Fiquei algum tempo o encarando, mas parei quando percebi que aquilo era muito estranho de estar se fazendo.
- A dona Cida está? - Perguntou ele
Achei estranho ele estar perguntando da minha mãe, já que todas as pessoas que minha mãe conhecia eu também conhecia.
- Ela saiu, porquê? - Perguntei desconfiado
Ele foi devagar vindo em minha direção, até chegar na porta, depois disso, parou por alguns minutos ao meu lado , me empurrou e entrou dentro de casa.
- Você acha que está aonde? Aqui não é a sua casa pra você entrar desse jeito. - Disse com o tom de voz alto
- Que eu me lembre , ela continua sendo a minha casa também
Eu não estava entendendo o que aquele '' estranho '' estava falando. Ele chega na minha casa, entra nela e ainda fala que a casa era dele também? - o cara só podia estar drogado.
- Desculpa,mas aqui não é serviço social
- Nossa primo, eu sabia que você não gostava de mim, mas nunca pensei que você achava isso de mim
- Primo !? O único primo que eu tenho, não se parece nada com você, ele dá o triplo de você .
-Tudo bem não gostar de mim , mas não me reconhecer aí já é demais!
- Eu não tenho que te reconhecer, você não é nada meu...quer ver? Vamos acabar com esta palhaçada.
Peguei o celular e liguei para Hugo , no entanto, tive uma surpresa daquelas. O celular estava tocando dentro da minha casa, para ser mais especifico, o som do toque do celular estava vindo do bolso da calça dele.
Ele simplesmente atendeu o celular e disse:
-Oi Vitor, quanto tempo! sentiu muita falta?
Ele estava irreconhecível, além de estar com a aparência totalmente mudada, sua personalidade havia mudado também. Ele nunca havia sido cínico até aquele momento.
Desligou o celular e veio me abraçar, eu estava em estado de choque, não sabia o que fazer.
- Eu sei que você sentiu minha falta.
- Mas como....? O que aconteceu?
Tudo estava acontecendo muito rápido, meu cérebro não estava raciocinando direito.
- Você que eu era quem? o He man ? - E deu m sorriso de canto mais lindo que eu já vi e tenho que dizer que foi até mais bonito do que várias meninas.
- Quase que eu achei que fosse.
Tentei descontrair um pouco o ambiente e até tentar mudar meus pensamentos que naquela altura só pensava em sua beleza.
Ajudei ele a desarrumar as malas e fui fazer algo para ele comer, quando eu terminei de cozinhar fui no quarto chamar ele. Chegando no quarto vi uma das coisas que mais me deixou perturbado, Hugo estava com a toalha enrolada, com o peitoral á mostra, ele estava fisicamente diria eu perfeito. Aqueles homens que toda mulher desejaria ter em sua cama, para beijar abraçar e afazer outras coisas.
- A comida está pronta, quando quiser é só vir comer.
- Ah tá, eu já tô indo. Mas porque você estava me encarando?
- Eu te encarando? - Gelei na mesma hora, pois eu poderia te sido mais discreto pelo menos nos meus olhares para ele
- É! você estava me observando todo sério
- É que eu fique com vergonha, pois meu corpo não está em tão boa forma como o seu.
- Para com isso, não tem do que ficar com vergonha.
Paramos com a conversa e fomos comer, eu abri um vinho para comemorar a sua chegada. Fomos comendo e tomando vinho, eu não era fraco com vinho em comparação com o Hugo, que já estava meio zonzo.
Falei que era melhor pararmos de tomar porque ele já estava meio alterado, até na cama eu tive que levar ele. Fui subindo as escadas com ele escorado nos meus ombros, chegando em seu quarto coloquei ele na cama, tirei seu sapato e sua camiseta para ele poder dormir melhor, e foi naquele momento que eu senti uma atração muito grande por ele, eu senti tudo o que eu nunca havia sentido com uma mulher: meu coração acelerou, minhas mãos começaram a suar, minha respiração ficou desregulada , e um impulso me levou aos lábios de Hugo.
Prometo escrever mais.