Definitivamente, essa situação fugiu completamente do meu controle, mas quem nunca errou nessa vida? Meu coração estava em pedaços por fazê-lo sofrer dessa forma. Claro que eu amava demais o Edu, mas acho que ele nunca compreenderia minhas razões. Me sentia como um verdadeiro vilão, o mais cruel de todos... Destruí os sentimentos de quem apenas me deu amor.
Edu - Amor... Por que você está fazendo isso comigo?
Eu - Não sou o seu amor. Ok? Não me chame assim nunca mais. Esquece que eu existo.
Edu - Me diz... O que eu te fiz para me tratar desse jeito? A gente estava muito bem, tão feliz. Tem que ter uma explicação.
Eu – Quer mesmo saber o porquê? Eu nunca te amei Eduardo. Na verdade, só estava me divertindo com você.
Meu nível de atuação era terrível. Bastaria olhar nos meus olhos para saber que tudo isso era uma farsa. Impossível descrever o quanto ele ficou decepcionado, mas confirmei toda essa história, não negaria. O Edu não acreditava na minha versão... Ao contrário, tentava entender o motivo das minhas atitudes. Precisaria ser mais convincente para conseguir convencê-lo de uma vez por todas.
Edu - Você vai ter que me explicar essa história direito. (ele disse me segurando). Tá pensando que vai brincar assim comigo?
Eu - Me solta agora. Você tá me machucando. Eu não tenho mais nada para falar contigo.
Edu - Você não sai daqui enquanto não me contar. Para que tá inventando isso?
Eu – É tudo verdade. Se você não quer acreditar... Eu não posso fazer nada. Agora me solta, por favor.
Edu – Cara... Eu amo você. Porque quer terminar comigo?
Não conseguiria fingir meus sentimentos por muito tempo. Realmente, ele não merecia viver algo assim, mas o que eu poderia fazer? Só queria que num tempo bem próximo, o Edu me perdoasse por tanto mal causado a vida dele.
Eu – Sem drama. Ok? Um dia você vai encontrar alguém que te ame de verdade.
Edu - Eu quero você cara. Diego... Por favor, não faz isso com a gente.
Eu – Ah! Já chega! Eu não quero você perto de mim. Aliás, nunca quis. Vê se entende de uma vez por todas.
Edu – Para de fingir. Ok? Não acredito em nada do que você está me dizendo.
Eu – Isso já não é problema meu. Agora, é melhor você voltar para o Rio e me esquecer de uma vez.
Edu – Eu te conheço. Sei que você está mentindo. Me diz agora, quem colocou essas besteiras na sua cabeça?
Como conseguir disfarçar o que estava estampado no meu olhar? Não seria tão fácil assim enganá-lo, mas eu seguiria até o fim com essa mentira, sejam quais fossem as consequências... Tudo isso, na intenção de “devolvê-lo” logo para a sua mamãe. Ah! Como pude ser tão imbecil? Que tormento na minha vida!
Eu - Eu tenho outra pessoa. É isso! Satisfeito? Acho que agora você não tem mais nada o que fazer por aqui.
Não queria chegar á esse ponto, mas o Edu não aceitaria qualquer outra condição. Sabia que eu seria eternamente “condenado” por esse lamentável episódio, mas fiz tudo isso por amor. Podem acreditar! Mesmo que todos duvidassem das minhas palavras e atitudes... Meus sentimentos, ninguém poderia julgar. Seria preciso sentir na pele, ou passar pelo que passei para afirmarem ou não se o meu carinho e paixão por ele eram verdadeiros.
Edu - Eu não acredito nisso. Como você pôde ser tão baixo assim? Me diz... Quem é essa pessoa?
Eu - Para que você quer saber? Isso não te interessa. Aceita de uma vez.
Edu – Responde logo. (ele alterou a voz) Você só vai sair daqui quando me contar toda essa história.
Não sabia mais o que fazer. Cada vez mais eu me afundava nas minhas mentiras... Um verdadeiro caminho sem volta. Não pude evitar... A primeira pessoa que veio no meu pensamento... Incluí nessa história, infelizmente.
Eu – Quer saber? Já que você insiste tanto... É o André. Sou completamente apaixonado por ele.
Edu - Todo esse tempo me enganando. Cara... Você acabou com a minha vida.
Todas essas palavras acertaram em cheio o meu coração. Porque eu teria que sofrer novamente? A vida era muita injusta comigo. O Edu estava tão triste. Meu desejo era de abraçar e está com ele, sempre, mas não poderia.
Edu – Sempre te amei. Você me ajudou quando mais precisei. Como conseguiu fingir assim? Quer saber? Nunca seria feliz aqui, mas por te amar eu iria me esforçar para ficarmos bem. Cara... Me enganei completamente contigo Diego. Maldita foi à hora que te conheci.
Agora sim... Conseguiram me destruir de vez. Eu tentava me manter forte e indiferente enquanto ele ainda permanecia por ali, mas quando o Edu arrumou todos os seus pertences e, desapareceu da minha frente, batendo a porta violentamente... Desabei de vez. Porque essas coisas só aconteciam comigo?
Era dor demais para o meu coração. Quanto mais pensava no Edu, mais a minha tristeza aumentava. O pior, é que ele estava totalmente certo em me ofender daquele jeito, pois acabei com todos os seus sentimentos... Disse palavras absurdas que nunca imaginei falar a ninguém. Porque tudo teria que terminar dessa forma? Engraçado que a todo o momento eu apenas buscava a felicidade no meu caminho, mas longe dele... Seria impossível ficar bem de verdade. Pensei na alegria de todo mundo... Menos na minha, infelizmente. Acho que as minhas lágrimas inundariam meu quarto. Que dor insuportável! Não era drama, já chorava por muita saudade dele. Mais tarde, minha mãe veio saber sobre nós e, as noticias não eram nada boas.
Eu – Eu fiz algo muito grave contra ele. Nós brigamos e, terminamos nosso namoro.
Mãe – Meu filho... Vocês estavam muito bem... Porque isso de repente? Não tem mais volta?
Eu – Infelizmente não. Acabou para sempre. Eu não tive opção mãe. O Edu nunca seria feliz aqui comigo.
Minha mãe era muito compreensiva com toda a nossa família. Eu não ficava tímido perto dela... Ao contrário, conseguíamos conversar tranquilamente. Contei sobre toda essa história... Todos os motivos que me fizeram agir dessa forma. Claro que levei um sermão daqueles por ter deixado alguém me influenciar daquele jeito, mas ela também ficou ao meu lado, me aconselhando, enxugando minhas lágrimas.
Mãe - Diego... Tem certeza que você ama mesmo esse rapaz?
Eu – Claro mãe. Eu amo tanto que o deixei livre para viver onde ele sempre foi feliz.
Mãe - Você vai agora mesmo resolver essa história. Já pode começar organizando suas coisas.
Eu – Não dá mãe. Eu não posso. Há essas horas o Edu já deve está à caminho de casa. Ele não quer me ver... Acabou!
Mãe – Sem Desculpas. Isso é uma ordem! Eu quero que você vá atrás dele e conte toda a verdade. Não vai mais ficar acobertando ninguém, entendeu?
Eu - Eu tenho medo de ser rejeitado. E se ele não me quiser mais? Não quero vê-lo com outra pessoa.
Mãe – Você poderia ter evitado essa situação. Filho... Você não pode tratá-lo desse jeito. Ele te ama e faz tudo por ti. Chega de fazer bobagem.
Era tão simples! Ela possuía um jeito único de me fazer entender sobre todos os problemas da vida. Me arrependia profundamente por toda essa situação, mas tentaria consertar esse erro de qualquer maneira.
Mãe – Agora... Se ajeite que você vai retornar para o Rio imediatamente. Filho... Não vou permitir que você deixe escapar alguém que te queira tão bem.
Eu - Obrigado mãe. Amo você! Não vai ser fácil, mas vou enfrentar todo o mundo se for preciso para ficar com ele.
Mãe – Também te amo meu filho, mas agora você tem que arriscar. Sei que ele te ama também. Engole esse orgulho e peça perdão á ele.
Como eu faria para me explicar? Nossa!!! O Edu deveria está com muita raiva de mim. Rapidamente, comecei a preparar as malas. Mais tarde, alguns dos meus amigos vieram me visitar. Claro que me sentia feliz por vê-los ali... Afinal, nós sempre estávamos juntos, mas esse encontro prometeria muitas emoções desagradáveis.
André - Que história é essa de dizer ao Eduardo que nós estamos juntos? Pirou de vez cara?
Que situação? Que bela recepção recebi! Realmente, minha vida estava toda errada. Impressionante! Coloquei-os numa enrascada terrível. Cada dia um problema diferente surgia no meu caminho. Agi por impulso e nem pensei nas consequências. Mais uma vez, minhas ações colocavam em risco a vida dos meus amigos, pois o Edu era muito ciumento, às vezes todo esse descontrole dele me assustava demais.
Eu – Galera... Eu não queria contar essa mentira. O Edu me pressionou... Não tive escolha. Foi mal.
André – Foi péssimo. Precisava me envolver nessa história? Isso não era assunto meu... Idiota! Você sabe dos meus sentimentos por ti e ainda fica brincando com isso.
Eu – Qual é André... Vai ficar me ofendendo agora? Me desculpa, por favor. Não queria te causar nenhum mal. Você foi a primeira pessoa que veio na minha mente.
André – Cara... Porque fez isso? Agiu totalmente errado, tá merecendo passar por todas essas coisas. Espero que você aprenda com isso.
O que mais faltava me acontecer? Ouvi duras palavras naquele momento. Não sabia mais lidar com tantas dificuldades. Eles estavam tão chateados comigo e, com toda a razão. Mais uma vez fiquei abandonado. Acho que eu também perderia todas as minhas amizades, infelizmente. Tentei me desculpar de todas as formas possíveis: enviei mensagens, liguei, visitei, mas era tudo em vão. A confiança foi quebrada... Seria difícil tudo voltar a ser como antes. O clima por lá estava péssimo... Então, resolvi ir para o Rio em outro momento. Seria melhor assim... Agiria com calma e sabedoria. Enfim, no dia seguinte, retornei para tentar resolver a minha relação. Segui para á ‘facul’ disposto a abrir meu coração, mas logo avistei ele e o Breno rodeado por garotas, sorrindo, cheios de intimidade.
#RAIVA.
Todo o meu equilíbrio emocional desapareceu rapidamente. Acho que ele queria me provocar e, realmente já estava conseguindo. A todo o momento a Clara me incentivava a fazer o certo. Sempre adorei tê-la por perto. Às vezes, eu percebia que o Edu me observava e, isso me enchia de esperanças.
Clara – O que você está esperando para falar com ele?
Eu – O Edu não vai querer me ouvir. Ele deve estar me odiando agora.
Clara – Ele vai te escutar sim. Vem logo. (me puxando).
Minha intenção era que ele ao menos parasse para me ouvir. Eu precisava do seu amor novamente na minha vida, mas assim que chegamos onde eles estavam... O Edu saiu dali rapidamente abraçado com uma garota.
Breno - Vai com calma cara. Ele tá sofrendo de verdade.
Eu – Tudo por minha culpa. Eu sinto tanto Breno.
Breno – Cara... O Eduardo me contou umas coisas meio absurda de traição. O que você fez com ele?
Ah! Essa mentira me trouxe tantos problemas. Expliquei toda a verdade, pois eles mereciam saber como tudo aconteceu realmente.
Clara - Como você deixou a mãe dele se intrometer dessa forma na vida de vocês?
Breno – Não se preocupa cara. Eu sabia que existia outra história por trás dessa mentira. Nós vamos te ajudar. Fica tranquilo!
Conforme o tempo passava, mais a gente se afastava. Era aquela velha situação de sempre: eu tentando uma aproximação e, ele me evitando. Num dia qualquer... Estava saindo do banheiro quando nos esbarramos de repente. Nossos olhos se encontraram automaticamente. Essa seria a hora certa para me declarar, mas o Edu não me deu muito tempo para falar... Rapidamente me beijou cheio de saudade. Não me importei se alguém entraria por lá naquele instante... Só queria senti-lo, tocá-lo outra vez. Continuamos por ali, mas agora com a porta trancada. O clima já fervia entre nós... Queria congelar esse momento para sempre, mas nem tudo seria tão perfeito assim. Logo, a dúvida surgiu para estragar a situação.
Edu – Porque tá fazendo isso com a gente? Eu te amo cara. Sei que você também me ama. Porque tá querendo nos fazer sofrer? Porque me traiu?
Nós ainda permanecíamos juntos. Ele estava tão arrasado, mas continuou me segurando em seus braços, como se eu fosse fugir dali a qualquer momento. O Edu não queria ouvir minhas explicações, mas me questionava a todo o tempo sobre essa história. Nada que eu dissesse ali transformaria a situação ao meu favor, infelizmente.
Magoei tantas pessoas através dessa mentira. Ninguém conseguia enxergar meus reais motivos. Não era tão simples assim. Se eu contasse toda a verdadeira história... O Edu novamente brigaria com a sua família e, outra vez ele iria sofrer. Só nós sabíamos o quanto foi difícil para eles voltarem a ter uma relação familiar tão boa. Não queria vê-lo passar por essa triste situação de novo. Só pensava nele, no seu bem estar, mas a culpa era minha. Meu desejo era acabar com a vida da mãe dele, contando tudo de uma vez, rsrs, mas optei por não dizer nada.
Edu - Um dia você vai se arrepender... Então, será tarde demais. Nunca vou te perdoar por fazer isso comigo.
Me deixou sozinho outra vez. Já estava triste por toda essa situação e, agora sem meus amigos por perto para desabafar. O Edu sempre foi um cara tão bonito, todo charmoso, além de cuidar muito bem da sua saúde, mas nesses últimos dias, todas essas qualidades desapareceram. Conforme o tempo passava, mais ele se ‘afogava’ em bebidas, saindo toda noite sem hora para voltar. Sua aparência estava horrível... Um pouco magro e abatido... Seu rendimento na faculdade só despencava. Complicado demais! O Breno já havia me contado sobre essa situação, inclusive a mãe dele estava muito preocupada com esse comportamento tão irresponsável dele. Só faltava ela dizer agora que eu também era o culpado desse acontecimento.
Por fim, como estava livre naquele final de semana... Resolvi ir atrás dos meus amigos. Precisava e muito deles na minha vida novamente. O que eu poderia fazer para me perdoarem? Dessa vez, agiria com toda a sinceridade e me explicaria corretamente. Acho que todo o mundo estava com raiva de mim naquele momento, mas não fugiria mais... Abriria meu coração de verdade. Nos encontramos outra vez... Sem mentiras. Era a hora de mudar.
Eu – De coração, peço desculpas a vocês. Sei que agi muito mal, mas eu precisava que o Edu voltasse para casa.
André - Nós não estamos com raiva de você, mas sim das suas atitudes. Tem noção do problema que essa mentira trouxe para a minha vida?
Eu – Sim. Eu sei que nada que eu disser aqui vai adiantar, mas eu estou sentindo tantas saudades da nossa amizade. Por favor, me desculpem. A gente se conhece há um tempão, não queria prejudicar a vida de ninguém. Não aguento ficar longe... Vocês são meus amigos.
André – Tá certo, você está desculpado, mas tira a gente de toda essa confusão já. Não quero mais problemas para mim não.
Mesmo falhando sempre, eles conseguiram me entender e, até se ofereceram para me ajudar, ligando para o Edu e, explicando toda a real situação, mas ainda assim, ele ouviu toda a história, se desculpou com os meus amigos por ter dito e feito tantas coisas ruins, e, simplesmente me ignorou. Inacreditável. Acho que levaria uma eternidade até conseguirmos nos entender novamente. Deixei a minha felicidade escapar entre os meus dedos. Merecia um troféu por ter sido tão idiota.
Enquanto estava aqui na minha cidade, a Clara me informava sobre todas as coisas que aconteciam por lá. Saber e ouvir tudo que o Edu fazia, com todas aquelas mulheres no seu pé... Ah! Me machucava demais, mas eu era o culpado. Estava pagando um preço altíssimo. Já havia desistido de tentar procurá-lo, mas meus amigos me fizeram enxergar que ele apenas agia assim para desabafar tudo o que sofria por minha causa. Então, dias depois retornei novamente para o Rio. O fim se aproximava na ‘facul’ e, isso de certa forma, me animava um pouco. Tentaria novamente me explicar. Engoli meu orgulho, criei coragem, mas antes precisaria espantar aquelas garotas de cima dele, mas consegui. Rapidamente elas sumiram dali.
Eu - Eduardo. Preciso muito falar com você. Será que nós podemos conversar?
Edu - Não. Nós não podemos conversar. Era só isso?
Eu - Por favor, Edu. Depois você pode fazer o que quiser, mas ouve o que eu tenho para te dizer.
Ao menos ele aceitou. Seguimos para um lugar mais tranquilo, onde ninguém nos interrompesse. Nem sabia por onde começar de verdade, mas eu queria o Edu ao meu lado novamente. Por isso precisaria ser sincero se quisesse seu amor de volta.
Edu – Aqui estamos. O que você quer comigo?
Eu - Eu preciso de você Eduardo, por favor. Quero nós dois juntos de novo.
Edu - Agora você quer, não é? Eu já cansei de tudo. Acabou!
Eu – Edu... Eu fiz tudo isso pensando em você. Tenta me entender.
Edu - Não. Em nenhum momento você pensou em mim. Só queria me abandonar, e mentiu sem se importar com nada. Acusei seus amigos por sua causa. Tem noção do que eu poderia fazer contra eles?
Eu – Você tem razão. Eu agi errado, mas já me desculpei com eles. Edu... Volta para mim.
Minhas palavras já não surtiam efeito sobre ele. O Edu não reagia. O que mais eu poderia fazer?
Eu - Não foi minha culpa. Eu não queria te ver triste outra vez, pois sei que se você brigasse com os seus pais, toda essa confusão aconteceria novamente. Errei sim, mas foi por amor.
Edu – Que amor? Já nem sei mais o que você sente por mim. Se existisse sentimento de verdade, nada disso estaria acontecendo com a gente.
Eu - Acredita em mim Edu. Você sabe o quanto eu te amo de verdade. Não duvide do meu amor.
Edu – Só sabe falar que não quer me ver sofrer... Como você acha que eu estou me sentindo agora?
Eu - Me perdoa Edu, por favor. Eu amo você.
Edu – Ah! Esquece esse amor Diego. É melhor a gente parar por aqui.
Tentei, mas infelizmente não aconteceu. Acho que ele me queria bem longe dessa vez. Retornei para a minha sala, mas já não conseguia pensar em nada produtivo. Mais tarde, a Clara me convidou para um show numa boate bem perto dali. Não estava com cabeça para nenhuma festa, mas eu precisava mesmo me distrair. Então, anoiteceu e, seguimos. Por alguns minutos consegui me divertir realmente, mas logo avistei o Edu com outra garota por lá. Que perseguição! Agora teria que vê-lo se esfregando nelas. Que raiva!
Clara – Diego... Calma. Ok? Não vá se rebaixar.
Eu - Relaxa Clara. Eu estou bem. Não vou fazer nada.
Sempre fui um pouco exagerado em relação à bebida (agora não mais). Naquele dia, todos os drinques que chegavam até a mim... Nem precisava dizer o que acontecia. Logo, fiquei bem alterado. Que situação! Minha vida já estava toda torta mesmo... Destruiria tudo de uma vez. Não me importei com nada nem ninguém.
Breno – Vamos embora agora. Chega de dar ‘show’ aqui.
Eu – Ninguém vai me tirar daqui. Eu vou ficar. Tenho que ver até onde vai essa farsa.
Clara - Diego. Você não está bem... Vamos logo. Para de ficar se maltratando.
Eu - Eu estou ótimo Clara. Me deixa.
Acho que tudo isso era uma provocação e, realmente entrei no seu joguinho. O Edu abraçava aquela garota e, me olhava com deboche. Tão infantil... Impressionante! Não iria fazer nada, nem estragar a noite de ninguém. Só queria ficar em paz, mas vê-lo daquela forma, me deixou tão mal. Disfarcei e, desaparecei antes que todos me notassem. Fiquei sozinho do lado de fora, vendo o tempo passar. Logo ele também saiu de lá, mas parecia que estava me procurando e, quando percebeu a minha presença ali... Rapidamente sorriu para mim, como se estivesse aliviado por me ver, mas a mesma garota ainda estava ao lado dele. Ah! Que confusão na minha cabeça. Não poderia mais ficar desse jeito. Até quando eu continuaria sofrendo assim? Chega!
Eu – Eduardo. (gritei).
Sabia que eu seria ignorado mais uma vez, pois o Edu permanecia firme no propósito de me entristecer, mas ele pediu que a garota nos desse licença e, ela rapidamente nos deixou a sós. Agora sim, esclareceria essa história de uma vez por todas.
Eu – Vai ficar desfilando com esse monte de mulher na minha frente agora? O que você tem com ela? (perguntei com raiva).
Edu - Não temos que dar explicações um para o outro mais. Esqueceu que nós estamos separados?
Eu – Então é assim Eduardo? Tudo bem. Faça bom proveito e seja muito feliz.
Só queria sumir, correr para o mais longe possível, desejando que essa noite terminasse e, que dias melhores surgissem na minha vida. Agora, eu também me afastava e, muito do Edu. Parecíamos dois estranhos. Que situação! Novamente, busquei conforto na minha família. Minha vida era sempre essa correria: Rio e Angra, semana após semana. Então, segui para a minha cidade de novo. Meus amigos me consolavam tanto, mas eu já havia perdido todas as minhas esperanças. Porém, depois de insistirem muito, decidimos dar umas voltas naquela noite. Por mais que me esforçasse, a felicidade não chegava ao meu coração. Por isso, bebi demais por mais uma vez. Só assim para conseguir esquecer toda essa história. Já estava chorando de desespero por tanta falta que o Edu fazia na minha vida. Fui uma péssima companhia, só consegui fazer besteiras e trazer mais problemas para todos, mas eles ficaram comigo até altas horas, me animando... Sem dúvida nenhuma, todo esse apoio que recebi deles, me ajudaram a passar por todos esses desafios.
De volta ao Rio, rsrsrs. Era cansativo, mas logo tudo isso acabaria. Cheguei à faculdade e, a Clara já veio cheia de novidades para me contar, inclusive sobre o Edu e essa terrível transformação. Já não poderia fazer mais nada, pois ele não se interessava por mim. Só me restava acompanhar e torcer bem de longe pela sua felicidade.
Clara - Nunca pensei que eu diria isso a você, mas volta para ele. Cara... O Edu tá se destruindo totalmente.
Eu - Ele não quer nada comigo Clara. O Edu me odeia. Eu feri todos os seus sentimentos.
Clara – Não desiste. Luta por ele. Só você pode fazê-lo ficar bem de novo.
Mais uma vez ela tinha toda a razão. Não poderia estacionar no primeiro obstáculo que aparecesse. Sempre fui uma pessoa tão determinada. Dessa vez, iria até a sua casa e, mesmo que me impedissem de vê-lo, eu resolveria essa história de uma vez por todas. Rapidamente, me aprontei e, quando já estava saindo de casa... A campainha tocou e, quando abri a porta... Porque essas coisas só aconteciam comigo? Era a mãe dele novamente tentando tirar a minha paz. Já não seria o suficiente tudo que ela me disse? O que mais faltava me acontecer?
Eu – Não é possível. O que mais você quer aqui?
Mãe dele - Eu queria te pedir... Quer dizer... Implorar. Por favor, volta para o meu filho.
#SURPRESO.
Mãe dele – O Eduardo está sofrendo tanto. Não sei mais o que fazer. Ele não ouve ninguém, mal conversa conosco. Eu preciso muito da sua ajuda.
Eu – Tem noção do quanto sofri por deixá-lo? Por todas as coisas que me disse, eu terminei com o Edu. Você quis assim! Olha só todos os danos que causou a vida dele.
Mãe dele - Sei que minhas atitudes foram erradas, mas eu sou mãe... Entenda, só quero meu filho perto de mim. Desde que te conheceu, ele não faz outra coisa que não seja falar de você, mas depois que vocês terminaram, o Eduardo está tão diferente... Não consigo suportar essa mudança dele.
Eu - Amo seu filho demais. Apenas o deixei para ele está com vocês aqui, vivendo a sua vida. Não quero vê-lo sofrer.
Mãe dele – Sim. Por isso estou te pedindo. Conversa com ele, por favor. Eu não deveria dar minha opinião na vida de vocês. Acho que o meu amor de mãe falou mais alto. Me desculpe por tudo o que falei, de coração.
Meu desejo era dizer poucas e boas para ela, mas seria melhor evitar mais transtornos. Confiei na sua palavra. O que mais eu poderia fazer? Agi com o meu coração.
Mãe dele – Você transformou a vida dele, nos ajudou tanto. Eu senti ciúmes de você, não nego. Ele só queria está contigo, se afastou da nossa família, mas agora vou deixar vocês viverem da forma como quiserem. Só quero que o Eduardo volte a ser como era antes. Quero meu menino de volta.
Enfim, ouvi todas as suas explicações e, acreditei nas suas palavras. Agora, eu iria atrás da minha verdadeira felicidade. Ela me abraçou... Não pude evitar. Seguimos até a sua casa. Encontrei-o deitado, meio desanimado... Bem desleixado mesmo. Quando ele percebeu a minha presença por ali... Já veio logo me questionado, cheio de dúvidas.
Edu - Diego!?!?! O que está fazendo aqui? Quem deixou você entrar no meu quarto?
Eu - Eu precisava muito te ver Edu. Não consigo ficar longe de você.
Edu - Veio presenciar a minha desgraça?
Eu - Edu. Sua mãe me procurou, nós já conversamos e está tudo certo. Por favor, eu te amo tanto. Vamos voltar a ficar juntos.
Edu - Eu também amo você.
Eu - Eu não aguentava mais ficar longe de você. Agora consegue entender que tudo o que fiz, foi por amor?
Edu – Sim. Tudo isso me machucou demais, mas mesmo assim... Eu ainda te amo.
Ainda bem! Era tão bom poder tocá-lo outra vez... Tão meu! Estávamos tão próximos novamente. Me sentia tão feliz por toda essa história finalmente acabar bem. Agora nada, nem ninguém atrapalharia o nosso amor.
Eu – Edu... Aquelas garotas... (ele me interrompeu).
Edu - Eu não fiquei com nenhuma delas. Acredita em mim. Meu coração é todo seu.
Eu – Ah! Que bom ouvir isso. Eu sofri muito quando te vi com elas. Chega de ficar me provocando. Ok?
Edu - Haha. Então você ficou com ciúmes?
Eu – Não vou negar. Fiquei com muita raiva sim, ainda mais quando você me ignorava, mas isso é passado. Então... Como a gente fica agora? Vai voltar para a nossa casa?
Edu – Amor... Eu não vou voltar. Meu lugar é aqui.
Eu - Como assim? Porque não? Pensei que você já tinha me perdoado.
Edu – Já te perdoei. Ok? Você é o meu amor, mas nós não vamos mais ficar juntos.
Eu – Ah! Edu... Não faz assim. O que você tá pretendendo com essa história? Porque não podemos ficar juntos?
Edu - Eu te disse uma vez para começar a valorizar as pessoas que te amam de verdade. Já disse que te amo muito, mas se você me quiser... Que corra atrás de mim.
Eu – Que papo é esse? Edu... Para de bobagem. Vai ficar brincando comigo agora?
Edu – É desse jeito mesmo... Você me magoou demais cara. Agora... Prove que me ama... Vai ter que me reconquistar.