Mais uma vez, espero que estejam gostando. Críticas? Gosto muito, porque fazem refletir, sempre. Continuem comentando e dando palpite. Add: carloscasa1@hotmail.com Obrigado e boa leitura...
A porta estava aberta. Entrar ou não?
Fiquei com a primeira opção. Correria o risco dele não gostar, mas ele não atendeu, então... Entrei e fui olhando pela casa, buscando aquele homem que estava me fazendo apaixonar. Foi quando ouvi gemidos vindos do quarto. Nossa!
Minha curiosidade foi maior que a minha cautela e não consegui me segurar. Segui até a porta do quarto que estava fechada. Fui abrindo devagar e tive uma surpresa: Henrique estava colado ao corpo de... Daniel! O meu ex bombava forte no corpo sarado de Henrique, que delirava. Decidi não interromper. Ouvi o barulho do chuveiro e imaginei que Victor estava tomando banho.
No calor da emoção, sequer prestei atenção que os gemidos eram do quarto de Henrique. Segui até o quarto de Victor e fiquei esperando ele acabar, querendo fazer uma surpresa, olhando suas coisas. Tudo muito organizado, contrário do que eu imaginava dele. Da última vez que estive naquele quarto, sequer tive tempo e paciência de fazer uma avaliação assim. Aliás, sabia bem pouco dele, a não ser o básico, mas ainda existiam muitas incógnitas.
Estava perdido em pensamentos, ainda admirando suas fotos quando me assustei:
- Bisbilhotando Carlos?
Enquanto meu coração estava disparado, ele sorria lindamente. Mas meu coração não se aquietaria de jeito nenhum. Victor estava apenas de toalha, molhado, perfeito!
- Desculpa, eu só estava olhando...
- Tudo bem, eu tava brincando. Tá bem?
Ele me deu um selinho rápido e me deixou desconcertado.
- Tudo sim e você?
- Melhor agora. Eu só vou me vestir e a gente vai jantar tá?
- Claro, a vontade!
Ele sorriu e foi escolher a roupa no closet. Ele ficaria lindo com qualquer uma delas, mas escolheu uma camisa polo azul que combinava muito com ele. Uma calça jeans colada que deixavam suas coxas cada vez mais destacadas e um tênis neutro. Assim ele estava incrível, bem simples. Enquanto eu demorava tempos pra achar alguma roupa com o qual eu me sentisse bonito! Ele passou seu perfume e veio em minha direção, segurando a minha mão!
- Vamos?
Assenti com a cabeça e me guiou até seu carro, lindo como ele. No carro ele falava bastante e eu monossilábico. Não sabia como agir! Ao mesmo tempo que ele parecia estar interessado, eu já imaginava como acabaríamos a noite: transando. Era obvio que não passaria disso. Eu não poderia me iludir. Chegamos ao restaurante e, como já tinha ido algumas vezes (sozinho), o conhecia. Era lindo e bem fino, entende-se caro! Sentamos em uma mesa mais reservada e fizemos o pedido bem rápido.
- Então Carlos, posso saber por que está tão calado hoje?
- Por nada em especial. É que sou meio tímido e há muito tempo não fazia isso.
- Isso o que? Jantar?
Rimos juntos.
- Não. Sair com alguém assim, nessas condições...
- Hum. Que condições?
Agora eu estava ferrado. E se eu dissesse algo sobre meu interesse por ele e ele usasse isso como Daniel fez? E se seu interesse era uma amizade ou só sexo mesmo?
Que se dane os “e se”. Mandei diretamente:
- Condições de conhecer alguém, paquerar. Não sei se era esse o seu interesse, mas eu tô gostando muito de estar com você.
- Ufa, Carlos. Achei que você ia dizer que queria só amizade.
Quem estava aliviado era eu. O jantar estava melhor que eu imaginava. Aproveitei para averiguar:
- Queria te perguntar uma coisa. O Henrique... você...
- Não – ele ria e eu não entendia – nós nada. O Henrique é meu meio irmão.
Eu ria do quanto tinha sido tosco desconfiando dessa relação e ele ria da minha suposição.
- É que vocês são muito diferentes.
- Somos mesmo. Ele veio do interior pra estudar e estamos na mesma universidade. Aí decidimos morar juntos. Na verdade, a casa é minha e ele tá morando comigo por um tempo.
Estava tudo claro. De fato, Victor era um cara formidável. Ótima companhia, inteligente e gentil, ainda pagou a conta.
Voltamos pra casa depois de darmos vários beijos no carro. Ele beijava muito bem, eu adorava! Ele me convidou para dormir na casa dele e eu aceitei, sabendo que não iria dormir de jeito nenhum.
Chegamos e ele me guiou até a entrada, quando eles estavam se beijando no sofá. Victor chegou fazendo barulho e os olhares se voltaram pra mim. Não me contive:
- Nossa! Hoje a noite tá boa pra um programa de casais né...
CONTINUA...