Ódio Vira Amor – XIV
Continuando.....
Na manhã seguinte acordei sentindo – me a pessoa mais feliz de todo o planeta, jurando que nada poderia apagar o meu brilho e minha felicidade. Tomei um banho bem demorado, vestir o meu uniforme do colégio, pus meus fones de ouvidos laranja na orelha e desci para tomar café com meus queridos pais.
Ao chegar à cozinha percebo que meu pai não estava mais em casa, cumprimento minha mãe com um beijo no rosto sento – me em uma das cadeiras, tomo meu café e logo após saio rumo ao colégio.
Quando cheguei ao colégio, Marcela não estava a minha espera como já era de costume, na mesma hora imaginei que seria assim daquele dia em diante. Entrando na sala noto que ela estar praticamente vazia, no mínimo todos estavam no pátio conversando ou não havia chegado, coisa típica de segunda.
Sento – me na cadeira de sempre e abaixo a cabeça concentrando – me na música que ouvia (Firework – Katy Perry) pensando como seria a minha vida social no colégio, já que os meus fies escudeiros estavam ficando.
Eu iria odiar o fato de ficar segurando vela dos dois, mas não havia nenhuma outra solução ou era segurar vela ou ficar sozinho. Foi aí então que lembrei – me do Felipe, minha cabeça começou a trabalhar no assunto e achei até legal a ideia de ficar ou quem sabe até namorar ele. Mergulhado nos pensamentos não vi quando o novo casal do colégio entrou na sala e se dirigiu a minha cadeira. Só noto a presença deles quando retiro o celular do bolso para trocar a musicar, vendo os dois na minha frente, retiro os fones da orelha e falo:
Eu: Buenos dias ! Como vai o mais novo casal ?!
Marcela toda contente, responde – me:
Marcela: Buenos. Estamos muito bem. E você meu lindo como estar ?!
Eu: Maravilhosamente bem. E você sua gata ?!
Marcela: Idem.
Eu: Tom ?! Tudo bem ?!
Tom que ainda estava desconfortável em relação a minha pessoa responde – me:
Tom: Tudo sim. Por que você estar aqui na sala sozinho ?!
Eu: Por que não estava a fim de ficar lá no pátio.
Marcela: Ei, cadê o seu príncipe ?!
Eu: Não faço a mínima ideia. E outra ele não é príncipe, nem é meu !
Marcela: Até parece.
Tom: Então quer dizer que você e aquele cara estão se acertando ?
Eu: Claro que não. No dia que você me ver agarrado naquele traste pode separa que é briga !
Ficamos jogando conversa fora como já era de praxe, até o professor entrar na sala e lecionar as aulas. Naquela segunda o Felipe não foi ao colégio, não estranhei esse fato já que ele não gostava de estudarOs dias se passaram rapidamente o que foi uma boa, o Felipe aparentemente desapareceu do colégio e do mapa, já que ninguém sabia o seu paradeiro. Todas as noites antes de dormi, eu lembrava de seu beijo e suas palavras, rezando para não cair em seu chame. Mas no fundo eu já sabia que não o odiava mais.
Marcela e Tom a cada dia era visível à química entre eles, o que deixava – me feliz. Ao contrário que pensei eles nunca ficavam de pegação na minha frente. Tudo parecia como sempre foi em alguns aspectosNa quinta-feira da mesma semana, ao chegar ao colégio noto que o carro do Felipe estava estacionado na vaga para funcionários, o que significava que ele resolveu ir à aula naquele dia. Como já era rotina, Marcela e Tom só chegavam atrasados, devido ao fato de ele ir busca – la em casa todos os dias. Fiz meu trajeto de sempre pelos corredores até chegar às escadas que dão acesso ao 1º andar onde fica a sala onde estudo, quando sou surpreendido por alguém puxando a minha mochila, com isso virei – me rapidamente e assim pude constatar que era quem eu havia imaginado:
Eu: O quê é que você quer garoto ?!
Felipe: Eu ?!
Eu: Não a sua avó ! Claro que é você !
Felipe: Eu só quero você.
Eu: Então vai ficar querendo !
Felipe: Ah para de ser fazer de difícil ! Já sei que você também estar afim.
Eu: Vai se achando. Só vou ficar com você no dia de São Nunca !
Felipe: É o que vamos ver.
Ele veio caminhando para mais perto de mim como havia feito no dia da festa, só que dessa vez eu não iria deixa – ló chegar onde queria. Antes que ele pudesse tentar algo, tratei de lhe dar uma tapa em sua cara.
Com umas das mãos na face, ele conseguiu falar:
Felipe: Nossa Senhora que mão pesada !
Eu: Meu querido, você ainda não viu nada !
Com isso sair em direção à sala, morrendo de rir. Aquele que sempre humilhou – me agora digamos que estava humilhado. Pra falar a verdade eu bem que estava gostando de toda a situação, saber que tem alguém atrás de você aumenta qualquer alto estima.
Quando o casal 20 chegou contei toda a história a eles. Como já era se esperar o Tom quase morreu de rir, mas a Marcela achou tudo horrível, disse que eu estava brincando com ele, o fazendo sofrer, esse tipo de coisa. Só que estava nem aí para tudo isso, queria mesmo era ver ele se arrastar aos meus pés.
Na hora do intervalo, estávamos nos três na nossa mesa de sempre, quando o Felipe se aproxima e diz:
Felipe: Amor, você que comer alguma coisa ?!
Surpreso por sua pergunta, respondo:
Eu: Não. Obrigado. E alias não preciso que ninguém pague as coisas para mim, graças a Deus tenho dinheiro pra isso. Se não tivesse, não seria possível estudar aqui, já que pagamos uma fortuna todos os meses.
Se fazendo de coitadinho ele fala:
Felipe: Eu só estava tentando ser gentil.
Ao se afastar da mesa, Marcela chama a minha atenção:
Marcela: Como você pode ser tão mal com o coitado ?!
Indignado com a sua atitude respondo:
Eu: Coitado ?! Coitado é filhote de rato que nasce pelado no mato.
Marcela: Você estar brincando com os sentimentos dele. Por qual motivo você o trata assim ?
Eu: Até parece que você esqueceu o que ele me fez ! E outra essa história de amor é só mais um joguinho dele.
Tom: É isso ai. Ele é um canalha ! Já pensou se isso não é um plano pra acabar com você ?!
Eu: Pode até ser, mas não creio que ele seja tão inteligente para isso.
Tom: Não subestime o poder do inimigo !
Marcela que ouvia tudo com a maior cara de assustada, fala de forma que não era de sua feição:
Marcela: Como vocês podem ser tão maus ?! Ele estar apaixonado por você Rafha ! E você deveria retribuir esse amor. E Tom sinceramente não esperava isso de você !
Após falar tudo isso, ela se retira da mesa em direção aos banheiros. Tom assim como eu não havia entendido tudo aquilo que ela havia falando, perguntou:
Tom: Que bicho mordeu ela ?!
Eu: Sei lá. Quando ver isso ela estar naqueles dias.
Tom: Só pode ser ! Mulheres quem as entendem ?!
Eu: Por isso que eu não fico com elas !
Tom: Até parece. Eu sei por que você não curti elas.
Depois desse comentário, caímos na gargalhada. Foi aí então que percebi que as coisas já estavam acertadas entre nós.
O resto da manhã percorreu tudo bem. Marcela pediu desculpa á nós por seu comportamento e ainda disse que a vida era minha, por isso as decisões só cabiam a minha pessoa.
Na hora em que o sinal tocou informando – nos que já poderíamos ir para casa, arrumei as coisas na mochila e sair em direção à porta, junto com os dois (Marcela e Tom) que estavam de mãos dadas.
Já do lado de fora do colégio, Tom ofereceu uma carona, que recusei automaticamente. Eu gostava mesmo era de caminhar, todos dizem que eu nasci em berço de ouro, porém tenho espírito de pobre. Sair andando distraído como sempre, quando sou surpreendido com o carro do Felipe seguindo – me. Só vim notar esse fato quando fui atravessar a rua, sem acreditar na cena, resolvo esperar para saber o que ele queria.
Desculpe pela demora em relação à postagem do conto. Gostaria de agradecer a todos vocês que sempre comentam os meus contos, fico infinitamente feliz lendo o que vocês escrevem. Mas hoje o meu agradecimento especial vai particularmente para o FabioStatz que estar sempre comentando os meus contos de uma força carinhosa e me deu apoio no conto passado, quando mencionei o fato de estar sem vontade de escrever.
Espero que vocês tenham uma boa leitura !
Comentem a vontade.....