Walk Away - parte 6

Um conto erótico de Julho
Categoria: Homossexual
Contém 1517 palavras
Data: 27/11/2012 22:05:20
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Oi, gente! vocês estão bem? espero que estejam ;D

eu tô bem também ;DD - tipo, aqui vai uma parte um pouco maior, porque tipo: domingo não tive tempo de postar nada e ontem o meu amado computador resolveu armar um guerra contra a internet. Sabe minha internet não é uma das melhores D:

Continuação, espero que gostem. Ah, eu amo o comentário de cada um de vocês:

Ah, droga! O que é que ele queria? Ele era o verdadeiro lobo em pele de cordeiro.

Mas ele sabia levar alguém no papo.

Mirela gritou lá do andar inferir:

Vem gente! Que demora; eu quero ver o filme.

Nós descemos as escadas e lá encontramos a Mirela sentada na poltrona. Na MINHA poltrona.

Tipo, eu sei que só era uma poltrona, mas não sentar nela significava ter que dividir o sofá com Miguel.

Meu Deus, que ironia era tudo aquilo?

Começamos a ver o filme, eu tentava me concentrar no enredo, mas não estava dando certo. Miguel ao meu lado estava me deixando louco, o seu cheiro que penetrava nas minhas narinas.

Todos prestavam atenção no filme, somente eu que estava naquela agonia profunda.

Soltei um suspiro e voltei meus olhos para TV.

A história já estava na metade e eu cada vez mais sensível à presença do Miguel, parece que ele tinha se aproximado de mim, o seu corpo tocava o meu.

No momento mais critico do filme, aquele que faz todo mundo chorar, eu ouvia Miguel soltar uma risada, no exato momento em que Mirela soluçava. Ela estava debulhada em lagrimas.

Revirei os olhos entediado. Tá, eu sempre chorava nessa parte, eu não sou tão durão assim, eu tenho minhas horas de doçura. Na hora em que o cachorrinho encontra seu dono.

Mas agora eu não tinha prestado atenção em nada, meu pensamento só se ocupava no meu inferno particular, o Miguel. De repente eu olhei para o lado e encontrei o olhar do Miguel. Senti uma vertigem pelo corpo. Eu não estava perturbado, não; eu me “amostrava”.

Velho, o que ele queria? Qual era a nova brincadeira? Enlouquecer o Julho Albuquerque?

AI, PARA! NÃO OLHA PARA MIM! – exclamei

Ele deu uma das suas irritantes risadas e voltou a se concentrar no filme.

As horas se passaram e chegou a hora de nos despedirmos. Aquela tarde estranha tinha passado e eu sabia que não aconteceria um fato como aquele novamente. Um raio não cai no mesmo lugar um segunda vez, cai?

Me despedi da Mirela com um forte abraço. Na hora que Miguel iria saindo, ele sorriu e falou:

Julho, eu realmente adorei essa tarde de hoje. Espero que esse momento se repita mais vezes.

Eu: Miguel, tchau – fechei a porta sem dó nem piedade. É eu sou mau.

E isso foi tudo que eu conseguir falar: Miguel, tchau.

Ai, eu sou um idiota!

Gente, o que tinha acontecido naquela tarde? Tinha ficado maquis de duas horas do lado de Miguel, sem que nos ermássemos uma guerra.

Mas ufa, ainda bem que aquilo terminou. Miguel Guimarães não era garoto para Julho Albuquerque e vice e versa. Não havia meio termo para esse fato.

Miguel era meu inimigo e agora, sem mais nem menos, queria posar de melhor amigo. Alguma coisa não se encaixava nessa história toda, alguma coisa muito podre, só o que eu esperava vinda dele.

Se alguém apostou que naquela noite eu não pregaria meus olhos um segundo sequer, acertou. Minha mente estava ocupada de mais para dormir.

Meus sentimentos estavam confusos. Uma hora eu tinha a ilusão de que Miguel mudaria da aguá para o vinho e viveríamos um doce romance adolescente. No segundo seguinte, uma voz martelava em minha mente, me mandado tomar cuidado.

Fui para a aula morrendo de dor de cabeça, por conta da noite de insônia.

Entrei na sala e vi o objeto da minha insônia, ele estava sempre do mesmo jeito, rodeado de gente e com seus cabelos bagunçados.

Respirei fundo e fui para o meu lugar. Todo mundo me olhava querendo saber o resultado da briga do dia anterior.

Joguei minha mochila no meu lugar e abri-la retirando meus livros.

De repente eu ouço a voz da Lurdinha, uma voz suave que me fazia tremer a cada vez que ouvia.

Não tremer de um modo bom (se é que existe um modo bom de tremer); ela me fazia por receio; sabe. Não era novidade para ninguém que ela gostava de mim. Mas nem que eu fosse o cara mais hétero do mundo eu ficaria com ela.

Ela é muito periguete até para ela mesma. Podia estar o maior toró, que ela estava com um shortinho que mal cobria seu bumbum.

Bom dia, Julho – Ela colocava os braços ao redor dos meus ombros.

Bom dia, Maria de Lurdes – disse tirando seus braços dali.

O professor entrou na sala, e mandou todos sentarmos.

Em um momento da aula, alguém cutuca o meu ombro, eu olho para o lado esquerdo incomodado para ver quem era; e encontro aquele sorriso do Miguel.

Eu ... bom, eu só queria dizer que foi legal a tarde de ontem . Muito melhor do que a manhã de ontem, tá ligado? - ele falou e eu baixei minha cabeça, envergonhado.

Foi sim, me desculpa – falei, sem perceber.

PERAAAAAAA! Desde quando a palavra desculpa fazia parte do meu vocabulário? O que estava acontecendo comigo? Será que a convivência com o Miguel estava me deixando retardado como ele? Quem era aquele estranho que estava usando minha boca para falar aquela baboseira?

Eu definitivamente não estava em um dos meus melhores dias.

Ele sorriu e falou: tudo bem, isso são águas passadas.

Nessa hora o professor de Biologia começou a falar, falar e falar, fazendo com que nos calássemos e prestássemos atenção na aula.

Olhando para o fundo da sala, eu vi Lurdinha me olhando com ciúmes ou raiva? Ou um pouco de cada um.

Eu nunca quis nada com ela. Sempre dava um chega pra lá, nela. Ela estava com raiva porque eu estava conversando com o Miguel? Que tipo de ciumenta psicótica ela era? Eu acho que ela já sacava que eu era gay. Mas pelo menos alguém sentir ciúmes de mim era bom para meu ego.

Todo mundo estranhava a paz que reinava entre eu e o Miguel, as pessoas achavam aquilo estranho demais, elas esperavam a qualquer momento, um de nós sacarmos uma caneta e enfiar no olhos do outro. Por mais prazeroso que isto podia se tornar, para mim claro.

Mas não aconteceu nada de mais. Eu fui muito civilizado, muito até para mim. E Miguel não fez por menos.

Aquele barulho do sinal avisava que era hora do intervalo.

Eu me sentia mal quando Mirela não vinha ao colégio.

Cheguei e fui comprar algo para comer. Comprei um pedaço de pizza, um milk shake e fui me sentar em uma sombra afastada no pátio do colégio. Como você podem ser meu café da manhã não é tipo: eu amo minha saúde.

Engasguei com a comida quando vi o Miguel, se sentando ao meu lado.

Algum problema? – ele perguntou enquanto eu estava engasgado.

Para Miguel!

Falei quando parei de tossir.

Ele me olhou confuso e depois falou: parar? Parar com o que?

Eu: nada esquece.

Tentei voltar a comer a pizza, mas estava tenso demais. A presença dele sempre me perturbava. Desisti de comer.

Miguel: sem apetite, Juho?

Eu: é.

Miguel: hum, Julho, será que podemos conversar?

Eu: tipo?

Miguel: não sei, acho que nós nunca conversamos coisas normais, tipo: quais são seus planos para o futuro?, essas coisas, sabe?

Eu: hum, bom, eu tenho muitos planos para o futuro e quero cursar design em São Paulo.

Miguel soltou uma risada e eu disse:

Qual é a graça?

Ele respondeu:

Bom, eu só percebi que você não é muito aberto a conversas. Eu tento conversar com você e tudo que eu recebo são suas evasivas.

Eu: olha só, Miguel, eu não sei o que deu em você. Você bateu a cabeça com força em algum lugar, só pode. Se você batei afetou seus poucos neurônios. Então é isso: eu não sou seu amigo, não quero ser e não pretendo mudar de ideia quanto a isso, ok?

Era melhor cortar o mal pela raiz. Essa aproximação toda do Miguel, me deixava vulnerável.

Ele me olhou sério e falou:

Qual é o seu problema, garoto? Você tem medo do que? Você foge das pessoas. Do que você desconfia tanto? Eu só estou pedindo uma chance de ser seu amigo; o que há de errado nisto?

Eu senti a raiva subir pelo meu corpo e respondi:

Acontece que eu não quero sua amizade, não me interesso por pessoas do seu tipo. Gente cabeça oca que só sabe pensar no seu próprio umbigo. Miguel, nós nunca fomos amigos, nunca! Nunca durante esse tempo todo e não vai ser agora, de uma hora para outra, que nos vamos nos tornar melhores amigos, né? Me polpa.

Você não tem nada haver comigo, assim como eu não tenho nada haver com você. Será que agora pode parar de encher meu saco e sumir daqui?

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Comentários

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Falta o Miguel passar mais confiança e o Julio aprender a confiar

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olha um raio cai duas vezes no mesmo lugar sim, tem um cara que ja foi acertado nao sei quantas vezes hehehe... eu tmbm to deconfiando do Miguel, pq essa mudança agora?

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Sabe aquela frase: "o ódio é o sentimento mais próximo do amor?"...pois é...vai ver o seu coração tá querendo dizer algo e vc ainda nãi compreendeu, mas é assim mesmo,deixar rolar! Mas trata o cara com mais carinho, não precisa atirar pedra nele a todo o momento...rsrsrsrs...BOA SORTE!

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Cara, estranho alguém que nunca foi seu amigo, de repente quer ser amiguinho, mas tipo, todo mundo merece o benefício da dúvida, né?!!! Você foi muuuuito grosso, credo! 10!

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O Julho deveria ter sido mais calmo com o Miguel isso foi tatalmente desnecessario, o Julho gosta do Miguel mais desconfia de tudo.

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ééééééé da nele! quero ver o cabaré pegar fogo. só quero ver a reação dele no próximo

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eu acho que o miguel t aum pouco invasivo demais

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Ai pega um pouco leve com ele esse tempo todo ele tem sido.educado.com vc e vc so da patadas mais e bom sempre ficar olho pq nunca se sabe né kkkkkkkk.ai ta muito bom eu to amando muito nota 10000000

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