Capítulo 5 - O caminho do perigo.
Em uma viajem pela estrada, onde o sol batia forte. O calor invandia o automóvel. A viagem parecia o inferno, mas tinha que admitir o dia estava lindo. O canto dos pássaros, acalmava-me, adorava a melodia destes belos animais... Era tão tranquilizante. Mas por outro, a conversa dos caronas me irrritava! Sinceramente, eu não suportava aqueles estranhos... Estavam ocupando muito espaço. Não tinha o menor interessante neles, mas Romeu tinha...
- Vocês são dessa cidade, "São Miguel dos Montes Claros" - Romeu perguntou enquanto dirigia.
- Cara! somos sim - Rodrigo (o hippie) respondeu prontamente.
- E o que vão fazer lá? - A curiosidade era presente em Romeu.
- Eu e meu "morzinho", Vamos nos casar... - Renata respondeu dando um beijo meloso em Rodrigo (ugh! Nojento!) - O casamento será daqui a cinco dias, e minha prima irmã está arrumando tudo. A cerimonia, a festa os convidados... - Aquela mulher falava muito. Ela não fechava a matraca! - Queríamos nos casar na nossa cidade natal. Onde nos conhecemos. E toda nossa família vai está reunida - Ela falava com um sorriso bobo que me irritava cada vez mais...
- Felicidades aos noivos! - Romeu os parabenizou.
Eu conseguia ver a alegria forçada pelos noivas e depois uma ponta de tristeza em seu sorriso. Seu olhar vago.Ele sentia a falta de Roberta. Isso chateava-me e ao mesmo fascinava-me. Ele ficava mais lindo quando estava triste.
- E vocês? - Ela perguntou. - Para onde vão? - essa pergunta está me dando nos nervos. Eu não podia responder.
- É algo que eu também queria saber, né "Romeu"? - Ele retrucou de forma ironicamente para mim.
- Como assim? - Renata não entendeu nada.
- Eu vou explicar... - Romeu tomou a dianteira da situação. E resolveu contar o porquê da nossa viajem.
- Minha noiva. A razão da minha vida, morreu - Ele disse em um tom de pesar.
- Oh! - Ela arfou espantanda - Meus pêsames.
- Rô inventou essa viajem surpresa - Ele disse olhando fixamente para mim. - Até agora ele não disse para onde vamos. Ele apenas diz para o caminho. Ele falou que eu deveria me afastar de todos os problemas... E que uma viajem faria bem para mim - Ele acrescentou.
- Tenho certeza que uma viajem pode te ajudar... - Finalmente Renan ( o cara estranho) se pronunciou. Até aquele momento ele não tinha dito nada. Os outros que falavam por ele.
- Pode ser... - Romeu retrucou duvidoso.
- Pode ser nada! É. - Disse irritado.
- E... Como sua noiva morreu? - Renan perguntou. Mas o tempo todo olhava para mim, com um sorriso incognitante.
- Bom... - Romeu estava se preparando para responder.
- Melhor não dizer nada Romeu - Contornei a situação. - Lembrar dessas coisas não farão bem a você - Eu o persuadi.
- É... Você tem razão - Ele concordou comigo.
- Ah! Que pena! Eu entendo - Disse Renan aparentemente compreensível. - Quem sabe algum dia você nos conte, certo? - Ele insistiu com aquele sorrisinho que já estava começando a me irritar...
- Certo. - Romeu respondeu.
Não gostei de Renan. Senti que ele queria me afrontar... Ele era falso! Mas ele me despertou um fascínio por ele.
- Então... "Rô". Posso te chamar assim? - Ele já estava muito abusado para meu gosto.
- Claro! - Respondi simpaticamente.
- Vai dizer qual é esse lugar misterioso que está levando seu "amigo"? - Ele perguntou.
- Desculpe-me, mas não posso contar... Então vai a surpresa né? - Disse convicto.
- Entendo... - Ele disse olhando para a janela.
Havia um clima de tensão entre eu e Renan. Mas parece que não perceptível para Rodrigo, Renato e Romeu. Aquele homem estranho, aparentemente fechado e tímido. Estava nos analisando... Ele representava "perigo".
- Desculpe ser invasivo. É que sou assim mesmo igual minha irmãzinha - Ele abraçou Renata - Sou possuído pela curiosidade - Ele indagou. E um sorriso falso nasceu em sua face.
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Fazia algumas horas que tínhamos conhecido Renata. Uma mulher aparentemente doce e gentil com 26 anos. Seu noivo Rodrigo, mais velho 30 anos, parecia um mendigo louco e o irmão de Renata com 23 anos. Renan, Não fui com a cara dele, ele era estranho... Mas instigava-me.
A viajem era cansativa, ela nos consumia... Eu não me sentia bem preso dentro de um automóvel. Era sufocante. Tinha a sensação de falta de ar... Acreditava que os caronas estavam roubando meu ar. Tentava ficar com a cabeça para fora da janela do carro. Sim, era min ha claustrofobia. Sempre tive medo de ficar trancado em algum lugar... Mesmo com as janelas dos carros. Ainda me sentia preso em uma caixa ambulante com mais quatro pessoas, onde eles roubavam seu ar... Por causa de minha claustrofobia, eu nunca tranquei a porta do meu quarto e as janelas viviam abertas. A viajem realmente estava acabando com nós, pois via o cansaço de Romeu. Ele não conseguia dormir ou comer, estava começando a se estressar...
- RÔ! EU NÃO AGUENTO MAIS! - Ele esbravejou do nada. E freio bruscamente o carro, fazendo o carro girar bruscamente na estrada.
- Droga! Romeu. Quer matar a gente? - Gritei.
Ele abriu a porta do motorista, saiu rapidamente (Ele estava sem o cinto de segurança) e fechou-a bruscamente. Logo também sai do carro e fui atrás dele.
- O que está acontecendo Romeu? - Gritei no meio da estrada.
- O problema é que você não têm confiança em mim! - Ele gritou apontando o polegar para si próprio.
- Que isso cara! - Disse incrédulo. - Você é a pessoa que mais confio no mundo. - Acrescentei.
- Mentira! Se eu fosse. Eu saberia para onde a gente está indo! - Ele continuava a gritar... Enquanto passavam alguns caminhões pela estrada. - Por que você não me diz para onde estamos indo? - Eu sentia sua dúvida em relação a mim.
- Já disse é uma surpresa. Você vai gostar... - Eu tentei completar a frase.
Ele veio rapidamente até minha direção. Sua raiva era visível. Afastei-me dele e do carro, os caronas não estavam mais d entro do carro. Romeu pegou um pedaço de madeira do asfalto. Seguro-o forte com as duas mãos e começou a bater violentamente na lataria com o pedaço.
- ME DIZ LOGO PORRA! - Ela enfurecidanente enquanto quebrava o carro. - EU NÃO AGUENTO ESSA VIAGEM! - Ele estava descontrolado. Ele não era o mesmo Romeu de antes...
Ele chutava o carro com toda sua força. Até seus pés doerem... Gritava coisas sem nexos.
- Calma cara! - Rodrigo gritava - Acalme-se!
Romeu continuava descontrolado. O carro já estava em péssimo estado. Todo amassado. As janelas quebradas. Dava-se para ouvir os estrondos de longe dos baques feitos por Romeu no veículo.
Eu ainda não tinha feito nada. Estava apenas analisando a situação. Analisando Romeu. Nunca o vi tão descontrolado assim... Isso me preoucupava.
- Calma Romeu - Fui para perto dele - Estou aqui - Abracei-o por trás - Não precisa ficar bravo, você sabe que eu confio em você. - Eu sussurava em seu ouvido.
- Eu não quero mais viajar... - Ele começa a se acalmar... - Eu não quero mais... - Ele dizia flébil.
- A viajem está quase acabando. Não precisa ficar desse jeito. - Eu mantinha controle sobre Romeu. - Você confia em mim? - Perguntei.
- Hurum. - Ele assentiu com a cabeça. Mas continuava a lacrimejar exageradamente.
- Vamos voltar para dentro do carro? - Disse docemente.
Ele assentiu com a cabeça. Mas Rodrigo veio até nós. E segurava algo em suas mãos.
- Cara! Quer experimentar? Isso vai te deixar "relax" - Ele segurava um baseado de maconha. Logo se pôs a fumar na nossa frente. - Isso ajuda muito. - Eu via a fumaça densa do droga pairar pelo ar...
- Romeu, não aceita isso! - o proibi. - Isso não presta faz mal à saúde! - Completei.
- Tudo bem. Eu não vou aceitar... - Ele disse.
- Vocês não sabem o que estão perdendo... - Rodrigo fumava com gosto e prazer... Sabia dos efeitos das drogas. Não fiz isso porque era correto. E sim porque não queria piorar o estado de Romeu.
Voltamos para viajem. Avisei aos caronas que eles do só podiam seguir viajem com a gente. Só se livrassem das drogas que obtinham. Não queria mais problemas... O carro ainda funcionava, só a lataria que estava bastante destruída.
Durante a viajem... Fiquei pensando na oferta do Rodrigo. Fumar era muito sedutor... Droga era muito tentadora. Às vezes achava que precisava disso para não me sentir eu mesmo. Fugir de mim mesmo. Não ser eu. Fugir do mundo e dos problemas... Mas para uma pessoa manipuladora como eu. Nunca deixaria uma substância química me controlar. Foi melhor assim.
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Já estava anoitecendo... Procuramos um lugar para passar a noite. E encontramos uma pequena hospedaria no meio do nada! Parecia que só havia mato nos lados da casa. Mas era só para passar uma noite lá. Não custaria nada se hospedar. O lugar não era imundo. Não tinha a menor higiene naquele lugar... Os quartos eram pequenos e empoirados.. O lugar estava cainda aos pedaços. Um lugar decadente. Podia- se pestes como ratos e baratas. Eu e Romeu ficamos em um quarto, onde só tinha uma cama. Rodrigo e Renata em outro e Renan ficou com um só para si.
Eu e Romeu dormiríamos na mesma cama. Isso me preoucupava, pois nunca consegui me controlar perto dele. Tinha muitas ereções... E também tinha medo de tentar algo forçado contra ele. Já tive oportunidades de dormir junto com ele, mas sempre evitei. "Será que desta vez vou conseguir me controlar?"
- Vamos dormir? - Ele me perguntou, enquanto se despia.
Era lindo ver seu corpo. Ele só tirou a camisa. Aquele corpo escultural era meu desejo de consumo. Eu já estava com meu pau duro. Ele veio e se deitou no meu colo.
- Sabe, eu ainda sinto muita falta da Roberta - Ele disse tristonho. - A gente já sonhava com a nossa família. Até tínhamos escolhidos o nomes dos nossos filhos... Mas essa tragédia teve que acontecer para acabar com minha felicidade? Por quê ? Por quê meus deus? - Ele lamentava-se. Pediu uma explicação para seu infortúnio. Lacrimejava muito. - Obrigado! Rô por estar sempre ao meu lado - Ele me disse com um olhar carinhoso.
Eu adorava tê-lo perto de mim. Ele adormecia em meu colo. Eu me sentia tão bem... Em sentir seu corpo perto do meu. Admirava sua beleza viril. Fazia cafuné em seus cabelos sedosos... Acariciava seu rosto triangular e adorava sentir os pêlos ralos de sua barba em meus dedos... Meus dedos percorriam sua pele flácida, seus lábios vermelhos e carnudos... Minha mão percorria seu peitotal e barriga trincada. Ele já estava em um sono profundo. Meu pau já estava ereto há tempos... Já tive muitas fantasias eróticas com Romeu. Quando tocava seu rosto. Lembrava-me um sonho que tive com ele... Onde nos beijavámos loucamente. Minhas unhas estavam grandes e eu arranhava sua bela pela, afim de cortá-la. No meu sonho, eu o cortava suavemente com uma faca sua pele. E via o líquido da vida escorrer por sua pele. Era lindo ver seu sangue vermelho, saindo do seu corpo. Logo eu lambia que escorria de seu rosto com bastante sede. Sem deixar uma gota. Ele também me cortava e lambia-me com volúpia. Via meu sangue em sua língua e lábios. Era lindo vê-lo saciar-se com minha vida. Logo estavámos todos cortados. Um chupando o outro. Nossos sangues se misturavam em nossas bocas. Um beijo sanguinário. Nossos corpos sujos de sangue. De vida.
Eu não estava conseguindo me controlar... Tinha feito um pequeno corte na bochecha dele, enquanto o acariciava. Tinha que sair daquele quarto. De perto de Romeu. Ele não tinha acordado, e cuidado sai daquele quarto. Tinha medo do que era capaz de fazer com ele. Ele me enlouquecia. Podia até violentá-lo. Se não saísse de lá.
Fui para o carro. Decidi que dormiria dentro do automóvel. Mas ainda sentia o desejo de possuir Romeu. De sentir seu sangue. Aquilo não saia da minha cabeça. Precisava me controlar... Controlar esse desejo insano. E fiz o que fazia para me controlar. Cortei-me.
Peguei minha pequena faca e fiz pequenos cortes profundos e precisos em meu antebraço esquerdo. Via meu próprio sangue percorrer... Era lindo! Aquele líquido vermelho... Ele escorria lentamente... Eu sugava rapidamente. Não deixava nenhuma gota cair... Aquilo me dava um prazer inexplicável. A dor do meus cortes não era nada comparada em ver meu próprio sangue jorrar... E bebê-lo. Logo avistei uma camisa de Romeu no carro, e funguei-a. Era tão excitante o odor daquele homem... Eu simplesmente não conseguia viver sem ele. Tentei dormir, mas não conseguia. Peguei meu celular e coloquei em uma foto de Romeu. Gostava de admirar sua beleza. Beijava o display do celular... Logo estava me masturbando freneticamente com a foto dele.
- Então... Você é viado? - Alguém tinha batido na porta do carro. Era Rodrigo.
Sai rapidamente do carro. Enfurecido com aquele homem.
- EU NÃO SOU VIADO! - Gritei apontando o dedo para ele.
- E pensa que eu não vi, você beijando a foto do seu amigo e logo depois bateu uma? Você é viado sim! - Ele exclamou.
- Esquece o que você viu tá! - Disse saindo do local. Foi quando ele segurou meus braços.
- Você não vai não! - Ele me segurou violentamente.
- ME SOLTA! - Eu gritava - ME SOLTA CARALHO! - Continuava a gritar.
- Não grita porra! - Ele deu soco no meu rosto, que me fez cair no chão.
- Eu só quero me divertir um pouco com você - Ele disse gargalhando.
Senti um ódio. Um nojo daquele homem. Eu não ia deixar assim não...
- Vamos para dentro da mata! Lá é ma is reservado - Ele disse ainda gargalhando.
- Me solta porra! - Eu continuava resistente, mas ele tinha me prendido. Ele era mais forte que eu. Tapou minha boca. E me levou forçadamente para dentro da sombria mata. Onde a luz da lua mal chegava e se ouvia o barulho dos grilos e corujas.
- Putinha! Eu vou te arrombar todinha!
CONTINUA...
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Olá! Consegui postar mais um antes do ano acabar... Alguns deve estar achando que tudo ocorre rápido demais nessa série, certo? Isso é proposital. Porque não gosto de séries longas com vários capítulos e temporadas. Romeu & Romeu terá poucos capítulos. Mas serão muito tensos, polêmicos e emocionantes... Estou ansioso para o sexto capítulo desse conto, pois será algo muito polêmico. E acho que vou escrever sobre algo que nunca escreveram na CDC e também os dois Romeus vão narrar esta estória. Serão duas visões diferentes. Aguardam-me... Hahaha. Quero agradecer ao autor Caco, quero que você saiba que também me inspira. E não vejo a Cdc sem você. Não desista de escrever cara! Ao meu amigo Iky e Guhhh! A querida Alanis, diiegoh'.e Mô. Espero ter forças e inspiração para o sexto capítulo. Até mais...
