[Mayco, aluno e estagiário na escola, estava chupando minha bocetinha na biblioteca quando a porta se abriu. Era o supervisor.]
Alto, calvo, branco tipo alemão, e forte, o homem que, no ano anterior, me recebera quando do meu ingresso na escola abriu a porta e recuou como se tivesse levado um murro. Chamava-se Gustavo. Dizia-se, em rodinhas de fofocas, que era “pegador” de alunas. E era com isso que eu contava, ao entrar em sua sala, no dia seguinte, meia hora antes do início das aulas.
— O Mayco vai ser despedido — disse ele com ar sério, remexendo uns papéis.
Senti um aperto no coração.
— Ele não tem culpa do que aconteceu — iniciei, decidida a defender o rapaz. — Se alguém tem que ser punido, esse alguém sou eu.
— Pode explicar melhor?
Resolvi jogar pesado.
— Ele estava fazendo seu trabalho. Eu é que fui lá. Eu é que fechei a porta. Fui eu que baixei a calcinha e pedi pra ele chupar a minha xoxota. O senhor recusaria? Ainda mais, linda e cheirosa como ela é ... A menos que o senhor não seja “chegado”...
Ele perdeu a fala.
— Quer ver? — desafiei levantando a saia.
Por ser branca e estar colada à pele, a calcinha mostrava os contornos do meu sexo, também em fase de desenvolvimento. Acompanhando meu aumento de estatura, a rachinha vinha se alongando, o que a tornava mais visível sob o tecido. Como também eram visíveis a ausência de pelos e o remexer do pomo-de-adão do supervisor, que engolia em seco, tentando controlar o incontrolável.
Tão incontrolável, que, num abrir e fechar de olhos, eu o tinha a meus pés, mesmerizado com a vista da minha xoxota, que ele desvelou baixando a minha calcinha até as coxas. Depois de acariciá-la com a delicadeza de quem manuseia um cristal raro, ele encostou a boca, lambeu. O problema de Mayco estava resolvido.
Já à porta, ele pediu meu telefone.
Entregando-lhe meu cartão, fiz outra solicitação:
— Será que o senhor poderia me mudar de turma?
Ele levou a mão à fechadura, abriu a porta alguns centímetros. Mas em seguida tornou a fechá-la, isolando-nos das vozes dos primeiros alunos que chegavam para mais uma tarde de aulas. E girou a chave.
Então outra voz alcançou meus ouvidos. Agarrando-me por trás, com braços de halterofilista, Gustavo esfregou em meu corpo a ereção que eu não via, mas percebia, mesmo através dos tecidos que separavam nossas peles. E a boca que acabava de provar o sexo impúbere de uma aluninha no cenário austero da sala da supervisão articulou, com toda a emoção que a situação suscitava:
— Claro que sim... safadinha...
Ri para mim mesma, e também pela situação. E meu riso nos uniu em mais uma cena de audácia.
— Você me deixou com tesão — sussurrou ele abrindo a calça, de onde, para corroborar suas palavras, emergiu um pênis admiravelmente duro.
Hoje, tendo bem definidos o corpo e a mente, eu vivo a situação excepcional e invejável de extrair prazer físico tanto de mulheres quanto de homens, como ficou explicado mais acima. Naqueles dias, porém, embora a experiência de ter na mão um pênis já não fosse novidade, eu nada sentia de especial, a não ser uma vaga satisfação psicológica. Alguma coisa, porém, em algum cantinho do meu cérebro, emitia alertas, empurrando-me para a fruição do dom que vinha se desenvolvendo.
Como campainhas atordoantes, esses alertas me embotaram o raciocínio. Quando dei por mim, estava masturbando o supervisor, que gemia baixinho sob efeito dos movimentos de minha mão em seu pênis, macio por fora e duro por dentro, como uma barra de ferro acolchoada.
E aconteceu.
Alteradas pela respiração, as palavras do supervisor fugiam ao meu entendimento. Perdiam a significação. Mas eu sabia o que o que ele estava sentindo. Conhecia suas sensações. Conhecia-as e sentia-as.
Sei que ele repetiu algumas vezes “safadinha”.
Obnubilados pelas ondas de lascívia que me dominavam, meus olhos distinguiam apenas o pênis rígido do supervisor, com o prepúcio ora encobrindo, ora descobrindo a glande luzidia ao ritmo de minha mão. Eu sentia seu pulsar, e sentia pulsar meu clitóris.
Não sei quanto tempo durou aquele intercâmbio de favores libidinosos. O tempo ora se espichava, ora se encurtava, segundo a aceleração que eu imprimia à mão. Refiro-me ao tempo que faltava para o orgasmo de Gustavo, que, eu ainda não sabia, seria também meu.
E veio.
Cerrando as pálpebras com força, como se faz quando algo irrita os olhos, ele ejaculou, apoiando-se à porta, enquanto, segurando firmemente seu pênis, eu desfrutava um inesperado orgasmo que iniciou a mudança radical em meu comportamento