- Não quero ir na sua casa Luiz e ponto!
- Mas porque não Dudu? Vamos ficar sem nos ver esse fim de semana?
- Sim! – respondi secamente.
- Mas porque?
- Porque eu não quero, simples assim.
- Você está chateado?
- Não, estou puto mesmo! E pra eu não brigar com você é melhor eu ficar aqui na minha casa e você na sua.
- Mas o que eu fiz?
- Nada Luiz Otávio!
- É o lance do sexo não é?
- Luiz, já deu a conversa por hoje, não é? Vou desligar.
- Não sei como você quer namorar comigo se naõ me respeita.
- Ah vai pra puta que pariu! Se não te respeitasse já teria pulado fora a muito tempo! Eu nem encosto em você cara pra não te dar motivos de reclamar... são 5 meses Otávio! 5 meses! Mas relaxa, eu sei que o problema sou eu, então me deixa no meu canto.
- Como assim o problema é você?
- Simples, eu não sou ele!
- Não acredito que tu tá mandando esse papo de novo!
- Nem eu acredito! Era pra eu ter me conformado ou... deixa pra lá.
- Ou o que?
- Chega! Não quero mais conversar com você hoje. Eu vou ficar em casa descansando! A final voltei a minha velha rotina.
- Tá. Tchau!
Nem respondi, só desliguei o celular... Essa já era nossa terceira discussão em 2 semanas... estava vendo que nosso relacionamento não duraria muito. O grande problema estava comigo, eu não tinha coragem de deixar ele, mas ficar do jeito que estávamos não dava. Não era só o sexo... pra mim o sexo representava que eu podia dar prazer a ele e fazer ele feliz de fato e em todas as circunstâncias. Mas ele não deixava eu me aproximar, parecia uma garotinha virgem que ao menor passar de mão já me alertava. Isso me emputecia demais, então eu passei a assumir essa postura, de não ficar mais sozinho com ele, se era para ficarmos juntos, que fosse em público.
Por outro lado eu queria mesmo dormir, como falei, minha rotina tinha voltado. Isso porque eu acabei sendo readmitido no trabalho. Depois que eu fui mandado embora, eu comecei a ajudar o Luiz na empresa dele que estava com a contabilidade pela misericórdia. Tudo era uma bagunça! O contador de lá era um cara jurássico, mais velho que todos nós juntos, o tempo que minha avó era virgem! E estava totalmente por fora das novas ondas da administração, economia e contabilidade. Comecei jogando os livros de contas no lixo, aquilo só acumulava poeira e fedia a mofo! Passei uma semana digitando tudo e isso foi ótimo, porque deu pra ter uma noção de onde entra dinheiro e onde se está jogando dinheiro fora.
Por fim eu comprei um arquivo e ia arquivando as planilhas impressas, mas deixava tudo salvo no backup da empresa. Aos poucos, nesses 2 meses eu fui conversando com o Luiz e dizendo onde ele deveria investir, onde tinha que parar de gastar dinheiro e tudo mais. Parece que deu resultado, de uma loja, agora ele tem 4 e está pronto pra abrir mais uma.
Enfim... depois de 2 meses eu recebi um telefonema do presidente do instituto onde eu trabalhava e ele me chamou para uma reunião e eu, óbvio, fui. Lá ele me informou que a pessoa que tinha me mandado embora, tinha sido despedida por fraude e outras safadezas que ele estava fazendo lá dentro e o dono da bagaça lá me pediu pra voltar a trabalhar com eles, porque ele mesmo não sabia que eu havia sido mandado embora e tudo mais... e para compensar a injustiça, me deu um aumento. Fiquei feliz pra caralho e na mesma hora liguei pro Luiz. Ele era a primeira pessoa que eu via na frente para contar minhas alegrias e tristezas, ele era um amigo fantástico... mas como namorado...
O Luiz é maravilhoso, disso todos nós sabemos, não canso de repetir isso, mas naquela época ele era um péssimo namorado. Talvez por ter namorado aquele idiota e o namoro deles era só pra pirocar, que ele me tratava daquele jeito. Porque olhando nosso namoro, era muito mais uma amizade muito legal do que um namoro propriamente dito. Ele não me dava atenção, não se preocupava comigo, se eu deixasse ele passava a semana toda sem nem falar comigo, ele era frio e distante e ainda tinha o lance do sexo que não rolava... tudo isso foi me enchendo.
O curioso é que quando ele resolvia me dar atenção, tudo era perfeito, ele parecia ser bipolar, ter dupla personalidade e tal. Quando eu o procurava, ele era frio, distante e evasivo; quando ele me procurava era um doce, amoroso, carinhoso, delicioso, tudo o que eu sonhei... Eu ficava observando isso e não entendia. Muitas vezes eu estava fervendo de raiva dele e era só ele me abrir aquele sorriso que pronto, tudo sumia e a gente ficava de boa. Mas o que não mudava era essa porra de menstruação eterna que ele tinha...
Alguns fatores serviram para agravar meu descontentamento com ele. Um deles foi minha formatura. Eu aproveitei os meses que estive sem trabalhar e foquei na minha monografia e por fim a terminei. Deu um trabalho filho da puta se dividir entre cuidar da minha mãe, que graças a Deus se recuperava rápido; trabalhar nas contas do Luiz e fazer a monografia, mas eu estava feliz de ter alguma coisa pra fazer, ficar vadiando nunca me agradou. E mesmo assim eu consegui terminar rápido a bendita. Então enviei para minha orientadora e passei a me preocupar só com minha formatura que se aproximava. Eu já havia conversado sobre ela com o Luiz inúmeras vezes, era um assunto recorrente entre a gente, o quanto ela estava se aproximando e eu tinha que pegar a beca, tirar fotos, etc... Logo o grande dia chegou! A formatura era de manhã, na universidade, que ficava a horas da minha casa, então eu acordei cedo e fui tomar meu banho, me arrumar, assim como toda minha família e amigos. Por fim, quando estava perto de sair eu liguei pra ele:
- Bom dia meu amor.
- Bom dia amor... madrugou heim!
- Claro né, senão me atraso... me diz, você vai passar aqui pra gente ir junto?
- Não amor?!? Ir pra onde? – aquilo só podia ser piada.
- Luiz, tá brincando né?
- Não amor, o que marcamos pra hoje cedo?
- Minha formatura – falei já com voz triste.
- Ai não acredito! Sério Amor?
- É sim, estou saindo de casa daqui a pouco.
- Amor, meu benzinho, não vou poder ir.
- O QUE???
- Deixa eu explicar...
- Como assim você não vai?
- Dudu, eu esqueci completamente, então eu disse para os investidores de São Paulo que poderia me encontrar com eles hoje. Me perdoa amor, por favor. – eu quase quebrava o telefone com a força que eu estava fazendo para segurá-lo e não xingar o Luiz.
- Tudo bem... faz isso, vai pra sua reunião e outro dia a gente se fala.
- Dudu, por favor, não fica com raiva de mim, você sabe como eu sou lesado...
- Não se preocupa Otávio, deixa eu ir, senão me atraso. – e desliguei. Mas eu xingava tanto ele... meu humor ficou horroroso. Passei a formatura toda de cara fechada, minhas fotos saíram todas com uma tromba enorme e assim que acabou a cerimônia eu quis ir embora pra casa. Assim que chegamos, meus pais começaram a preparar um churrasco para comemorar... eu sentei em uma espreguiçadeira e fiquei, bebendo e comendo, mais bebendo que comendo, tanto que no meio da tarde eu estava alto. E no meio da tarde ele chegou, péssima ideia.
Ao vê-lo entrando pelo portão, me subiu uma raiva tão grande que eu simplesmente levantei e fui para o quarto. Mas ele foi para lá e ficou batendo na porta, porém eu ignorei. Então ele mandou uma mensagem dizendo que já tinha ido embora, eu já poderia sair. Mas era mentira, assim que eu abri a porta ele entrou no quarto e a trancou.
- Me escuta!
- Sai daqui!
- Tem como você compreender a situação?
- Qual? Que você é um idiota? Como você pode esquecer minha formatura?
- Amor, é muita coisa na minha cabeça eu acabei esquecendo!
- Eu estou falando disso com você a um maior tempão, seria muito foda se você tivesse lá comigo, mas não, você preferiu uma reunião que poderia ser remarcada pra qualquer momento, à minha formatura, que nunca mais vai ter outra igual.
- Eu te decepcionei demais né?
- Você não faz ideia... – ele sentou do meu lado na cama e segurou meu rosto com uma mão, fazendo eu olhar para ele.
- Eu te amo, me perdoa, por favor.
- Dessa vez não vai ser o amor Otávio!
- Por favor, me desculpa! Eu te amo tanto, ver você assim por minha causa me machuca demais, já é castigo suficiente – e ele começou a chorar.
- Não chora Luiz...
- Como não?! Olha o seu estado, você está puto comigo, magoado e tudo culpa minha. – aquilo me comoveu e como sempre eu acabei perdoando.
- Vem cá! – falei de braços abertos. Ele veio e me abraçou forte.
- Eu não quero te perder Edu, eu amo você de verdade cara.
- Não vai! Mas eu preciso mais de você... tem como me dar mais um pouco de atenção?
- Vou aprender a administrar mais o meu tempo, eu prometo.
- Tudo bem... me beija!
Ele começou a me beijar de forma tranquila e serena. Mas ao0s poucos os beijos foram se intensificando e ele me deitou na cama, deitou sobre meu corpo e continuou me beijando. Aos poucos foi descendo, descendo, beijando meu pescoço, desabotoando minha camisa, e lambendo meus mamilos... Eu fervia de tesão... Ele foi descendo pela minha barriga até chegar à minha calça que já parecia uma barraca. Ele foi desabotoando a calça e descendo o zíper. Logo puxou ela para baixo, revelando minha cueca amarela. Ele segurou firme meu pau e ficou apertando e me olhando com aqueles olhos azuis e por fim abaixou e começou a beijar minha rola por cima da cueca. Eu não sabia o que fazer... não sei se gemia, se partia pra cima dele, nem sei, fiquei meio em stanby. Ele agora mordia com carinho toda a extensão, assim como lambia e beijava.
- chupa amor! – eu praticamente implorei.
Ele ficou olhando a minha cara de cachorro pidão e deu um sorrisinho. Por fim ele puxou a cueca pra baixo e a rola ficou lá, apontando todinha pra ele. Não resisti mais e tomei as rédias. Segurei pelo cabelo dele e puxei sua cabeça até a rola. Antes dele abocanhar eu esfreguei ela todinha no seu rosto.
- Bota a língua pra fora! – e bati ela algumas vezes na língua dele. – Isso meu amor, agora chupa seu macho!
Ele, de primeira, engoliu ela toda, depois foi subindo e descendo. Soltei um urro que achei que todos da festa ouviram, mas não, o som estava muito alto pra isso. Deitei na cama e ele ficou me chupando por pouco tempo, não deu 10 minutos e eu já estava gozando. Antes de gozar eu avisei a ele, que se contentou em bater uma punheta para eu gozar. Assim que terminou ele me limpou com uma toalha e deitou sobre mim, me beijando.
- Eu te amo Eduardo.
- Também te amo Luh. – meus olhos foram fechando e por fim eu cochilei, a gozada foi forte.
Quando eu despertei ele não estava mais no quarto. Então me recompus e fui para a festa novamente. Ele estava lá, sentado ao lado da minha irmã e ao encontrar meu olhar sorriu pra mim, impossível não sorrir de volta.
- Ah! Ai está o belo adormecido! – Minha irmã falou.
- Dormiu direitinho? – perguntou ele. Eu morri de vergonha, fiquei vermelho na hora. – nem tive tempo de te entregar meu presente de formatura. – então ele tirou uma caixinha retangular.
- Poxa Luiz nem precisa. – Quando abri, ai que vi que não precisava mesmo.
Ele tinha me dado, nada mais, nada menos que um relógio Tissot Le Locle, pra quem não sabe, esse relógio, hoje, custa quase 1000 reais. Eu olhei e não acreditei
- Que isso cara! Que relógio foda! Mas não posso aceitar Luiz, foi caro pra cacete!
- Você é meu amigo – olho no olho – Merece o melhor sempre e também é um pedido de desculpas por não ter ido à cerimônia.
Dei um abraço nele e fui logo colocando meu presentão no pulso. Ele sabia como tirar minha raiva, sabia os locais certos de tocar, as palavras certas que deveria falar e assim conseguia que eu perdoasse facilmente as merdas que ele fazia. Mas nem tudo eu perdoava.
Depois do episódio nós ficamos bem... ele ficou muito mais carinhoso, muito mais presente, me ligava, me mandava presentes, me fazia elogios e ficou se insinuando atiçando meus desejos de ter aquele corpo delicioso. Bem eu achava delicioso só pelo tato porque eu nunca tinha visto ele sem camisa, mas pelo tato eu fazia uma boa ideia de como ele era gostosinho. A semana foi passando e meu desejo por ele só foi aumentando, sábado seria o dia! Ia rolar uma transa linda que selaria o que a gente se gosta e o quando a gente quer ficar junto.
Na sexta-feira eu pensei em tudo. Comprei uma cesta, dessas que parece de piquenique, dentro dela coloquei tudo o que eu usaria. Arrumei velas, fiz um CD de músicas românticas, chocolate, vinho tinto, frutas, champagne e uma venda. Quando nos falamos a noite eu disse pra ele que iria na casa da minha avó e que não iria na casa dele, como estava fazendo a quase 2 meses.
Fui dormir pensando em como eu iria persuadir ele a transar comigo, teria que fazer o meu melhor, baixar o gogoboy e dar o maior prazer que ele sentiu. De manhã eu acordei e passei o dia normalmente, mas a tarde eu parti pra lá. Antes de sair perguntei se ele estava em casa e ele falou que sim, então meti o pé na estrada e em 40 min.
Assim que cheguei no prédio falei pra ele liberar minha entrada porque eu estava subindo. Cheguei no apartamento dele e nos beijamos e foi um super beijo.
- Que surpresa meu amor! – falou ele ao nos separamos.
- A ideia era essa! E tem mais. Hoje o dia é nosso! Fica quietinho e coloca isso aqui. – coloquei a máscara nele.
- Pra que isso amor?
- Surpresas. Agora senta no sofá e fica quietinho amor, vou cuidar de tudo.
Arrumei o quarto todinho, abaixei as luzes, coloquei as velas, a música baixa, espumante e vinho no gelo e por fim busquei ele. Levei ele pro quarto ...
- O que você aprontou menino?
- Nada... ainda. – Fiquei bem atrás dele, colei meu corpo no dele e fui andando e falando no pé do seu ouvido. – Eu te amo demais meu gostoso... não consigo mais ficar sem ter você.
- Edu...
- Amor... sua boca diz não, mas seu corpo diz sim.
- Dudu, não quero estragar nosso relacionamento...
- Porque você diz isso? Você é ativo? Não me importa, não rola penetração, só isso, vamos só nos divertir juntos.
- Você é lindo... Mas, deixa eu tomar um banho antes...
- Vou junto...
- Não Edu, vou ter que me... me preparar.
- rsrs, tá certo. Vou preparar as coisas então. – nos beijamos e ele entrou no banheiro.
Fui para a cozinha com o maior sorriso do mundo. Ao chegar lá eu ouço a campainha tocando... que merda!! Fui à porta do banheiro e falei com o Luiz:
- Luh, tem alguém na porta... posso abrir?
- Sim, mas não estou esperando ninguém... vê quem é!
- Ok.
Cheguei na porta e olhei pelo olho mágico, mas não acreditei que era ele mesmo. Abri a porta e ele se assustou ao me ver, era o Sérgio! Não consigo descrever o ódio que eu senti... dos dois!