

As horas demoraram a passar e enfim tocou para a hora da saída. Ninguém sabia da briga até então.

Eu sai acompanhado de José ao meu lado esquerdo. Ao José ver a cara de Marcos o esperando, ele me pôs pra trás como num ato protetor e disse:

– Não quero que veja isso, vai ser rápido.

Eu virei de costas e conseguia ouvir os murros. Eu estava com medo. E se José apanhasse? Eu não me perdoaria. Em menos de 20 segundos ouço a voz de Marcos:

– Para cara! Você vai me matar.

Virei para ver a cena e vi José desferir um soco no rosto de Marcos que o fez cair e ficar lá. Marcos não estava morto, nem desmaiado, mas sabia que se reagisse, José o bateria.

Eu olhei para José e ele estava pronto para acertar um ponta pé na barriga de Marcos. Eu o interrompi falando:

– Para José! Não precisa disso! Não se rebaixe ao nível desse ninguém.

José olhou pra mim e veio em minha direção. Abraçou-me. Confortou-me.

Livrei-me do abraço e fui ver a situação de Marcos. Ele chorava. Olhou para mim e disse:

– Você é um covarde que não sabe se defender e chamou seu segurança. Eu te odeio!

Eu estava preparado para perdoar Marcos. Mas aquelas palavras foram a gota d'água. Eu que o olhara com pena, agora olhava com raiva para ele.

– Covarde foi você que bateu em um garoto mais fraco e menor que você. Você sabe que não gosto de briga e na primeira oportunidade que teve me deu um soco e um ponta pé. Covarde! Sabe... Eu tinha pena de você. Agora Eu tenho nojo.

Falei isso e cuspi na cara dele e conclui:

– Nada como um dia após o outro!

Entrei no carro de José e fomos para casa, sem trocar nenhuma palavra.

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Comentários

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Adorei,seu conto....E obrigado pela dica,no meu!Espero que tambem goste das outras series que vou lancar!

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