Foi há muito tempo - parte 3

Um conto erótico de Renato
Categoria: Homossexual
Contém 2977 palavras
Data: 05/11/2012 20:55:46
Assuntos: Gay, Homossexual

Solicito a todos que leiam antes a parte 1 e depois a parte 2 para poderem entender. Outra coisa, sei que as pessoas, inclusive eu, que vem aqui neste site querem ver cenas excitantes, e agora, nesta terceira parte não tem muita, porque, se colocasse, seria uma repetição do que já tinha acontecido. Sei que demorei um pouco com esta terceira parte mas prometo colocar a próxima mais rapidamente. Aliás a próxima é bem mais excitante, prometo. Agradeço a todos os que tiverem a paciência de ler minha historia, que, repito, é verídica. Agradeço também os comentários que leio sobre o que escrevo. Saber que agradei me faz feliz.

Sai do apartamento do Carlos pela manhã. Ele propôs me levar para sua casa, mas eu não aceitei. Disse que não havia a necessidade e fui direto para minha casa. Como falei no primeiro conto, minha esposa estava viajando e assim era uma boa oportunidade para que eu ficasse sozinho e pensasse sobre o que tinha ocorrido. Dentro de minha cabeça havia um turbilhão de pensamentos. Pouco mais de 12 horas atrás eu era uma pessoa, com uma gama de ideias, desejos, sentimentos e agora estava completamente mudado. Não sabia exatamente o porque tinha acontecido tudo aquilo e o remorso começava a me consumir. Primeiro procurei desconsiderar todo o ocorrido, mas as fisgadas que eventualmente sentia no traseiro me impediam de prosseguir nesta linha de pensamento. Doía as vezes meu cuzinho fazendo, por um lado aumentar meu remorso e por outro recordar que tinha sido muito bom. Mas, se foi muito bom, porque eu não tinha esses desejos antes disso? E se estava arrependido, porque, pensando bem tinha gostado a ponto de querer repetir sempre?

Os dias seguintes foram de intensa confusão. Em casa procurava passar uma aparência de tudo perfeitamente normal, apesar da minha esposa - e as mulheres tem um faro para perceber as coisas - perguntar se estava tudo bem, que eu estava meio estranho.

Fiquei nesta confusão por mais de dois meses, querendo, desesperadamente, voltar ao apartamento do Carlos, mas me reprimindo para não voltar até que, certo dia, numa segunda-feira, depois de passar todo o fim de semana agoniado, não resisti e voltei. Não havia ninguém no apartamento, claro que ele deveria estar trabalhando, fiquei frustrado, confesso mas acabei deixando um recado simples a ele na portaria do prédio: Estive aqui - Marcos. No dia seguinte, ao sair do meu trabalho o encontro nas proximidades, com aquele sorriso peculiar. Meu coração pulou, entre surpresa, medo e contentamento, mas havia um problema. Era tarde já, depois do expediente e eu não tinha como avisar em casa que chegaria tão tarde. Explico novamente a vocês que estou falando de algo que ocorreu há mais de 15 anos atrás, quando não tínhamos esta facilidade do celular. Ele foi compreensivo e falou:

- Amanhã, então, pela parte da manhã!

- Amanhã não, não avisei nada no meu trabalho!

- Então quinta cedinho. Entre no meu carro e eu te levo pra sua casa! Por via das dúvidas, por questão de segurança não disse exatamente onde eu morava, optei por informar um local quase próximo, mas que não o levasse a saber meu endereço, já bastava saber qual o prédio onde trabalhava - não a empresa exatamente, uma vez que era um conjunto comercial com várias empresas.

Fui com ele, porque não dava pra dizer não. No meio do caminho ele falava que tinha gostado muito de mim. E que tinha adorado quando soube que eu o tinha procurado. Eu quieto, sem saber o que dizer nada e ele rindo. Adoro este seu jeito apavorado, ele falava, e pegando na minha mão levou para cima do zíper da sua calça dizendo: veja o jeito que você me deixa!

Eu deixei pousar minha mão lá, senti a sua dureza, morto de medo, achando que todo mundo, todos os carros que passavam por nós estavam percebendo onde estava minha mão. Mas ele foi extremamente compreensivo, despediu-se com um afago no meu rosto e pronto. Quinta pela manhã ele estava me esperando e eu, que na terça-feira fiquei pensando em mil desculpas para não ir, bem cedinho estava na portaria do prédio pedindo que o porteiro informasse ao Sr. Carlos que eu estava lá.

Fiquei na quinta-feira até bem depois do almoço. Matamos a saudade um do outro. Os seus lábios esmagavam os meus. Em poucos minutos estávamos nus na cama, eu novamente o chupando, com todo gosto, querendo me recompensar daqueles mais de dois meses que não mais fazia isso.

Se eu o chupava, ele me retribuía à altura, também me chupando, só que, claro, meu buraquinho, comigo de 4 sobre a sua cama, urrando de prazer. Seu dedo ágil mais uma vez me invadia, me laceando e ele, sempre sorrindo falava: está de novo apertadinha a minha menina. Terei que desvirginá-la de novo. E isso ele fez, um monte de vezes naquela manhã e tarde. Perdemos a conta de quantos banhos tomamos. Ele me comia, comia depois tomávamos banho. No banheiro me comia novamente, jogava água no meu corpo para me revigorar, voltava pra cama e mais uma vez me penetrava, de todas as maneiras, comigo de bruços, eu de 4, de frente prá ele, na posição de frango assado, depois sentado na cadeira, pedindo para eu sentasse por cima, eu segurando a ponta do pinto dele, colocando bem no meu buraquinho, que a esta altura já estava bem largo e recebendo ele, ele entrando porque eu já estava bem arrombado, como ele dizia, e também porque o Carlos sempre passava creme em mim - não quero que a minha menina sinta dor, só prazer, ele falava - não sem antes me fazer chupa-lo um sem numero de vezes e em uma oportunidade deixar que ele gozasse na minha boca, ele segurando minha nuca dizendo, engole tudo, engole, e eu, obediente, engolindo. Depois disso, depois de tudo isso nos vestimos, ele me levou para o local onde tinha me deixado na terça-feira. Por quase 6 meses seguidos ficamos repetindo isso ou semanalmente ou, no máximo a cada 15 dias, até que ele começou a reclamar que estes dias de trabalho que ele estava perdendo estavam fazendo muita falta no orçamento dele, que ele tinha muitas despesas para pagar, que tinha pensão alimentícia atrasada, que a situação de todo mundo estava muito difícil e pedindo, constantemente, dinheiro emprestado. Se por um lado era ótimo, ótimo mesmo transar com ele, esta sensação de estar sendo explorado me dava um certo desencanto.

Mais uma vez volto a lembrar a quem me lê que isto aconteceu há mais de 15 anos, em nosso país a situação era difícil mesmo, o desemprego era brutal, as empresas fechando, ou então passando por um processo de reestruturação. Foi o que aconteceu com empresa que eu trabalhava. O nosso escritório, por corte de despesas fechou e fomos transferidos para uma unidade fabril. Problemas de muitos, sorte de alguns e no meu caso fiquei ao lado dos afortunados porque, ainda que tivesse ocorrido um sem número de demissões eu fui promovido, de cargo e salário. Nada foi, entretanto, de graça. Fui envolvido numa jornada de trabalho maluca, tendo que fazer o trabalho de vários, numa jornada de trabalho estafante, inclusive nos finais de semana. Um dos resultados disso era que eu não tinha mais tempo de ver o Carlos e nem ele sabia mais como me encontrar.

Era um momento diferente na minha vida, este que estou relatando. Se por um lado ficava absolutamente maluco nas minhas transas com o Carlos, este processo de dependência me fazia muito mal, principalmente agora que, na minha vida profissional eu era o chefe. Como podia ser dependente e submisso nas horas que ficava com ele e, em outros momentos ser firme e até mesmo autoritário - algumas vezes até ríspido - com as pessoas que comigo trabalhavam, exigindo além do limite? Ainda havia a sensação de estar sendo explorado financeiramente por ele. Mudar e o Carlos não mais saber de mim, eu sair da vida dele e tirá-lo da minha vida foi uma solução lógica que achei e que, depois de maturar um certo tempo, tomei. Nunca mais o vi e prossegui na minha vida.

Mas, depois que sentimos o gosto da coisa, quem diz que a gente esquece? Durante um certo tempo, principalmente levado pelo trabalho eu tive a sensação de esquecer. Certo tempo significa vários meses, alguns anos, até que, de repente a lembrança e o desejo bate forte. E este momento aconteceu numa de minhas viagens a outro estado, quando, sozinho no quarto me percebo excitado com estas lembranças. Neste dia me masturbei uma, duas, um monte de vezes até que, extenuado, adormeci. No dia seguinte as lembranças continuavam impregnadas em mim, o dia todo, a ponto de me fazer perder a atenção sobre o que estava fazendo nesta viagem de trabalho. Na hora do almoço fiquei pensando e uma ideia começa a germinar, a de procurar um garoto de programa. A tarde o desejo continua, cada vez mais forte e eu consulto um jornal e vou a um telefone público marcando. Penso uma enormidade de vezes em recuar, mas a cada medo o desejo fala mais alto, tanto que acabo indo.

Toco a campainha do apartamento - uma kitnet -do rapaz, que devia ter uns 25 anos idade. Ele, claro, me aguardando, tentando ser simpático e me perguntando primeiro se eu queria tomar um banho. Disse que sim, estava muito calor mesmo. Tomei banho rapidamente e depois de me enxugar fiquei sem saber como sairia do banheiro, quando escuto ele falando: venha cá! Vou, com a toalha tapando meu corpo, manifestando minha persistente timidez. Ele sorri e pergunta se é minha primeira vez. Vou respondendo que sim, que é a minha primeira vez, mas depois me corrijo, dizendo, quer dizer, já fiz uma vez, mas foi há muito tempo, respondendo meia verdade, ou seja, que já fiz isso um monte de vezes, mas somente com uma pessoa só. Ele sorri e me pergunta:

- Muito tempo mesmo?

- Sim, alguns anos.

- Antes disso você nunca tinha feito nada?

- Não!

- E depois disso? Nunca fez mais nada?

- Não!

Ele chega perto e fala: não se preocupe, vai ser gostoso. Se é do jeito que você fala, vou desvirginar de novo você - ele fala, praticamente repetindo o que um dia disse o Carlos, há muito tempo atrás. . Fazer um cabaço é minha especialidade, ele completa, sempre sorrindo, querendo parecer simpático e tirando a toalha da minha mão, para que eu me apresente todo nu.

- Bonito você. É casado?

- Sou!

- Adoro casado. Adoro. Casado é bem mais gostoso. E você é gordinho. Eu adoro gordinho. Minha preferência é por casados gordinhos, ele fala, tentando me agradar. Venha aqui e me leva para um colchão que fica no meio da sua kitnet. Eu me deito de frente olhando ele se despir. Realmente é um homem bonito, com um pinto ainda mole, mas sem pele na cabeça, todo depilado, dando a sensação de ser maior do que é. Ele chega perto de mim e fala: pegue nele, deixe ele duro. Eu pego, naturalmente e ele exagera no seu prazer dizendo, que gostoso, que gostoso. Sabe fazer com a boca? Sabe? E antes que eu responda, coloca uma camisinha e encosta a cabeça nos meus lábios forçando o seu pinto entrar.

- Isso, isso, deixe ele bem duro, bem duro, que ele depois vai satisfazer você.

Chupei aquele pinto, com gosto de látex, por menos de 2 minutos e depois ele tira da minha boca e me faz ficar de bruços.

Nossa, ele me diz, como você é bonito, mais uma vez exagerado nos elogios, bonito mesmo, gordinho e casado. Adoro casado, adoro, vocês casados gostam mais de pica do que todo mundo ele diz, passando o dedo no vão das minhas nádegas, no meu rego, como ele diz, primeiro para ver minha reação e depois pra levar lá uma porção considerável de creme. Pede que eu abra mais um pouco as pernas, que eu me relaxe e, sem aviso algum, seu dedo entra, me fazendo soltar um gemido. Ele ri e pergunta: é de dor ou de tesão? eu nada respondo e ele faz isso por mim: é pelo dois, NE, meu casadinho. Tá com tesão e tá de novo apertadinho, NE? Vamos resolver isso e logo ajeita seu pau no meu buraquinho todo lambusado de creme. Antes que eu fale alguma coisa, que peça para ele ter cuidado, ir devagar, essas coisas que se pede naturalmente ele foi entrando com a cabeça. Ainda tentei me trancar mas o creme não permitiu. Uma dor forte, que eu nunca senti faz com que eu arrependa amargamente de ter ido lá. Começo a gemer, quase chorar, mas ele nada percebe. Vai apenas enfiando, enfiando, quase me rasgando até que nota que entrou tudo, ou tudo o que é possível entrar. Depois disso tira e coloca novamente, começando a meter, meter cada vez mais forte. Segura meu quadril me fazendo ficar empinado e continua metendo e com uma mão me masturbando, forçando o meu gozo. O seu gozo vem primeiro e ele joga todo o seu peso sobre mim e depois sai de cima e vira meu corpo exibindo a camisinha cheia de esperma dizendo: olha o que você me fez, seu gostosinho. E colocando a minha mão sobre meu pinto me fala: bate uma punheta, pensando em mim, pensando no meu pau que te comeu. Bata, que eu quero ver meu gordinho gozar!

Não consegui gozar, sai de lá rapidamente, nem banho tomei, para tirar aquele creme da minha bunda e voltei rapidamente para o hotel que estava hospedado, totalmente arrependido.

Depois disso vários anos se passaram sem que eu tivesse a ousadia de repetir. As vezes vinha até a aflição, a lembrança do meu tempo com o Carlos, mas a ultima experiência que passei me broxava, criava argumentos para que eu continuasse sem fazer.

Comecei então uma vida virtual, que durou alguns anos. Tendo direito a uma sala exclusiva no meu trabalho muitas vezes eu me perdia nas salas de bate-papo. Entrava nas salas de casados x casados, maduros x maduros, mas dificilmente apareciam pessoas que valessem a pena conversar. Fugia das pessoas que, mesmo antes da apresentação já vão falando: tem local? pode ser daqui a pouco?

Um dia, quando mais desprevenido a gente está, eis que me aparece alguém com uma identificação Maduro 50, que me procura. Quando me dou conta, estou teclando com ele por mais de duas horas, trocando confidências, desejos - claro que sem entrar nos detalhes e nem contar coisas da minha vida, dizendo apenas que já tinha tido uma experiência, mas que isso fazia vários anos.

- E tem vontade de repetir?

Eu nada respondo, desvio um pouco a conversa e ele começa a contar sobre a sua vida. Essas coisas que ele me conta sobre a sua vida não são fruto somente desta nossa conversa. Ficamos conversando por dias seguidos, semanas inteiras, alguns meses, em horários fixos e determinados. Quando eu não podia no momento em que marcamos eu cuidava e passava um email a ele pedindo desculpas, dizendo que estava numa emergência, essas coisas.

Ele sempre insistindo se eu teria coragem em repetir e eu respondendo que tinha desejo, o que ele fala que não é a mesma coisa. Fala sobre a vida dele. Engenheiro aposentado, foi casado, agora é viúvo. Depois que a esposa faleceu se relacionou com algumas mulheres, nenhuma que valesse a pena, todas interessadas no seu dinheiro. Um dia foi ao interior, onde nasceu. ficou um tempo por lá. Lá reencontrou um amigo, que tinha se separado da mulher. Reataram a amizade. O amigo ia sempre na chácara dele. tomavam cerveja, faziam almoços, jantares. Um dia beberam demais, começaram a falar sobre um monte de coisas até que a conversa resultou para sexo. Sobre como estava a vida sexual dos dois, agora eles, ambos sem mulher. Meu parceiro de chat fala que se cansou das mulheres interesseiras e o amigo ri dizendo que se cansou das mulheres. Daí pra frente eles se aproximaram e Rui - o nome do meu amigo de chat - define que não gostaria de ter uma relação em que assumisse o papel de passivo. Seu amigo ri e fala, que bom! Ficaram assim um bom tempo até que o Rui voltou para São Paulo. As vezes se reencontram, mas não com a mesma frequência.

Tudo isso Rui me conta, sempre afirmando que é hetero, que é o ativo na relação e aos pouquinhos me envolvendo. E quando começa a perceber que estou sendo seduzido volta com a mesma pergunta:

- E aí, tem coragem para repetir?

- Tenho desejo!

- Tem desejo o suficiente para repetir?

- Falta a coragem, eu respondo.

Depois de um bom tempo Rui quer me conhecer. Eu me faço de desentendido e desvio a conversa. Ele insiste e eu mais uma vez tergiverso. Daí ele fica em silêncio e diz que tem que desligar. Nos dias seguintes eu o procuro, mando mil emails e ele não me responde. Eu insisto. Entro na sala de bate-papo, falo "oi" e ele sai da sala. Mando um email perguntando porque ele está me tratando deste jeito e afinal ele responde. Você só quer ficar neste seu mundinho virtual. Peço para conversar com ele no bate-papo, uma última vez que seja. Ele fala não. Manda o seu número de telefone, prova de confiança, ele diz. Ainda fala, me ligue, coloque na posição bloqueado o seu telefone, para que não tenha nenhum tipo de preocupação para comigo. Eu ligo prá ele. Ele responde apenas - olá! Eu falo que quero conversar com ele.

- Onde?

- Aqui, no telefone, aliás já estamos conversando, eu digo, tentando ser engraçado.

Ele me responde:

- Olha, se quer continuar neste seu mundinho virtual, de brincadeira, desligue agora.

Eu fico sem palavras, pela forma incisiva que ele me fala e, afinal, eu agora que pergunto:

- Onde?

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Comentários

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depois que sentimos o gostoso nunca deixamos de buscar mas o primeiro é especial---a sua historia é a minha---ser amado

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