Galera, nessa temporada o conto ganhou uma nova cara, acho que já perceberam. A ideia é que vocês comentem mesmo, dando pitacos e dizendo o que acham das reações. Apesar de serem irmãos, são humanos, cometem erros e tem uma vida além dos dois. Acho que essa minha escolha, fez do conto algo mais real. Espero que estejam gostando. Quem quiser, add: carloscasa1@hotmail.com e puxem bastante papo rsrs. Obrigado e boa leitura...
- Mete mais Bruno.
- Tá gostoso safado?
- Muito. Me come!
- Ah Guga.
Nossa!
Que baque.
Ele não havia percebido o ato falho, mas eu brochei totalmente. Continuamos até ele gozar, e quando isso aconteceu, saí de perto dele e fui ao banheiro. Não demorou muito e ele batia na porta, tentando entender o que havia acontecido.
Tomei um banho, imaginando que a amizade com o Gustavo era mais do que amizade. Eu estava perdendo o Bruno. Nada mais justo depois de tudo que eu fiz, mas eu não imaginava uma traição da parte dele.
Por outro lado eu sabia que ele me amava, mas que esse amor não era o mesmo de antes, depois de tudo.
Saí do banheiro depois de quase trinta minutos e ele me olhava ainda sem entender:
- Que reação foi essa Carlos? Achei que você tivesse curtindo!
- Estava... até eu ouvir você dizer “Guga” quando queria dizer meu nome.
Acho que ele começou a pensar sobre o ato e finalmente se lembrou do erro que me machucou.
Andei em direção à cozinha, ainda tentando processar a quantidade imensa de informações do último dia. Ele me seguiu, tentando se desculpar:
- Carlos, eu juro que não foi por querer. Eu jamais ia te magoar desse jeito.
- Não? Você me deu um soco há uma hora atrás. Eu só quero ver onde esse seu castigo vai parar.
Isso despertou sua ira.
- Eu não sou criança como você. Eu não brinquei com seus sentimentos te traindo. Eu cometi um erro, que eu não consegui controlar. E quer saber, se quiser ficar com raiva, fica. Cansei.
Ele saiu. E eu fiquei ainda pensando em tudo. Será que tudo voltaria a ser como antes? Mas como foi nos primeiros dias de Floripa, vivendo como um casal de verdade, esquecendo essa história de ser irmão. Difícil.
Jamais as coisas seriam como antes, mas eu ainda tinha esperanças de que nós ficaríamos juntos de verdade, de novo.
Num impulso, me lembrei do que estava na minha cabeça antes do furacão Bruno passar sobre mim: Leandro.
Voei até o hospital e cheguei rapidamente ao seu quarto. Ao lado dele estava Gabriel, um amigo da república, que apenas me cumprimentou e saiu, nos deixando a sós.
- Oi.
- Oi Carlos.
- Como você tá?
- Tô ótimo. Pode ir.
- Como assim Leandro? Eu to preocupado com você. E vou ficar um tempo com você.
- Pra quê? Pra descobrir mais como me destruir? Seu irmãozinho já me deu o recado.
- Como assim? Que recado? Você num acha que eu tenho algo a ver com isso né?
- Carlos, ele foi muito claro quando disse que você era dele e que eu ia pagar pelo que tinha feito a você.
Meu rosto queimou. Bruno era muito impulsivo. Confesso que sentia uma pontinha de orgulho pelo amor que ele demonstrava, mas essa não era a forma de demonstrar.
- Cara, eu vou te explicar...
- Não, não me explica nada não. Eu não quero participar disso, só quero que você me deixe em paz, porque não tô afim de apanhar mais por alguém que não vale a pena.
Sai daquele hospital sentindo muito. Estava triste pelo que Bruno tinha feito e por ter perdido a amizade e o carinho que eu tinha conquistado de Leandro. Até aquele momento não havia entendido a reação de Leandro de me colocar pra fora da república naquele dia, mas agora as peças se encaixavam.
Era mais uma coisa pra eu acertar com Bruno. O que ele era capaz de fazer pra afastar as pessoas de mim. O grande ponto dessa história era isso, a possessividade do Bruno.
Jamais queria me eximir dos meus erros que foram vários, mas eu ao menos reconhecia-os. É, as questões com Bruno pareciam apenas surgir e nada de solução.
Mas uma coisa eu tinha certeza: o amava e muito. A cada vez que ele me magoava eu tinha certeza dos meus sentimentos por ele. Era mais do que um amor, era uma paixão, um sentimento muito forte, que por mais que eu pensasse ser sólido, poderia ser destruído aos poucos. Ainda assim, amor.
Voltei para o apartamento torcendo para encontrá-lo. Precisava tirar todas as coisas da minha cabeça e descobrir se ele tinha sido mesmo capaz de planejar tudo, apenas pra me mostrar que eu estava errado.
Cheguei á porta e vi Bruno sentado no sofá, sorrindo e despejei:
- Bruno, por favor. Eu preciso de umas respostas agora, sem rodeios.
- Calma. Nem vai cumprimentar a visita?
Olhei ao lado e vi um homem de aproximadamente 30 anos, extremamente lindo, cabelo castanho, olhos cor de mel e um sorriso perfeito. Seu corpo não era sarado, mas era forte, com uma leve barriguinha. Era lindo. Meu olhar de incógnita o fez aproximar soltar, numa voz grave:
- Prazer, Gustavo.
CONTINUA...