Mauricio decidiu ajudar... restaurou parte do porão da casa abandonada e comprou uniformes para eles não roubarem mais dos vizinhos.
E para o desespero de Fernanda, Phelip e Duarte descobriram que Osvaldo era usuário de droga.
Paula estava se recuperando, mas o perigo ainda estava a vista.
- Nossa vocês estão realmente lindos!! – disse Mauricio falando sobre os uniformes dos jovens.
- Ficou irado. – falou Bernardo. – Você está linda Ju. – ele disse olhando para o lado.
- Humm... tão namorando!! – todos falaram em coro.
- Pessoal... chega... então eu pedi mais... devem chegar semana que vem... hoje a noite tem um jantar lá na casa da minha sogra... eu vou tentar falar com o meu esposo, ele está feliz...
- Espero que dê certo. – disse Keila.
- Eu também quero... vocês deveriam estar estudando. Falar em estudo comprei uns livros também está no meu carro... Bernardo você pode pegar lá para mim? – perguntou Mauricio.
- Claro... pego sim. Cadê a chave?
- Está aqui... todo cuidado é pouco viu mocinho... está no porta malas em uma caixa.
Fernanda estava pensativa e sorrindo no pátio da faculdade.
- Ai... Osvaldo...
- Oi amor? – falou Osvaldo.
- Oiii... que susto... chega assim....
- Pensei que gostasse de uma surpresa. – ele disse a abraçando por trás.
- Adoro... adoro muito. – ela falou beijando ele.
-Oiiiiiiii!!! – disse Phelip.
- Oi... – disse Osvaldo meio mal humorado.
-E ai como estão vocês?! – perguntou Duarte.
- Estamos bem... – disse Fernanda.
- Que bom... errr.. amor vamos ali na cantina comprar um soco... vocês gostariam de algo? – perguntou Phelip.
- Não... obrigada. – falou Fernanda.
- O que vamos fazer? – perguntou Phelip para Duarte.
- Acho que não temos provas...
- Mas eu viii... nós vimos.... ehhh
- Amor nós precisamos ter calma, pois, não temos provas.
- Verdade... que droga... mas olha a cara dele... está enganando a Fernanda. – falou Phelip.
Sim... não haviam provas para culpar Osvaldo, mas alguém naquele momento estaria bem encrencado.
- Ei garoto... – gritou Pedro fazendo com que Bernardo se assustasse. – O que está fazendo ai?!
- Calma moço... eu posso explicar...
- Então é bom começar... onde está o Mauricio?
- Está lá na minha casa... ele... ele... está ajudando a minha tia a mudar algumas coisas e eu vim pegar no carro uma caixa... está aqui as chaves...
- Entendi... você pode chama-lo para mim?!
- Mauricio... Mauricio... o teu esposo está lá fora....
- O Pedro? – falou Mauricio se levantando rapidamente. – O que ele quer?
- Falar com você... mas eu despistei... falei que você estava ajudando a minha tia na mudança.
- Pessoal fiquem aqui e cuidem dos meus filhos por favor... – ele disse praticamente correndo.
- Pensei que fosse demorar mais... – falou Pedro. – Eu preciso ir na casa da mamãe ver os preparativos do jantar... dá banho nos meninos... a Isabel vai te ajudar... as roupinhas já estão separadas.
- Ahh ok... – falou Mauricio se aproximando e imprensando Pedro contra o carro. – Pensei que íamos tomar banho juntos.
- E cadê a nova vizinha? – perguntou Pedro.
- Está trabalhando... por isso me ofereci para ajudar dos meninos.
- E as nossos filhos? – perguntou Pedro.
- Estão brincando lá dentro... é bom ter outros guris por perto... né? - falou Mauricio.
- Beleza... estou indo e vê se não demora. – falou Pedro.
- Ei... preciso falar com você depois... algo muito sério. – disse Mauricio segurando a mão de Pedro.
- Nossa... se é sério... podemos falar agora... Ahh falando em coisa séria... daqui a pouco a Dona Carolina vai fazer uma reunião extraordinária. Andaram sumindo alguns objetos da varanda... inclusive sumiu roupas do nosso varal... e você não me contou.
- Sério... bem... eu não queria te preocupar a toa, mas foram poucas roupas...
- Mesma assim... eu verifiquei as câmeras e não encontrei nada. – disse Pedro.
- Tudo bem amor... isso vai se resolver.
- E o que você queria conversar que é tão sério? – perguntou Pedro.
- É sério, mas nada urgente... conversamos depois... – ele disse chegando próximo ao ouvido de Pedro. – Te amo..
- Sabe de uma coisa? – perguntou Pedro. – Eu também te amo... mas deixa eu ir lá com a mamãe e ver como estão os preparativos das coisas.
- E por favor não se atrasa... eu te imploro.
- Pode deixar... meu nome hoje é pontualidade. – brincou Mauricio.
- Se cuida. – disse Pedro subindo a rua.
Mauricio voltou e percebeu que os jovens estavam todas olhando pela pequena janela do porão... estavam em cima de uma mesa que não aguentou o peso e quebrou, todos caíram no chão e levantaram sentindo muita dor.
- Bonito hein? Me bisbilhotando.
- E então? – perguntou Judith.
- Está tudo tranquilo... eu preciso levar os pequenos... Judith... Bernardo façam a janta dos pequenos... e durmam cedo... não esqueçam de escovar os dentes... e por favor... parem de pegar as coisas dos vizinhos... hoje vai ter uma reunião sobre os materiais que sumiram.
- Mas faz tempo que não pegamos nada. – falou João.
- Eu sei querido, mas esse pessoal não vai descansar até descobrir que é o responsável.
- Tudo bem Mauricio prometemos nos comportar. – falou Olivia. – Né gente? – ela perguntou olhando para trás.
- Sim!!! – todos gritaram juntos.
- Silêncio gurizada – falou Mauricio sorrindo.
Dona Carolina, estava realmente chateado com o sumiço de seus objetos, ela alardeou todos do bairro para um suposto maníaco. Claro, Pedro temia pela sua família e resolveu cooperar com sua vizinha.
- Essa pouca vergonha não pode acontecer! – gritou a mulher. – Moro nesse bairro há 40 anos e nunca passamos por tais condições.
- É verdade... sumiu a minha mangueira e o meu jogo de ferramentas. – disse um senhor.
- Da minha varanda sumiram também alguns objetos. – falou uma mulher.
- Temos que fazer alguma coisa! – disparou Pedro.
- Eu concordo Pedro... nosso bairro não é mais seguro... ainda mais para você, seu marido e seus filhos... se esses baderneiros resolverem fazer algo com vocês. – falou Carolina. – Nós gostamos de vocês e os de fora?
Pedro ficou com aquelas palavras em sua mente. Na casa se sua mãe, ela percebeu que eles estavam um pouco avoado.
- Está tudo bem querido? – perguntou Paula.
- Sim... não... ai mãe... nem sei mais... tenho medo.
- filho... se é um ladrão é de quinta... roubar... roupas... mangueira...toalhas mesa...
- Não é essa questão... é que tipo o bairro não é seguro... e todos da cidade conhecem a nossa família... o papai... tenho medo por todos. E outra... para alguém dessa família passar dessa para melhor não é tão difícil.
- Pedro Soares!!!
- Desculpa mãezinha... a senhora não pode ter preocupações e eu aqui enchendo o saco.... aff... a senhora já escolheu a roupa que irá usar?!! Tem que ser uma linda.
-É pode ser a minha última festa com seios normais... – ela falou olhando para o espelho.
- Ei... para com isso... hoje é festa! Celebração!!! Sem lágrimas... se não eu vou chorar também.
- É verdade!!! Vamos dançar... rir... celebrar a vida!
Quem não estava celebrando naquele momento era Jean. Ele e Viola, ainda continuavam a guerra psicológica. E o Vinicius de nada desconfiava.
- E ai amor, como está? – perguntou Vinicius.
- Estou bem... cansado do trabalho... mas bem... vamos nos arrumar... quero logo ir para a festa da Paula. – ele disse.
- Calma... estou esperando a minha mãe sair do banheiro.
- Ela ainda está no banheiro?!
- Sim...
- Ai... dá vontade de...
- Amor? Calma... ela já é uma senhora... demora mesmo.
- Só se for uma senhora filha da.... – falou se controlando.
- Jean!!! Olha a falta de respeito.
- Eu te disse meu filho... esse daí não me respeita. – falou Viola saindo apenas de toalha do banheiro.
- A senhora também não ajuda né?!! – ele disse tapando o olho.
- Mãe!!
Estava tudo pronto para a grande festa... haviam várias pessoas conhecidas no salão. A maioria acompanhou de perto o sofrimento da família Soares, mas todos estavam ali para comemorar a vitória.
- Hoje a noite é de superação. – disse Rodolfo orgulhoso de ver toda a sua família reunida. – Antes de iniciar o jantar, quero agradecer a todos aqueles que apoiaram a minha esposa nesta incrível caminhada... em especial meus filhos Pedro, Phelip e Priscila.
- Que é isso pai... o senhor foi o mais forte de todos. – falou Phelip.
- Verdade paizinho... – Priscila falou abraçando Rodolfo.
- Mas vamos dar por oficializada a festa da superação. – falou Rodolfo levantado a taça de vinho.
Do outro lado da cidade, Osvaldo recebia uma ligação nada amistosa de seu pai.
- Pai... as minhas notas não estão baixas... eu juro que nunca mais me droguei... pai... se acalme... não pai... alô?! Droga!!!! Droga!!!!
- Querido está tudo bem aí? – perguntou a Dr. Alexia.
- Sim tia... derramei tinta em cima do meu terno.... a senhora vai na frente que eu vou trocar. – ele falou perto da porta.
- Tudo bem não se atrase... – ela disse saindo.
De dentro de uma gaveta oca, Osvaldo pegou uma pequena sacola com um pó branco e cheirou parte do conteúdo.
- Só para relaxar... só para esquecer.
Pedro e Mauricio jantavam tranquilamente e conversavam sobre vários assuntos.
- Amor... – falou Mauricio.
- Oi? - disse Pedro antes de tomar uma taça de vinho.
- Você... já considerou em... aumentar a família?
- Como?!
- Tipo... adotar... mais uma pequeno ou talvez duas? – perguntou Mauricio.
- Bem... acho que três filhos já são suficientes para um casal gay... você não acha? – perguntou Pedro.
- É... são suficientes.
- Mas... qual o motivo da pergunta? Está interessado em adotar outras crianças? – perguntou Pedro.
- Não... é que... nada de importante... apenas uma curiosidade.
- Claro... não se preocupa...
Ao olhar para o lado esquerdo, Mauricio viu o rosto de Bernardo e DJ olhando pela janela. Eles estavam tentando alcançar a mesa de doces da festa. Sorrateiramente os dois entraram, mas foram barrados pelo segurança da festa.
- Eiii... vocês dois?! O que estão fazendo aqui? – perguntou o homem.
Sim... talvez o segredo de Mauricio fosse descoberto antes do momento... mas será que Pedro seria capaz de adotar todas as crianças?!! Ou será que o preço pago por Mauricio por esconder os jovens seria além do amor da família?!!
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