Torcidas a posto. Quem merece o coração do Carlos (que brega) ? Comentem bastante e obrigado pela leitura. Nota 10 pra vocês... Bora ler?
- Acho que tem muitas coisas que você não sabe...
- Tipo?
- Tipo que eu tô paradão na sua Carlos. E que eu tô tirando meu time de campo porque você ama esse cara aí. Vá em frente, fica com ele.
Eu estava surpreso. Não sabia se era sincero, mas não deixaria aquele cara escapar. Ele já havia cruzado a porta e aguardava o elevador. Segui em sua direção tocando em seu ombro:
- Victor, volta. Vamos conversar?
- Melhor não cara. Vou deixar morrer isso enquanto tá no começo. Vai ser feliz do lado dele, vai.
- Não! Ele não tem nada a me oferecer. Você sim.
- Carlos, tem cinco minutos que você disse que o ama.
- Mas eu quero você. Agora!
O beijei. Estávamos no corredor e eu nem me preocupei, só pensava no que fazer pra remediar a situação. Fui guiando-o de volta pro apartamento, ainda aos beijos. Caímos no sofá e os beijos foram ficando intensos. Ele era incrível. Ainda mais agora, sabendo que ele queria algo mais comigo. Ficamos nos beijando e tinha muito mais carinho do que das outras vezes.
- Você tava falando sério? Tá gostando de mim mesmo?
- Tô, Carlos. Muito. Desde que a gente foi lá pra casa eu só consigo pensar em você, mesmo sentindo você distante.
- Eu estive distante por medo, eu confesso.
- Medo? De que?
- Victor, olha pra você e olha pra mim. Olha como nós somos diferentes. Você é lindo, sarado... Quantos carinhas têm atrás de você? Jamais pensei que você fosse querer mais do que sexo comigo.
- Você não sabe o que você despertou em mim. Essa coisa de ser bonito, sarado, é bobagem. Eu te acho lindo, cara. E ser sarado não é tão difícil assim não!
Nos beijamos novamente. Seu sorriso me deixava feliz também. Provavelmente, ele seria o melhor caminho pra eu esquecer Daniel, e que caminho prazeroso.
Passamos a noite juntos e transamos quatro vezes. Não havíamos oficializado nada, mas parecíamos um casal de longa data. Ele estava muito mais carinhoso que o normal e eu retribuía na mesma intensidade.
Chegou o dia e acordamos para nossas atividades. Eu ia trabalhar e ele estudar. Tomamos café juntos e ele disse:
- Ei, não quero antecipar as coisas, mas o que tá rolando entre a gente mesmo?
- Não sei Victor. Acho melhor deixar rolar e a gente vai descobrindo né?!
- Pode ser, mas por favor, decida-se, ok?
Eu entendi o recado. Me manteria o mais longe possível do Daniel e tudo estaria seguro. Descemos juntos e saímos. Ao chegar na agência, uma correspondência com meu nome, sem remetente.
Abri, por curiosidade, e mais uma vez me surpreendi com o recado:
“Sei que vai tentar, mas não vai conseguir me descobrir. Só vai saber quando se render a mim e isso não demora. Pense bastante e se prepare pra mim”
Aquilo já me deixava com medo. Não era Victor e não fazia o tipo de Daniel. Então, quem seria? Cada coisa...
Trabalhei feliz, como há muito tempo não fazia. Só pensava no fim do expediente, quando ia me encontrar com Victor na minha casa. Pelo andar da carruagem, as coisas iam ficar sérias em breve, mas eu não tinha mais medo. Insegurança, mas medo não!
A tarde se arrastava até que eu recebi uma visita.
- Victor, você aqui? Nem sabia que você conhecia a agência...
- Não conhecia, mas tive bons motivos pra vir conhecer. Tudo bem?
- Muito bem. Quais as novidades?
- Tô querendo viajar Carlos. Adoro praia. Me mostre os pacotes?
Por baixo da mesa ele passava a mão no volume, se é que me entendem. Seu sorriso sacana fez com que eu fechasse a porta da sala e desse uma recepção mais calorosa. No sofázinho, nos beijamos muito e fizemos um oral incrível. Acho que nunca gozei tanto.
Continuamos juntos por um tempo, até eu receber uma ligação.
- Sergio? O que você manda?
- Carlos, aconteceu uma coisa e eu preciso te contar. O Daniel sofreu um acidente e ele só tem você. Tentei falar com os pais e eles nem quiseram saber. Ele está no hospital e corre risco de vida.
Aquela informação me atordoou. Victor percebeu minha expressão e eu não pensei duas vezes corri pro hospital.
CONTINUA...
