A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 4x05 - "POR QUE?"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 2286 palavras
Data: 02/10/2012 22:43:10

Gente... quero agradecer muito ao elogios que eu recebo, são vocês que fazem a minha insepiração aflorar. Sei que estou demorando a postar, mas é que estou com muitos trabalhos paralelos. Quase não paro mais em casa. Então no final de cada conto vou postar a data em que o próximo cap vai estar no site.

E me desculpem também aqueles que sentem falta do erootismo. Mas é que o meu estilo foi mudando com o tems epo, mas em breve solucionarei esse probleminha... afinal o nome é casa dos contos eróticos..... apesar de no http está apenas casa dos contos e na logo marca do site tbm.

Quando somos estudantes tudo o que queremos é nos formar, pois, não aguentamos mais lições da vida. Depois que crescemos aprendemos que isso é uma linda ilusão... a vida pode nos dar uma lição mais difícil do que qualquer conta de matemática ou ordem gramatical.

- Tentei te ligar ontem. – disse Osvaldo assustando Fernanda.

- Nossa...

- Desculpe... bem... tentei te ligar ontem, mas você desligou o celular.

- É que aconteceu algo muito chato... quer dizer além de você ter feito barraco na praça. – disse Fernanda juntando um papel do chão.

- Já pedi desculpa, mas quando eu vi aqueles idiotas bagunçando com os teus amigos eu... eu... perdi a cabeça.

- Eu sei... dá raiva, mas não podemos responder o ódio com mais ódio.. entendeu?

- Entendi... mas vai falar o motivo de não ter me retornado?

- Lembra do Phelip?

- Claro... o que tem ele?

- Na verdade é a mãe dele... está com câncer... e ontem não dormi em casa... passei a madrugada no hospital.

- Porque? Que coisa mais estúpida. – disse Osvaldo.

- Não é estúpido. A dona Paula é uma pessoa importante para mim... assim como o Phelip... fui mostrar o meu apoio e solidariedade. Qual é a tua? – disse Fernanda saindo apressada por um pequeno corredor.

- Vacilão. – disse Osvaldo para si mesmo.

Pedro não queria levantar da cama... para ele aquele dia seria o inicio de um verdadeiro pesadelo. Mauricio também passou a noite acordado ao lado do esposo. Vigilante a qualquer movimento de seu marido.

- Eu não queria acordar... meu subconsciente mandou isso. – disse Pedro.

- Ei... o que é isso? Pedro... preciso de você forte... não vai ser algo fácil... mas juntos passamos por cada situação... nem a natureza nos afastou...

- Às vezes eu odeio o seu positivismo. – disse Pedro sem olhar para o marido.

- Eu não teria por que não ser.... tenho meus momentos de fraqueza, mas quando lembro que tenho você e as crianças... eu... eu... me sinto leve... me sinto indestrutível.

- Obrigado. Obrigado por me aguentar... aguentar a minha família – disse Pedro olhando para Mauricio.

- Não Pedro... eu que te agradeço. – disse beijando o esposo.

- Papai... papai... – gritou Paulinho se jogando em cima dos pais.

- Calma campeão. – gritou Mauricio.

-Hoje vamos ao parque né? O senhor prometeu... – disse o menino.

- Sim... eu prometi... esse menino está ficando esperto demais... problemas a frente. – disse Pedro levantando.

- Amor... pera ai filhote... – disse Mauricio se levantando. – Eu estou de folga hoje... você pode ir para o hospital... fico com os meninos hoje.

- Obrigado. – disse Pedro abraçando o marido.

- Tudo bem... quem vai passear com o papai hoje? – perguntou Mauricio para o filho.

- Eu! Eu vou! E o Pablo também e o Patrick também. – falou o pequeno correndo para o seu carro.

- Vou direto para o hospital... já falei com as meninas... elas vão segurar as pontas por aqui.

- Claro. Depois eu passo lá. – falou Mauricio entrando no banheiro.

Ao sair de casa, Pedro viu algumas crianças correndo. Ele observou por alguns minutos e foi para o hospital.

- Esse pessoal deve ter dinheiro! – falou um rapaz de aproximadamente 14 anos.

- Sim... escolhemos uma vizinhança melhor do que a última. – retrucou uma menina.

A Rua das Tulipas nunca mais seria a mesma. Novas pessoas ameaçavam a paz do local. E mudariam também a vida de muitas pessoas que nela viviam.

- Nossa Sr. Mauricio que coisa chata a mãe do Pedro doente. – disse Dora.

- Dora,Isabel, eu gostaria de tratar sobre esse assunto com vocês. Eu sei que o Pedro está bancando o forte, mas eu conheço o meu marido... e sei que ele vai ficar muito aéreo durante esses dias. Peço a compreensão de vocês.

- Pode deixar... no que depender de mim... o Pedro não vai ter problemas com nada. – disse Isabel.

- Infelizmente eu queria estar ao lado deles, mas acho melhor apenas a família ficar junta. Já tem gente demais tentando ajudar. – falou Mauricio.

- Eles precisam de um tempo né? – perguntou Dora.

- Sim.

- Eu também precisei de um tempo quando aquela tragédia levou a minha família. – disse Dora se controlando para não chorar.

- Para Dorinha... você vai ficar triste. – retrucou Isabel abraçando a amiga.

- Verdade... vou tratar de ver as roupas que eu estendi. – falou saindo e voltando com cara de espanto.

- Que foi mulher? – perguntou Mauricio.

- As roupas que estavam no varal.... todas... sumiram.

- Como assim?! – falaram Mauricio e Isabel ao mesmo tempo.

- Venham. – pediu Dora.

- E haviam muitas roupas?! – perguntou Mauricio.

- Sim... muitas... e todas... todas sumiram.

- Algum necessitado deve ter pego... será que vamos ter que tomar medidas drásticas?! – perguntou Mauricio.

- Vixiii. – disse Dora assustada.

Priscila não estava conseguindo se concentrar direito para fazer as cirurgias. Perdia o foco das coisas muito rápido, pois, pensava no que sua mãe iria enfrentar nos próximos dias. Exames e mais toneladas de exames, seguido da quimioterapia.

- Não fica assim amiga... a dona Paula é forte. – falou Vinicius abraçando Priscila.

- Eu... eu... droga... eu deveria ter pedido a ela para fazer exames... eu sou médica... eu deveria saber dessas coisas.

- Isso mesmo... você é médica... e não uma vidente. Priscila... essas coisas podem acontecer com qualquer um. Você não pode ficar se martirizando por algo que não é culpa sua e nem de ninguém.

- Mas eu me sinto uma inútil.

Longe dali havia uma pessoa que pensava a mesma coisa.

- Eu me sinto um inútil. – disse Phelip para o seu namorado.

- Por favor... você não é inútil. Deu todo o apoio para a sua mãe e não pode se culpar.

- Olha só pra mim... eu não posso ajudar em nada... em nada... a Priscila é médica, o Pedro conhece várias pessoas que podem ajudar... eu... – disse ele chorando copiosamente.

- Não... não amor... pare agora. – falou Duarte abraçando fortemente o namorado. – A dona Paula mesmo fala que tem o maior orgulho em ser a sua mãe. Ela te ama e sabe que estás preocupado.

- Eu to tão desesperado amor... eu só quero que isso acabe logo.

Em um enorme casarão, que fica bem em frente a casa de Pedro e Mauricio, algo estava acontecendo. As portas continuavam trancadas e as janelas da mesma forma. Mas de dentro dela era possuiu ouvir conversas. Será que essa casa seria mal assombrada? Sim. O mal poderia estar naquela casa, mas eram apenas um grupo de crianças conversando sobre a missão do dia.

- Muito bem Bernardo. Você conseguiu pegar todas. – disse Juditi, uma menina de 12 anos.

- Não foi tão difícil, mas precisamos tomar cuidado, afinal não pode acontecer denovo. – falou Bernardo deixando uma sacola cheia de roupas no chão.

- Sempre é bom ficar perto dos ricos e poderosos. Sempre encontramos coisas bacanas. – disse um menino de aproximadamente 8 anos.

Os dois mais velhos se olharam e Juditi se aproximou do pequeno.

- João... não fazemos isso para ter dinheiro... você sabe que nós precisamos. Se pudesse não faria isso... é vergonhoso... e escolhemos esse local, pois, é perfeito para a gente. – disse a menina olhando para ele.

- Isso mesmo cara... roubar não é legal. E pegamos apenas o básico... roupa e comida. – disse Bernardo deixando o quarto. – Vou ver se os outros conseguiram a comida.

Mauricio, Paulinho, Patrick e Pablo, tiveram uma tarde maravilhosa na praça do bairro. Correram, brincaram e tomaram sorvete. Mas eles não perceberam que estavam sendo observados. Até que o carrinho em que Patrick estava começou a descer um pequeno morro para o desespero de Mauricio.

- Peguei!! – gritou um jovem segurando o carro apenas com a ponta do dedo. – Nossa foi quase.

- Meu Deus!!! – falou Mauricio pegando o filho no colo e vendo se estava tudo bem.

- Essa passou perto. – disse o garoto.

- Obrigado... muito... muito.... muito obrigado. Como você se chama? – questionou Mauricio.

- Dario Júnior, mas o senhor pode me chamar de DJ.

- Mais uma vez obrigado DJ... você foi um verdadeiro herói. – disse ele levando o carrinho morro a cima. – Da próxima vez papai vai te deixar amarrado. – falou Mauricio rindo.

Mauricio se recuperou do susto e continuou se divertindo com os filhos. Ele olhou para o lado e viu DJ paquerando um cachorro quente. Ele então se tocou que apenas agradeceu ao menino, mas não o recompensou.

- Ei... DJ!!! – gritou Mauricio acenando para o menino. – Venha cá.

- Oi senhor... tudo bom? – perguntou o menino.

- Sim... eu esqueci de te recompensar... você salvou a minha vida hoje.

- Claro, a sua esposa ficaria muito brava se soubesse. – retrucou o menino.

- Você nem imagina o quanto... nós vamos lanchar agora... gostaria de vir? – perguntou Mauricio. – A minha empregada preparou um lanche super bacana... se quiser... ou posso pagar algo pra você.

O menino pensou um pouco.

- Vamos? – ele perguntou. – Posso te ajudar a levar um carrinho.

- Puxa muito gentil da sua parte.

Pedro chegou ao hospital e ficou parado em frente a porta do quarto de sua mãe. Ele reuniu todas as forças e entrou.

- Bom dia.

- Oi filho... pensei que não viria mais. Olha estava na internet pesquisando alguns vídeos sobre tricô. Queria que você fosse até o centro e comprasse algumas coisas para mim. – disse Paula.

- Sim claro. A senhora está bem? – ele disse sentando próximo a ela.

- Na medida do possível. Daqui a pouco vou para a segunda rodada de exames.

- Bom dia filho. – disse Rodolfo saindo de um pequeno banheiro.

- Olá pai. – disse Pedro ficando de pé e abraçando o pai.

- Então... vou para casa descansar um pouco e depois volto. – ele disse dando um beijo em sua esposa. – Se cuida. E você mocinho cuide bem da sua mãe.

- Pode deixar.

- Tchau amor. – disse Rodolfo beijando Paula.

- E ai dona Paula... podemos conversar?! – perguntou Pedro.

- Sobre?!

- Mãe... mãezinha. Porque?! Porque demorou a buscar ajuda? – falou Pedro pegando nas mãos de sua mãe.

- Nem eu sei meu filho... sabe como eu sou medrosa... eu fiquei pensando neste momento... odeio cama de hospital.

- Sim, mas do que adiantou esconder e agora está aqui.

- Pedro... eu estou com medo. – ela disse com lágrimas nos olhos.

- Mas a senhora não está só. – disse ele abraçando a mãe. – Nunca vai estar sozinha... jamais vou deixar isso acontecer.

- Obrigada, eu já esperava isso dos meus filhos. Falando em filhos ainda não falei com o Phelip. – ela disse limpando as lágrimas.

- Ele vai ficar bem... está assustado... como todos nós, mas está bem.

Mauricio levava as crianças para a sua casa. Quando foi surpreendido por um grupo de crianças.

- Eiii DJ – gritou Juditi correndo para perto do menino.

- Oi mana? – disse o menino.

- É a sua irmã DJ? – perguntou Mauricio.

- Sim... sou a irmã dele... e o senhor o que ia fazer com o meu irmãozinho? – perguntou a menina.

- Ele ia lanchar comigo e os meus filhos... o pequeno foi um verdadeiro herói.

- Pois não precisamos da sua ajuda... – disse a menina praticamente forçando o irmão a ir embora. – O que eu já falei?!

Precisa ter mais cuidado com estranhos... e... e... se eu não tivesse visto?

- Eu hein... cada um. Vamos filhos?

- Ele não vai com a gente papai? – perguntou Paulinho.

- Creio que não filho... mas a comida nos espera. – disse Mauricio empurrando o carrinho duplo.

Dra. Alexia estava cada vez mais preocupada com o sobrinho. Ela sabia que algo estava indo mal, mas não fazia ideia do que. No quarto escuro, onde a única fonte de luz era o computador, Osvaldo suava enquanto apertava o braço com um tipo de elástico.

- Osvaldo filho? Estou indo ao shopping... você... você precisa de algo? – perguntou Alexia.

- Não tia... estou de boa. – ele disse enquanto tirava uma seringa do guarda-roupa.

- Ok.

Osvaldo injetou a droga em sua veia e deitou. Em sua alma sentia paz e tranquilidade. O mundo para ele só ficava bom quando se drogava.

- Ai Duarte... coitada da dona Paula. – disse Fernanda enquanto se servia no refeitório da faculdade.

- O Phelip está tão depre que não quis vir a faculdade... trouxe uns trabalhos dele e vou correndo depois para o hospital. – falou Duarte ao lado da amiga.

- Que chato.

- Mas que rostinho é esse? Tem algo a mais? – perguntou Duarte.

- Sim.

- Esse algo a mais seria alguém chamado Osvaldo?

- Esse mesmo... aiii... eu não sei mais o que fazer... ele é tão másculo... lindo...

- Com a tua sorte ele é gay... digo... brincadeira... o que tiver que ser... será.

- Espero que sim. Espero que sim.

No apartamento da Dra. Alexia, Osvaldo continuava viajando. Em sua mente, conseguia ver Fernanda algumas vezes e mesmo inconscientemente ele sentia vergonha por estar fazendo aquilo. O momento critico era o momento do retorno.

- Ahhhrgg!! – gritou Osvaldo. – Eu vou parar mãe... eu vou parar... não fica triste... eu juro que essa foi a última... foi a última... eu prometo.

Sim... A vida de um estudante pode ser difícil. Apesar de todos os problemas é preciso estar em dia com os assuntos da sala de aula. Mas quando a vida nos põe em prova é necessário paciência, pois, aquilo que queremos pode não chegar.

comentários e afins...

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Próximo Cap - no Domingo 07 de outubro

horário - noite

Então fiquem ligados.

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Comentários

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Perfeito, não podia ser diferente. Amo esse conto =)

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essa história daria um ótimo livro, cenas de sexo no momento é o que menos importa, amei mais esse capítulo, nele você conseguiu abordar vários temas, adorei, Aguardo a continuação!!!

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maravilhoso acordar pela manha e antes de ir trabalhar ler seu conto

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A historia esta cada vez melhor! E me deixando cada vez mais curiosa... Quem serão essas crianças perdidas no bairro do casal mil? Aposto que crianças necessitadas da ajuda desses dois, rsrs... Parabens pelo otimo conto!

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Poxa vida, parece que a história engatou de vez agora. Tá ficando um pouco confuso com tantos personagens, mas tá legal. Gosto muito do teu conto, e o mais divertido é que ão tem um vilã ou vilã, no fundo a gente sempre torce por todos. Valeu, grato pela leitura. Abraço.

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