--1-- O início de um tempo perdido --1--
Como meu pai pode ter decidido trazer aquele fedelho para nossa casa? Depois de tantos anos ele vem me fazer isso? Não quero e não o pretendo o conhecer.
Cansado fui beber umas, na realidade nem cheguei a beber muito, só umas três garrafa de cerveja. Cansado fui até a casa da minha gata, mas ao ver meu estado não me deixou nem fica por la.
- Poxa Mari libera ai a casa vai? Não posso dormi lá em casa hoje.
- Não Roh, ta louco é se meu pai te ver ele te bate!
- Ele não vai me ver prometo.
- Bêbado assim não vai entrar, já disse.
- Porra você não da uma dentro em. - gritei com ela.
- Se ta louco é, caí fora vai.
- Tabom, mas depois não vem reclamar que tou com outra não já que você quer assim.
- Caí fora Rodrigo. - disse me empurrando e me deixando do lado de fora. Notei pela janela que o pai dela descia para ver o que aconteceu, aí realmente caí fora. Ele não ne conhece e me ver nesse estado nem rolava.
Fiquei até as 04:00 perambulando pela rua, ninguém mechia comigo pois era conhecido naquele bairro, mais conhecido como o rebelde, o inferno, porque eu só zuava e atormentava os outros. Tenho uma aparência de homem revoltado, corte na sombrancelha, cabelos loiros e olhos verde, puxei o pai totalmente. Corpo de causar inveja em qualquer homem e de atrair qualquer mulher, porque eu não era branco eu era meio bronzeadinho. Não precisava me gabar, nunca fui disso mas sempre soube que conseguia o que eu queria por que eu exalava machismo até deixando homens com medo. Nunca fui carinhoso, a perda da minha mae me fez assim, mas meu coração era dócil. Apenas enganava.
Naquela madrugada vaguei por todos canto do bairro, não queria que nenhum amigo meu me visse assim pois eu sou o exemplo deles. Foi nessa madrugada que pensei na minha mãe, e como ela era linda, com seus olhos azuis e cabelos escuros e lisos, ela era perfeita, pois tinha um rosto angelical. Traços calmos, pela branca com os olhos brilhando pelo o tom claro e coberto por aqueles cabelos escuros, queria tê-la abrasado mais uma vez, mas, mas, aquele fedelho não deixou.
Eu o odeio tanto, odeio por ele ter nascido. Uma desgraça na minha vida.
Não tinha mais o que fazer, deu 05:00 tava chegando em casa morto, pois eu tinha que dormi. Abri a porta com tudo para saberem que eu cheguei e não deu 3 minutos e meu pai desceu assustado.
- Que isso Rodrigo você me asustou.
- Dane-se pai quero a minha cama posso dormi nessa porra?
- Po-po-pode. - vi ele gaguejando de medo.
- Porque ta com medo pai?
- Você não venho briga com o Marcelo né.
- Pai se ele não aparecer na minha frente eu não faço nada mas se aparecer começe a chorar.
- Filho não fala isso.
- Posso dormi?
- Calma vou arrumar as coisas lá em cima, ajeitar para você dormi.
- Tá, vou ir tomar banho, aquele fedelho ta na onde?
- Ta naquele quartinho que fiz para ele.
- Ata, vou lá pegar a toalha.
- tabom filho.
Meu pai, tinha medo de mim algumas vezes, não por causa que o machucaria mas sabia que teria coragem de machucar aquele garoto.
Ele nunca me trouxe uma foto do meu irmão porque sabia que não ia gostar de ver. E assim foi nesses 21 anos da minha vida, não via aquele garoto de jeito nenhum, não estava afim.
Mas, ao sair do banheiro senti um aroma diferente, sabe aquele aroma doce que te deixa nas nuvens? Pois é, me lembro de sentir esse aroma apenas no colo da minha mãe e que sumiu mas que voltou depois de um tempo.
Esse cheirinho convidativo tava vindo da cozinha, e atordoado por esse cheiro acabei indo atrás.
Eu nem tinha me trocado, apenas de cueca box estava pois só tinha levado isso ao tomar banho.
Cheguei na cozinha e me deparo com um garoto de costa para mim, com cabelos escuro e liso igualsinho da minha mãe.
Fiquei em choque na hora, o garoto só podia ser ele.
Eu por impusso sai correndo pro meu quarto sem fazer barulho. Deito todo tremu-lo e tento dormi até que durmo.
Ás 14:00 acordo e vejo um recado do meu pai dizendo que foi levar o Marcelo no ponto. E acabei pensando sobre a madrugada, sobre o cheirinho que o menino me transmitiu, que a tempos não sentia. Peguei uma foto da minha mãe e chorei, chorei e chorei.
- Como queria você aqui mãe.
Olhei a foto, e dei risada, uma risada com lagrimas de risada. Motivo da risada? Era a cara da minha mãe assustada na foto, porque foi pega desprevinida, gosto dessa foto pois fui eu que a tirei e guardo esse sustinho dela para sempre.
- Te amo mãe.
Andei pelas ruas procurando um cheiro igual mas não consegui voltei para casa e vi meu pai. Conversamos muito, vi alegria nele por ter visto o Marcelo. Eu meio ressentido disse:
- Pai?
- Oi filho
- Ontem eu senti o cheirinho da mamãe.
- Sério?
- Uhum.
- kkkkk ainda bem que não só sou eu que penso isso.
- Oxe não entendi.
- Filho esse é o cheirinho do Marcelo, eu vivo dizendo para minha irmã que ele tem o cheiro da Maah, mas ela não acredita, alias ninguém da família acredita só eu e agora você.
- Affe pai, não é dele não.
- Claro que é.
- Aaaah dane-se pai.
- kkkk filho doido eu tenho.
- Ainda bem que você sabe. E ele vai voltar aqui mais vezes?
- Porque? Você deixa? Quer vê-lo?
- Nossa quanta pergunta. Poxa pai a casa é sua pode trazer ele mas não quero vê-lo não .
- Ata finjo que acredito.
- To falando sério pai. - disse num to autoritario.
- Ok desculpa vou dar uma saída.
Eu estava ficando atordoado!! Só isso que eu acho de mimBrigado gente por me acompanharem mais uma vez e espero que gostem.
Abraços!