- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – perguntei, me controlando para não voar no pescoço dele.
- Te pergunto a mesma coisa... quem é você garoto?
- O namorado do Luiz. – O rosto do cara se transformou primeiro ele fechou a cara e ficou vermelho, mas depois abriu um sorriso.
- Namorado?! Tem certeza? Ele não me disse que estava namorando.
- Então vocês ficam de papinho?
- Claro pow, ou você acha que eu vim aqui porque me deu na telha? Ele que me chamou... acho que você estava sendo enganado garoto, ele gosta mesmo de um homem de verdade, não de um moleque. – meu ódio era tão grande que ele começou a verter pelos meus olhos. Minha vontade era matar os dois, mas eu, como idiota que sou só virei às costas e fui para o quarto. Lá peguei minha carteira e meu celular e fui embora. Quando passava pelo corredor o Luiz saiu do banho.
- Ei, aonde você vai?
- E por que você se importa? Aproveita a decoração que eu fiz e tenha uma boa trepada! – continuei andando até sair do apartamento.
- Dudu, o que aconteceu? – ele me alcançou na porta do elevador.
- O que aconteceu? Pergunta pro seu namorado lá dentro, ele sabe muito mais do que eu. – a porta abriu e eu entrei. Ele tentou segurar, mas eu consegui descer.
Sai de lá horrível, chorava demais e não acreditava que tudo tenha desmoronado assim, dessa forma tão baixa. Fui direto pra casa e lá encontrei com quem eu mais queria ver, minha irmã, minha melhor amiga. Ao vê-la sentada no portão, segurei ela pelo braço e a levei para o quarto, lá eu me joguei sobre ela e só sabia chorar. Eu amava ele de verdade e a traição era algo certo pra mim, e depois do Bruno, eu fiquei traumatizado com esse lance de traição.
- EDU?! O que houve?- mas eu não falava nada, só soluçava. – Calma maninho! Respira fundo!
Fiquei abraçado a ela e de repente minha mãe aparece na porta, um pouco nervosa:
- O que está acontecendo aqui?
- Nada mãe, eu to cuidando do Dudu. – Ela sussurrou algo pra ela que eu não entendi – Ele vai ficar bem.
- Se precisar de mim, chama!
- Pega uma água pra ele, mãe, por favor.
Ela trouxe a água e eu bebi e aos poucos fui me acalmando. Eu me sentia tão humilhado, tão ridicularizado, tão esculachado... estava morrendo de vergonha, era muito machista, pra mim naquela época era uma vergonha homem chorar na frente dos outros por causa de amor.
- Tá mais calmo meu amor?
- To sim.
- Vai me dizer o que aconteceu?
- Era tudo verdade Carla, eles estão juntos.
- Eles quem?
- O Luiz e o Sergio.
- Impossível Edu! Como você sabe disso?
- Ele me disse... eu estava na casa do Luiz e ele apareceu lá, falou que o Luiz chamou ele e que ele preferia um homem e não um moleque... por isso ele não queria transar comigo... eu sabia, só não quis acreditar na verdade que estava posta.
- Para de falar idiotice. É claro que ele mentiu...
- Não, não... ele nem me conhece...
- Claro que ele sabe de você... o Luiz deve ter esfregado na cara dele que vocês eram namorados.
- Não, ele nem sabia...
- Amor, você já acusou o Luiz sem saber e se deu mal, porque não pede explicações a ele?
- Não quero olhar pra cara dele – nesse momento minha mãe fala:
- Eduardo, tem um rapaz querendo falar com você.
- É ele... só pode! Resolve pra mim, manda ele embora.
- Conversa com ele...
- Eduardo?! Tá surdo – minha mãe insistia.
- Já vou mãe – falou a Carla.
- Por favor.
- tá!
Ela saiu do quarto e foi conversar com ele. Eu fiquei ali pensando se poderia ser verdade o que ela tinha falado... será que ele mentiu pra me separar do Luiz? Faz sentido... muito sentido. Mas e se não fosse, se ele realmente estivesse com o cara?! Não resisti e sai do quarto. Fui ao quarto da minha irmã e os dois estavam lá. Eu meti a mão na porta, abri e fui direto a ele, segurei pelo ombro e disse:
- Pelo amor de Deus, diz que o que ele falou é mentira! Diz a verdade pra mim Luiz!
- Você vai ficar bem se souber a verdade?
- Claro!
- EU TE AMO. – ele falava tranquilamente, como se quisesse me fazer entender o óbvio.
- E o Sergio?
- Ele tentou mais uma vez separar a gente, mas espero que não tenha conseguido... ele te enganou Edu, eu não tenho mais nada com ele a muito tempo, e como sempre, quando a vontade aperta ele vem me procurar... você acredita em mim?
- Não sei... quero acreditar, e acredito, mas algo em mim diz pra desconfiar.
- O ciúme... eu sabia que seria difícil pra você acreditar em mim, mas eu te amo cara e quero que você escute isso aqui.
Ele pegou o mp3 dele e colocou no meu ouvido:
- Luiz – Volta Edu! Vamos conversar!
- Sergio – Deixa essa bixa ir... agora somos só eu e você meu amor.
- Luiz – Seu filho da puta! Eu te odeio cara, você não tem noção, por mim você poderia estar morto que eu nem ia ligar... sua desgraça! O que você falou pra ele?
- Sérgio – kkkk só a verdade amor.
- Luiz – Que porra de verdade?
- Sergio – Que você me chamou aqui pra gente ficar junto.
- Luiz – Você é maluco! Eu nunca te chamaria pra cá!
- Sergio – Ah, mas você ter colocado outro macho aqui dentro me chamou, o único macho aqui sou eu! Sou teu macho e não aquele galetinho de padaria.
- Luiz – Vai tomar no seu cu, seu escroto! Sai da minha casa!
- Sergio – Não mesmo! Vamos conversar direitinho, heim? Eu estava com saudade... mais de 6 meses sem se ver... Tá com saudade do seu macho?
- Luiz – Não tenho nada pra conversar com você.
- Sergio – Claro que tem, ou você quer que eu invente mais coisas pro seu namoradinho pivete?
- Luiz – Fala o que você quiser cara! Eu sei que ele vai continuar comigo. Sai da minha casa, ou a coisa vai ficar feia!
- Sergio – Ok, OK, mas ele vai me ver mais vezes... você é meu Tavinho, não vou te perder assim não.
- Luiz – Vai pro inferno!
Eu ouvi aquilo tudo e fiquei com mais vergonha ainda, além da raiva que eu senti daquele idiota. O Luiz olhava pra minha cara e esperava que eu dissesse alguma coisa, mas eu não conseguia... só olhava pra ele de volta e fiquei embatucado... morto de vergonha... a única reação que tive foi voltar a chorar, mas ele veio me abraçar.
- você acha mesmo que eu ia te trocar por aquele ibecil?
- Me desculpa?
- Claro... mas sabe o que tá foda de aguentar?
- O que?
- Ele interrompeu a gente, porra! Eu tava animadão! – disse ele passando o nariz no meu pescoço.
-Ei! Eu estou aqui ainda! – já alarmou logo a Carla, porque ela sabia que o bicho ia pegar!
- Vamos pro meu quarto amor. – falei, já levantando.
- Vão se amar! Cambada de chato. – Nós dos olhamos um para o outro e agarramos ela.
Começamos a fazer cosquinha e beijar ela e claro, terminamos com um beijo nosso. Fomos para o quarto e ao passar tranquei a porta. Assim que passamos eu agarrei ele e imprensei na porta.
- Porque eu sou tão idiota?
- Porque você tem medo de me perder... – me beijou. – Mas acho mesmo que você tem que ser mais seguro.
- Segurar? – Segurei na bunda dele, apertei e puxei ele pra cima, segurei ele no colo, deitando-o na minha cama.
Ele ficou olhando nos meus olhos e acariciando meu rosto, mas logo me beijou com intensidade e não demorou muito para nós tirarmos nossas camisas. Agora era pele na pele e aquilo parecia uma onda elétrica. Engraçado que mesmo naquela situação nenhum dos dois se atrevia a dar um passo a frente. Mas eu tomei as rédias e virei ele. Agora ele estava deitado e eu por cima. Voltei a beijar sua boca, mas fui descendo pelo seu corpo e ele era exatamente como eu imaginei, branco, marca de camisa, corpo firme, forte, mas nada malhado, mamilos rosados, depilação em dia e covinhas no abdomen... Depois de admirar meu gostoso, eu ataquei. Comecei beijando o pescoço, arrancando suspiros dele, depois fui descendo pelo peito, beijando seus mamilos e a barriga. Quando cheguei no cinto, não exitei, desfivelei e desabotoei a calça, depois fui aos seus pés e puxei ela para baixo, revelando sua Calvin Klein preta, um tesão só. Ali mesmo eu vi que eu não seria nunca, passivo pra ele. O volume que seu instrumento fazia era incrível, fiquei até com vergonha de tirar minha roupa kkkk
Mas agora de cueca, ele fez o mesmo comigo. Tirou minha roupa e me beijou e lambeu o corpo todo, e por fim, me senti envolvido por um calor delicioso e o movimento de sua língua me fazia gemer de prazer e realização. Mas meu tesão era tão grande que rapidamente senti o clímax vindo, então trocamos de novo de lugar. Deitei sobre ele e ficamos nos beijando e olhando um nos olhos do outro.
- Vira pra mim amor. – pedi ao pé do seu ouvido.
- Com amor, Dudu?
- Sempre com amor.
Ele se virou e eu voltei a passear pelo seu corpo com minha língua, preparando ele para a consumação. Vesti nossa proteção e continuamos... dali pra frente tudo ficou nebuloso... eu me lembro de tudo, mas foi tudo tão surreal que é impossível descrever ( e também o Luiz pediu para eu não ficar contando detalhes de nossas transas) Alguns minutos depois nossa boca se descolava, ofegantes, molhados de suor e absurdamente saciados. Eu peguei o controle e liguei o ar e deitei sobre o peito dele.
- Gostou amor? – ele perguntou.
- Foi do caralho Luh, to morto! Kkkk
- Também gostei! Só faltou uma música...
- Deixa eu colocar - Eu estendi a mão até o rádio e coloquei pra tocar um cd. - Toda vez que ouço essa música eu lembro de você. Sei que você não gosta de música em inglês, mas tive ela diz o seu nome, você está escrito nela. (http://www.youtube.com/watch?v=RTr8cR-ld0c).
Enquanto a música rolava eu deitei sobre ele novamente...
- Vamos testar seu inglês... me diz o que a música quer dizer. – ele pediu e sorriu.
- Tá certo... “ Meu amor... Eu nunca irei encontrar palavras, meu amor
Para te dizer como me sinto, meu amor.
Simples palavras não poderiam explicar – a música era linda demais.
Precioso amor
Você segurou minha vida em suas mãos
Criou tudo o que sou
Ensinou-me a viver novamente – ele ficou acariciando meu cabelo e eu falando a letra.
“Só você... Veio quando eu precisei de um amigo
Acreditou em mim nos bons e maus momentos
Esta canção é para você
Cheia de gratidão e amor
Deus te abençoe
Você me faz sentir renovado
Por Deus ter me abençoado com você
Você me faz sentir renovado
Eu canto essa música porque você
Me faz sentir renovado – Dei um beijo gostoso e ele voltou a narrar.
- Meu amor... Sempre que eu estava inseguro
Você me levantou e me fez ter certeza
Você me devolveu meu orgulho
Precioso amigo
Com você eu sempre terei um amigo
Você é alguém que eu posso contar
Para trilhar em um caminho que por vezes termina
Sem você... A vida não tem significado ou rima
Como notas para uma música desafinada.
Como posso retribuir
Você por ter fé em mim
Deus esteja com você
Você me faz sentir renovado
Por Deus ter me abençoado com você
Você me faz sentir renovado
Eu canto essa música porque você
Me faz sentir renovado”
Eu, como maria mole e emotivo, estava chorando, mas não esperava isso dele...
- Foi a coisa mais linda que já me disseram... – ele falou olhando pra mim e enxugando os olhos. – Vai ser pra sempre Dudu.
- Pra sempre Luh.
O cansaço nos venceu e acabamos cochilandoEduardocastilhoedu@hotmail.com e luiz-boladao1@hotmail.com ...