Continue Agarrando-se aos 16 - 23

Um conto erótico de José Otávio e Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 2106 palavras
Data: 23/01/2013 04:56:52
Assuntos: Gay, Homossexual

• 23 – Tormentas

Aquela fora uma das melhores noites que Eu passara com o José desde o dia em que começamos a namorar. Ele estava se preocupando com o modo de como estava fazendo sexo, perguntava a todo instante se ele me machucava e se Eu estava bem... Enfim. Acho que foi uma experiência incrível para nós dois. Tudo estava perfeito, exceto pelo fato de Eu ter escondido para ele a minha volta a Colônia (Meu interior) e o fato de Eu saber que ele estava escondendo algo de mim. Não tinha nem pista do que se passava, mas sabia que de algo ele queria/ precisava me proteger. Normal quando estamos falando dele, do Ogro.

Bem antes das 06h00min, Eu já estava arrumado e esperando papai para irmos a Rodoviária Principal e pegarmos um ônibus. Papai deixou-me no Terminal com o dinheiro da passagem, cartão de crédito e com um dos meus cartões de conta poupança. Comprei meu bilhete e fui esperar meu ônibus que estava previsto para sair em mais ou menos uma hora. Aproveitei esse intervalo de tempo para fazer um pequeno lanche e esticar as pernas. Precisava daquilo. Aliás, depois de uma noite daquelas, a pessoa ficar sem se alimentar é bronca. Quando começaram a fazer a primeira chamada de embarque, questão de uns 20 minutos para a viagem, meu celular tocou. Mamãe ligava para mim.

“Saudades de mim, mamãe?” – Tentei fazer piada, já que antes tínhamos passado por minha casa.

“Saudades de você quem está é o José.” – Nessa hora parecia que meu coração havia levado uma queda – “Walmir, ele está muito estranho. Acreditas que ele desmaiou quando Eu perguntei se ele sabia onde você estava? Acho que ele não aceitou muito bem essa história de você passar suas férias em Colônia, e o pior, sem ele.” – Fiquei em silêncio por alguns instantes. – “Você contou a ele, não contou?” – Respirei e percebi meu erro. – “Walmir, volta pra casa! Ele ainda não acordou. Eu espero que você esteja aqui quando ele abrir os olhos.”

“Já estou indo, mamãe.” – Falei com um peso no coração – “Obrigado.”

Fim de ligação. Peguei minhas malas e chamei um Mototáxi para levar-me até minha rua. A moto estacionou próximo ao meu portão, entreguei o dinheiro ao homem que me levou até lá e fui procurar, em minha casa, onde José estava. No meu quarto, óbvio. Mamãe estava do lado da minha cama, passando um pano na testa dele. Céus! Aquilo tudo era suor? O dia nem estava tão quente assim. Fiquei próximo ao meu leito e fui verificar como ele estava; temperatura e respiração normais. Só o maldito suor que ainda continuava ali. Pedi para que mamãe se retirasse, e continuei a fazer o que anteriormente, ela fazia.

– Acorda, Grandão! A gente precisa conversar. – Sussurrei em seu ouvido, e ao reconhecer minha voz, ele abriu os olhosNão sabia o que havia ocorrido logo após Eu ter desmaiado; só lembro, em alguns flashes da memória, que alguém me arrastava para algum lugar. Eu estava destruído, morrendo com a ideia de que meu tio pudesse ter feito mal ao meu Baixinho. Tentei viajar no tempo, tentei encontrar o Walmir, mas ele só vinha em minhas lembranças passadas. Lembrei que o prometi que ninguém tocaria nele, mas Eu havia falhado. De novo. De repente, bem perto, ouvi a sua voz me puxando para o presente e não pude evitar abrir os olhos, queria saber se aquilo era realmente verdade. Hum... Vejamos! Eu estava, mais uma vez e por causa dele, em um hospital? Não, não... Eu reconhecia aquele lugar, aquelas paredes que presenciaram nossas noites de amor. Era o quarto dele, era o cheiro dele, e, a minha frente, era ele. Sorrindo para mim. Era incrível o jeito ao qual Eu reconhecia, a quilômetros de distância, a sua voz.

– Fala alguma coisa! – Minha voz saia falha, porém consegui pronunciar algo.

– Eu amo você. – Ele falou pondo a minha mão em seu coração. Batimentos acelerados. Isso não é normal, só significava uma coisa.

– Onde você estava? – Levantei-me um pouco e comecei a abrir mais os meus olhos.

– Estava indo pegar um ônibus para a minha cidade natal, oras. – Ele parou por um instante. – Desculpa por não ter falado para você, mas agora Eu estou aqui, e se quiser que Eu fique...

– Não. É até melhor você ir para Colônia nesse tempo onde estarei fora.

– Fora? Onde? – Maldita boca!

– Eu não posso falar, mas Eu te deixo uma carta com recomendações do que você deve e poderá fazer. Por tudo o que é mais sagrado, siga as minhas instruções, Walmir!

– Tá, tá, tá! – Ele resmungou como se não tivesse importância. – Eu quero você. – Ele sussurrou.

– O que você disse? – Perguntei com desdém, sorrindo.

– Não se faz de surdo e dá logo o que Eu quero! – Era incrível o seu novo jeito: ora inocente, ora piranha (?).

Puxei-o para perto de mim e só deu tempo de ele desabotoar sua calça e a penetração aconteceu, mais uma vez sem preparação. E dessa vez ele gemia e gritava muito, mas muito alto. Parecia que ele fazia aquilo para que alguém da casa ouvisse, mas quem? Nanny? Talvez. Acabamos com a nossa transa no banheiro onde o possui de quatro, de frente para o grande espelho que se encontrava na parede lateral onde havia a pia.

– Quando você vai embora? – Ele perguntou enquanto nos beijávamos debaixo da ducha.

– Dia oito... Amanhã.

– A gente só vai ter hoje para sair? – Ele perguntou enfurecido e saindo de meus braços.

– Volta aqui! – Falei o puxando pela cintura e dando-lhe beijos. – Você iria viajar hoje sem se importar comigo, por que a minha viagem te incomoda tanto?

– Vai ver por Eu não saber para onde você vai viajar, Otávio. – Nível de ‘brabeza’ ao extremo.

– E é melhor que continue sem saber, Walmir. Confia em mim, vai ser melhor assim!

– Se Eu souber que me traiu, é o fim para nós dois. – Ele falou batendo com a mão aberta em meu peito.

– Para, Walmir! Eu não vou te trair. – Ele fez uma cara de chateado e olhou para cima até fitar meus olhos. – Eu prometo a você que não vou te trair. – Falei enquanto o suspendia e penetrava-lhe. Talvez tenhamos virado a noite daquele jeito.

...

Pela manhã, enquanto ele ainda dormia, talvez por volta de 05h00min, escrevi-lhe, como prometido, uma carta com várias recomendações do que ele poderia e deveria fazer enquanto Eu estivesse fora. Uma de minhas recomendações listadas era: Finja que nunca me conheceu, porém continue me amando e não beije outro menino. Pus uma observação na carta: “Prepare-se para o meu retorno, pois vai ser quase um mês fora.”. Sádico. Quando sai da casa dos Almeida Paiva, depois de ter dado um beijo de despedida na bochecha do Walmir, fui direto para a minha residência e redigi uma carta para a Silvia, onde pedi para que ela me mantivesse informado sobre o Walmir. E pus na carta que se por acaso não voltasse, ela deveria cuidar do bem-estar do meu Baixinho. Chorei ao pensar em deixa-lo sozinho no mundo. Deus, o que Eu estava fazendo?

Arrumei minha mala e dirigi meu carro até o aeroporto de Recife. No mesmo local, recebi uma mensagem do Walmir que dizia apenas: “Exigente!”. Sorri e beijei o visor de meu celular. Fiz o check-in e todos os bagulhos que a pessoa tinha que fazer antes de uma viagem e fui embora. Para onde? Treinamento militarAcordei, tomei meu banho e pedi para que papai me levasse, mais uma vez, à Rodoviária. Como a passagem que comprei era válida para o mês inteiro, não precisei pagar outra. Ao chegar lá, já fui pondo minhas malas no reservado que fica bem acima das cadeiras do ônibus, como se fosse um tipo de estante, e fui ler a carta que o José havia me deixado. Sorri ao ler todos os itens. Ele fazia questão de frisar os termos “Nada de homens perto de você” e “Não vire a noite na rua quando não estiver na presença de muitas pessoas.”. Peguei meu celular e mandei a ele uma mensagem: “Exigente”. Sorri, mais uma vez. Já estava com o meu celular na mão, então, aproveitei e liguei para vovó, pedindo que ela avisasse a um de meus primos que já havia embarcado. Tive de falar um milhão de vezes o porquê de minha ligação, pois vovó esquece, a todo o momento, as coisas que as pessoas falam a ela. Por fim, depois de ela ter me dito que havia anotado o recado em um bloquinho que fica na geladeira, desliguei a ligação e pus os meus fones de ouvido. Ouvi a trilha sonora de um dos filmes-musicais da Disney que mais amo, Tarzan.

...

No desembarque, qual não foi a minha surpresa Eu ter encontrado a minha prima, Rita, cuja me recebeu com abraços, beijos e bastantes elogios.

– Que saudades Eu estava de você, Walmir. – Falou pegando a menor mala. – Você mudou tanto, Baixinho.

– Você também. Está linda. – E realmente estava.

Rita havia aderido ao estilo periguete “Quanto mais curta a roupa, melhor”, o que era engraçado, já que ela é tão baixa quanto Eu. E as medidas totalmente exageradas. Menina do tipo “Bundão, pernão, peitão... ÃO!”.

– Como andam as coisas por aqui? – Perguntei, curioso, vendo que a cidade nada mudou em quesito estrutura.

– Como você vê: As casas pequenas como sempre, nada de turistas gatos e as pessoas são os mesmos doces que você viu quando saiu daqui. – Ela falou sorrindo, sarcástica. – Estou namorando o Fábio.

– Irmão do Fernandinho? Ah não, prima! Você sabe que a gente pode se chocar e não vai ser nada bom.

– Relaxa! O Fernando mudou bastante... Para pior, se você quer saber. – Fuzilei-a com os olhos. – Brincadeira. Além do mais, ele nem vai lembrar-se de você, Walmir. – Houve um grande silêncio e continuamos carregando as malas até a casa de vovó. – E você? Como anda esse coração? Já arranjou um garanhão ou ainda é virgem? – Ela perguntou pondo o dedo na boca fingindo forçar o vômito. – A gente perdeu o contato depois que você foi embora.

– A gente se perdeu, Rita. – Falei triste e ela me correspondeu com o mesmo olhar. – Mas voltando ao assunto, e que fique entre nós, Eu estou noivo do cara mais lindo desse mundo.

– Você? Quer que Eu acredite? – Mostrei-lhe fotos e ela ficou boquiaberta. – Baixinho, lindinho, gostosinho... Não acredito que você se perdeu com um cara desses. Como você aguenta tudo isso? – Analisou o corpo dele.

– Eu o amo, e isso basta. Olha, não conta pra ninguém. Se lhe perguntarem algo, diga que estou encalhado.

– E por que de toda essa besteira? – Mostrei a carta e ela a leu, sorrindo. Chegamos à casa de vovó. – Sério, esse cara não existe. O que ele é? Um segurança? E onde ele trabalha?

– Atualmente, ele está esperando a contratação do TRE e é filho do vereador de minha cidade.

– Walmir, como você é sortudo. Céus! Ele é inteligente? – Acenei positivamente. – Ai que sorte! Tem uma versão hetero disso? – Ela perguntou apontando, desesperada, para a foto.

– Não posso dizer que ele é hetero, pois está comigo, mas, quando o conheci, ele era hetero. O que faz dele um... – Fiquei pensando.

– Bi ativo? Meu Deus! Esse homem é tudo o que há!

– Walmir, é você? – Vovó apareceu em meio aos nossos diálogos. – Meu netinho voltou, Rita! – Ela gritou para dentro da casa.

– Vovó, Eu estou aqui. Eu fui buscar o Walmir na Rodoviária, lembra?

– Ah, claro! – Vovó fez cara de desentendida – Entrem!

Entramos e fomos direto desfazer as malas, que não foram muitas, porém volumosas, pois iria passar cerca de 20 dias naquele lugar. Por um lado, Eu amava a ideia, já por outro, nãoE aê, galera?! Como alguns podem ter notado, o conto fora totalmente escrito por mim, mas, em algumas partes, o Walmir me ajudou a escrever, até porque ele foi narrador da história também...

Jhoen Jhol - Calma aí, man! Muita água ainda vai rolar... Vocês irão descobrir muita coisa sobre esse meu tio... O sufoco ainda nem começou. Calma!

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foguinho99, diiegoh', grimm, little monster, frannnh, luy - Eu também estava com saudades de vocês, meus caros e fieis leitores. Obrigado.

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Edu19>Edu15 - Eu também compartilho de sua opinião... Nada é mais gratificante do que Eu poder proteger meu Baixinho. Acho que isso é o minimo do que posso fazer por ele.

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Chris O. - Pode ter certeza que sim... Ele sabe o quanto as férias são importantes para nós dois.

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Guuh18 - Man, o sexo não foi selvagem não... Apenas sem preparação... Calma, calma :D

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Obrigado a todos os que leem, comentam e criticam. Dúvidas? Qualquer coisa: joseotavio.cdc@hotmail.com

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Comentários

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Seu conto e excelente e sem MAS. VCs dois estao de parabens, NOTA 1000 so uma pergunta. Em que ano começou a historia de voces ?????

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Como sempre em toda família há um que persista na masculinidade da família há...esse tio aí é ñ me agradou nem um pouco...o circo tá feito ein? Mas muito bom.....ahhh sim mais uma coisa José vc q é simplesmente idêntico ao meu Thiago...poderia me dar uma opinião? O que você queria no seu aniversário de um ano de namoro (além de sexo kkk)...pq meio q o Thiago me deu um apartamento pra gente ir morar e eu to p*to...d uma opinião aí....kkk

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Ou duvido esse seu tio ser pior do que eu posso parescer um anjo mais sei tambem jogar varios joginhos!!!

Nossa presiso levar o Walmir no mediCÚ kkkkk veio tu fais estrago em!!!

Pelo que paresse o Walmir vai ter 20 dias de puro nervosismo com o tal namorado da prima vai ser legal!!! Aquardando anciosamente. Bjs

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Fiquei com medo do seu tio agora '-'. Ele deve ser o dono do treinamento militar. Ahhhhhhhhh não demora!!!

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Vocês deveriam ganhar um Oscar de melhor conto.Iii a coisa ainda vai piorar é?fiquei com medo desse seu tio ai :)

como sempre o conto tá ótimo,continua. 1000000000000000000

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Adoreii, mais fikei cm o coração apertado por vcs fikarem esse tenpo separados tomara que tudo se resolva logo.

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PERFECT a história de vcs dois.... Eu comecei a ler domingo,e terminei de ler a ultima postagem hj.... Eu senti um turbilhão de emoções, a cada conto q li. Parabéns a vcs, por compartilhar uma história linda dessas conosco.... Ganhaaram mais um fã hein...rsrs :D

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