Nosso momento havia sido interrompido de forma brutal pois meus pais não tinham a menor noção de que eu gostava de homens, principalmente porque meu ultimo relacionamento que havia acontecido há mais de 3 anos foi com uma mulher..
O Roberto tinha que sumir porque se meu pai visse aquele homem em casa e os chupões no meu pescoço ele iria desconfiar e eu ficaria ferrado. Ou ele me mataria ou me expulsaria de casa.
De imediato me levantei e corri para trancar a porta da frente, ele notou meu desespero e começou a colocar a roupa bem rápido
- Leonardo abre a porta to sem a chave – meu pai gritou já esmurrando a porta.
Foi o bastante para que eu congelasse. Roberto me segura pelo braço:
- Você não disse que eles voltariam mais tarde? Seu pai sabe que você gosta de homens? O que a gente faz?
- Calma to pensando, com as marcas de chupões que eu to no pescoço meu pai não pode nem cogitar que tem um homem desconhecido aqui, vem comigo.
Corri para o meu quarto e empurrei ele em um vão entre meu guarda roupas e a parede. Fechei correndo a janela, baguncei minha cama e meu cabelo e fui até a porta destranca-la.
- Foi mal pai, eu tranquei a porta pra tirar um cochilo e esqueci onde tava a chave. Oi mãe tudo bem? Mais porque voltaram tão cedo?
- Teu pai esqueceu os documentos e a carteira de motorista! A gente nem saiu direito da cidade e uma blitz parou a gente!
- Que pena mãe, então já era o fim de semana na casa da vó?
- Que nada nem que seja de ônibus a gente vai! Parece que teu pai fez isso de propósito só pra não ir!
Mais aliviado puxando assunto vi quando meu pai parou em frente ao meu quarto, eu gelei, fui até ele e perguntei como que num impulso pra desviar a tenção dele:
- Eu quero ir junto pra casa da vó pai...
Esse foi meu erro... ele olhou fixamente para meu pescoço:
- O que são essas marcas de chupão ai no seu pescoço? São mordidas!
- Nem sei pai sai ontem a noite e bebi, pode ser qualquer coisa.
- Você acha que eu sou idiota! Deve ter pegado alguma menina não é.
- Acho que foi isso...
Consegui enrolar ele. Meu pai saiu e foi pro quarto trocar de roupa. Enquanto eles discutiam levei o Roberto até a porta e disse que amanha ligaria para ele. Voltei mais aliviado deitei no sofá e fiquei pensando naquele momento de prazer com Roberto.
Por volta da uma da manha pego meu celular com a intenção de ligar para ele, nessa altura do campeonato eu pouco me importava se ele me usava ou não o que me interessava realmente é estar com ele. Me surpreendo ao ver uma mensagem de meu melhor amigo Mayk que dizia “Foi mal ter ficado um tempo sem me comunicar com tigo, sábado a noite passo na tua casa pra gente se falar”.
Eu e Mayk nos conhecemos na mesma escola e ficamos estudando junto por uns 4 anos, ele acompanhou minha juventude meu namoro e foi pra ele que eu contei a respeito de meu gosto por homens, ele ficou sabendo do meu primeiro caso quando eu tinha 15 anos e perdi minha virgindade. Sempre esteve ao meu lado a pesar de gostar de mulheres nunca teve preconceito comigo, perdemos parte do contato quando ele entrou pro exército o grande sonho dele. Ele tem 1,80 de altura, cabelo e olhos pretos, branco porem com um bronzeado por conta do exército, corpo bem definido e com apenas 18 anos.
A mensagem me animou bastante, tínhamos muitos assuntos para colocar em dia.
Tive uma ótima noite, e de manha pulei da cama já pensando pra quem eu ligaria primeiro, então simplesmente resolvi não ligar, queria que Roberto corresse atrás de mim. Por volta das duas da tarde meus pais foram para a casa de minha avó de ônibus e meu pai odiando ter que ir, a casa era minha durante todo o fim de semana, sai, falei com alguns amigos, tomei sorvete com outros e no fim do dia corri para a casa para esperar o Mayk.
Ele chegou com aquele estilo de Bad boy, coturno calça camuflada, camiseta do grupo de artilharia, porem já chegou me abrasando como se fosse uma criança:
- Leo que saudade, tenho tanta coisa pra falar, minha vida ta um tédio sem os amigos!
- Vamos pra sala e você me conta tudo.
E não é que ele falou tudo mesmo, todas as história de quartel, gafes, problemas e sacanagens que rolavam a cada fim de semana quando eles eram liberados de ficar no quartel. Porem ele começou a reduzir a empolgação e em tom quase sério me perguntou como eu avia passado.
Falei sobre meu trabalho e do tédio mais nada, porem ele me surpreende, pede para que conversemos no quarto pois ele queria me falar o real motivo de estar ali, atendi prontamente.
- Leo tenho que ser sincero com tigo pois é o único pra quem eu posso falar isso, peço que não me julgue e me deixe terminar de falar antes de qualquer coisa.
- Tudo bem fala que você ta começando a me deixar com medo.
- De uns tempos pra cá me senti muito solitário, quase em depressão, nem sei o real motivo direito, em um dos fins de semana em que eu vim pra cá acabei encontrando um velho amigo nosso de escola e começamos a sair se divertir, depois de um tempo juntos a gente acabou transando e eu não tinha mais certeza do que eu sentia, se eu seria gay, ou não, mais me deixei levar pelos meus sentidos e agora estou perdidamente apaixonado por ele, por um homem.
- Caramba, você apaixonado por um homem eu nunca esperaria isso de você, porem eu não estou te julgando muito pelo contrario estou muito interessado me conta quem ele é.
- Claro Leo, 1,90 de altura, branco cabelos e olhos pretos, cavanhaque, 25 anos, e o nome dele é Roberto.
CONTINUA...
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