Capítulo 4 - Trilhas de uma nova ordem.
Ele beijava-me ferozmente, como se quisesse me engolir. Sua língua invandia a minha boca violentamente, éramos puro tesão. Apalpava bem forte meu pênis, que chegava a doer... Sua pegada era demais. Minha mão percorria toda a extensão de seu belo corpo ainda vestido. Aos poucos ele foi retirando... minha calça e cueca, assim libertando... meu lindo pênis, já bem ereto, ele era reto e branco, suas veias estavam a pulsar...
- Ahhhhh!! - Ele agarrou tão forte meu pau, que arfei um gemido repentino.
Eu estava no banco do motorista dirigindo... pela rodovia de madrugada. Tudo estava na escuridão, estava deserto, a chuva forte dominava a região, somente às luzes do farol do carro iluminava o local. Ele ao meu lado, levando-me à perdição. Ele flexionava sua mão em meu pau com muita força, e começava a masturba-me com rapidez. Estavámos possuídos pelo pecado da luxúria, leva-me à loucura, e eu tentando... prestar a atenção na estrada. Olhou-me com uma cara de safadice, e do nada, abaixou-se e abocanhou meu pau já babado, com muita gula. Chupava meu pau com muita gula, eu sentia sua boca molhada em meu membro ereto, sua língua passeava pela minha cabeçorra, ele começou a chupar freneticamente com muita volúpia, succionava meu pau querendo arrancar meu leite. Ele mamava muito bem, era muito bom sentir sua boca quentinha no meu pau. Eu só ofegava, tentando dirigirir...
- Ohhhh! - gemia escandalosamente - Vou gozaar!!! - avisei.
Eu não es tava mais com às mãos no volante. Quando deparei-me com uma luz forte e branca vindo em nossa direção. Tentei fazer algo, mas foi em vão... O carro bateu com tudo, eu não tinha controle sobre a situação. O carro colidiu com o caminhão, estraçalhando-o e arremeçando-o para fora do acostamento, eu conseguia ouvir os estalidos que o pneu fazia no asfalto. O carro já estava ao avesso, estava com o cinto de segurança, eu via-me preso no carro no meio do mato com meu corpo preso no carro, não sentia meus membros inferiores, estava todo ensanguentado, o vermelho tomou conta do meu corpo, que logo se misturava com a água da chuva, via meu sangue jorrando... pelo chão, caindo... na grama. O clima de terror que aquela noite pairava era perceptível. Quando lembrei-me, do homem que eu amo, não encrontrei-o ao meu lado. "Droga! Ele não usava o cinto." Tentei avistá-lo, até que o encontrei, ele estava alguns metros do carro. Não queria acreditar no que vi... Seu corpo estava estraçalhado, sua pele branca estava vermelha, sua cabeça quebrada, quase que separada do resto do corpo. Via sua carne vermelha sangrando... feita pelo arranhões. A chuva caia sobre seu corpo, lavando-o de seus pecados. Naquela madrugada de tormenta, fiz minha última súplica antes de morrer...
- NÃÃÃOOOOO!!!
Foi-se como meu último suspiro.
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- Rô? Acorda!
Acordei espantado, não estava ciente de nada, só ouvia os gritos de Romeu.
- O que foi? - perguntei assustado.
- Você teve um p esadelo - Ele estava dirigindo - Você gritou "nãããoooo!" - Ele revirava os olhos em mim, e dava uma risadinha pelo meu susto.
- Ah! Sim - arfei confirmando - Tive um sonho muito ruim - expliquei.
- Sonho? - Perguntou duvidando, e prestava atenção na estrada - Acho que você teve um pesadelo - ele acrescentou.
- Talvez... - Retuquei. - Não quero discutir o que é sonho e pesadelo para mim, está bem? - disse.
- Está bem. Entendi - Ele aceitou e voltou a dirigir...
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Passei a madrugada inteira dirigindo, logo no de manhã cedo, foi Romeu que ficou no volante. Estávamos 24 horas viajando... O nosso destino era muito longe, e o tempo da viajem era inderteminado. O meu sonho/pesadelo continuava a me atormentar...
- Como foi esse "sonho"? - Ele perguntou-me.
- Não quero falar sobre isso, por favor? - Pedi a ele.
- Tudo bem - Ele se conformou.
O dia estava ensolarado, estava muito quente,quase 40 °C , parecia um inferno. Via mirages na estrada, ouvia o sonidos dos veículos que passavam rapidamente por nós e o som do motor do carro. Via "flashes" da paisagem da região, o carro estava rápido, e não conseguia definir às imagens na minha mente, os melhos viam, mas meu cérebro não definia direito. A paisagem tinha uma vegetação rasteira, com alguns arbustas e poucas árvores grandes, mas mesmo tinha um aspecto de seca, de deserto. Onde parecia não chover à meses, mas tudo parecia um burrão se movendo rapidamente. Tudo isso dava-me um mal-esta r ( Sempre odei viajar... Eu sempre passava mal, era muito ruim, eu vomitava várias vezes em uma viajem, por isso evitava viajar) a ânsia era enorme, meu estômago estava embrulhado, ela revivara. Era como algum bicho estivesse dentro de mim, e quisesse sair... mas eu não deixava. Uma forte dor de cabeça se manifestava em mim, a dor era insuportável, a tremedeira que o carro fazia na estrada não ajudava em nada. Estava muito enjoado, e não podia mais segurar...
- Está bem? - Ele perguntou preoucapado.
Ele me viu de cabeça baixa, viu minha aflição. Meu mal-estar agonizava-me.
- Não. - respondi, fechando a boca rapidamente, para não por o vômito logo para fora. - Pare o carro! vou vomitar - supliquei.
- Droga! - ele exclamou.
Imediatamente, ele parou o carro no acostamento. Logo tirei meu sinto de segurança, não podia mais aguentar... Abri a porta do carro, afastei-me um pouco do veículo e botei tudo para fora... Baldiei sem hesitação no asfalto. Via tudo o que comi saindo do meu estômago (eu só tinha comido feijão enlatado e suco artificial de laranja) Dava para ver os grãos do feijão, meu suco gástrico, era grosso, meio que cremoso, tinha uma tonalidade marrom- alaranjada. Saiu tudo que nem água de uma torneira, direto para o asfalto.
- Ugh! - exclamou ele com nojo - Isso é muito nojento.
Senti-me um pouco aliviado, por não estar mais prendendo aquilo, mas ainda estava mal, a dor de cabeça não passava, o gosto do feijão com laranja ainda estava em minha boca.
- Por que, não tomou algum remédio para evitar esse incidente? - Ele perguntou-me irritado.
- Desculpe-me - pedi desculpas - Eu me esqueci - tentei explicar.
- Tudo bem - Ele compreendeu - Mas da próxima vez, não se esqueça, entendeu? - Ele replicou.
- Hurum. - Apenas assenti com a cabeça.
- Quando encontrarmos uma farmácia aqui por perto, a gente compra um remédio para você. - Ele disse preoucupado.
Eu adorava quando ele se preoucupava comigo. Sentia-me protegido por ele, a pessoa mais importante na vida dele, e faria de tudo para ser a pessoa mais importante da vida dele, não podíamos nos separar... Por mais que estivessemos brigados, continuaríamos presos um ao outro de corpo e alma. Isso acalmava-me para quando ele soubesse que fui o assassino de Roberta.
Ficamos um tempo parados no acostamento, esperando eu melhorar e me recompor, até retomarmos a viajem, e dessa vez eu ia dirigir....
Eu dirigia calmamente, prestava atenção na estrada, mas logo perdia-me em meus devaneios. Não cansava de admirar a beleza de Romeu. Eu sou muito perceptivo, por isso conseguia ver seu olhar sem rumo, vago, podia sentir seu vazio, a dor em sua alma. Não sei como explicar, mas o sofrimento deixava-o mais atraente e bonito. Isso me atraía. Logo meus pensavam se focaram no meu sonho, sonho porque eu podia sentir o desejo de Romeu por mim. Pesadelo, por vê-lo morrer... Mas esse sonho, criou-me dúvidas. "Se Romeu morresse eu sentiria sua falt a?"; " Sentiria a dor da morte?". Romeu era meu único vestígio de amor, eu não poderia perder ela, se eu não sentisse sua falta, assim eu concluiria que sou egoísta. Matar para mim, já não significava nada, isso demonstrava o quanto eu era frio. Nunca tive compaixão mesmo. Sempre achei-me estranho, nunca via vida em nada, minha visão do mundo era em preto e branco. A única coisa colorida que podia ver e sentir, era o vermelho intenso do sangue. "Será por isso que eu adoro o sangue?".
- CUIDADO! - Ele tinha gritado.
Quando percebi, eu tinha atropelado algo. Ainda não sabia o que era.
- Droga! - Exclamei.
Ele abriu a porta do carro e saiu, e logo eu também. Fomos avistar o quê atropelamos.
- Cara! Você acabou de matar um tamanduá-bandeira. - ele esbravejou.
- Não me diga o que eu já sei - Disse irritado.
- O que vamos fazer? - Ele olhou-me com uma cara de quem não soubesse o que fazer... - Isso pode dar encreca para gente.
Ele perambulava para um e para o outro, sem saber o que fazer, se cruxificando pelo acontecido. E eu fiquei hipnotizado por aquela cena, via o pobre tamanduá se agonizando de dor, ele era meio marrom-acizentado com algumas listras brancas, ainda pequeno. A dor parecia consumi-lo, a morte carecia daquele ser. Via seus olhos inocentes suplicando por ajuda... Ele estava bem ferido, era prazeroso ver suas tripas espalhadas pelo asfalto, por um momento tive o desejo de beber seu sangue, e comer suas triplas ainda cruas, mas ainda a chava nojento. Por isso não fiz. Senti o mesmo prazer que senti ao matar Roberta, a morte alheia era um prazer indescritível. Sentia-me pleno e poderoso, não tinha pena, remorso, culpa e nada do tipo, era só prazer... Ah! Era lindo tentando ver o animal se contorcendo, ainda luta em vão, a luta pela vida. Ver o animal morto, lembrou-me um fato do passado, a primeira vez que matei.
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(Flash Black)
Eu tinha por volta dos 8 anos, era uma criança que não media seus atos, não tinha ciência do que fazia. Na minha casa tinha uma gata, que pariu 5 filhotes, morreram 4 por causas naturais... Sobreviveu apenas um, um gatinho preto de olhos verdes penetrantes, eu gostava de brincar com ele. Até um dia... Quis brincar de algo diferente com o gato. Peguei uma corda, fiz um nó, prendi a corda em uma fechadura. Era uma forca. Peguei o gatinho preto, coloquei sua cabeça na nó e afroxei para ficar bem apertada e deixei-o lá, o animal padecendo, sem opção de vida, ela miava alto, suplicava pela sua mísera vida, relutava para se salvar, era a primeira alma sofrendo em minhas mãos. Seus miados não me tocaram, era divertido, prazeroso, amava ver aquele sofrimento todo. Era sadismo puro. Ele já tinha morrido, seu corpo não tinha mais nenhum movimento, era só os movimentos da corda que faziam seu corpo balançar. Via seus olhos verdes penetrantes me olhando... Mesmo na morte. Até hoje percebo que aqueles mesmo olhos verdes me perseguem... Depois de ter enforcado o gato, matei outro s animais por puro prazer, eram gatos, ratos, pintinhos, galinhas, pássaros, coelhos e cachorros. Teve até uma vez que matei o cachorro de estimação de Romeu por ciúmes, ele passava mais tempo com o animal do que comigo, sentia inveja e ódio do animal. Coloquei veneno na comida do cachorro, e logo ele morreu... Romeu ficou triste por duas semanas, mas eu estava lá para consolá-lo. O seu melhor amigo. Acredito que o gato foi apenas o começo de meu sadismo, de meu instinto assassino. Ali nasceu a crueldade em mim.
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- E aí? - Romeu chamou-me a atenção.
- O que é? - perguntei, saindo dos meus devaneios.
- Vamos deixar o pobre do bicho aqui? - Ele perguntou.
- Sim. - Respondi - Vamos embora logo - Complementei.
- Não acredito no que estou ouvindo - Ele disse descrente - Acabamos de matar um pobre animal, e nem vamos ajudá-lo?
- Se ele já está morto, o que podemos fazer? - Perguntei a ele.
- Não sei - Disse ele indeciso.
- Tudo bem - disse - vamos enterrá-lo aqui na estrada, aqui será sua cova...
Ele olhou-me estranho, pensou um pouco.
- Vamos logo! - Ele ordenou.
Fizemos um buraco no chão, com apenas uma pá que eu tinha levado. Usamos algumas luvas para pegar o tamanduá, e colocamos na cova, e enterramos-o. Romeu até rezou para ele, o que achei ridículo.
Voltamos para viajem, já estavamos no nosso segundo dia de viajem, não estavam passando tão mal, porque compramos o remédio para mim. Tínhamos brigado cedo por eu não diz er nosso destino, disse que já disse se arrependido de ter viajado. Na morte do Tamanduá, ele nem se atrevia a tocar no assunto, parecia traumatizado. Continuamos pela estrada, eu estava no volante, na rodovia não passavam muitos veículos, o lugar era o nada mesmo, só tinha estrada e mato. Até que em certo momento, avistamos três figuras pedindo carona, parecia dois homens e uma mulher. Passei direto, não queria dar carona de modo algum.
- Ei! Rô? Por que não deu caronas para aqueles caras? - Ele me segurou pelo braço.
- Talvez, porque eu maui quisesse dar! - Respondi grosseiramente.
- Vamos voltar lá agora! E dar uma carona, entendeu? - Ele disse seriamente, com um ar de controlador.
- Ok! - disse contrariado.
Voltamos ao local aonde eles estavam.
- E aí! Querem carona? - Romeu ofereceu.
- Falou cara! - um deles exclamou.
Eles três se acomodaram nos bancos de três, olhando melhor para eles, julguei-os como vagabundos, tinha um hippie todo mal vestido, cabelo loiros e sebosos, e fedorento com o nome de "Rodrigo" que era namorado da garota que se chamava "Renata" que era aparentemente rebelde, que tinha os cabelos curtos na altura do ombro, totalmente pink, com shortinho jeans curtos mostrando suas belas pernas que estavam com meias-calça preta e uma camisa do Sex pistols e outro cara aparentemente normal, vestido normal, parecia tímido, mas ele me instigava. Seu nome era "Renan". Não gostei da presença deles, parecia amistosos demais... Não er ram de confiança, mas o Romeu logo ficou amigos dos três, principalmende de "Renata". Uma particularidade que me chamou a atenção foi o fato de que eles tinham o mesmo destino com a gente. Uma cidadezinha pacata do interior que se chama "São Miguel dos Montes Claros". Isso não me agradou nada.
"Vou dar carona sim, mas se eles atrapalharem meus planos para Romeu, será a última carona que eles pedem. Terei de eliminá-los."
CONTINUA....
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Olá, leitores da Cdc. Muitos me conhecem como Realginário, mas quero que me chamem de Anjo Suicida neste conto, porque é o Anjo Suicida que o escreve, queria poder usar "Anjo Suicida" como o pseudônimo para Romeu & Romeu, mas desisti, pois sou mais conhecido por Realginário, e ficaria uma confusão por causa do meu nome. Quero fazer alguns esclarecimentos... Muitos devem ter percebido que este conto não é um Romance bobo, não é? Pois então é um conto que foi feito para ser pesado, peço-lhes que não se assustem com minhas ideias, pois minha mente és pervesa. Realmente eu queria algo inovador e criativo na Cdc, e espero estar conseguindo... Muitos de vocês devem ter pensado que eu me inspirei em "Romeu & Julieta" de William Shakespeare, mas não me inspirei, a única coisa em comum é o nome "Romeu", e tive motivos para adotá-lo. Minhas inspirações foram outras... O título "Romeu & Romeu" não se refere aos dois Romeus da trama, e sim à um só. O Romeu, psicopata, louco e bipolar. Pois este Romeu vive uma divisão. Entre s eu lado bom e o seu lado mal, seu amor e ódio, por isso o título. Quero também pedir desculpas, por não postar frequentemente este conto, porque é difícil escrevê-lo, pois ele absorve o pior de mim, chego a me cortar para escrevê-lo, para vocês verem como o negócio é difícil. Tenho bloqueios criativos e com meus inúmeros problemas pessoais, não me ajudam em nada. Quero agradecer a algumas pessoas que conheci no msn. Meus amigos Guhhh! e LORD DOS CONTOS, que são dois ótimos autores, obrigado mesmo por terem me ajudado e também a dois grandes autores da casa Bernardo (amo seu conto e sou teu fã) e Caco ( cara, somos muito parecidos em alguns aspectos, você faz a diferença na Cdc). Obrigado! Até o próximo.
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