Bom galera, esse é o segundo Conto Musical. Bom, antes de tudo gostaria de pedir desculpas aos que pediram essa musica. Eu realmente queria fazê-la, mas eu queria que ficasse melhor do que ficou. Não acho que esteja ruim, mas vocês podem achar que eu não peguei o "espirito" da musica. E aos outros, continuem pedindo as suas musicas, quem sabe ela não é a próxima xD Ah, e por favor coloquem musicas que tenham HISTORIA (ou que pelo menos o clipe tenha), não as que falem de comer paçoca na esquina KKKKK Bom, é isso ai e espero que gostem xD
***
Eu caminhava apressada. Não gostava de cemitérios, mas vivendo em uma cidade pequena ali era o único lugar em que estaríamos seguros. Carregava a mala na mão esquerda e com a direita conferi o dinheiro no bolso do jeans largo e sentindo o maço de notas respirei um pouco mais aliviado. Aliviado? Não, eu não estava aliviado. É impossível estar aliviado quando se vai fugir da cidade onde passou toda sua vida por causa de um cara que conheceu a menos de três meses. Mas eu estava disposto a enfrentar aqui, afinal eu o amava. Amava? Não. Sim! Eu o amava.
A estrada de terra que contornava o cemitério era larga e sujava meus All Stars vermelhos. Conseguia ver seu carro, mas ainda faltavam muitos metros até alcançá-lo. Quando finalmente cheguei perto ele veio ao meu encontro. Joguei a mala no chão e corri para o seu abraço quente e apertado. Ah, seu cheiro de canela era algo que eu adorava. Olhei para ele, analisando seus rosto. Os traços finos eram quase femininos e seus cabelos pretos, longos e lisos cobriam parte de seus olhos. Quase que seu corpo todo era coberto por tatuagens das quais eu estava disposto a descobrir os significados . Já eu, com meu cabelo castanho quase ruivo era um centímetro mais alto do que ele e meu corpo era um pouco mais definido.
Beijei-o novamente. Ah, o sabor do cigarro que eu aprendera a fumar poucas semanas atrás estava lá. Mesmo sendo mais pesado do que ele, ele me levantou, me girou e me colocou deitado no capô do carro. Nos beijamos e eu senti seu pênis crescer entre minhas pernas.
Mais que de pressa ele tirou a camiseta folgada, revelando seu corpo quase definido e com tatuagens em toda parte. Colocou seu braço por baixo do meu, a mão espalmada nas minhas costa, e me puxou para frente, me sentando, enquanto me dava um beijo que chegava a fazer meus pulmões queimar. Seu pênis duro roçava o meu e então percebi o que estávamos fazendo. Num movimento rápido empurrei ele e fiquei de pé, indo em direção a mala caída no meio da estrada.
-Não quero fazer isso aqui. – Falei emburrado.
-Por que não? – Colou nas minhas costas e respirou fundo no meu pescoço. O arrepio tomando conta de mim.
-Estamos num cemitério. Só tem gente morta aqui. Não é nada sexy. – Falei indo em direção ao porta malas do carro.
-Não precisa ter um lugar sexy, tem que ter sexo gostoso. – Falou tentado roubar um beijo, mas virei o rosto em fuga.
-Que romântico! – Ironizei.
-Qual é, não ta nem um pouco com vontade? – Ele perguntou enquanto eu fechava o porta malas depois de colocar minha mala ao lado da dele.
Ele estava encostado no carro sem camisa, de um jeito super sexy e, merda, eu estava de pau duro. “Sim”, pensei em resposta a sua pergunta.
-Não. – Foi o que realmente falei. – Não aqui.
-Qual é! Um pouco de loucura faz bem, garoto! – Falou como se fosse muito mais velho. – O que eu tenho que fazer pra transar com você num cemitério?
Ele tinha mesma que relembrar onde estávamos?
-Quem sabe quando a gente morrer. – Brinquei.
Ele sorriu e fez o formato de uma arma com a mão, apontou para minha testa, e a empurrou com força ao mesmo tempo que fez um “Boom” com a boca.
-Pronto. – Sorriu assoprando a fumaça da arma falsa.
-Falta você morrer. – Falei sorrindo.
-E quem disse que eu já não estou morto?
Ao falar aquilo senti um arrepio na espinha e um frio na barriga ao mesmo tempo. Ele sabia como me assustar.
-Vamos mudar de assunto?! Falar de morte num cemitério não deve trazer coisas boas.
Falei e dei as costas pra ele, que novamente colou seu corpo no meu e sua ereção estava no meio da minha bunda. “Ele fica excitado 24h por dia?” perguntei pra mim mesmo. Virei-me e beijei-o com força, colando nossos corpos enquanto mexíamos os quadris roçando nossos mastros.
Com certeza se alguém me visse ali não acreditaria. Até 3 meses atrás eu era o tipo certinho, não bebia, não fumava... Mas foi só ele aparecer e tudo mudou. Não que eu me arrependa de tudo o que ando fazendo, mas nunca pensei que um dia chegaria a fumar e ficar bêbado em baladas escondidas. As vezes sentia falta daquele meu “eu” mais santinho.
-Vem, vou acabar com você. – Falou me puxando para o carro.
Ele se sentou no banco da frente e moveu-o para trás, dando mais espaço. Sem pensar duas vezes sentei no seu colo, de frente para ele. Nossos paus se roçavam por de baixo do tecido que os prendiam. Enquanto nos beijávamos ele abriu seu jeans, abaixou a cueca e colocou seu pênis para fora. Era um tanto fino, mas grande e lindo. Enrolei-o com minha mão e comecei a masturba-lo.
-Aaaah! – Gemeu. – Suas mãos começaram a desabotoar os botões da minha camisa enquanto eu brincava com seu pênis. Quando finalmente terminou de abrir, deitou o banco e pulou pra trás me dando mais espaço. – Me chupa! – Mandou.
Sentei nas minhas panturrilhas e segurei seu pênis o mais sexy que pude. Comecei com pequenas lambidinhas na cabeça e ele gemia alto. Quando finalmente o chupei com força ele quase gritou.
-Isso! – Falou colocando a mão na minha cabeça. – Me chupa! Me chupa gostoso!! – Forçou minha cabeça contra seu pênis, colocando tudo na minha boca. – AAAAH!!!
Seus gemidos me davam muito tesão enquanto ele fodia minha boca sem dó, apenas enfiava todo o pau na minha boca, me fazendo lacrimejar. Abaixou suas calças até o joelho e quando levantei, tirou as minhas.
-Quero foder você, mas antes vou te chupar de um jeito que você nunca vai esquecer! – Falei enquanto deitava no banco rebaixado.
Me ajoelhei em cima de seu peito com meu pau na altura do seu rosto. Ele abocanhou tudo de uma fez, me chupando até o talo. Ele não lacrimejava, nem mesmo exaltava. Me chupava babando meu pênis todo e quando chegava no talo colocava a linga pra fora dando lambidinhas no meu saco. Eu não costumava gemer, mas ali não pude evitar um quase grito de prazer. Ele poderia não ser um cara muito romântico, mas o sexo com ele era coisa de outro mundo. Depois de quase me fazer gozar com aquela “garganta profunda” ele me puxou para mais um beijo intenso.
-Senta em mim, gato. Vou te foder gostoso! – Falou.
Tudo bem, seu vocabulário era bem safado e eu não era o maior fã daquilo, mas eu gostava. Me arrastei pra trás com ele ainda deitado e coloquei seu pau na entrada do meu cu. Ah, aquilo sim era bom. Devagar, beem devagar, fui descendo, escorregando naquele mastro enquanto ele gemia. Quando finalmente estava todo dentro de mim me abaixei e beijei-o enquanto rebolava no pau dele.
-Preparado pra foder gostoso? – Perguntou. – Porque agora eu vou te levar pra outro mundo, gato.
Meio segundo depois de falar aquilo começou a me foder com força. Ele mexia o quadril e eu sentia como se algo me jogasse pra cima a cada estocada. Ele não tinha dó, não pensava, apenas fodia. E, merda, como fodia gostoso! Quando percebi que estava se cansando foi minha vez de agir. Comecei a subir e descer, cavalgando no seu pau e ele colocou os braços atrás da cabeça, apenas aproveitando o prazer que eu lhe dava. Depois de um bom tempo ali eu já não aguentava mais e comecei a diminuir a velocidade.
-Continua gato, to quase gozando. – Falou colocando a mão na minha cintura e me ajudando a subir e descer. – Isso, me faz gozar! Quero gozar tudo nesse cuzinho de mel que você tem. Isso!
Gemeu alto e senti quando gozou dentro de mim. Estávamos suando eo carro parecia mais uma sauna. Ficamos ali por um tempo até ele amolecer, deixando sua porra cair no seu pau. Sorriu pra mim e empurrou minha bunda para mais perto, com meu pau ainda duro quase encostando na sua cara.
-Goza pra mim! – Falou e logo depois começou a me chupar.
Ah, esse homem chupando é coisa dos deuses! Não demorou muito até gozei forte na sua boca e ele, sorrindo, engoliu tudo e lambeu os beiços.
-Bom garoto. – Falou sorrindo. – Agora se veste que a gente ainda tem quem pegar a estrada. – Falou e saiu do carro para ter mais espaço pra se vestir.
Tudo bem, ele não é nem um pouco romântico. Mas algo nele me prendia e me fazia querer estar com ele. E se toda transa fosse como aquela, eu poderia viver sem ganhar flores e caixas de bombons.
Terminamos de nos vestir e entramos novamente no carro. Ele tinha acendido um cigarro e depois de um tragada o colocou na minha boca. Traguei e pela primeira vez não tossi. Acho que estava me acostumando com essa coisa de fumar. Ele ligou o garro e pegamos a interestadual para sair da pequena cidade. Eu olhava pela janela quando a única coisa que nos cercava eram arvores ao redor da estrada. Estava embaçada, então passei a mão nela para poder enxergar melhor e pensar. Provavelmente sentiria falta dos meus pais, da minha família, dos meus amigos. Mas estava disposto a abandonar tudo por ele. Estava, não estava? Não estava. Ou melhor, estava! Sim, eu estava!
Olhei pra ele apenas para ter uma confirmação. Ele prestava atenção na estrada e um segundo antes de eu voltar a olhar pra janela nossos olhos se cruzaram.
-O que foi? – Perguntou sorrindo.
-Nada.
-Certeza?
-Sim. Só to pensando nas pessoas.
-Gato, esquece eles. Nossa vida vai ser melhor daqui pra frente, ok?!
Sorri em afirmação e voltei a olhar pela janela. Agora nem mesmo as arvores nos cercavam. Éramos os únicos em uma estrada no meio do deserto. Não sabia direito para onde iriamos, mas tentava não pensar muito nisso. Olhei para frente e tudo o que via era a escuridão.
-Hey... – Sorriu. – Vamos ficar bem. Em alguns segundos tudo vai melhorar.
Sorri sem entender muito o que ele queria dizer e de repente sua mão agarrou meu queixo com força. Ele me puxou para um beijo intenso e... Espera, e a estrada? Ele não esta dirigindo? Ah, foda-se a estrada. Naquele momento eu só me concentrava em seu beijo, sua língua dançando na minha boca e na sensação que aquilo me trazia. Depois disso, tudo fica branco.
Um zumbido toma conta da minha cabeça e quando consigo abrir os olhos sinto que vou vomitar. Olho em volta e vejo pedaços do carro pegando fogo em toda parte. Perto de mim eu me vejo, com o corpo todo ensanguentado, roupas rasgadas e... Oh, meu Deus, cadê ele?? Olho pro lado e o vejo sem camisa, apenas com um corte perto dos olhos.
Eu tento falar, mas é como se não tivesse voz. Ele passa por mim, se abaixa e pega meu corpo. Eu sei que estou morto e não posso fazer nada para mudar isso. Ele olha exatamente para onde estou e por um segundo penso ver um leve sorriso em seus lábios.
~~
Acordo suando. Novamente aquele sonho. Até quando isso iria durar? Segundo os anjos logo eles iriam embora. Anjos. Engraçado, não? Saber que mesmo depois de tudo o que fiz eu vim parar no céu. Mas segundo eles, eu fui O Escolhido. Até agora não sei pra quê, e sem sei se quero saber. Eles apenas me disseram que eu estava envolvido com um tipo de demônio, mas que pela pessoa que eu fui 3 meses antes de morrer, eles me salvaram.
Minha cabeça ainda gira quando penso nisso. Levanto e o short branco pesa um pouco na cintura. O quarto é lindo e eu vivo em uma espécie de mansão. Luzes giratórias do lado de fora iluminam o prédio de 3 em 3 segundos e parece que sempre a cada escuridão ele aparece. Mas demônios não entram no paraíso, certo? Certo?? Não sei. Mas eu sinto que ele esta comigo e que eu ainda o amo. E, não sei se é possível, mas sinto que ele me ama. Levanto e começo a andar pelo quarto.
Colo minha roupa branca, como sempre, e começo a andar por ai. Sem perceber estou indo em direção a Igreja da mansão. A Minha igreja. Abro as portas gigantes de madeira e a luz do lugar quase me cega. Porque tem que ser tudo tão claro por aqui? Enquanto ando os tigres ai lado do trono me olham. Segundo os Anjos ali é o meu trono e eles são meus guardiões. Eu realmente tenho vontade de rir de tudo isso. Parece mais um sonho maluco do que realidade. Pego a coroa de flores azuis e brancas e coloco na cabeça. Aquela cora sempre me traz uma sensação boa. Não sei o que é, mas é bom. Me sento no trono e olho os bancos de madeira com estofado de veludo. Fico ali, parado, pensando em todos aqueles 3 meses antes da minha nova Vida Eterna. Me lembro de cada sensação como se a tivesse acabado de viver e, por um segundo, percebo que mesmo quando viva, nós... Eu e ele... Nós nascemos para morrer.