Estão gostando galera? Façam suas apostas e deixem suas sugestões! Recebo todas as críticas e gosto delas. Acredito que se conquistei um espaço aqui na casa é porque fiz por merecê-lo. Não prometo histórias super espetaculares e nem tenho a pretensão de ser escritor. Só estou aqui por um hobby e pela vontade de ler, assim como vocês. a história vai fluindo e espero que continuem curtindo! Add: carloscasa1@hotmail.com Obrigado, boa leitura, até mais...
Eu chorava baixo. Era o pior dia da minha vida. Descobria uma traição, era humilhado e percebia que tudo que eu acreditava era mentira. O castelo de areia se desfez e eu estava perdido. Sergio levou Daniel para outro lado e eu ainda sentia os olhares me machucando. Precisava sair dalí.
Saí me sentindo cada vez mais sufocado. Entrei no carro e voltei pra casa a quase 100km por hora. Estava me sentindo a pior pessoa do mundo. A culpa de tudo era minha. O idiota era eu, não ele. No final das contas ele estava certo.
Chorei por bastante tempo até cair no sono. Não sem antes juntar todas as coisas dele e deixar na portaria. Pela manhã, mandei um sms avisando onde estavam suas malas e mais nada. Não queria nem lembrar da existência dele. Cheguei na agência com cara de poucos amigos, já rescindindo seu contrato. Todos perguntavam o que tinha acontecido e eu mentia que estava tudo bem.
Por volta da hora do almoço recebo uma ligação: Sergio.
- Oi Sergio. Tudo bem?
- Tudo e você? Como ficou depois de ontem?
- Nem tô lembrando do que aconteceu ontem... Qual o motivo da ligação?
- É... nada. Só queria saber como você tava mesmo e depois eu ligo pra falar dos pacotes de viagem.
- Tudo bem. Você pode falar com nossos vendedores mesmo. Até mais.
Tratei de desligar rápido. De alguma forma ele acobertava as traições do Daniel. Mas peraí. Ele não sabia que eu e Daniel estávamos juntos, ou sabia? Não, pouco provável! Daniel, como ele mesmo disse, tinha vergonha de mim. Então eu havia tratado ele mal atoa. Mas que se dane! Tudo que me ligasse a Daniel tinha que ser desfeito. Saí da agência, ao fim do expediente, e decidi mudar. Primeiro fisicamente, depois internamente.
Tratei de mudar meu corte de cabelo (do corte militar normal para um estilo surfista, mais despojado), passei no shopping e comprei várias roupas. Estava ainda acima do peso. Não estava gordo, mas tinha umas gordurinhas a mais e isso não conseguiria resolver rapidinho assim, mas já tinha mudado várias coisas.
Cheguei em casa renovado. Estava disposto a mudar mais do que já havia mudado. Tirei o do apartamento tudo que fizesse menção a ele. Não demorou muito e eu já chorava novamente, lembrando dos momentos bons... Nossa! Quanto tempo que se passou e os momentos bons estavam tão distantes!
Me arrumei como nunca e decidi ir pra balada. Desta vez, sozinho, sem ir atrás de ninguém. Peguei um taxi, pois estava disposto a beber. Cheguei e não atraí olhares como imaginava. Como não sabia dançar, fiquei quietinho no bar, apenas bebendo um pouco e vendo o movimento. Em dado momento, um carinho chegou pedindo um drink e por impulso eu me virei, derrubando o copo que já estava em sua mão. Pensei: lá vou eu me ferrar na minha primeira noitada solteiro...
- Cara, foi mal. Me virei sem querer e...
- Tudo bem. Fica tranquilo. Qual seu nome?
- Carlos. É... eu vou pagar outra bebida pra você.
- Acho que você não quer saber, mas meu nome é Victor. Precisa pagar não, já pedi outra aqui.
- Foi mal. Tô tão pilhado de ter derrubado sua bebida que nem consegui pensar em nada.
- Tá sozinho, Carlos?
- Não. Agora tô com você ué.
Rimos juntos.
- Se tá gostando da companhia, vamos sentar alí na minha mesa. Tô com um amigo lá, bora?
Nossa! Um amigo... Aff. Achei que ia rolar alguma coisa e ele me chama pra conversar com amigos? Êêê maré viu...
Cheguei na mesa e o amigo, Henrique, era tão bonito quanto Victor. Fui apresentado a ele e ficamos os três conversando coisas banais e eu bebendo. Victor me chamou pra dançar algumas vezes e eu recusava, sabendo da vergonha que passaria. Ele não saiu do meu lado nenhum minuto. Mas Henrique também não. Logo, estava ficando chato. A companhia dos dois era ótima, mas eu esperava algo mais. A madrugada já começava e eu bebendo, conversando e rindo, até demais, as três coisas.
- E aí Carlos. Afim de ir lá em casa, conversar, beber mais um pouco.
Victor propôs e Henrique se manteve calado. Resolvi aceitar, afinal seria nós dois sozinhos de uma vez. Saímos os três da boate e ficamos aguardando um táxi ainda conversando muito. Por vezes, Victor falava ao meu ouvido e eu me arrepiava. Afinal, estava sem sexo há algum tempo.
Entramos os três no taxi e Victor cada vez mais próximo de mim. Henrique, no banco da frente, sequer abria sua boca, a não ser para direcionar o taxista até a casa de Victor. Não demorou muito e Victor já estava me dando alguns beijos, bem discreto. Eu adorando a situação. Afinal, o carinha era lindo e eu, emsmo mudado, ainda podia melhorar muito.
Chegamos! Desci, Victor desceu e Henrique também. Como assim? Minha expressão de interrogação fez Victor falar baixinho ao meu ouvido:
- Ele mora comigo, mas somos só nós dois. Esquece ele.
Isso seria fácil. Em vários momentos no taxi eu nem me lembrava de Henrique. Entramos e nos beijamos com vontade. Nem vi Henrique mais. Ficamos na sala nos beijando por um bom tempo, até seguirmos pro quarto, arrancando as roupas no caminho.
CONTINUA...