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O fim e o resto da semana passou devagar. Tive algumas provas, mas não conseguia me concentrar em nada. Não importa o quão importante fosse, não importa o quanto eu precisasse, tudo saia da minha cabeça para dar lugar a imagem de Nicholas.
Meus pais chegaram de viagem, mas como sempre, nós mal conversamos. Desde que eu me entendo pó gente, meus pais dão mais atenção ao trabalho do que aos filhos. Eu e
meu irmão praticamente crescemos sozinhos – a não ser por empregadas e babás.
Quase todos os dias da semana eu fui pro apartamento do meu irmão. Ele morava com a namorada, mas estava de férias no trabalho.
-Filhote! – Era assim que ele me chamava desde criança.
-Oi Ricardo. – Eu estava mal.
-O que aconteceu? Meu maninho não esta legal, né?!
Contei toda a historia do Nicholas para ele. Meu irmão era o único que sabia de mim, ele sim era minha família.
-O papai ou a mamãe já sabem? – Ele estava preocupado.
-Não! E não conte!
-Relaxa. – Ele sorriu. – Filhote, você não acha que pegou pesado de mais com ele?
-Não sei...
-Você realmente gosta dele, né?
-Não!
-Filhote, - Ele me olhou com reprovação – você não sabe mentir pra mim.
-Eu sei.
Continuamos conversando pelo resto do dia. Meu irmão tem cabelos pretos e olhos verdes. Ele é muito bonito – tanto que já trabalho como modelo. Tem corpo bem definido e é bem mais alto do que eu.
Depois de conversamos o dia todo, ele me levou pra casa. Sua namorada era médica, então nós quase nunca nos víamos. Quando ele parou o carro, olhou pra casa, mas logo voltou a olhar pra rua.
-Não quer entrar. – Perguntei.
-Não. – Ele respondeu friamente.
-Qual é, Ricardo! Já faz tempo. Ele nem deve se lembrar.
-Mas eu me lembro.
-Nem pela mamãe?
-Pede desculpa pra ela e diz que eu ligo mais tarde.
-Cara, ela sente sua falta.
-Eu sei, mas eu não posso voltar, não depois de tudo.
Me despedi dele e entrei em casa. Minha mãe estava sentada no sofá com o notebook no colo. Eu não consegui ver meu pai.
-Oi filho. – Ela olhou rapidamente pra mim, mas logo voltou para a tela do computador.
-Oi mãe.
-Tava a onde?
-Na casa do Ricardo. – Me sentei no sofá do lado dela.
-Ele esta ai? – Ela olhou pra mim com os olhos brilhando.
-Não. Desculpa. – Me senti mal por dela. – Mas ele disse que vai te ligar mais tarde.
-Tudo bem, então. – Ela voltou a olhar pro computador, mais triste.
-Cadê o papai?
-Ta no banho.
-Ok, vou pro meu quarto.
-Tudo bem. Boa noite, meu filho.
-Boa noite, mãe. – Dei um beijo no rosto dela e subi as escadas.
Minha mãe é loira e tem os olhos verdes do meu irmão. Esta sempre bem vestida e, para uma mulher de 40 e poucos anos, tem o corpo com tudo em cima.
Subi para meu quarto e me tranquei nele. Tirei o celular do bolso e vi duas chamadas perdidas e sete mensagens do Nicholas. Era assim todos os dias. Mas apesar de sentir falta dele, meu orgulho era maior. Tomei banho e fui deitar, nem para o computador eu olhava.
Acordei tarde no outro dia, era sábado e não tinha nada pra fazer. Tomei banho e coloquei uma bermuda, umas pólo e um tênis e fui pra cozinha.
-Bom dia filho. Dormiu bem? – Minha mãe estava tomando café, completamente elegante.
-Sim, mãe. E você?
-Também, obrigada.
-Cadê o papai?
-Foi pro trabalho, ele tem uma reunião hoje. Não vai tomar café?
-Vou passar na Starbucks e depois vou pro parque correr um pouco.
-Estou saindo, com seu pai na reunião alguém precisa controlar aquele lugar. Vem, eu te dou uma carona.
Meu pai mal parava em casa. Eu o via duas ou três vezes na semana. Minha mãe também trabalhava muito, mas bem menos do que ele. Na verdade, o trabalho era uma ocupação para ele não se preocupar com meu irmão. Ela ficou dois meses chorando quando meu pai expulsou meu irmão, e agora ela trabalha pra ter o que fazer.
Fomos para o carro e, assim que saímos de casa, ela colocou uma musica para tocar. Era algo clássico, como uma orquestra. Quando chegamos na Starbucks me despedi dela e desci do carro. Assim que entrei pedi o de sempre e fiquei olhando em volta pela cafeteria. De repente um fio na barriga me tomou.
-Renan! – Eu ouvi a voz dizer.
Sim, era ele. Lindo como sempre, mas atrás de um balcão. Ele olhou em volta, mas pareceu que não procurou o que achava, então voltou a preparar o pedido de outros clientes. Fiquei admirando-o ali, concentrado em colocar o chantilly corretamente no copo. Depois de um tempo ele voltou a pegar o copo com o meu pedido.
-Renan!
Ele voltou a olhar pela cafeteria, e assim que me viu, ficou em choque. Minha vontade de correr e abraçá-lo como se meu mundo dependesse disso, mas meu orgulho falou mais alto. Fui andando para ele como se não o conhecesse.
-Obrigado. – Foi a única coisa que eu disse quando peguei o meu pedido.
-A gente precisa conversar. – Ele disse me puxando pelo braço.
-Não, não precisamos. – Falei friamente.
-Precisamos sim. Olha, pelo menos me deixa explicar, ok?
Ele fez aquele rosto de cão pidão que fez minhas pernas tremerem. Como dizer não para aquele deus grego. Respirei fundo e fiz que sim com a cabeça. Ele tirou o avental e entregou para uma atendente que sorriu depois de ele dizer alguma coisa. Ele levantou uma parte do balcão e simplesmente pegou minha mãe e me puxou para as escadas que davam para a parte de cima da cafeteria. A parte de cima era mais sobrea do que a primeira. Era totalmente de madeira e a luz era mais fraca. Não tinha ninguém além de nós dois lá. Ele sentou na primeira mesa que viu e eu sentei na sua frente, tomando um gole do meu café.
-Quanto tempo! Porque não me atendeu? – Ele começou. – Senti sua falta! – Ele colocou a mão dele sobre a minha, que estava em cima da mesa, mas eu logo a puxei de volta.
-Também senti a sua. – Falei relutante.
-Me desculpa, de verdade! Eu deveria ter te contado, mas não achei que isso fosse acontecer. Posso te explicar?
-Sim.
-Bom, o nome dela é Amanda. Nós ficamos juntos por dois anos e eu realmente gosto dela.
-Poxa, linda essa sua historia de amor. Posso ir agora? – Eu disse me preparando para me levantar.
-Não, espera! – Ele puxou minha mão, me fazendo voltar a sentar. – Eu gosto dela, mas não a amo. Nunca amei!
Eu não sabia o que responder. Ele realmente estava falando a verdade, eu podia ver nos olhos dele.
-Me desculpa? – Ele pediu.
Algo dentro de mim começou a ferver quando comecei a reviver todos os acontecimentos daquela sexta-feira.
-Desculpar? – Falei sendo irônico. – Desculpar pelo que? Pelo fato de você ter mentido pra mim e me feito de idiota? Só por isso?
-Caramba, eu to falando sério!
-E eu não? – Me fingi de desentendido.
Ele riu. – Vocês riquinhos são sempre assim, né? Acham que podem falar com qualquer um do jeito que querem.
-E você acha que pode me fazer de idiota! Eu achei que a gente tinha alguma coisa.
-Alguma coisa? A gente só transou! – Ele falou baixo. – Isso não significa nada.
-Nada? – Eu não contive o grito. A raiva tomava conta de mim. – Na hora que você estava me fodendo pareceu que você estava feliz o suficiente para querer alguma coisa!
-Da pra falar baixo? Você não esta no seu quarto!
-Foda-se onde eu estou! Você é um cretino aqui ou em qualquer lugar! – Comecei a levantar, mas ele voltou a falar.
-Você acha que é assim. Que pode me xingar e sair andando. Além de riquinho e marrento é mal educado!
-Caralho! O que você tem contra eu ser rico? – Aquilo já estava me enchendo.
-É que eu conheço gente como você, conheço de perto. E vocês acham que além de ferrar com a vida de vocês, tem o direito de ferrar com a vida de gente como eu. Vocês são todos iguais. Quanto mais dinheiro tem, mais idiotas são.
Aquilo me deixou sem saber o que fazer ou o que falar. Ele não sabia o que estava falando. A única coisa que eu fiz foi virar e ir embora. Lá em baixo todos estavam quietos e olhando pra mim, provavelmente tinha escudado a discussão. Sai da cafeteria andando rápido. Senti meu olho encher de lagrima, mas não ia me deixar chorar por ele. De repente, senti um braço me puxando e quando percebi ele já estava me beijando. Minha mente queria relutar, mas meu corpo já estava entregue ao beijo dele. O beijo dele era forte e intenso, chegava a machucar. Quando ele finalmente me soltou, percebi que estava sem ar.
-Nunca mais faça isso! – Foi o que eu consegui dizer.
-Ah, marrentinho! Senti tanto sua falta! – Ele me puxou pra um abraço apertado que me fez perder o chão.
-Então você acha que é isso? Você me beija e eu voltou rastejando pra você? – Tentei parecer firme, mas não acho que tenha conseguido.
-Marrentinho como sempre! – Ele sorriu e depois voltou a me beijar.
Não podia negar. Eu estava forçando a barra. Mas aquele jogo estava deixando tudo mais divertido. Voltamos para a cafeteria e conversamos por mais 15 minutos, pois o intervalo dele estava acabando.
-Mas... Por que você ta trabalhando aqui agora? – Perguntei como quem não quer nada.
-Eu sempre trabalhei aqui. É um dinheiro extra pra ajudar minha mãe a pagar a faculdade. Bom, tenho que ir agora. – Ele disse levantando, mas antes que pudéssemos descer as escadas ele virou pra mim. – Cinema, hoje a noite?
Não sabia como dizer não a ele, então só sorri e acenei com a cabeça. O sorriso dele foi de orelha a orelha e logo depois ele me beijou por um longo tempo, o que me deixou excitado.
-Aqui não, bebê. Mais tarde! – Ele disse com um sorriso malicioso no rosto e depois de deu outro beijo.
Quando descemos as escadas ele soltou a minha mão, o que foi estranho, já que ele tinha me beijado no meio da rua. Sai da cafeteria e voltei direto pra casa. Ele passaria em casa depois de uma hora e meia, então tinha esse tempo para me arrumar. Cheguei em casa correndo e fui direto tomar banho. Assim que sai, coloquei uma calça, uma camisa gola V e um tênis. Corri pra cozinha comer alguma coisa e depois fui escovar os dentes. Assim que sai do banheiro a campainha tocou corri para atender e quando abri o portão, ele segurava uma flor na frente do resto.
-Não é um buquê, mas foi o que deu pra comprar. – Ele disse mio sem jeito.
-É linda! – Eu a cheirei. – E cheirosa!
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ele já estava me beijando. Aquele beijo foi o mais quente e excitante de todos. Ouvi o barulho do portão fechando mas não me preocupei em saber como. Fomos andando enquanto nos beijávamos até chegar na sala. De repente cai no sofá com ele caindo logo em cima de mim, mas a melhor parte foi sentir a elevação na minha coxa.
-Acho que o cinema vai ficar pra outro dia. – Falei passando a mão na sua elevação.
-Nada disso... Ainda são 17:00! Da tempo de pegar a sessão das 20:00 depois de brincar um pouco.
Depois de sussurrar aquilo no meu ouvido ele tirou minha camisa e começou a beijar meu corpo. Sua boca deixava marcas em todo meu peito e barriga, fazendo um arrepio percorrer minha espinha. Depois de beijar minha barriga ele desabotoou minha calça e a tirou, me deixando só de cueca. Meu pênis não poderia estar mais duro, mas o toque dele me fez enlouquecer. Ele abaixou um pouco minha cueca e logo meus pênis se levantou, livre da prisão de pano. Antes que eu pudesse ver ele já avia abocanhado meu pênis quase que por inteiro. A boca dele era quente e enquanto me chupava a língua fazia alguns movimentos na cabeça do meu pênis. Depois ele começou a lamber a cabeça do meu pênis enquanto me masturbava. Depois de um tempo senti o orgasmo chegando e sem conseguir falar, gozei na boca dele de novo. Depois de um tempo limpando meu pênis ele voltou a me beijar.
-Tava morrendo de saudade do seu sabor! – Ele disse entre um beijo e outro.
-Agora é minha vez de sentir o seu.
Joguei ele para o tapete e tirei sua roupa de uma vez, deixando ele completamente pelado. Seu pênis já estava inteiramente grande e reto, e a vontade de chupá-lo estava me corroendo. Sem hesitar, cai de boca naquele pau delicioso. Comecei a chupar aquele mastro de uma vez, colocando tudo na boca. Alternava entre o pênis e as bolas enquanto ele gemia e respirava ofegante. Enquanto chupava suas bolas, eu o masturbava e ele pedia pela minha boca. Voltava a chupá-lo com força, mas dessa vez ansioso pelo seu gozo. Quando senti que ele via me preparei para seu leite quente, que veio como um jato forte que quase me fez engasgar. Os jatos menores inundaram minha boca, me fazendo sentir seu gosto quente e salgado. Ele me puxou para um beijo feroz, e lego depois me abraçou fortemente.
-Senti mesmo a sua falta. – Ele falou enquanto eu descansava minha cabeça no seu peito.
-Também senti a sua. – Falei acariciando sua barriga. Ficamos em silencio por um tempo até que uma pergunta me veio a cabeça. – Hoje, você falou que conheceu de perto “gente como eu”. O que você quis dizer com isso?
-Eu... Eu não sei falar sobre isso.
-Tenta?
-Ah, marrentinho, só você pra conseguir o que quer de mim, mas não é uma historia muito bonita.
-Eu não imagino que seja.
-Eu já... – Ele parou e respirou fundo. – Eu já fui tão rico quanto você, mas... – Ele parou.
-O que houve? – Perguntei ficando em cima dele.
-Não vamos estragar nossa noite com essa historia. Vem vamos colocar a roupa porque a gente ainda tem um filme pra assistir.
Depois que ele falou isso eu percebi que ainda estávamos completamente pelados. Colocamos a roupa rapidamente e saímos de casa. No shopping não aconteceu muita coisa. Nós decidimos agir como amigos, nada mais. Descobri que ela cursava Engenharia Mecânica na faculdade e que tinha uma irmã de 6 anos. Contei pra ele sobre minha família e sobre os problemas dela. Quando voltamos, paramos na frente do portão.
-Dorme comigo? – Falei passando a mão em seu peito.
-Você é insaciável! – Ele disse rindo.
-Não nesse sentido.
-Não? – Ele fez cara de triste.
-Não só nesse sentido. Mas de verdade. Dorme comigo.
-Não sei... – Ele respirou fundo. – Acho melhor não.
-Por favor?
-Tudo bem. – Ele me beijou. – Mas... eu não tenho roupa nem nada.
-Isso não importa. Você não vai precisar delas. – Falei passando a mão do seu peito até sua cintura.
-Espero que não. – Ele um puxou para um beijo intenso.
Entramos e somente minha mãe estava em casa. Eles se conheceram e ela, como sempre, foi super simpática. Subimos para o quarto enquanto ela foi dormir.
-Sua mãe é linda! Agora sei de onde veio tanta beleza!
-Ela é de mais mesmo. – Respondi tirando os sapatos.
-E o seu pai? – Ele respondeu enquanto tirava os dele.
-Provavelmente trabalhando.
-Hmm.
-Bom, você tem uma historia pra me contar. – Falei levantando e tirando a calça e a camiseta.
-Desse jeito eu não vou me concentrar em historia nenhuma.
-Bom, se quiser se concentrar em outra coisa... – Eu disse abrindo uma gaveta da estante, arrebitando um pouco a bunda. - vai ter que me contar essa historia.
Joguei um short pra ele e coloquei um. E lá estávamos nós, só de short, no meu quarto, nos preparando para... alguma coisa.
-Ok, senta aqui que eu vou te contar, mas depois quero minha recompensa. – Ele disse se jogando na cama. – Vem cá!
Me deitei do lado dele e ficamos de conchinha, ouvi sua respiração acelerando, e eu soube que era uma coisa difícil pra ele.
-Olha, se você não quiser contar, tudo bem... – Eu falei tentando acalmá-lo.
-Não, tudo bem. – Ele beijou meu ombro. – Vou te contar...
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Bom galera, muito obrigado pelos comentários. Não sei quando postarei a próxima parte, pois estou cheio essa semana, mas tentarei se o mais rápido possível! Obrigado mesmo! xD