UM AMOR INVULGAR II - XIX

Um conto erótico de Santos Sousa
Categoria: Homossexual
Contém 1388 palavras
Data: 26/09/2012 13:15:27

E saiu em disparada em direção ao escritório.

Stuart estava visivelmente chateado. Porque é que Lucas não confiava nele? É lógico que o João Pedro era mais que um amigo. Dava para ver nos seus olhos. A forma com se encaravam e como o tinha abraçado por trás quando entrou em casa. Lucas sabia que podia confiar nele, mas mesmo assim resolveu negar. Pronto ele não estava a espera que ele também fosse gay. E talvez esse fosse o medo dele, já que os dois só haviam falado de mulher. Mas, ele devia saber mais que ninguém que isso não era um problema para Stuart. Sentia magoado por não terem confiado nele.

Uma batida na porta retirou-o dos seus pensamentos.

- entra – resmungou ele.

- oi amor, tudo bem? Passa-se alguma coisa para teres chegado a esta hora?

- diz-me tu – disse Stuart com mau humor. Stive sabia que estava a passar alguma coisa. Pois sempre que o respondia assim era porque o dia não tinha sido muito bom.

- não ficas assim…

- desde quando é que sabes que o Lucas está namorando? – perguntou ele com rispidez.

- ah, é por isso que estás assim?

- eu fiz-te uma pergunta, quero um resposta e não outra pergunta.

- para tua informação, o Lucas já tem dezasseis anos e já pode escolher que quem quer ficar…

- mas com alguém mais velho do que ele?

- são só dois anos de diferença…

- dois anos é muito tempo…

- pode ser, mas acho que devíamos confiar nele e apoiar a sua escolha…

- como é que vou apoiar uma escolha dessa quando ele mente para mim?

- isso não nenhuma mentira Stuart.

-NÂO!!! eu oiço o Gabriel a dizer claramente que eles estavam namorando e quando pergunto ele simplesmente negou, o que achas disso?

- ele pode ter ficado com vergonha…

- vergonha de mim? Eu sempre disse-lhe que podia confiar em mim para tudo.

- sabes como é, Stuart é tudo muito novo para ele também. Eles acabaram de se conhecer.

- e ele já anda aqui em casa com se a casa fosse dele abraçando-o a frente do irmão…

- espera aí…tu estás com ciúme…- disse Stive achando graça.

- ciúme…? Eu…

- ciúme sim, Stuart o nosso filho está a crescer é natural que tenha que descobrir outras coisas. Não precisas de te sentir ameaçado. O rapaz não vai ocupar o lugar que conquistaste no coração do Lucas.

- é mas…porque então não confiou em mim?

- bem, acho que vocês dois precisam de conversar sozinhos sobre isso.

- que dizer que estás do lado dele?

- eu não estou do lado de ninguém, apenas estou a ser razoável. Não há nada que eu possa fazer…ele precisa descobrir o que é amar…sofrer deceções…abrir e sarrar feridas e nós estamos aqui para apoiá-lo em todos estes momentos.

- desculpa, amor mas eu não pensei que fosse tão cedo. Me perdoa por ter falado assim contigo – disse ele abraçando e beijando-o.

-estás perdoado…mas prepara-te porque eles são dois.

- com assim dois!? – disse Stuart assustado.

- dois filhos

- ah- disse ele aliviado.

- Porque pensaste que fossem dois namorados?

- por instantes pensei que sim.

- hahaha. Bobo.

Bateram a porta e Stuart mandou entrar. Era Lucas e Gabriel.

- entram e sentam-se ali – disse ele apontando para o sofá.

- é o seguinte - começou por dizer – eu vou ter que viajar no próximo fim de semana e gostaria que viessem comigo.

- para onde? perguntou Gabriel animado

- para Suíça

- oba, Suíça. Não é legal mano?

- eu não quero viajar, nós acabamos de começar as aulas.

- é só por um fim de semana. Vamos na sexta-feira porque tenho uma reunião de negócios ali. No sábado aproveita-mos para passear fazer compras e vocês conhecem Genebra.

- eu acho ótimo. O meu desfile já terá terminado e preciso de descansar e relaxar um pouco.

- mesmo assim pai, eu prefiro ficar…

- mas, porque é que queres ficar?

- eu tenho um trabalho importante de escola para fazer

- que trabalho é esse?

- é um tema livre, e além de contar para nota podemos ganhar um fim de semana do campos Juvenil.

- mas este trabalho não pode esperar um fim de semana?

- não, pai…

- o trabalho é mais importante que estar com a tua família? – perguntou Stuart um pouco alterado.

- vamos nos acalmar, sim – disse Stive – o trabalho pode esperar sim, Lucas. Além disso, disseste que o tema é livre. Quem sabe não podes pesquisar alguma coisa nesta viagem?

- mas pai…

- sem mais está decidido. Vamos todos e pronto – disse Stuart.

- pai!!! – disse Lucas olhando para Stive pedindo ajuda.

- calma, Stuart vamos conversar mais um pouco, e quem sabe não chegamos a um consenso.

- já está decidido…

Lucas saiu a correr do escritório e foi para o quarto a chorar. Gabriel ficou calado onde estava. Stive olhou para Stuart com um olhar reprovador e saiu para ver como estava Lucas.

Quando chegou no quarto bateu e este não respondeu, mesmo assim entrou e encontrou-o a chorar. Lucas olhou para ele e disse:

- porque pai, ele não me escuta. Ele sempre decide tudo sozinho.

- também não é assim Lucas, ele nos chamou para conversar. Ele só quer estar com a família.

- mas tinha que ser logo agora?

- ele não teve escolha surgiu a oportunidade, e quer que tenhamos uns dias só para nós. Aproveitamos a sexta-feira que vocês não têm aulas, vamos quinta-feira a noite e voltamos no domingo é pedir muito?

- e o Jotapê? Logo agora que a gente estava a começar a ficar bem…

- ah! é isso. Agora percebo porque tu não queres ir. Mas se ele gosta realmente de ti espera por ti, não achas?

- mas eu não o queria deixar sozinho agora. Mal nos conhecemos direito.

- vocês ainda têm muito tempo para se conhecerem, filho.

- um pouco de distância faz bem a um relacionamento.

Stuart bateu a porta e entrou.

- podes me dar um minuto com ele, por favor, amor?

- sim, mas vão com calma. Qualquer coisa, estou lá em baixo.

Stive saiu e os dois ficaram em silêncio. Depois Stuart começou por dizer.

- desculpa filho, eu não quero te forçar a nada. Se tu não queres ir nesta viagem tudo bem. É que agora que começaram as aulas temos estado pouco tempo juntos. E queria aproveitar o feriado porque mais a frente será difícil. Eu sei que, às vezes, sou um pouco precipitado a tomar a decisões, mas eu só quero o bem da minha família. Tu podes ficar e fazer o teu trabalho. Eu sei que estás a crescer e cada vez menos vais precisar de mim. Precisas da tua autonomia. Só queria que soubesses que o que te disse ainda esta de pé. Podes confiar em mim sempre, porque és meu filho e eu te amo. Jamais farei algo que te possa magoar. Fica se é o que queres. Não quero atrapalhar a tua vida.

Disse Stuart abrindo a porta para sair.

- pai, me perdoa – Murmurou Lucas triste.

- não há nada que perdoar filho, tu também tens direito a escolher.

- pai posso te falar uma coisa?

- sim filho, claro que podes.

- na verdade

- verdade o quê?

- eu e o Jotapê, quer dizer o João pedro estamos ficando…

- eu já sabia disso

- já?

- sim, não te esqueças que és meu filho e eu sei reconhecer quando duas pessoas se gostem, eu já passei por isso, sabias? Além disso não são todos os amigos que nos abraça por trás e nos beija no pescoço.

- você viu isso? Desculpa pai, eu não queria mentir. É que eu nunca me tinha sentido assim.

- eu sei, é tudo muito novo para ti…mas vai com calma filho não faças nada de forma precipitada e proteja-te sempre. Não cedas a nenhum tipo de pressão enquanto não te sentires preparado.

- eu sei pai…

- pois, mas ás vezes há momentos que não nos controlamos. Além disso ele é mais velho e tem mais experiência.

- mas ele não me pressiona.

- ainda não, mas ele homem e mais tarde ou mais cedo mesmo sem querer vai fazê-lo. E tu também és homem e nesta idade os hormonas estão a flor da pele.

- valeu pai pela, força.

- de nada filho, é para isso que estou aqui…

- mas ainda tem uma coisa que você precisa de saber…

- mais…?

- sim, é ele…

- ele quem?

- o rapaz que me abordou na noite em que fui espancado…

- O QUÊ? SÓ PODES ESTAR A BRINCAR

tenho que ficar por aqui, gente...

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Comentários

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Por acaso achei sua história.. Tenho por habito seguir alguns contos cujos altores me tornei fã. Sem sombra de dúvida agora tenho mais um autor para seguir .. Adoro a qualidade de uma boa bescrita. Saber fazer uso da palvra escrita pra mim é uma arte e vê-la bem utlizada por veias tão criativas é melhor ainda.Li todos os seu contos de única vez.

Todos sabem que este site é de contos eróticos mas como amante de uma boa leitura, ao navegar por aqui encontrei, como já disse, autores, assim com você que sabem fazer a união perfeita entre bom enredo, a sensualidade, e o erotismo sem a vulgaridade característica existente, na maioria das vezes. neste tipo de site.

Por tudo que já falei acho 10 pouco mas...não há nota maior.rsrsrss

LAMENTO QUE TEUS ESCRITOS NÃO ESTEJAM AINDA ENTRE OS MAIS LIDOS.

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o papai stuart parece que não vai aceitar muito bem isso

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tinha q ficar mais a frente no conto isso sim

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