Como vinha relatando a vocês, eu estava confuso e cheio de ideias doida na cabeça, desde que havia consumado o amor incestuoso que sentia pelo meu papai. Mas eram mesmo ideias doidas afinal? Ser gay não é crime, pois mais retrógrada que nossa sociedade seja. Eu precisava estar com um homem, experimentar o que tinha tanta vontade, desde a minha puberdade e finalmente aceitar: eu era gay e ponto final. Esse homem ser justamente meu pai sim, era um grande problema. Eu não me sentia errado! Cheguei a pensar que era por ter crescido longe dele, e talvez fosse realmente. Porém, ainda que eu tivesse vivido a minha vida inteira ao lado dele, eu me acabaria me apaixonando perdidamente por ele da mesma forma.
Isso tudo não saía da minha mente, e aquele passeio à cavalo, me enxeu de coragem pra lutar por aquele homem. Raul... Meu paizão. Meu paizão lindo e que eu amava muito mais do que eu deveria... Tratei de voltar com o cavalo pro casarão o mais rápido que pude. Quão grande foi minha decepção ao chegar e dar de cara com a Matilde, que tinha acabado de voltar... Minha vontade era de sumir dali, galopando à toda velocidade, como numa novela de época, bem dramática. Mas não. Tratei de ser um bom rapaz, descer do animal e entrar na casa. A Matilde ia almoçar conosco e toda minha coragem se transformou em decepção.
Todavia, novamente, fizemos uma refeição onde os três se trataram secamente. Matilde ainda tentava de ser gentil comigo, mas sua insatisfação era evidente. Papai estava na dele, mostrando um lado dissimulado que eu, até então, desconhecia. E até anoitecer foi isso. Um clima tenso no ar e eu ali, sufocado. Cheguei a chorar um pouco, falando com minha mãe no telefone.
- O que tá acontecendo, Zé? Isso não é só saudades! Me fala, seu pai ou a namoradinha dele te fizeram alguma coisa?
Minha mãe se tonava uma fera diante da menor ameaça que meu pai pudesse representar. Nem em sonhos ela poderia suspeitar do que estava acontecendo de fato. Eu insisti que era só saudades e a falta de costume em estar num lugar tão longe e por tantos dias a fio sem vê-la. Mas acho que ela não acreditou muito. Já eram umas 9 da noite quando concluí que choradeira e não procurar meu pai não resolveria nada. Saí do meu quarto, onde fiquei enfurnado por algum tempo e passei pelo quarto do casal. Vi a Matilde se preparando pra dormir, pela fresta da porta. Imaginei que ela estivesse sozinha e meu pai em algum outro canto da propriedade. O encontrei no escritório do casarão. Era um cômodo antigo, com uma decoração à moda antiga, de muito bom gosto, diga-se de passagem. Lá meu pai guardava os papéis da fazenda, uma generosa coleção de livros, organizada numa estante grande e os arquivos de obras nas quais havia trabalhado há mais tempo, além de umas coisas de família. O encontrei sentado à sua escrivaninha. Era um móvel grande e imponente, preenchido pela figura de homem do meu paizão. Por mais chatiado que eu estivesse, não deixava de admirar o quanto meu pai era lindo e másculo e que aquele cômodo tinha tudo a ver com ele...
- Fernando...
- Papai, precisamos ter logo aquela conversa. - disse assim, a seco e bem decidido.
- Filho... - papai estava hesitante, mas parecia sincero novamente - você tem razão, mas...
- Mas o que, papai? Tem medo da Matilde descobrir o que aconteceu?
- Não é só isso, Fernando...
- Acabei de passar pelo quarto de você e ele estava se arrumando pra ir dormir, então acho que não corremos risco dela ouvir a gente.
- Ela já foi dormir, assim tão cedo?
- Pelo visto foi. Vocês brigaram é?
Nisso, papai se levantou de sua cadeira, se virou pra mim, deu alguns passos e disse:
- Sim. E feio.
Ele parecia apreensivo. Fiquei igual e questionei:
- Mas ela desconfiou de alguma coisa? Desconfiou de nós? - perguntei, num tom assustado.
- Não! - exclamou papai, ficando de frente pra mim novamente - Ela acha que nós fomos em algum puteiro aquele dia.
Não pude conter um riso em voz alta... Papai me soltou um olhar de reprovação e rapidamente, tratou de fechar a porta do escritório. À chave.
- Desculpa, pai. - respondi sério, diminuindo a voz - Mas eu? Num lugar desses?
Papai me olhou profundamente e acabou dando um riso desajeitado também. Depois ficou com um semblante sério e me perguntou:
- Você não tem dúvidas quanto a gostar de homens, não é? Você parece estar lidando bem com isso.
- As dúvidas que eu tinha acabaram depois do que rolou ontem, papai.
Respondi sincero, encarando papai, buscando a mesma sinceridade dele. E consegui.
- Fico feliz por esse lado, José Fernando! Que você se aceite, que seja feliz, que...
- Que eu consiga ter a vida que você não consegue, papai? - o interompi, à queima roupa.
Confesso que me arrependi em seguida, pois nisso, sem mais cerimônias, meu pai se colocou a chorar baixo, tentando se segurar:
- Isso, Fernando... exatamente isso, meu filho.
- Papai! Não quis te magoar, não chora... - tentei consertar.
- Não, filho. Agora você vai me ouvir...
Papai se aproximou de mim e me segurou pelos ombros, desabafando:
- Você é jovem, mas é inteligente, tem uma cabeça boa... e deve saber o quanto a vida é difícil, não sabe?
- Sei, pai...
- Crescer, amadurecer, estudar... Ter uma carreira, ser bem sucedido. E já pensou em quantas vezes mais isso é difícil sendo gay?
- Já, papai... - comecei a me emocionar também.
- É difícil, mas não impossível... não no mundo de hoje. Agora me diga... Qual a possibilidade de ser feliz sendo uma pessoa homossexual e tendo um caso com alguém da própria família... com um pai... com um filho! Me diz, Fernando... Qual a possibilidade de sermos felizes assim?
Nisso, papai estava aos prantos... E eu chorei também, mas não me dei por vencido.
- Papai, a gente nunca vai ser feliz se ficar se importando com o que pensam!
- Isso é muito bonito na teoria, José Fernando! No cotidiano, a realidade é outra e...
- Não, pai! Agora é sua vez de me ouvir! Não sou nem tenho amigos assumidos, mas como você mesmo disse, tem muito homossexual que é e consegue ser feliz e respeitado. É isso que eu quero pra mim, papai! O que eu não quero é viver infeliz, fugindo do que eu sinto... do que eu sou. E esse sou eu, papai! O Zé, como a mamãe me chama, ou o Fer, como você me chama... Tanto faz! Esse sou eu, um ser humano, como qualquer outro, que ama... que ama o próprio pai...
E aí chorei feito criança. Papai me abraçou apertado, me envolvendo com seus brações:
- Não chora, meu filho! Não por minha causa... Não posso suportar te fazer chorar, Fernando! Já disse muitas vezes que nunca faria nada pra te magoar e é só isso que eu estou fazendo!
- Pára de falar como se só eu importasse e você não, papai! - respondi, tentando me acalmar - Você também merece ser feliz! Deixa eu te fazer feliz, papai, por favor! Se o mundo não está pronto pra uma história como a nossa, não interessa! Não precisamos assumir, então... As pessoas não precisam saber!
Eu estava muito nervoso e dizia isso tudo rapidamente, sem deixar meu pai interromper:
- Você ainda não entendeu? Eu te amo! Eu te amo, papai!
Eu o segurei no rosto e olhei bem pros seus olhos ao dizer isso. Ele respondeu:
- Eu também te amo, Fer! Você é meu filho e...
- Não, papai! Não é isso... Eu te amo porque você é meu pai sim, mas te amo muito mais como homem! Eu sou completamente apaixonado por você..., meu paizão! Eu amo você e quero você pra mim!
- Eu sei, filho! - disse papai, bastante alterado - Eu entendi, mas isso é impossível!
- Se é impossível, como você explica isso, papai? Como você explica o que aconteceu ontem? Eu não fiz só por impulso! Não foi só tesão, eu realmente gosto de você... eu amo você! Amo!
Me agarrei aquele homem o mais que pude, desarmando-o... Ele não teve outro remédio a não ser me cobrir com seu abraço carinhoso, encostar sua cabeça em meu ombro e confessar:
- Eu também gosto de você mais do que como filho... Não sei se isso é amor, mas eu também sinto algo a mais por você que desejo... que carinho de pai.
Papai falou isso com uma voz baixa, quase sussurrada.
- Repito, Fernando... Me explica... Como nós poderíamos ser felizes assim? Eu já tentei com tantos caras... Com sua mãe, com a Matilde... e com outras mulheres também...
- Não precisa ser igual, meu pai...
Papai riu desajeitado, ainda com lágrimas nos olhos e me acariciou no rosto:
- Meu piazão... Meu piazão lindo!
E novamente nos entregamos aos sentimentos. Nos beijamos profundamente... A tensão sexual entre nós naquele instante era imensa. Nosso beijo era uma mistura de saliva, lágrimas, desejo e amor. Diferentes formas de amor.
- Essa é a maior loucura que já cometi na vida, José Fernando!
Papai disse isso sem esconder o tesão que aquele situação havia despertado nele. Começou a passar a mão por todo meu corpo com um desejo descontrolado, enquanto beijava minha boca frenéticamente... Suas mãos estavam pesadas e cheguei a sentir dor em alguns momentos. Ele me colocou sentado na escrivaninha, me segurando com força pela cintura. O prazer havia tomado conta de mim também, mas tratei de manter a racionalidade:
- Papai... Isso é incrível, mas eu acabei de dizer que não é só isso que eu quero com você!
- Eu também não quero só isso com você, - disse ele, segurando meu rosto, também com força - entendeu? Mas nesse momento, é disso que eu preciso!
- Eu também preciso, pai, mas eu não vou ser seu amante! Eu não vou ficar você num cômodo da casa enquanto a sua namorada oficial dorme no outro.
- E não é isso que eu quero pra nós, Fernando! Pelo amor de Deus, não pensa isso! Eu vou terminar com a Matilde... eu juro!
- Mesmo? - perguntei incrédulo, mas esperançoso - Eu não vou ser a suposta puta que você foi ver ontem, pai...
Papai riu:
- Eu te dou minha palavra, Fer! Vou terminar com ela e aí nós resolvemos isso... Mas agora... eu preciso de você, meu filho!
Papai terminou de dizer isso e me agarrou cheio de vontade, me beijando de língua tão gostoso, tão molhado, que me senti totalmente entregue a ele... de novo. Um misto de alegria e medo tomou conta do meu ser. Papai me segurava forte com uma mão apoiando minhas costas e com a outra, me acariciava de um jeito irresistível... proibido. Correspondi aqueles toques bolinando muito aquele homem. Nos livramos de nossas camisetas e mamamos gostoso um no peitoral do outro. Nossos gemidos eram abafados, pois o clima de apreensão era total. Desesperado, tratei de fazer meu pai se livrar do cinto e abaixar sua calça, enquanto ele abaixava minha bermuda. Nos acariciávamos muito e eu contemplava aquele corpão gostoso que eu tanto desejava e o melhor... que me desejava também. Me ajoelhei na frente do meu papai e lampi seu pinto duro, ainda dentro de sua cueca boxer branca... linda! Ele gemeu e me segurou pelos cabelos, tirando o pau pra fora e me fazendo engolir. Eu mamava com dedicação, enquanto abaixava cueca de meu pai e fazia-o se livrar dos sapatos, de suas meias, de tudo, enfim. Ele era lindo da cabeça aos pés. Também me livrei da minha cueca, ficando nu e submisso ao meu paizão... meu macho, meu amor! Eu mamava gostoso naquele membro, soltando gemidos abafados de uma puta no cio, enquanto me agarrava aquelas coxas torneadas e peludas... Também apertava sua bunda grande e dura com vontade. Papai se segurava, mas acabava soltando alguns urros grossos... Era uma sacanagem e uma entrega mútua.
Nisso, ele me pegou com tudo, me carregou e me beijou de um jeito selvagem de novo. Me colocou em cima de sua escrivaninha, empurrando alguns papéis que ali estavam, e me fazendo ficar em posição de frango assado. Eu não tinha nenhuma reação a não ser deixar que meu paizão me conduzisse da forma que achasse melhor. Ele deu uma farta cuspida na mão e esfregou em seu pau, que estava duraço. Deu uma chupada rápida, mas alucinante em meu rabo. Gemi baixo e sôfrego. Logo, papai estava me possuindo novamente e por alguns momentos, cheguei a achar que aquilo fosse um sonho erótico... Eu fazendo sexo com meu progenitor de novo, sendo deliciosamente comido por ele, em cima de sua escrivaninha de estimação. Enquanto mandava ver com sua pica atolada no meu cu, papai me beijava molhado, totalmente transfigurado, tomado por um desejo, um sentimento que não cabia dentro dele. Não cabia dentro de nós. Ele precisava de mim tanto quanto eu dele. Apertava com força meus mamilos, enquanto eu deslizava minha mãos por seus incríveis bíceps, por suas costas largas, por suas nádegas. Seu pau já estava todo enfiado e eu queria mais... A dor não importava, pois aquele homem era meu e eu dele. Até que não aguentei e pedi pra gozar.
- Deixa eu gozar primeiro, Fernando!
- Tá, mas logo, papai!
Ele parecia louco, tirou o pau dele de dentro de mim de uma vez, me fazendo sentir mais dor que quando entrou. Algumas punhetadas e se gozou igual um animal em cima de mim, fazendo espirrar até no meu pescoço. Foi delicioso! Depois disso, gozei fartamente em meu peito e barriga, me melecando inteiro com o meu leite e com o leite que me gerou. Sensação única.
- Filho... meu filho... meu homem!
Papai dizia isso, enquanto esparramava aquela leitada toda em meu corpo. Ia deslizando sua mãozona desde minha barriga, passando por meu peitoral, até chegar na minha boca, me fazendo lamber seus dedões gostosos... Quis provocá-lo:
- Pensa no que conversamos, tá... Imagina só a gente poder fazer isso sempre, sem medo... sem culpa...
Mesmo tendo acabado de gozar, o pau meia bomba e melado do meu paizão deu uma tremida quando ele ouviu isso. Ele apenas me encarou e respondeu:
- Não tem mais o que eu pensar, José Fernando. Já estou decidido...
Fiquei atônito ao ouvir aquilo. Não sabia ao certo o que ele queria dizer, mas pressentia que era algo bom. De brinde, ainda ganhei um beijo cheio de carinho, acompanhado de carícias.
Papai se vestiu rápido, foi ao banheiro da parte térrea do casarão e voltou com um rolo de papel higiênico e uma toalha molhada:
- Se limpa com o papel e se veste...
Nesse momento, ele além de me ajudar a me limpar, me desceu do móvel com todo o cuidado.
- Vou passar essa toalha na escrivaninha... Amanhã mando a doméstica limpar de verdade.
Realmente, havia escorrido um pouco de nossas porras no móvel e era bom apagar todos os vestígios de nossa incrível foda. Já era tarde quando, depois de limpo e vestido ainda troquei mais alguns beijos com papai. Me despedi dele - com dor no coração, claro - e subi pro meu quarto. Tomei um banho, dormi exausto e acordei no dia seguinte um pouco tarde. Ao passar pela porta do quarto do meu pai, notei que a Matilde ali estava. A mulher parecia abatida e lançava um olhar vago no espelho.
- Bom dia, José Fernando - me cumprimentou, com um ar de tristeza.
Me senti um filho da puta em estar colocando chifres naquela mulher, que afinal de contas, nunca tinha me feito nada. Saí dali rápido e desci as escadas que davam na sala, onde encontrei meu pai.
- Bom dia, papai.
- Bom dia, Fer - repondeu ele, com um sorriso sincero que abriu ao me ver.
- Acabei de ver a Matilde... Ela parece bem mal.
- E ele está... Filho...
Papai parecia hesitante:
- Eu preciso te pedir uma coisa.
- O quê? - perguntei, num tom de voz assustado e receoso.
- Que você volte pra casa da sua mãe por uns dias.
Fiquei mudo. Eu não sabia se chorava, se brigava com aquele homem ou se esperneava dizendo que não.
CONTINUA...