Durante o período que ele estava pra voltar pra casa e minha mãe conversava com ele pela internet, por diversas vezes ela quis me mostrar uma foto, mas eu não quis ver, na verdade eu não sabia o que fazer, tinha que seguir com a minha rotina.
Não sabia o que esperar dele, se ele viria até mim, se ele me tomaria nos braços e me levaria pra longe, pra um lugar só nosso e compensasse todos os anos de ausência ou se simplesmente ele me deixaria de lado e começaria a vida do zero na cidade dele, era totalmente inesperado.
No dia que ele retornaria, eu acordei com um certo frio na barriga, acordei muito antes do que deveria, fui ao banheiro e comecei a me olhar no espelho, tive os pensamentos interrompidos pelo Luiz.
Luiz: - Isso é hora de acordar? Volta pra cama vai. – E me abraçou por trás, de um jeito só dele.
Eu: - Não consigo, acho que a comida não me fez bem.
Luiz: - Ok, vamos assistir um filme até você pegar no sono então?
Eu: - Pode ser.
Sentamos a sala, assistimos um filme abraçados como sempre, mas não dormimos.
A verdade é que eu não queria me livrar do Luiz, ele me fazia bem, ele tinha sido meu refugio pra toda dor, eu o amava, mas de uma maneira diferente do amor que eu tinha pelo Bruno. Meu amor por Luiz era algo próximo a respeito e admiração, mas eu não achava que aquilo era o suficiente pra ele, ele merecia mais, tinha medo da reação dele ao saber da volta do Bruno.
Quando deu o horário, tomamos banho juntos e fomos cada um pro seu trabalho. O dia passou muito lentamente, eu estava com uma expectativa dentro de mim, só não sabia exatamente do que...
Quando eu saía do trabalho, já era quase onze da noite. Luiz me manda um SMS dizendo que dormiria na casa dos pais pra matar a saudade e que iria direto pro serviço no dia seguinte, eu cheguei a achar que era conspiração do universo, mas de qualquer maneira já era tarde, Bruno na certa não me procuraria, não hoje e não naquele horário, era o que eu imaginava.
Chegando em casa, vi um motoqueiro alto, de capacete, na porta do meu prédio, achei aquilo meio suspeito mas subi e fiz questão de trancar bem as portas do meu apartamento. Tomei um banho quente e pus uma roupa confortável de dormir. De repente o interfone toca.
Porteiro: - Boa noite seu Thomas, mas tem um rapaz aqui na portaria querendo falar com o senhor, posso mandar subir?
Eu: - Qual o nome por favor?
Porteiro: - Bruno.
Meu coração parou e em seguida disparou, não sabia o que fazer, minhas mãos gelaram e começaram a tremer demais, não sabia mesmo o que fazer.
Porteiro: - Seu Thomas? O senhor ta ai ainda?
Eu: - T-t-t-t-o... to!
Porteiro: - O que eu faço?
Eu: - Pode mandar subir.
Tudo foi rápido demais, ele chegou muito rápido ao meu apartamento, a campainha toca e eu reúno o que tenho de forças e vou atende-la.
Ao abrir a porta, uma surpresa: Ele era o motoqueiro alto e suspeito.
Ele tinha consigo um sorriso, lindo por sinal, pelo visto ele tinha usado aparelho. Ele estava lindo demais, o rosto que antes era proporcional, agora se moldava em traços masculinos fortes em um rosto de um homem formado, não mais de adolescente. Seu cabelo, ainda raspado na maquina, combinava perfeitamente com seu rosto. Seu corpo estava musculoso, aparentemente não definido, mas musculoso mesmo, braços e peito fartos. Ele tinha virado um Deus Grego quase.
Eu não sabia o que dizer, mas nem precisei. Ele correu e veio pro abraço, me abraçou de uma maneira que quase me quebrou. Um abraço apertado, cafungando em mim, acho que pra sentir meu cheiro, assim como eu sentia o cheiro de homem que ele exalava.
Meu corpo sucumbia ao dele, a ele. Estava muito tremulo, mas parecia que eu estava exatamente no lugar onde pertencia, nos braços dele. Foi tudo muito rápido, mas quando dei por mim, estávamos nos beijando com urgência, como se não houvesse amanhã. Sua boca era desesperada procurando a minha enquanto suas mãos o despiam rapidamente e deixavam a mostra seu corpo escultural, musculoso, meio peludo, perfeito pra mim que já gostava dele mesmo antes.
Estávamos desesperados, ambos, percorríamos nossos corpos sem trocar uma palavra, ele me despiu tão rapidamente quando se despiu. Deitamos no sofá, ele estava no controle como sempre, me chupava o pescoço, mordia a orelha, beijava a minha boca, aquilo era simplesmente sensacional. Ele era o homem pra mim, tudo que ele fazia me arrepiava e me excitava, acho que ele notou que eu me derretia em suas mãos.
Não demorou muito até eu pegar no seu pau, ele fechou os olhos na hora. Comecei a masturba-lo, ele movia os quadris, rebolando, gemia ofegantemente, curtindo cada punhetada que eu lhe proporcionava. Acho que ele ia gozar pela intensidade dos gemidos ofegantes, então ele tirou minha mão, me ajeitou do jeito que deu e me penetrou, a seco, apenas com a lubrificação que seu pau tinha.
Doeu, mas eu não ligava, eu precisava daquilo, era como se minha vida dependesse daquilo, cada bombada que ele me dava era melhor que a outra ,era um prazer inexplicável, nossos movimentos uniformes, éramos de uma sintonia incrível.
Ele demorava pra trocar de posição, me pôs de quatro e agarrou forte na minha cintura, como se fosse me prender ali pra sempre, ele bombava e beijava minhas costas, o suor caindo nas minhas costas, mas eu estava simplesmente adorando aquilo, era mágico, eu acabei gozando sem me tocar, e olha que até aquele instante, não tinha gozado mais que 3 vezes na vida toda. Devido a todos os meus problemas pra me tocar e tal.
Ele era muito resistente, mas depois de umas duas horas ele gozou. Achei que fosse a deixa pra conversarmos e tal, mas nada, ele logo ficou excitado, sentou e pediu que cavalgasse em seu colo, eu atendi de prontidão.
Eu me transformava com ele, eu estava submisso e safado ali, queria mais e mais. De repente ele me pega no colo e me faz cavalgar no ar, do jeito que estávamos, tava uma delicia, nossa, quando ele gozou, caímos juntos na minha cama, não tínhamos forças pra falar e muito menos fazer nada. Dormimos agarradinhos.
Na manhã seguinte, acordei cedo, ele me observava dormir já, acariciando-me.
Bruno: - Bom dia.
Eu: - Bom dia.
De repente, senti uma náusea, fui correndo pro banheiro e vomitei muito, vomitei quase minhas tripas, pus tudo pra fora, acho que tinha a comida de uma semana ali.
Ele ficou preocupado e ficou parado ao meu lado, em posição de que estava pronto pra me salvar, mas eu sabia o que significava aquele vomito, era o remorso, como eu pude fazer aquilo?
O cara me abandonou, mesmo que sem intenção dele, por 7 anos. Voltou, transamos sem conversar, transamos a noite inteira no apartamento e na cama do MEU NAMORADO, aquele troxa que estava acreditando que eu o amava, que estava dormindo e sentindo sua falta essa noite, eu não podia acreditar que tinha feito aquilo, como eu explicaria pra ele? Não tinha explicação, ele iria me odiar e eu não aguentaria conviver com o ódio dele.
Aquilo tinha sido tão errado, mas tão certo ao mesmo tempo. Era obvio que eu e Bruno tínhamos que ficar juntos, mas a que custo? Da infelicidade do Luiz, meu parceiro de anos?
Que situação eu estava, e pior, eu nem sabia quais eram as intenções do Bruno, decidi não ir trabalhar aquele dia, decidimos que precisávamos conversar, mas fora dali. Limpei a casa, pra não cheirar a Bruno, joguei as cobertas pra lavar e tomamos um banho, juntos.
Eu sabia que era errado aquilo, mas não conseguia me desgrudar dele, nem por um segundo. Decidimos sair pra conversar, ele foi em sua moto, seguindo meu carro, fomos até um restaurante, meio reservado, pra podermos conversar e de acordo com ele, eu precisava me alimentar. Ele não me conhecia mais, não sabia que eu era quase anoréxico, de verdade, as vezes fazia uma refeição a cada dois dias, e eu nem sabia porque, só sabia que eu era um psicólogo com mais problemas que todos os meus pacientes juntos.
Chegando lá, nos sentamos em uma mesa, ele pediu o que queria comer e beber e ficou me olhando.
Bruno: - Você tá muito magro sabia? Você precisa comer alguma coisa, não é possível que essa noite não tenha acabado com você.
Eu: - Confesso que acabou, mas não estou com muita fome. – Tentei enrolar.
Bruno: - Não estar com muita, significa estar com alguma, só vamos conversar depois de comer, se não comer, não tem conversa.
Ele achava que era meu pai ou algo do tipo?
Mas consenti, comi pouco, mas comi. Ele comia feito animal, depois de um bom tempo, ele havia acabado, mas não pedimos a conta, pedimos uma coca pra mim e um suco pra ele, agora que ia começar nossa conversa.
Eu: -Então, podemos conversar agora?
Bruno: - Sim senhor.
E lá estávamos nós, sentados, cara a cara, depois de 7 anos, prontos pra conversar, por as cartas na mesa, resolver o que faríamos, era hora de tomarmos um rumo, esperávamos sair dali decididos em relação ao que faríamos das nossas vidas, eu temia, pois eu perderia de qualquer jeito, qualquer solução dada, minha maior preocupação era o que eu falaria pra ele, tinha medo de magoá-lo, mas eu não podia guardar e me magoar mais, aquela era a hora.
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Espero que estejam gostando da minha história
Até o próximo