Boa noite galera, desculpa mas ontem não deu pra postar, mas pra compensar, prometo postar nesse fim de semana.
Olavo, Stahn, rb_pr, Crisbr, obrigado pelo carinho, vocês me dão animo pra criar sempre um capítulo especial. Foguinho, mais uma vez vou ser obvio, afinal as opções para a pessoa que ve João e Felipe abraçados são poucas, rsrs. Dandara, a força de João esta no Fernando, ele ainda precisa aprender a viver sem a dependencia do outro.
Pessoal vocês me colocaram numa encruzilhada, um conto aqui, extenso como esse, só funciona se tiver muitos conflitos e reviravoltas, eu disse que apenas um deles iria sofrer, não serão os dois. Bom, se for seguir a história conforme planejado, ainda deve ter mais uns 20 capitulos ou um pouco menos, se vocês quiserem o final feliz, sem tantos conflitos, dai a história deve acabar por volta do capítulo 25. E ai? me ajudem a decidir.
beijos a todos.
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João – Obrigado por pensar assim, nos apoiar.
João, sem pedir, apenas abraçou Felipe, sem seu consentimento.
Felipe – Se meu irmão esta feliz, pra mim pouco importa se você é gay ou não.
“ O que é isso???
Felipe e João olharam assustados para a porta.
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Capitulo 21
Felipe desvincilhou-se rapidamente de João.
Bete – Como é que é? Você é gay João?
Felipe tentou contornar a situação, mas começou a gaguejar.
Felipe – Mãe não é o que você esta pensando, eu estava falando com o João que achava que ele era gay, quando vi ele pela primeira vez, pois ele era meio quietão. Felipe começou a se explicar sem parar, dando inúmeras justificativas.
Bete – Claro, ele não é essa coisa. Dizia Bete meio contrariada.
A palavra “coisa” foi como um tapa no rosto de João, talvez não tenha sido a intenção da Mãe de Fernando, mas algumas palavras doem quando são proferidas.
João pensou em falar algo mas nessas situações as vezes perdia o jogo de cintura, então resolveu ficar em silêncio.
Foram salvos por Fernando que havia chego da rua e já perguntou:
Fernando – Ué pessoal, o que esta acontecendo.
Felipe – Um mal entendido, estava conversando com João e a mãe pensou que eu falei que ele era gay.
Fernando – Mas ele é... Fernando ia confirmar a verdade mas foi interrompido por João.
João – Foi rápido Fernando, estava vendo algumas fotos com o Felipe. João tratou logo de mudar o foco do assunto.
A poeira baixou e Bete e Felipe desceram, ficando apenas João e Fernando.
João – Nossa amor, que carão eu passei, sua mãe entrou justamente na hora que eu estava abraçado com Felipe e escutou nossa conversa.
Fernando – Você e Felipe estavam abraçados? Perguntou sério.
João – Sim, estávamos vendo suas fotos, depois começamos.... perai? Você não esta com ciúmes? Que cara é essa Fernando?
Fernando – Não, nada, me desculpa amor. Beijou João, abraçando.
Fernando – Vamos descer?
Bete e Felipe foram para a cozinha logo que saíram do quarto e não comentaram mais o assunto.
Fernando e Joçao desceram e ficaram na sala com Jair, que assistia TV.
Fernando – Vou la cozinha, ver se o rango já vai sair.
João estava sentado no sofá, pretendia fazer-se agradável, mas levou outra rasteira.
Jair assistia TV, mas logo começou a fazer comentário da reportagem que passava no programa.
Jair – Que coisa né meu filho, olha esses caras, que pouca vergonha.
João olhava pra TV, que mostrava um desses programas dominicais e o jornalista / comediante, entrevistando o pessoal que participava de uma parada gay, na maioria eram gays com trejeitos, drag queens.
João – Ah, mas esse pessoal é tranqüilo, nem todo gay é assim, a maioria são pessoas discretas, trabalham, estudam, levam uma vida como qualquer outro cara, e esses eventos são mais festa mesmo. Tentava justificar-se como se estivesse num julgamento.
Jair – Tenho é pena do pai e da mãe, imagina, vendo o filho na televisão fazendo essas coisas, que vergonha né.
João já estava cansado e nem tinha mais argumentos.
João – É o Sr. Tem razão.
Almoçaram tranquilamente, quase em silêncio. Fernando era o que mais falava. João estava feliz ao lado de Fernando mas triste ao mesmo tempo, em poucas horas teve uma demonstração do tanto de obstáculos iriam enfrentar.
João – Se na família dele é assim imagina então a minha que é 10 vezes mais preconceituosa. Pensava enquanto comia.
Já em casa Fernando notava a tristeza de João.
Fernando – O que foi meu amor, você veio calado desde la de casa.
João – Não é nada, só estou meio cansado.
Fernando puxou João, colocando o sentado em seu colo.
Fernando - Não mente pra mim, fala pra mim meu príncipe, não gostou da minha casa?
João estava no colo de Fernando, com os braços dele lhe abraçando. Aquela sensação lhe dava muita segurança.
João – Meu amor, como vai ser? Uma hora todo mundo vai saber de nós e isso não vai demorar a acontecer.
Fernando – Ta afim de lutar comigo? Encarar tudo isso juntos?
João apenas o beijou.
João – Dome aqui hoje? Pedia com carinho pra Fernando.
João – Estou me sentindo carente hoje, fica?
Fernando apenas o beijou, dizendo que sim.
Naquela noite os dois fizeram amor, foi mais que sexo, era algo que já havia superado o tesão. O sexo entre eles não era algo vulgar por mais caliente que fosse, era algo puro, com cumplicidade, amor, um completava o outro. Até se conhecerem, os dois não conheciam o verdadeiro significado da palavra amor, prazer e felicidade.
Fizeram amor, e permaneceram deitados. Fernando estava deitado de barriga pra cima e João estava deitado com a cabeça em seu peito, escutando as batidas do seu coração. Fernando apenas alisava as costas de João com as pontas dos dedos, fazendo um carinho bem suave.
Fernando – Meu príncipe, no que esta pensando? Eu já te conheço, fala pra mim meu amor.
João – Não é nada demais, apenas estava pensando, que até um tempo atrás, nunca imaginaria estar assim com alguém. É tanta felicidade que as vezes da até medo.
Nesse momento, Fernando puxou os braços de João pra que ele se levantasse e olhasse em seu rosto.
Fernando – Meu amor, não tenha medo, agora você tem a mim, vou sempre estar ao seu lado, ao menos que você não me queira mais?
João – Seu bobo. João ria e voltou a deitar com a cabeça sobre o peito de Fernando, ficaram assim até pegarem no sono.
Desde que conheceu Fernando, João pela primeira vez se sentia seguro na vida, tinha conseguido finalmente enterrar seu passado, os medos que lhe assombravam e o estigma que nunca seria amado por alguém, Fernando era mais que o seu amor, era também seu porto seguro.
Algumas horas antes...
Jair – O Fernando ligou avisando que não vem dormir em casa hoje.
Bete – Não estou gostando disso, ele agora só fica na rua, na casa desse novo amigo dele u sabe la Deus onde.
Jair – O que é isso mulher, deixa o garoto se divertir, ele esta na idade de namorar, curtir a vida. Mas ai dele se aparecer com alguma namorada grávida.
Bete estava preocupada, sem saber exatamente com o que, mas seu sexto sentido falava mais alto, o que menos lhe preocupava era um neto pra criar.
Os dias foram passando, Fernando estava cada vez mais presente na vida de João, se viam todos os dias, Fernando fazia questão de pega-lo n curso, as vezes no trabalho e sempre dormia em seu apartamento.
Era um sábado, Fernando já preparava pra sair, Felipe tinha ido jogar bola com alguns amigos.
Fernando – Mãe, pai, vou nessa, vou ficar o fim de semana fora?
Bete – Vai onde meu filho? Agora você não para mais em casa. Dizia já irritada.
Fernando – Qual é mãe, vai ficar pegando no meu pé agora? Já sou adulto, não sou o Felipe.
Jair – Olha como fala com sua mãe garoto, ela tem razão, você agora parece que mudou-se de casa.
Fernando – Vão começar pegar no meu pé agora? Já faz tempo que fiz 18 anos, lembram? Dizia já irritado também.
Fernando – Vou pra chácara com o Mauricio, uns amigos dele, satisfeitos?
Fernando não gostava de mentir, mas viu-se obrigado pra sair logo daquele interrogatório.
Fernando – Vou nessa, antes que vocês terminem de azedar meu final de semana.
João e Fernando tinham reservado um hotel fazenda, iriam passar apenas uma noite, mas resolveram passar o sábado todo juntos, antes de pegar a estrada.
Enquanto isso, Felipe jogava uma pelada e alguns garotos da sua idade, jogavam futebol num campo de um clube próximo ao bairro em que moravam.
O jogo parecia final de copa do mundo, os moleques tinham se empolgado demais. O time de Felipe ganhar com a diferença de 1 gol e próximo de finalizar uma jogada, Felipe levou um carrinho por trás, fazendo capotar na quadra.
Felipe – Qual é Lucas? Pra que essa idiotice?
Lucas – Se liga, tu que caiu atoa, não sabe jogar, fica no banco.
Felipe já ia pra cima dele tirando satisfação, estava com o braço ralado.
Felipe -Tu é um covarde, seu time não vai ganhar desse jeito, moleque.
Lucas – Isso aqui é esporte pra macho, se bem né, se você puxou seu irmão, acho que você deveria estar fazendo balé. Deboxava rindo.
Felipe sem pensar duas vezes partiu pra cima do garoto lhe dando um soco na boca.
Felipe – Lava a boca pra falar do meu irmão seu filho da puta.
Lucas levantou e partiu pra cima dele e logo os dois já estavam empelotados no chão, desferindo chutes, socos, cabeçadas, um contra o outro.
Logo foram separados pela rapaziada que estavam ali, mas ainda continuavam a se debaterem, tentando se estapearem mais um pouco.
Felipe – Você me paga.
Lucas – Porque? só porque falei do viadinho do seu irmão?
Lucas grudou no pau provocando Felipe.
Lucas – Só porque ele curte isso aqui, vai ficar nervosinho?
Felipe se soltou e voou pra cima de Lucas e novamente tiveram que ser separadosFernando – João, anda logo, não quero chegar tarde, quero aproveitar o chalé.
João – Calma amor, to pegando uma blusa pra você, acho que vai esfriar.
Fernando – Se esfriar você sabe que consigo te esquentar facinho. Disse já beijando João.
Fernando – Nossa, já estou de pau duro.
João apalpou a rola de Fernando por cima da calça, tirando gemidos do seu namorado.
João – Acalma o meninão ai, fale pra ele que chegando daí dou o tratamento que ele merece.
Fernando – Não me provoque cara.
Fernando já começava desabotoar a calça.
João – Não, pode parar Fernando, se começarmos não vamos sair tão cedo daqui. Dizia puxando seu namorado pra fora e sendo enconchado ao mesmo tempoJá era quase fim de tarde quando Felipe chegou em casa. Estava com o rosto inxado, meio roxo no olho e com a camisa toda rasgada.
Bete – Meu Deus, o que aconteceu meu filho? Jair corre aqui.
Jair – O que é isso Felipe? O que fizeram com você.
Felipe – Nada pai, só uma briguinha sem importância.
Jair – Como assim sem importância? Olha seu estado? Não criei filho pra ficar brigando igual moleque de rua. Você esta estudando pra ser um médico, é assim que você pretende passar respeito as pessoas? Com esse comportamento?
Felipe – Pega leve pai, tu mesmo me ensinou a não levar desaforo pra casa.
Jair – Ah é? E o que fizeram pra você, qual desaforo você ouviu pra brigar na rua?
Jair – Vai, me conte, estou esperando.
Felipe ficou sem ação. Nesse momento o telefone tocou.
Bete – Alo.
Mauricio – Dona Bete? É o Mauricio, tudo bem? O Fernando esta ai?, estou tentando ligar no celular dele mas só da caixa postal.
Bete – mas perai, vocês não iam... Foi interrompida por Mauricio.
Mauricio – Fala pra ele passar aqui em casa, consegui uns equipamentos que ele havia me pedido.
Bete apenas ficou em silencio, não foi difícil entender o que estava acontecendo.
Jair – Anda Felipe, o que esse garoto te fez pra você entrar numa briga de rua??
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Continua.....