Continuando...
Na segunda-feira, Bruno foi me visitar, ele estava meio estranho.
Bruno: - Oi ma, posso entrar lindo?
Eu: - Claro lindo, entra ai.
Bruno: - Sabe o que é? É que eu briguei com o Gabriel e queria saber se posso ficar aqui uns dias, não quero ser folgado, mas não tenho lugar pra ir.
Eu: - Lógico que pode.
Ele entrou com a mochila.
Eu: - Senta aí, me conta o que aconteceu.
Bruno: - Olha, eu não gosto da amizade dele com aqueles garotos aqui do seu prédio, eles vivem dando em cima dele no MSN, facebook, mandando mensagens de texto provocativas e etc. Não gosto disso, não quero ser traído.
Eu: - Eu entendo, sei como é, sei como é difícil ser traído, mas você acha que sair de casa não vai dar margem pra ele ficar sozinho e aprontar?
Bruno: - Eu não sou que nem você, na primeira vez, se acontecer, dele me trair, não tem volta. Nunca mais!
Eu: - Calma, não diga nunca, não se precipite. Fica tranquilo e fique o tempo que precisar.
O Bruno tava visivelmente chateado, passou o dia no quarto. Só saía pra comer, a noite peguei minhas coisas, deixei Bruno com o Lucas e fui encontrar o Gabriel pra falar umas verdades pra ele. Cheguei na casa dele e fui entrando.
Gabriel: - Oi lindo, a que devo a honra da visita?
Eu: - Você sabe muito bem.
Gabriel: - Ah...
Eu: - To chateado com você, quando você vai acordar?
Gabriel: - Não lindo, nem vem. Eu nunca trai ele, nunca me faltou vontade, eu amo ele, mas as pessoas vivem dando em cima de mim, praticamente dando pra mim com os olhos e eu to aqui firme e forte.
Eu: - Você quer um premio por ser fiel ao seu namorado? Parabéns hein! Você conseguiu. Ele tá chateado com você, eu achei que você tinha mudado.
Gabriel: - Não vem me dar sermão, não é porque você foi corno com um descuido com o Ricardo que todo mundo é chifrudo também. – Ele disse meio alterado.
Aquelas palavras dele doeram mais que um soco, eu virei as costas e saí de lá, eu não esperava aquilo dele. Ele não era daquele jeito, ele nunca tinha me magoado daquele jeito antes.
Cheguei em casa bufando.
Ricardo: - Que foi meu amor?
Contei a ele.
Ricardo: - Nossa que vacilo do Gabriel, to puto com ele também, não gostei dele ter te magoado assim.
Bruno apareceu.
Bruno: - Deixa ele, deixa ele ficar sem ninguém. Eu achei que ele tivesse mudado, mas me enganei.
Eu: - Calma lindinho, você não sabe se ele te traiu mesmo.
Bruno: - É, você tá certo mesmo.
Na quarta-feira a noite, Gabriel resolveu aparecer. O interfone tocou, hesitei, mas o deixei subir pra ouvir o que ele tinha a dizer. A campainha tocou e eu atendi.
Gabriel: - Oi lindo, como vai?
Eu: - Como sempre... sofrendo com dor de corno.
Gabriel: - Para vai, eu to aqui pra me desculpar, já me desculpei com o Ricky, agora é com você. Eu nunca quis te magoar, você sabe disso. Eu nunca faria nada assim pra você, eu amo você lindo, você é meu melhor amigo disparado, não quero ver ninguém mal, muito menos você. É que eu sempre fui muito pegador e agora que eu to realmente feliz, eu quero estragar minha vida, mas não farei isso. Vou pedir desculpas pra ele também, quero ele de volta pra casa. Mas primeiro quero que você me perdoe eu não quis te magoar, de verdade.
Eu: - Tudo bem lindo, fica tranquilo, sei disso.
Ele me abraçou e beijou minha bochecha.
Gabriel: - Por isso que eu te amo. Onde ele tá? Quero falar com ele.
Eu: - Lá no quarto, vai lá.
Um tempo depois, eles aparecem de mãos dadas.
Bruno: - Bom Ma, brigado por tudo, como sempre, já nem sei mais como te pagar tudo isso.
Eu: - Seja feliz.
Ele me abraçou e Gabriel também.
Gabriel: - Valeu lindo, se não fosse você, não sei o que seria de mim.
No dia seguinte, recebi uma ligação, era da escola do Marcelo, ele tava doente, passando mal e ele pediu que me ligassem. Fiquei morrendo de preocupação, avisei Denise e fui direto lá ver como tava meu irmãozinho. Assinei a papelada e levei ele no médico, era só uma gripe, mas ele tava zoado tadinho, levei ele pra minha casa, ele tomou um banho quente e coloquei ele pra descansar no quarto. A noite, passei na farmácia, comprei os remédios que o medico passou e o levei pra casa.
Durante o resto dos dias, eu e Ricardo entramos na justiça pra poder fazer adoção, Gustavo adiantaria o máximo que conseguisse da parte burocrática pra nós, mas mesmo assim tínhamos que esperar.
No sábado, em São Carlos, fazia um calor infernal, eu estava soando na aula, não via a hora de ir pra casa, meu celular toca eu não atendo, aí vejo uma mensagem do Ricky:
“Atende, preciso falar com você com certa urgência”.
Eu liguei pra ele.
Ricardo: - Alo, até que enfim amor.
Eu: - Desculpa amor, tava meio ocupado.
Ricardo: - Sem novidade, deixa eu falar, seu irmão tá internado, ele tá com pneumonia, não era apenas uma gripe. Mas não precisa ficar desesperado.
Tarde de mais meu bem.
Eu: - To indo pra aí agora, qual o hospital?
Ele me disse, voltei a sala, peguei minhas coisas e fui o mais rápido possível pro hospital. Eu era meio desesperado mesmo. Chegando lá, minha mãe e Luís estavam no quarto com ele e Ricardo do lado de fora me esperando, ele me recebeu com um beijo, nem ligamos se tinha gente.
Eu: - Como ele tá?
Ricardo: - Ah, ele vai ficar bem parece, mas ele tá com certa dificuldade pra respirar, dores de cabeça, tá meio zoado, está em observação.
Fui até lá.
Eu: - Celo, meu irmão, como você tá?
Marcelo: - Oi Ma, eu não paro de te dar trabalho né?
Eu: - Magina, isso não é trabalho nenhum, eu sou seu irmão poxa.
Marcelo: - Sabe... Eu nunca imaginei antes, que um dia no hospital, ia ter todo esse carinho e essas pessoas preocupadas comigo.
Eu: - Para, a gente te ama, você é um de nós agora, fica melhor logo tá?
O médico disse que ele passaria a noite lá, minha mãe passaria a noite lá com ele, fui pra casa, mas ligava pra minha mãe o tempo todo, até que ela pôs um basta.
Mãe: - Para de ligar lindo, quero dormir, ele tá bem, qualquer novidade, boa ou ruim eu te aviso, mas por favor deixa a gente descansar.
Eu: - Tudo bem mãe.
Desliguei.
Ricardo: - Não precisa ficar assim. Ele vai ficar bem.
Eu: - Eu sei, só tenho um pouco de receio.
Ricardo: - Fica tranquilo, agora vem aqui curtir seu macho vem. – Disse me pegando.
Eu: - Isso não é hora Ricardo...
Ricardo: - Sempre é hora! Olha o que eu faço pra te dar tesão...
Pegou minha mão e foi passando pelo seu tanquinho, seu peito e seu pau de maneira bem excitante, acabei sucumbindo, não resisti, transamos, mas eu ainda estava preocupado, coloquei meu celular no ultimo volume e deixei do meu lado pro caso da minha mãe ligar.
Na manhã seguinte, acordei e fui até o hospital, antes de subir no quarto dele, passei no restaurante do hospital e pedi um café da manhã de rei pra ele. Depois fui até lá.
Eu: - Bom dia gente.
Mãe: - Tá vendo Marcelo, eu disse que ele ia aparecer aqui cedinho.
Marcelo: - É, ele é de mais mãe.
Eu: - Engraçadinhos, eu só tava preocupado.
Marcelo: - Eu agradeço a preocupação mas eu já to bem, pode ir pra casa descansar, até a hora do almoço eu vou embora, to bem já.
Mãe: - Verdade, só que vou comprar remédios mais fortes pra ele, essas coisas, vai pra casa.
Eu: - Não, to bem aqui, deixa eu ficar aqui vai?
Marcelo: - Senta aqui.
Sentei com ele na cama, depois o café dele chegou.
Marcelo: - Nossa, me sinto em um hotel.
Eu: - É pra você se sentir bem mesmo.
Quando ele teve alta, fiz questão de levar ele pra almoçar onde ele quisesse. Eu queria que ele se sentisse bem pra eu me sentir bem.
Chegando em casa, fui curtir meu filho e meu maridão um pouco, passei o resto do dia tranquilo com eles, já que meu irmão estava bem, tudo estava resolvido, pelo menos por enquanto.
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Bom gente, aproveitei meu tempinho aqui pra postar mais uma parte, espero que gostem. Qualquer crítica e sugestão são bem vindas. Obrigado pelo carinho e pelos votos.
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Até mais ;)