Eu passava as minhas mãos pela lateral do corpo dele, enquanto o abraçava por trás... Dava uns beijos na nuca e ombros... Ele ficava quieto, sem falar nada, como se estivesse paralisado. Meu pau ainda estava atolado bem no fundo dele... Quando tirei de dentro, ele fez um leve som de desconforto... Passei os braços ao redor dele o puxei para mais perto de mim, sentindo aquele calor que emanava dele.
-- Eu não se o que fizemos foi o certo... Sinceramente não sei... – ele disse por fim.
-- Você gostou? – perguntei.
Ele se virou para mim, e suspirou.
-- Nem tudo o que gostamos, é certo... Monsieur tem alguma noção do que aconteceria conosco se descobrissem?
-- Simples. Não contaremos nada... A não ser que você esteja com vontade de ser enforcado. – falei sério.
-- Lorenzzo... – disse ele confuso.
--Sabe qual o seu problema fedelho? Você fala de mais. – disse colocando a mão na boca dele.
Ele me mordeu...
-- Ah seu... – disse quase o xingando.
-- Temos que ir... Me ajuda a me vestir? – ele disse pensativo.
Levantamos-nos e na cama... Bem, na cama tinha uma pequena mancha de sangue.
-- Mi perdoni... Exagerei na força... Com você. – disse olhando calmo nos olhos dele.
-- Tudo bem. Vou ficar – ele pigarreou – Bem... Não se preocupe.
Enquanto eu me vestia, ele pegava peça por peça.
-- O que você fará em Florença? – disse perguntando o que eu já sabia... Eu queria ver o que ele iria responder.
-- Ahm... Eu irei me casar com uma moça... É isso.
-- Ah... Conhece ela? – perguntei.
-- Mas é claro... Que não! É um casamento arranjado. Amarra. – disse ele autoritário, virando de costas para mim. Peguei os laços do corpete, e trancei.
-- Humm está contente... Com o casamento? – continuei.
-- Não. Ninguém fica contente quando sai de casa obrigado para se casar com uma estranha... É triste. – ele falou.
-- Mas, quem sabe ela não pode ser... O amor da sua vida? – falei continuando a trançar os laços.
-- Non... Na certa ela deve ser mais uma cadela italiana querendo ser duquesa! – ele disse com rancor. Fiquei tão louco de ódio que peguei as amarras e puxei com tanta força que o corpo dele deu um solavanco para trás colando no meu. – Monsieur enlouqueceu? EU TENHO QUE RESPIRAR!!! – ele disse com o rosto vermelho.
-- Pardon, vossa alteza. – disse irritado. Como aquele desgraçado ousava falar de Cecilia?
-- Da próxima vez que fizer isso eu vou...
-- Fará o que? Hein? – disse roçando a minha barba rala no pescoço dele.
-- Esqueça... – ele saiu de perto de mim, pegando o gibão de seda e veludo cor de pêssego.
Terminei de me vestir, e ele olhou o meu cinto.
-- Onde está o seu florete? – ele analisou... Perceptivo.
Suspirei me lembrando do que tive de fazer.
-- Eu troquei ela pelo o seu remédio. – disse sem humor algum.
-- Está magoado comigo. – ele afirmou.
-- Por que estaria? – perguntei.
-- Ela era especial para você não é? – ele continuou a me olhar.
-- Sim... Foi a ultima coisa que meu papa me deu... A ultima lembrança... – falei entristecido.
-- Por que fizeste isto?
-- Era isso ou deixar vossa alteza morrer em uma estrada deserta. – disse carrancudo. – E eu aceitei o trabalho de protege-lo e eu dei a minha palavra de honra. Por isso esse assunto acabou.
-- Como queira. – ele falou por fim.
Depois de almoçarmos, eu o fiz esperar na pousada, e roubei dois cavalos. Situações desesperadoras pedem medidas desesperadas.
-- Louis!!! – bati de leve na janela do quarto. Ele não me ouviu. – LOUIS!
Ele se virou, e abriu a janela.
-- Saia pela a porta dos fundos e pegue a minha mochila que está na mesa... E rápido... E sem ninguém te ver! – falei ligeiro.
Depois de uns 2 minutos ele saiu com a mochila na mão, e a expressão curiosa.
-- Suba no cavalo que iremos partir agora! – disse sério.
-- Onde arranjaste a montaria? – ele disse subindo na sela.
Ele olhou para mim sorrindo. E depois compreendeu.
-- Monsieur... Roubou? Monsieur roubou!!! – ele disse em um surto de pânico.
-- Tanto faz... Podemos ir a cavalo para Florença ou caminhar até lá. Decida isso! – disse dando as opções. Ele deu a partida no cavalo e correu, e fiz o mesmo o seguindo.
Depois de um tempo, ele disse:
-- Eu estou cansado. Quero descansar!!! – ele reclamou.
-- Aguente firme...
-- Mas eu estou cansado!!! Eu não sou obrigado a continuar... Você é o meu criado e me deve obediência. – ele falou.
-- Como é que é? – falei irritado.
-- Oui. Paguei pelo os seus serviços e me deve respeito e obediência. Não o contrário. – ele continuou.
-- Desça agora!!! DESÇA AGORA! – gritei com ele, que no momento arregalou os olhos.
Ele trêmulo desceu da montaria e também fiz o mesmo. Agarrei ele pelo os pulsos e o joguei no tronco de uma arvore que estava perto.
-- Escuta aqui seu garoto arrogante... Eu já salvei a sua vida duas vezes não por que eu goste de você e muito menos pelo o seu dinheiro... Só fiz o meu trabalho. Mas se você continuar eu juro que irei te matar... Ficou entendido?! – disse pressionando a garganta macia dele.
-- O-Oui... Entendi. Os cavalos! – ele arregalou os olhos.
-- Sim, eu os roubei sim, e daí?! – disse irritado.
-- Non, olhe os cavalos!!! – ele apontou para a estrada... E vi que o nosso meio de transporte tinha acabado de dar no pé... Ou melhor na pata.
Depois de um tempo ele falou.
-- Satisfeito agora?! Está feliz?!
-- A culpa é sua!!! Você causou tudo isso!!! – disse irritado.
-- MINHA CULPA? MINHA CULPA?! – ele berrou.
-- SIMMMM – gritei de volta.
-- A CULPA É TODA SUA SEU... SEU SELVAGEM!!!
-- CALA A BOCA FEDELHO!!! – disse.
Ele chegou até a mim e me deu um tapão no rosto e eu agarrei os braços dele... E nos beijamos... Sim, nos beijamos...
-- Quer calar a sua boquinha nobre e andar? – disse mais calmo.
Ele acenou um sim com a cabeça e ficou quieto.
-- Vamos... – disse pegando na mão dele... Depois a soltei e continuamos a andar.
Um pouco mais tarde...
-- Eu juro pelo nosso Senhor que, NUNCA, NUNCA, vou andar tanto assim no meio do nada, em toda a minha vida!!! – ele disse irritado.
-- Ae, calma... Qualquer coisa eu armo de novo um acampamento e... – olhei sorrindo para ele.
-- Francamente... Eu não faço o tipo de dormir no mato! Eu quero a minha cama... Com os meus lençóis e travesseiros... – ele disse abaixando a cabeça.
-- Você é muito mimado sabia? – disse sincero.
-- Pouco me importo o que achas de mim... Sua opinião é totalmente dispensável. – ele bufou.
-- Está bem... Não está mais aqui quem falou... – ele andou na minha frente, em passos rápidos. – Me espere!
-- Tanto faz! – ele disse.
-- Não vai me esperar? – falei.
-- NÃO!
Agarrei ele por trás, pressionando-o firme em meu pau... Subi o saiote do gibão dele, e toquei firme na bunda dele...
-- Para! – ele falou tremulo.
-- Você quer mesmo que eu pare? – disse beijando o pescoço dele.
-- N-Não... – ele se rendeu.
E depois da encoxada, continuamos a andar. Até que uma caravana estava se aproximando.
-- Está vendo o que estou vendo?! – ele sorriu.
-- Não é uma boa ideia! – disse.
-- Lógico que é! – ele disse andando rápido indo em direção as carruagens.
-- Louis, volte aqui!!! – disse autoritário.
-- Meus pés estão doendo, meu cabelo está em uma situação deplorável, estou com fome, sede, cansado, e não é você e nem ninguém que vai me impedir de ir até lá!!! – ele disse irritado.
Depois foram se aproximando e vi que deveria ser alguém muito importante para ter tantos seguranças...
-- Quem são vocês... O que querem? – disse um empunhando uma espada.
-- Desculpe-me monsieur... É que fomos saqueados, e estamos caminhando horas a fio... – disse Louis.
-- Hum... Não estão armados... – disse o guarda. – Signore Leonardo, eles podem subir conosco?
Saindo da portinha, veio um senhor de barba branca, em roupas simples, mas luxuosas, em uma touquinha de algodão... Eu sabia muito bem quem era ele, afinal, todo mundo sabia.
-- Eu não posso acreditar... – disse Louis pasmo.
-- Não pode ser... – falei descrente.
-- O que não pode ser?! – disse o senhor.
-- Monsieur é mesmo quem eu estou pensando? – continuou Louis.
-- Meu jovem é claro que sou eu... Leonardo da Vinci ao seu dispor – disse ele sorrindo.
E foi assim que partimos a uma pousada com nada mais nada menos que Leonardo da VinciE ae pessoal... Bem, está ai mais uma capitulo kkkkkkkkkkk e como podem ver, as coisas vão ficar ainda mais interessantes com a visitinha de Da Vinci... Agradeço a todos os votos e comentários... E sinceramente nem mais me importo com os que não gostam do que eu escrevo... Pra mim tanto faz... Ahhh sim... É pessoal... Eu estou noivo kkkkkkkkkk ELE ACEITOU!!! Eu sei, eu sei... Pois é... O grande Bernardão aki é noivo!
Agora só falta arrastar o ruivinho para o altar... E rápido.
Um abração a todos!!!
msn: bernardodelavoglio123@hotmail.com