Gente, aqui está a continuação, mas eu quero explicar para vocês que durante a semana é mais difícil eu postar, mas vou fazer o possível, e se eu não conseguir eu compenso no final de semana, tá? Não me odeiem por isso ;*
Continuação:
O Miguel segurou meus punhos e falou: eu sabia que você continuava o mesmo garoto estranho de sempre, o mesmo garotinho insuportável que resolve tudo na porrada. Você acha que pode falar mal de todo mundo e depois ninguém pode falar mal de você. Cresce garoto.
Todo mundo me olhava e de um certo modo concordavam com o Miguel.
Aquelas palavras me causaram um embrulho no estomago, eu percebi que eu realmente era tudo o que ele falou, TUDO.
Nossa briga foi interrompida pelos gritos da diretora: Miguel e Julho, para minha sala imediatamente!
A diretora nos conduziu até sua sala; chegando lá, ela foi direto ao ponto.
Eu já não sei mais o que fazer com vocês, pensei que essa fase de saírem nas tapas tivesse no passado, mas vejo que não, né sr. Albuquerque?
Eu: Mas diretora, eu não fiz nada.
Diretora: pelo o que me contaram, você que começou a bater no sr. Guimarães.
Olhei para o Miguel e ele apenas ouvia atentamente tudo o que a diretora dizia.
Diretora: Então vocês já sabem, o caminho da detenção, né?
Eu: nossa que grande bosta – revirei os olhos.
Diretora: os senhores pais serão avisados, agora podem sair.
Sempre era assim, o Miguel era o príncipe bonzinho e eu o plebeu do mal.
Cheguei à uma GIGANTESCA sala vazia, já éramos velhos conhecidos, já imaginaram quantas vezes eu já fui mandado para cá?
Droga, que merda, velho – pensei ao chegar lá.
112 minutos trancado com o cara mais delicia do colégio. Imagina quantas meninas queriam está no meu lugar. Mas eu realmente estava odiando aquilo. Ele me irritava completamente com aquele jeito irônico, parecia que olhar para ele era viciante.
E lá estava eu, sentado olhando sempre para frente, roendo as unhas; enquanto o Miguel observava a chuva que caía.
Eu só imaginava o bla bla bla do meu pai.
De novo Julho? Logo no primeiro dia? Você não tem mais jeito! Eu não sei mais o que fazer com você.
Continuava olhando para meus dedos, enquanto minha mente vagava por aí. Quando me deparo com um par de olhos castanhos me encarando.
Julho (...) então, já que passaremos um tempão aqui, eu vim me desculpar. Eu realmente entendo que fui um grosso com você – Miguel falou; eu quase cair da cadeira, eu estava incrédulo com aquela situação.
Eu: Nossa! Miguel Guimarães, está pedindo desculpas! Quem é você? Você não pode ser o mesmo Miguel de alguns minutos atrás. Ou então aqui tem alguma câmera escondida! Cadê?
Miguel: você vai aceitar minhas desculpas ou não?
Ok! já que você foi tão educado, senta aí – apontei para uma cadeira.
Ele sorriu e se sentou.
Miguel: então, já percebeu que é a primeira vez que não trocamos xingamentos?
Eu: nossa! Nem notei.
O Miguel começou com seus risos irônicos, os quais eu odiava.
O que é? – falei irritado.
Miguel: Nada, só que tudo isso é estranho, sabe. É a primeira vez em anos que falo com alguém que não seja do meu conviveu. Sabe a maioria das pessoas ficariam piradas, só por estarem perto de mim.
Eu: ai, me polpe, você também não é tanta coisa, meu filho. Mas sabe eu concordo com essa sua frase ridícula, deve ser difícil ser o centro das atenções o tempo todo, né?
Miguel: é deve ser tão difícil, quanto bancar o durão o tempo todo, não é mesmo?
Continua; desculpem esse tá pequeno D:
