''O jeito é curtir nossas escolhas e abandoná-las quando for preciso, mexer e remexer na nossa trajetória, alegrar-se e sofrer, acreditar e descrer, que lá adiante tudo se justificará, tudo dará certo.''
Martha Medeiros
Desliguei e respirei fundo, puxei meu cobertor ate o rosto e chorei muito para não perder o costume, eu estava vivendo um pesadelo. E depois de tanto lutar conseguir dormi.
Acordar e perceber que toda a sua vida mudou dentro de um dia não era fácil, a revelação que o Rafael era meu irmão foi mais pesada e dolorida, que quando descobrir que Ana era minha mãe.
Agora ia ser assim, eu iria fazer o exame de DNA escondido do Rafael. Só faltava arruma um jeito de resolver isso. Peguei meu telefone e a agenda, e liguei para um laboratório. Lá eles me explicaram que eu tinha que pegar algumas células do corpo dele, que até um cabelo serviria. Só que seria bem mais complicado fazer o exame.
Mas será que eu iria fazer isso nas escuras mesmo? Não revela esse segredo para o Rafael e ainda fazer um exame de DNA escondido. Isso parecia uma traição, e eu já o tinha magoado demais. Só que ele estava com tantos problemas, eu não sabia o que fazer. Troquei de roupa e peguei meu carro e fui para a casa do Marcos.
Marcos- Bom dia!
Ele abriu a porta me recebendo com um lindo sorriso.
Felipe- Bom dia!
Olhei para ele, estava lindo como sempre, mais espantei esse pensamento.
Felipe- Vir ver minha mãe.
Marcos- Ela ta no orfanato, se sabe que ela vai mudar só de tarde.
Eu abaixei a cabeça, para ele não ver meu rosto corado, ele tinha me pegado.
Felipe- Acho que esqueci.
Falei mordendo o lábio inferior.
Marcos- Pode falar o que veio fazer aqui, quer conversar?
Ele falou numa voz calma, e eu assentir com a cabeça e entrei.
A casa dele até que estava muito arrumado. Dei um uou quando entrei, e elogiei, sentei em um sofá, ele sentou numa cadeira. Estava constrangido, mas ergui e cabeça.
Felipe- É que eu queria perguntar uma coisa para você… Tipo você me transmite confiança.
Marcos- É?
Felipe- Sim, fico a vontade em falar com você.
Marcos- Também sinto, e pode vir falar comigo quando quiser, não fique com vergonha. Mas ai o que ta acontecendo?
Eu contei tudo, com um pouco mais de calma do que tinha falado com o Pedro. Ele só ficou em silencio ouvindo com
atenção tudo.
Felipe- Agora não sei se eu conto para ele ou faço o exame sem ele saber.
Marcos- Olha, pelo que você me contou, ele merece saber sim. E também é proibido fazer isso sem a autorização dele.
Mas conta para ele, ele estar envolvido nessa novela o mesmo tanto que você, e te garanto se você não falar ele vai ficar
magoado.
Felipe- Mas ele ta cheio de problemas.
Marcos- Sim, mas ele vai saber lidar com isso. Talvez fique muito decepcionado, mas pelo que você me conta ele é maduro o suficiente para entender.
Fiquei remoendo o que ele tinha me dito, analisei e vi que desse positivo o DNA, teria que falar mesmo assim. Então eu tinha que contar tudo, e se ele quisesse fazer o exame nós iríamos fazer.
Felipe- Você é tio? Quer dizer, antes de saber de mim?
Marcos- Não, meu irmão é da sua idade. Deve ser por isso, que nós damos tão bem, me identifico com você como se fosse ele.
Ficamos mais algum tempo lá falando no passado dele. Como era sua família, como foi criado. Ele era uma pessoa diferente, vivida, ate descobri que ele já foi noivo. Eu amava pessoa de cabeças aberta. Ele perguntava como que eu me
descobri gay, como que foi a parti dai. Só sei que sair de lá muito mais centrado, e resolvi fala logo para o Rafael a
verdade.
Rafael- Oi, como passou a noite?
O Rafael estava no hospital, parecia muito cansado. Mas ele me confirmou que sua mãe ficou a noite com o bebe, mas ele não conseguia dormir de preocupação.
Felipe- Você tem que dormir, que adianta esse bebe não ter mãe e também perder o pai.
Depois que eu falei me sentir triste com aquilo, lembrar-se de Laura nunca era bom. Quando ia abri a boca para perdi
desculpa, ele fala.
Rafael- Se um dia alguma coisa acontecer comigo, esse bebe é seu, quero que você cuide dele como se fosse o pai.
Felipe- Eu estava brincando Rafael, nunca vai acontecer nada com você não, e também tem seus pais para cuidar dele.
Rafael- Por favor, me prometa que você vai cuidar do Junior.
Eu engoli em seco, pensei bem no que ele ia me fazer prometer, e fechei os olhos e vi aquele lindo bebe, claro que eu podia cuidar dele.
Felipe- Prometo.
Ele abriu um sorriso lindo, aquilo me queimou por dentro, sentir vontade de beija-lo, mas ai lembrei.
Felipe- Quero te falar uma coisa.
Rafael- Pode falar.
Felipe- Talvez tudo mude depois disso, mas tenho que te contar.
Respirei fundo e contei.
Ele ficou de boca aberta, não conseguia fala uma palavra, aquilo me assustou muito. Quando eu falava do Sr. El Diablo, ele cerrava a mão, sua cara ficava vermelha e seus olhos eram puro ódio. Sabia que nós dois compartilhava não só o mesmo sangue mais também o mesmo ódio por aquele mostro.
Quando eu terminei de conta ele ficou parado, não olhava para mim. Suas lagrimas caiam sobre o chão do hospital,
parecia que ouvia o barulho delas, quando entrava em contato com o piso.
Eu me mantive forte, tinha chorando demais antes, e era a hora de ser firme.
Felipe- Eu quero fazer um exame de DNA Rafael, quero tirar essa duvida.
Ele ainda estava em choque, mas seus olhos ergueram nos meus, e sentir que eles estavam me queimado.
Rafael- Sim, vamos fazer. Mas antes vou matar aquele desgraçado.
Felipe- Não! Sim vamos fazer alguma coisa, mas não matar ele. Tenho um plano e você vai ter que entrar nele.
Rafael- Plano?
Felipe- Ele estar aliado com um inimigo meu.
Rafael- Inimigo?
Ele parecia mais confuso com cada frase que eu falava.
Felipe- O acidente na mata não foi um acidente, e esse inimigo está ligado com o Sr. El Diablo.
Ai que ele ficou mais confuso mesmo, contei de novo a historia, e tudo que ele fez comigo. Nunca tinha vista o Rafael tão
irritado assim.
Rafael- Por que nunca me contou isso?
Felipe- Estava tentado proteger vocês.
Rafael- Ok. Vamos destruir ele, to dentro, só pedir que eu faço o que precisar.
Felipe- Ótimo, em breve vamos dar inicio, mas Rafael?
Ele ainda não olhava nós meus olhos, como antes, sabia que ele queria bloqueia a ideia que ele éramos irmãos.
Felipe- Depois que ele me contou sentir a mesma raiva de nojo que você estar sentido. Mas vi que ele fez um favor de me colocar na sua vida. E se não éramos para sermos um casal, estou bem em ser seu irmão. Quando éramos pequenos, eu
sempre pedia em minhas orações que me desse uma família, e to muito feliz que sejam vocês.
Rafael- Eu me sinto mal por te amar de outra forma Felipe.
Felipe- Eu sei, mas não podemos fazer nada para mudar isso.
Rafael- Não sei se posso ser seu irmão, amigo ate que eu iria aguentar, mas saber que temos o mesmo sangue, é muito para mim, eu não posso suportar isso. O mesmo sangue pede pelo seu corpo, pela sua boca, por você.
Ele começava de novo chorar, pensei nas palavras dele, e era verdade. Ser amigo era uma coisa, agora irmão era um laço muito forte.
Felipe- Mas antes de nós ficamos, sempre te considerei um amigo-irmão.
Segurei a sua mão, e me ajoelhei em sua frente.
Felipe- Agora podemos ser isso de novo… confia em mim.
Rafael- Esse desejo por você é muito forte Felipe… não sei se aguento.
Peguei-me pensando, se soubesse que o Pedro era meu irmão, e percebi que iria enlouquecer. Saber que seria proibido, de nunca mais nós beijar, de nós amar como amantes. E vi que era mesmo difícil para o Rafael.
Felipe- Você me ama?
Rafael- Com todas minhas forças.
Felipe- Confia em mim, tudo vai dar certo no final.
Eu o abracei, e percebi a urgência que ele tinha com o nosso contato, não sabia o que fazer agora com ele. Não podia me
afastar, seria pior, me sentir sem armas.
Falei baixinho perto do seu ouvido.
Felipe- Eu te amo, nunca se esqueça disso Rafa.
E dei um beijo na sua bochecha e sair. Estava sendo forte fazia muito tempo, ver o Rafael naquela situação quebrava
minha barreiras.
Respirei fundo quando sentei no banco no meu carro. O jogo iria começar a partir de hoje, o plano ia ser realizado, e iríamos pegar esse filho da puta que estava estragando os minha vida e me perturbava.
Peguei o celular e liguei para o Alex.
Felipe- Alex!
Alex- Fala!
Felipe- Preciso da sua ajuda.
Combinei com ele um ponto de encontro e que ele trouxessem tudo o que eu pedir. Ele achou estranho, mas eu prometir
explicar depois.
Quando ele chegou com uma sacola a onde combinamos, ele me olhou.
Alex- Para que isso?
Felipe- Te prometo que te conto mais tarde, mas preciso de outro favor seu.
Alex- Vishi, fala.
Felipe- Saia da cidade depois de amanha com a Geovana. Fique o dia todo fora, ate pose se for preciso, mas não fique aqui.
Alex- Por quê?
Felipe- Confia em mim, é para o bem de vocês. Vai para qualquer lugar, mas não diga a ninguém.
Alex- Felipe, o que está planejado?
Felipe- Não posso falar agora. Mas promete que amanha a noite você vai ficar longe daqui?
Ele olhou para mim por alguns minutos, desconfiado, ele prometeu.
Felipe- Não fala para Geovana, que eu que perdi isso. Se não ela vai me encher de perguntas, que não posso responder agora, se você fazer o que eu pedir vai ta de bom tamanho.
Ele me olhou muito suspeito e foi embora.
Levei a sacola com os equipamentos para o rancho do Pedro. Entrei e levei um susto quando aquela montanha de músculos
veio me abraçar.
Felipe- Calma ai, cowboy.
Pedro- To com muita saudade do meu neguinho.
E falando isso me deu um beijão que fez meu corpo explodi em energia. Era impressionante a minha ligação com ele,
nunca sentir isso com ninguém, nem mesmo com o Rafael, era como se todas as minhas células fosse dele.
Felipe- Temos trabalho a fazer, Pedro, deixa para mais tarde.
Falei antes que ele me levasse para cama.
Ele me olhou e fechou a casa, fazendo um biquinho de teimoso. A que criança eu tinha. Alias crianção.
Pedro- Temos que assumi nosso relacionamento.
Felipe- Como vamos fazer isso?
Pedro- Não sei, mas temos que deixar ele bem nervoso, a ponto de querer nós machucar, ainda mais.
Felipe- Não é perigoso isso?
Pedro- Sim, mas temos que arriscar.
Felipe- O Rafael vai nós ajudar.
Quando falei isso, ele me olhou com uma cara que iria me matar, por supor essa ideia.
Pedro- De jeito nenhum, ele vai ficar longe.
Felipe- Pensa bem, você que eu me machuque? Quanto mais segurança melhor, não acha?
Pedro- MAS…
Felipe- Mas nada Pedro, o Rafael concordou em ficar de vigia.
Ele não falou mais nada no assunto, só fechou a cara em discórdia.
Felipe- E ele é meu irmão, e também ta envolvido nisso.
Pedro- Ta bom, mas manda aquele Mané tomar cuidado.
Eu dei uma risada com aquilo, quando que o Pedro se preocupou com o bem estar do Rafael. Aquilo era inacreditável.
Pedro- O que é tão engraçado assim?
Felipe- Você bravo fica mais delicioso ainda.
Eu dei um sorriso malicioso para ele, que me olhou de canto de olho. Sentia que nascia uma tensão sexual naquele
momento.
Pedro- Você ainda não me viu bravo.
Dei com a mão, reagido aquela ameaça.
Ele foi mais perto de mim, parecia um leão se preparando para atacar sua presa. Estávamos sentando no chão, ele ficou
cm do meu rosto. Dava para sentir o seu cheiro suave, seu cheiro próprio, seu halito me embriagava, sentir que todos
meus sentidos ficaram em alerta. PERIGO NÃO SE APROXIME.
Mas mandei aquilo tudo por ar e ataquei aquele pedaço delicioso de Homem-Deus, não resistir aquilo.
Ali no chão mesmo ele ficou por cima de mim, sentir seu corpo pesado me exprimindo de um jeito gostoso contra o piso,
seus músculos vibrava em contato com o meu, e sentir sua ereção na minha barriga.
Ele começou tirar toda sua roupa, ver aquele homem pelado sempre era uma coisa maravilhosa, eu tinha tanta sorte em ter ele por perto, que me sentir a pessoa mais feliz do mundo. Quando estávamos nesse estado, eu mandava todos os meus problemas para o espaço, era somente eu e ele.
Ele tirou a minha roupa também. E em uma pressa fenomenal me lubrificou e depois seu pau e me penetrou. Ele estava selvagem de novo, só que agora ele observava todas minhas expressões, tomava cuidado para não me machucar, mas também para sentir prazer.
Ele estava na melhor fase dele. Tinha aprendido o jeito que eu gostava e colocava o jeito dele de ser, e fundiram essas duas coisas, e me proporcionando o melhor sexo que já tive em minha vida.
Parecia egoísmo fazer isso naquela época, mais nós estávamos precisando disso. Tínhamos que ficar relaxados, e a tensão estava sobre nós era muito grande.
Quando ele gozou, eu também gozei sem rela no meu pênis. Parecia que não gozava a anos e ele também não parava de encher meu cú com seu liquido.
Ele caiu exausto do meu lado e fiquei no mesmo estado. Quando ele saiu de mim doeu um pouco e me sentir desprotegido. Mas logo tratei de encostar minha cabeça em seu peito. E deu para ouvi as batidas do seu coração.
Era mágicos nós dois junto, eu o amava mais que tudo na minha vida. Percebi que ele era o único homem que eu amava.
O Rafael era meu amigo, o amava como irmão e ele era de verdade. E vi que nunca poderia ser feliz com outro cara se
não fosse o Pedro.
As minhas duvidas foram tirada naquele momento. Depois que ele me deixou eu me sentir incompleto, traído, quebrado, mas ele conseguiu restaurar isso, e ainda ficou melhor do que antes.
Felipe- Eu te amo.
Ele olhou para mim, analisou minhas palavras, e chegou mais perto da minha boca. Levantou um pouco seu corpo me
fazendo ficar preso entre seus braços.
Pedro- Eu também te amo.
E me beijou docemente, eu poderia ficar com ele a minha vida toda, e nunca seria infeliz.
Passou uma imagem de nós dois velhotes de mãos dadas, sentando em um banco perto da praia. E quando olhei nós seus olhos, envolto de vários rugas e pé de galinha, ainda estavam o mesmo tom azul pelo que me encantou dês da primeira vez. Aqueles olhos refletiam os anos de amor que passamos juntos.
Voltei para onde estávamos. Ficamos mais um pouco, ali juntinho e ele disse que tínhamos que trabalhar, que iamos que
vencer aquilo para podemos ser feliz para sempre.
Queria acreditar nisso, e confiei, segurei a sua mão e planejamos cada passo do nosso plano.
Continua...