O rouxinol escarlate 5

Um conto erótico de Silver Sunlight
Categoria: Homossexual
Contém 520 palavras
Data: 02/12/2012 12:32:01
Última revisão: 02/12/2012 19:09:54

(Marcelo) – Impecável como sempre!

(Dominicky) – Como você entrou aqui?

(Marcelo) – Sua mãe me deu autorização. Podemos conversar?

(Dominicky) – Sim. Sente-se, por favor.

(Marcelo) – Eu preciso te confessar algo. Eu estou muito preocupado com você. Faz duas semanas que não durmo direito pensando em como você estaria.

(Dominicky) – Eu estou bem! Não se preocupe!

(Marcelo) – Como não me preocupar?! Você é o ser mais especial que eu conheci em todos esses anos. Ouça-me com atenção: EU TE AMO. Naquele dia, no bar, eu fiquei deslumbrado pela sua forma de se portar. Você, Dominicky, emana uma luz que vai além de tudo o que eu consigo expressar com palavras. Eu vi em você a minha felicidade. Eu preciso muito de você! Não posso ficar longe de você! Por favor, me dê uma chance de te fazer feliz.

Dominicky ameaçou chorar, mas conteve suas lágrimas e dirigiu-se à janela da sala.

(Dominicky) – Eu não vou negar que você também me encanta. Quando você apareceu na porta do camarim, eu senti meu coração se aquecer. Mas quando você teve aquela atitude, pensei que fosse como todos os outros. Confesso que me enganei. Você é muito especial.

Meu coração estava alegre, mas algo não se encaixava nessa situação. Dominicky deu um suspiro de dor e começou a chorar. Levantei-me e fui em sua direção, abraçando-o por trás.

(Marcelo) – Meu amor, você não está sozinho! Eu estou aqui com você e não vou deixar que nada de ruim te aconteça.

(Dominicky) – Infelizmente, Marcelo, as coisas não são como você pensa!

Dominicky me afastou e voltou-se para mim, fitando meus olhos.

(Dominicky) – Existem muitos segredos entre nós! Eu não posso ficar com você. Eu não posso ficar com ninguém. Eu nasci para ficar sozinho e estou me acostumando com isso.

(Marcelo) – Por favor, nunca mais repita tamanha tolice!

(Dominicky) – Não é tolice, Marcelo! É a mais pura verdade! Eu sou um rouxinol escarlate! Eu sempre vou ser marcado pela dor.

(Marcelo) – Amor, explique-me isso. Por que você é conhecido dessa maneira?

(Dominicky) – Marcelo, eu não estou pronto para isso. Deixe-me sozinho, por favor.

Meu coração sentiu uma dor inexplicável. Ele me amava, mas não podia ficar comigo. O que isso significava? Por que rouxinol escarlate? Qual era esse segredo? Eram inúmeras perguntas sem resposta. Eu já não ia suportar tudo aquilo outra vez. Ameacei chorar, mas consegui resistir. Assim que toquei a maçaneta da porta, ouvi que Dominicky desabou próximo ao piano. Voltei-me para ele.

(Dominicky) – EU MATEI MEU PAI!

Eu não acreditava no que estava ouvindo. Um arrepio gélido percorreu minha coluna e eu continuava estático. Eu não queria acreditar no que estava ouvindo. Dominicky matou alguém. Ou melhor, ele matou o próprio pai. Por quê? Como isso aconteceu? Quando? Confesso que senti medo de fazer essas perguntas. Um nó se formou em minha garganta ao perceber que ele estava encolhido próximo ao piano, frágil e confuso. Essa foi a primeira vez que vi o quanto Dominicky era sensível. Eu precisava tomar uma atitude, mas não sabia o que fazer. O que você faria se descobrisse que a pessoa que você mais ama matou outra pessoa?

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Silver Sunlight a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Eu simplismente eu sentaria e conversaria com essa pessoa e procuraria saber o por que daquilo ja que ninguém mata uma pessoa assim de uma hora pra outra e ele deve ter tido um motivo muito forte e triste pra ter feito isso e se voce realmente ama ele vai ajudar dar ele a enfrentar qualquer barreira.nota 10000esperando o proximo aqui

0 0
Foto de perfil genérica

Eu ja ouvi falar sobre isso-scarlate,até que tem haver com ele,mas não tenho certeza.

muito bom nota 10

aguardando o next.......

0 0