Fala galera! Tô de volta pra reescrever um conto q não terminei, vou mostrar ele de outra forma pra vocês. A parte da agressão é verídica, ocorreu ainda esse ano comigo, foi horrível, mas valeu a pena, pois agora sou um homem/garoto livre.
Mas antes do conto, algumas informações para seu entendimento caro leitor.
Tenho 16, mas vou fazer 17 dia 9 de janiero (quero presente hehehe), meus pais são pastores de uma igreja evangélica, eu tinha uma linda franja e um cabelo muito liso e de um castanho quase dourado, sou gato modéstia parte, 1,70 de altura, moreno clarinho, olhos castanhos e o fato verídico ocorreu no fim do mês de setembroNo começo do ano de 2012, comecei a andar com uma amiga "100% vida louca", ela foi me apresentando pra turminha dela, tinha gente de todo tipo de "engomadinho" a "largadinho", gostei de todos, apesar de nunca gostar de falar em gírias, com a convivência fui me misturando e falando igual a eles.
Todos, sem exceção de nenhum, fumavam maconha, eu sempre quis provar e quando provei... Aprovei! hahaah
Ora! Não pense mal de mim, não sou viciado e nenhum de meus amigos são, a maconha não te deixa mal como crack e cia, também não estou dizendo pra usar, faça o que quiser da sua vida.
Vivia na casa do namorado da minha amiga, que sempre foi mega gente boa não só comigo como com todos. Também nunca escondi o meu gosto pelo sexo masculino (exceto para meus familiares) acho que pelo fato de não ser afeminado eles me respeitavam muito e brincavam muito com isso também, mas nunca levei a sério, já até fiquei com o primo do Junior (namorado de Bruna minha amiga).
Mas houve o dia em que minha vida mudou completamente. Eu tinha chegado em casa, pois chegava da casa de Junior onde estava fumando maconha com seu primo e ele, tomei um banho, já não estava lombrado, comi alguma coisa, pois maconha dá muita fome, meus pais estavam na sala quietos assistindo televisão.
-Samuel! - chamou minha mãe.
- Opa! - respondi.
- Seu pai e eu queremos ter uma conversa séria com você - disse séria - sente-se no sofá.
Sentei-me e e começou a falatória. O caso era o seguinte: de alguma forma que até hoje não sei, eles descobrirão sobre meu gosto pelo sexo masculino, e pela religião em que fui criado isso é um pecado gravíssimo. Eu já muito nervoso já sabendo do que se tratava a conversa, já comecei a chorar como fraco sou.
- É verdade isso Samuel? - perguntou minha mãe com um nó na garganta
- Sim! Não vou mais mentir sobre isso - disse em meio ao choro
- Meu Deus! - exclamou minha mãe.
O cara lá, como machista que é, já começou a falar varias bobagens tipo "Meu filho, não fala isso, você não sabe como é bom comer uma buceta" eu sinto nojo dessa palavra até hoje, não dá pra descrever o nojo que eu sinto dele por falar aquilo, um pastor pronunciar tais palavras de forma tão vulgar.
- Meu filho você quer ser liberto disso? - minha mãe fala já se preparando pensando que minha resposta seria o sim e em seguida tentar me exorcizar, mas foi totalmente o contrário.
- Não! já cansei disso, sou assim, se quiserem eu saio de casa e vocês não vão precisar passar a vergonha de ter um filho gay.
A confusão estava armada, minha mãe já começou o desespero de tentar invocar "o demônio dentro de mim", mas sua tentativa é falha, o cara lá entra no quarto do casal e eu já havia deduzido oque aconteceria.
- Mãe ele vai querer me bater, não vai adiantar você sabe disso, sou eu mãe, não é demônio nenhum, não deixa ele me bater - eu falava desesperado com medo de apanhar, pois nunca gostei de sentir dor. Ele sai do quarto com um sinto preto nas mãos, eu obvio já entrei em desespero.
- isso não é demônio não, é safadeza mesmo! - e com essas palavras começou a me bater com o sinto, minha mãe tentava evitar, mas era inútil, eu via a ira no olhar daquele cara, é traumático, dói até agora só de lembrar daquele dia. Ele depois de muito bater com a parte de couro do sinto ameaça bater coma fivela, eu com medo dos hematomas que poderiam ser deixados além dos que ficaram em meu lindo e até então frágil (sim pois ele bateu tão forte que até hoje tenho as marcas da parte do cinto), corri em disparada me trancando no banheiro e sacando o celular e discando o número da polícia. Um homem atende o telefone e eu digo meu endereço e a situação muito desesperado e aumentando a história dizendo que meu pai queria me matar ( o inútil ainda me pede calma ¬¬'), mal termino de falar no telefone a porta do banheiro é arrombada, meu celular se despedaçou no chão e eu cai junto no box me encolhendo e recebendo vários socos e pontapés do cara lá, minha mãe se coloca a minha frente e me defende com força de leoa salvando seu filhote e me tira das garras do leão que tanta matar a própria cria. Depois estávamos novamente sentados no sofá, eu cheio de hematomas, minha mãe aos prantos e o cara lá sério.
- Tu vai sair dessa casa, eu vou te mandar pro abrigo - disse da boca pra fora, pois não foi assim que fez - mas antes eu vou cortar esse cabelo - Eu sempre cuidei muito do meu cabelo e sempre deixei bem claro que ele era muito precioso pra mim, talvez por isso de ele querer tirar meu cabelo de mim. Enquanto passava a maquina zero nos meus cabelos, eu me sentia a Carolina Dickman na novela "Laços de família" quando ela fica careca, cara eu chorava muito, a história de amor entre um garoto e seus cabelos, seria cômico se não fosse tão trágico, tá bom cabelo cresce, mas não seria mais o mesmo, mas se esse era o preço que eu tinha que pagar pra poder me livrar deles eu iria pagar. Depois de cabelo raspado, o cara lá mandou eu tomar banho e orou por mim (¬¬') e mandou eu me deitar que no dia seguinte eu iria sair com ele, que a partir daquele dia eu não teria mais celular, quem fosse falar comigo teria que falar com ele primeiro, ou seja, eu estaria preso o resto da minha vida, a não seu que...
Fui ao banheiro e encontrei o meu chip e um pedaço da capinha do meu celular que havia ficado no chão do banheiro, peguei o chip e escondi, não tinha celular, mas eu daria um jeito de falar co meus amigos, já estava planejando uma fuga essa noite.
Entrei em meu quarto pegando uma mochila e colando algumas roupas dentro, com alguns suprimentos entre outras coisas que fosse precisar e não fosse precisar, vesti uma bermuda e uma camisa, amarrei um agasalho na cintura, botei um boné de aba reta que cobria a careca, calcei um tênis da nike já bem velho(o único que tenho, meu companheiro de aventuras, além de confortável, ta sempre comigo aonde eu vou hahaha) peguei umas moedas que achei em cima da mesa, nem conferi quanto tinha, mas era dinheiro então talvez fosse útil. Pulei a janela do meu quarto, abri a porta e saí rumo a LIBERDADE!!!!!
Caminhei sem destino, não poderia incomodar ninguém a essa hora, então resolvi passar a noite na rua mesmo, andei até a praia e foi uma pernada, pois a praia fica km's da casa da minha mãe, dormi em uma cadeira de sol, acordando acho que duas horas depois, já vi o sol nascer. Eu estava parecendo um drogado, de olho roxo, cheio de hematomas pelo corpo, mancando e todo sujo. Estava com fome, com sede e sem ter pra onde ir, pois passava em minha cabeça que se procurasse um amigo, com toda certeza avisariam aos meus pais, continuei a andar e uma senhora que passeava com sua cachorrinha me parou e perguntou se eu estava me sentindo bem, eu nada respondi, pois era mais que obvio que não, ela então perguntou o que tinha acontecido, se eu estava com fome, então resolvi aceitar sua ajuda, mas logo me arrependi. Ela começou com um papo meio estranho e ai percebi que ele é crente, aff's tudo que eu precisava agora, como ela estava me ajudando, contei toda a história pra ela, oque me fez bem, pois tava precisando desabafar. Ela me comprou um suco e um salgado pra eu comer, e comprou outras coisas tipo materiais de higiene pessoal, me deu 10 reais pra comprar o almoço. Também me deu um celular meio antigo, pois havia comentado a ela sobre o chip, ela me disse pra avisar que estava bem e etc, e também perguntou pra onde eu iria. Eu logo lembrei de meu amigo Junior, séria um ótimo lugar pra fugir, ela então se ofereceu pra me levar até lá.
Cara apesar de ela não ter parado de falar em Jesus, eu a agradeço até hoje, muito raro achar gente assim hoje em dia. Obrigado Dona Elza pelo que fez, sei que nem deve estar lendo, até porque isso aqui não é site pra irmãzinha da igreja hahaha, mas é pra que todos saibam que ainda tem gente que presta messe mundo.
A partir daqui não é mais verídico, depois eu conto o resultado de tudo, porque se não vai desandar a história.
Chegando a porta da casa do Junior eu toco a campainha, (apesar de fumador de maconha, nem ele nem nenhum de meus amigos são vagabundos, todos tem casa, seu dinheirinho, ninguém é marginal), ele abre a porta e me olha dos pés a cabeça com cara de espanto e preocupação, detalhe era que ele segurava um back(cigarro de maconha) na mão esquerda e estava só de bermuda.
Continua!Paizão e paizinho (Eduardo Castilho e Luiz Otávio) espero que leiam e gostem.
Foi difícil escrever esse conto, pois meu psicológico ainda não consegue digerir tudo isso. Espero que gostem e deixem sua opinião. bjão! xD~
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