O rouxinol escarlate 4

Um conto erótico de Silver Sunlight
Categoria: Homossexual
Contém 892 palavras
Data: 01/12/2012 17:16:50
Última revisão: 01/12/2012 19:27:05

O dia estava realmente lindo. O céu estava com um azul maravilhoso. O sol brilhava intensamente. Na verdade, tudo estava como sempre esteve, mas ter Dominicky do meu lado deixava tudo mais lindo. Procuramos um banco para nos sentarmos.

(Marcelo) – Então, quem dita as regras é você?

(Dominicky) – Sim. Sempre. Nunca fui muito bom em receber ordens!

(Marcelo) – Por isso você trabalha para sua mãe?

(Domincky) – Também. Minha mãe é “casada” com a carreira. Assim, eu posso passar o dia mais próximo a ela. Eu amo o que faço, mas a música é o que me liberta!

(Marcelo) – E você ainda me critica quando te chamo de rouxinol aprisionado!

(Dominicky) – Claro que critico! Tenho cara de “donzelo indefeso”?

(Marcelo) – A última coisa que você parece é indefeso. Depois do que você disse para o Gustavo, eu tenho até medo de dar alguma mancada com você!

(Dominicky) – Eu acho isso excelente!

Eu amava observar a forma como Dominicky se comportava. Era elegante e, ao mesmo tempo, muito natural. Ele tinha uma energia que contagiava a minha visão e me deixava feliz. Eu o desejava. Queria que ele me amasse e faria o possível para conquista-lo.

(Dominicky) – Marcelo, poderíamos comer algo? Eu não estou me sentindo muito bem.

(Marcelo) – Está acontecendo algo? Dor de cabeça? Dor no estômago? Calafrios?

(Dominicky) – Calma homem! Eu só estou me sentindo indisposto, pois não comi nada desde a hora em que acordei.

(Marcelo) – Tem uma padaria muito boa aqui por perto. Vamos?

(Dominicky) – Com certeza!

Fomos à padaria. Começamos a conversar sobre amenidades. De repente, um jovem não muito alto, mas muito musculoso entrou na padaria e ficou “secando” Dominicky. Ele começou a andar em nossa direção.

(Ângelo) – Rouxinol escarlate, é você mesmo?

Dominicky ergueu a cabeça e seus olhos começaram a lacrimejar. Parecia que ele havia sido ferido com uma facada. Seus olhos continuavam parados na direção do nada.

(Ângelo) – O que foi rouxinol? O gato comeu sua língua?

(Marcelo) – Dominicky, quem é esse cara?

Dominicky me encarou perplexo e subitamente se levantou. Correu em direção à porta e desapareceu. Tentei sondar o cara e saber qual era a dele, mas não obtive muito sucesso. Paguei a conta e voltei para o meu apartamento. Precisava da ajuda da Andressa.

(Marcelo) – Maninha, você está em casa?

(Andressa) – Cheguei a pouco. Aconteceu algo?

(Marcelo) – Andressa, você conhece um tal de Ângelo?

(Andressa) – Sim. Ele estudou com o Dominicky no Ensino Médio. Às vezes eu o vejo perto da agência. Dominikcy detesta ele com todas as forças. Por quê?

(Marcelo) – Eu estava na padaria com o Dominicky, quando esse paspalho entrou e o chamou de rouxinol escarlate. Dominicky parecia uma vela. Ele saiu correndo e chorando. Você sabe de algo?

(Andressa) – O que vocês dois faziam naquela padaria?

(Marcelo) – Isso não vem ao caso.

(Andressa) – Tudo bem! Tudo bem! Não faço ideia do que possa ser. Amanhã vou tentar conversar com ele.

Fiquei quase duas semanas sem notícias de Dominicky. Eu estava muito preocupado, principalmente por saber que depois daquele dia ele não havia aparecido no escritório. Convidei minha irmã para me levar até a casa dele. Precisava saber o que estava acontecendo.

Ao chegarmos, me deparei com uma casa grande. Ela possuía dois andares. Interfonamos e uma senhora nos atendeu, identificando-se como a governanta. Ela nos recebeu e nos levou ao escritório, onde Marina, mãe de Dominicky, se encontrava.

(Marina) – Boa tarde! Em que posso ajudar?

(Andressa) – Boa tarde, Senhora Montefiore! Gostaria de lhe apresentar meu irmão, Marcelo!

(Marcelo) – Muito prazer, Senhora!

(Marina) – Encantada! Mas digam-me, a que devo esta visita?

(Andressa) – Estamos preocupados com Dominicky! Ele não tem aparecido na empresa e não tem retornado meus recados.

(Marina) – Eu sei. Também me preocupo. Ele lutou durante cinco anos contra uma depressão muito forte, mas achei que ele houvesse vencido. Mas sinto que me enganei.

Eu realmente sentia muito. Isso explicava o medo e o pânico em seus olhos. Mas o que realmente aconteceu? Eu precisava saber qual o segredo escondido atrás das palavras “rouxinol escarlate”. A dor dele era a minha. Eu sabia que ele precisava de mim, mas não sabia como me aproximar para derrubar suas muralhas.

(Marcelo) – Senhora Montefiore…

(Marina) – Por favor, pode me chamar de Marina!

(Marcelo) – Tudo bem! Marina, eu poderia falar com Dominicky?

(Marina) – Claro que sim. Pedirei à governanta que o leve até a sala de ensaios!

A senhora me acompanhou até uma sala. Abri a porta lentamente e pude ouvir um som suave que vinha do seu interior. Dominicky estava sentado ao piano e tocava uma canção.

“But you’ll never get the best of me, no you won’t

Said you’ll never get the best of me, no more

Aren’t you tired of throwing stones?

Trying to kick me when I’m down

But you’ll never get the best of me, no you won’t”

(Mas você nunca vai conseguir o melhor de mim, não, você não vai

Disse que você nunca vai conseguir o melhor de mim, não mais

Você não está cansado de atirar pedras?

Tentando me chutar quando estou pra baixo

Mas você nunca vai conseguir o melhor de mim, não, você não vai)

Meu coração ficou muito apertado com aquela cena, mas eu precisava encará-lo e contar tudo o que eu sentia. Eu precisava dele. Ele precisava de mim, mais do que nunca.

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Comentários

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aiii! Continua contando, xtou ansioso para a outra parte! Bjs

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Muito bom! Estou impressionado com sua forma de escrever. Impecavel. Está de parabêns. Fanzão!

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Ai eu não vou tirar conclusões precipitadas agora vou acompanhar o proximobcapitulo e vou dar o meu comentario.tha muito bom continua logo

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