-- Ah não! De forma alguma, nem pensar... Acha mesmo que sou patife de deixar isto aqui? Sozinho, abandonado... Carente do meu amor?! - disse Louis olhando afetuosamente um retrato dele mesmo de tamanho colossal, pendurado na parede.
Era a manhã do grande festival que agitava toda a região florentina. Estávamos na sala da casa do fedelho, escorados nos móveis cobertos por lençóis brancos, enquanto os criados fechavam as portas e janelas. Iríamos partir em breve.
-- Louis, preste atenção... Nós iremos em uma caravana discreta, que transportará somente a nossa fortuna, roupas e pequenos objetos. E é impossível levar um trambolho desse tamanho sem passar desapercebido. - falei calmamente.
-- E se rasgar? E se alguém queimar uma obra tão perfeita?! - apavorou-se.
-- Isso é um quadro. Não vai sentir nada! - ri um pouquinho.
-- Tu não tem sensibilidade. - ele rebateu seco.
-- E não tenho mesmo, como tu descobriu? - disse fingindo surpresa.
-- Ha-Há, estou me contorcendo de rir. - ele disse ácido. Ri abraçando ele por trás, cheirando o cabelo dele.
-- A vida é uma coisa estranha. - disse por fim.
-- Por quê? - ele indagou.
-- Bem, depois de mais ou menos 4 anos de incerteza e muitas coisas bizarras, estamos aqui. Finalmente vai dar tudo certo. - suspirei.
-- É... A viagem vai durar quantos dias? - ele perguntou se virando para mim.
-- Cinco dias. - disse.
-- Tudo isso?! Bem, pelo menos teremos o que fazer até lá... - ele disse soltando uma risadinha.
-- Não seu pequeno devasso... Se estivéssemos sozinhos quem sabe, mas vamos com umas sete pessoas, e o nossos filhos. - falei apertando o laço da gola dele. - Por isso só ficaremos jogando cartas!
-- Nossa. Que divertido... - ele revirou os olhos.
-- E quando chegarmos lá... Vou te apresentar o nosso quarto... Pra te dar um monte de beijos... E... - falei o envolvendo, acariciando o rosto dele.
-- Eeeeeeee... - ele se empolgou.
-- E vai se arrumar por que estamos atrasados. - disse.
-- Ah seu...! - ele disse corando de raiva, revirando o báu a procura de uma roupa.
Depois de estarmos todos prontos em seus devidos lugares, saímos aos poucos para não chamarmos atenção, mesmo que a maioria dos habitantes estivessem na praça vendo os teatros e a queima de fogos. Depois todos nós nos reunimos na estrada que iria nos levar para a Alemanha... Louis quer por algum milagre, sabia falar alemão, poderia muito bem se passar por um alemãozinho e me poupar do estresse de tentar falar o meu germano terrível e levantar suspeitas de que estávamos fugindo. Por via das dúvidas éramos irmãos (mesmo não nos parecendo em nada), que seguia até uma vila encravada na floresta.
Provavelmente na fronteira iríamos pegar um navio que nos levasse através do Danúbio, dado que o inverno era rigoroso e chegaríamos um pouco mais rápido. Enquanto ficava observando Fabrizio dormindo tranquilamente numa cesta ao meu lado, Louis tinha Isabella deitada preguiçosamente no colo. Em um dado momento, enquanto a cidade ficava para trás e as florestas e montanhas se erguiam, ele soltou um suspiro baixo.
-- Tu acredita que todos estão comentando sobre Alice e Oliver? Agora todos suspiram pela trágica história de... Como é mesmo o nome? Ah “Rommeu et Giulietta”. – disse rindo. – Viu Louis? Ajudamos a fazer uma lenda.
-- Tolices. Quem é o parvo que acredita nessas abobrinhas? Rommeu e Giulietta, vai por mim, em menos de 50 anos ninguém vai nem se lembrar disso. – ele passou os dedos nos cabelos.
-- No que está pensando Louis? – perguntei depois de uns minutos.
-- No quanto nós dois estamos podres de ricos. - ele disse com os olhos brilhando.
Soltei uma risada.
-- Agora que está tão rico, pode mandar todo mundo ir para o inferno como sempre quis. - disse tocando o queixo dele.
-- E tu seria o primeiro, meu amor. E assim voltamos a ficar chacoalhados no meio de uma estrada... Sabe, eu acho que esse é o fim de um ciclo. - ele disse.
-- Para começar outro. Tanto que por coincidência tu está vestido com a mesma cor que quando saímos de Paris. - observei vendo a roupa verde-esmeralda que ele trajava.
-- Se lembra? - ele perguntou admirado.
-- Gibão verde-escuro que realçavam os seus olhos... Ficava todo momento a tentar respirar fundo mas estava "apertado até a alma"... Reclamava de como eu era entediante e calado... Se irritava quando eu mandava-te ficar quieto - sorri. - Me lembro perfeitamente bem. Como poderia esquecer disso?
-- Nossa! - ele arfou surpreso.
-- E que também ficou com frio na floresta, quando estávamos sozinho, e te abracei por trás e que fiquei atordoado ao sentir o seu corpo se encaixando no meu, enquanto sentia o seu cheiro... E me perguntava, por que raios que Cecília não me tentava com um simples perfume. - olhei no fundo dos olhos dele.
Peguei a mão dele e a olhei, voltando na memória ainda mais.
-- Me lembro de quando eu segurei a sua mão, tomando consciência de não apertá-la por ser menor que a minha... Tinha medo de machucar lhe, mas depois eu fui saber o peso dela no meu rosto - ri um pouco - E segurei ela e o ensinei a atirar a flecha no alvo. E que quando eu te beijei, eu joguei tudo para o alto.
-- Sim... - ele disse rindo.
-- E que quando eu te toquei... Pela primeira vez, pude entender que era algo a mais. Meu corpo dentro do seu, enquanto eu te beijava compreendi que te amava. Que eu era o homem da sua vida e vice-versa. E que quando te perdi foi a pior coisa da minha vida. Que casal excêntrico nós somos! Um italiano irritadiço, fanfarrão, vingativo, que adora briga e um francês mimado, corajoso, fútil e amável. - sorri.
-- Por quê? - ele disse.
-- Por que o quê?
-- Por que de tudo isso? Essas lembranças... - ele olhou para a janela e depois voltou os olhos para mim.
-- Se não entende não é Louis... Não entende que nunca, existirá uma história de amor maior que a nossa... Que eu sempre te amei, mesmo querendo te matar digamos assim. Essa é uma verdade. - disse por fim.
-- E agora?
-- Agora? Bem, agora vamos viver juntos felizes para...
E Fabrizio me interrompe com o seu choro... Olhei para ele com todo o cuidado e beijei a cabeça. Era um menino forte e saudável.
-- Sabe o que é cômico? - Louis disse. - Que Bella, apesar de não ter completamente o meu sangue, se parece muito mais comigo do que contigo e o mesmo se aplica com Fabrizio.
-- Bem, acho que vou adorar ensinar esse meninão a lutar espadas... Sim, sim... Irá ser forte como eu... E irá ser um valente cavalheiro, um homem admirável. - disse fazendo cócegas com um dedo na barriguinha dele fazendo-o soltar uma risada. - Será aquele pela qual todas as donzelas suspiram... Um galanteador sem dúvidas...
-- Ei, o filho é meu! Se pensas que deixarei estragar ele, o transformando em um brutamontes sem sensibilidade artística como tu demonstrou hoje mais cedo, ah, mas esta muito enganado monsieur! - ele disse.
-- Isabella já é uma cópia tua... Então, é a minha vez de educar uma criança. - disse.
-- Pobre Fabrizio... Que desfortuno o destino lhe reservou! - disse Louis pesaroso. Caímos os dois na gargalhada. - Faremos o seguinte: cada um cuida dos dois igualmente.
-- Eles cresceram como amigos, e bons irmãos... - disse. - Louis, tu e teu irmão eram unidos?
-- Ah sim... Tanto que se não fossem por papa e mama passaria feliz, o resto da minha vida a esbofetear a cara dele. - ele riu de um jeito maldoso.
Passaram-se uns minutos.
-- Então... Iremos contar ou não para eles, a nossa história? - continuou ele olhando para os dois pequenos.
-- Quem sabe um dia... Por enquanto, chega de fortes emoções... Para todos. - disse por fim.
-- Tens razão. - ele disse se espreguiçando. - Descanso. É disso que precisamos.
-- Concordo plenamente. - disse bocejando um pouco.
E foi assim, naquele tom familiar que fomos para Alemanha. Juntos, felizes, brigando que nem cão e gato, mas firmes no sentimento mútuoANOS DEPOIS
.
.
.
O tempo passa. A cada segundo, a cada batida do ponteiro do relógio, a cada amanhecer e pôr-do-sol. Ele passa... O que era hoje, agora é passado. Eu já era um homem maduro de 40 anos de vida. Minha voz estava mais grossa, tinha um ar mais de sobriedade, me corpo ainda era atlético, não da mesma forma com os meus 20, mas ainda tinha força para realizar minhas atividades. Tinha mais respeito e impunha respeito. Não estava mais tão encrenqueiro como antes... Mais tranquilo quem sabe. Mas apesar do tempo que se passava, ainda mantinha o amor por certo homem que aos meus olhos ainda era o mesmo bambino.
Louis estava com 37 anos, e sua beleza ainda era presente nos traços refinados. Não dava mais os gritos histéricos e diminuiu o excesso de drama, falava em um tom tranquilo e meigo, mesmo estando irritado levantava a voz levemente mas ainda tinha firmeza, e de vez em quando uns tiques de infantilidade. Os cabelos ainda eram loiros, embora ele tivesse de vez em quando crises por procurar uns fios brancos que não existiam. Se antes a juventude deixavam ele com as bochechas rosadas e um ar de inocência (somente ar, por que me livrei da inocência dele aos 16), agora tinha o rosto sereno, mas com os olhos verdes faiscando de energia e vitalidade juvenilE foi assim que Sócrates, Platão e Aristóteles criaram o conceito da filosofia ocidental - disse fechando o livro pousando-o na mesa. Estávamos eu, Louis, Isabella e Fabrizio na sala dos estudos do castelo, enquanto a chuva caia.
-- Nossa! Isso foi tão... Entediante! - disse Fabrizio esparramado na poltrona. Com cabelos castanhos escuros rebeldes, olhos azuis-acinzentados e um 1,87 de altura, Fabrizio tinha se tornado graças ao meu treino um excelente espadachim. Também praticava esportes, fazendo-o se tornar um excelente atleta com um corpo saudável. Apesar do tamanho e de suas habilidades, e da personalidade indomável que herdou de Louis, ele era devagar em assimilar assuntos amorosos... Como eu era. - Cadê as lutas, as intrigas, os duelos?
-- Nem tudo na vida é luta, duelo e intriga Fabrizio. - Louis o repreendeu de maneira delicada, enquanto desenhava com Isabella em um cavalete de pintura. - Tu perceberás isso meu filho, acredite.
-- Mas papa Louis... Isso é chato! Para ser sincero, detesto ter que ficar ouvindo histórias antigas... Que se diga de passagem, só fala de gente que já bateu as botas. - ele revirou os olhos.
-- Tu igual a mim quando mais jovem. Também odiava essas aulas. - Louis respondeu.
-- Sério? E o que o senhor fazia matar o tédio? - Fabrizio perguntou.
-- Cabulava as aulas. - Louis riu.
-- Que exemplo Vossa Alteza! – disse para o meu maridinho que deu a língua pra mim.
-- Tolices! Por que raios não se podem ler histórias que tenham um bom romance? Só pensam em guerra, morte, fome e blá blá blá... - disse Isabella. Ela tinha a mesma altura de Louis (1,66), e embora fosse um pouquinho mais velha que Fabrizio, Bella fazia honra ao seu apelido. Loira, com pele de porcelana e olhos verdes, encantava a todos com a sua conversa amistosa, habilidade em poesia, música e artes. Embora tivesse o jeito e o modo de Cecília ao falar e no olhar, as minhas tiradas sarcásticas, Isabella tinha a beleza de Louis no auge do seu esplendor, e todos a consideravam a garota mais bela que a já viram, com toda a razão claro. E ambos eram unha e carne, embora todos nós fossemos unidos. - Papa Lorenzo, o senhor não tem nenhuma história aí, para nos distrairmos?
-- Creio que não. - dei os ombros.
-- Hum... Sabem, quando eu for uma contadora de histórias, irei fazê-las perpetuarem... - disse Bella largando o pincel, se sentando na poltrona. Fabrizio, por uns momentos ficou sem jeito ao ver Isabella, desviando os olhos, envergonhado. De uns tempos para cá, os dois pareciam bastante... Unidos. Apesar de serem "irmãos" de criação, desde que a adolescência despertou, ambos se comportam como algo diferente de irmandade e mais forte que amizade. Resumindo: vai dar casamento. - Vou fazer minhas histórias serem contadas aos meus filhos, aos filhos dos meus filhos e assim por diante. Irão ver só.
-- Uma mulher escritora... Isso não vai de certo. - disse Fabrizio.
-- Me poupe do seu machismo. Uma mulher pode fazer muito mais coisas que os homens. Acredite. Por que aparentemente, alguns homens não tem nem coragem de se declarar para sua amada. - ela jogou a indireta, limpando as mãos que tinha algumas manchas de tinta. Fabrizio corou.
-- Oras, não dê importância a isso. Aparentemente é de família. - Louis me lançou um olhar de reprovação, se lembrando do nosso passado. - Terás que fazer sozinha isso, Bella, por que se for esperar é melhor se sentar.
-- E tens alguma ideia? - perguntou Fabrizio, querendo mudar de assunto.
-- Pouquíssimas. Todas com o mesmo tema... Mas falta alguma inspiração. Papa Louis alguma ideia? - ela olhou para ele, sorridente.
-- Olha, quando se faz uma história... Mesmo ela sendo fictícia, tem que ter algo de sólido... Um fundo de verdade. – Louis murmura.
-- Ai que está o dilema. Se eu colocar realidade bruta e totalmente absoluta e concisa, ninguém vai se interessar... Tem que ter um atrativo. – ela pegou uma mecha do cabelo e colocou atrás da orelha.
-- Mas, se você rechear ela de fatos inexplicáveis e imprecisos irá ficar sem nexo. Então equilibre as duas. Coloque uma história com... Personagens humanos... Sentimentos humanos. Amor, inveja, ódio, fé... – Louis sorriu. – As pessoas tem que se identificarem com os seus personagens. Só assim que cativarás.
-- Sim, mas... Como irei fazer isso? O que eu preciso mesmo é uma base... Uma base sólida, firme e real, para que eu trabalhe todo o resto... – Bella gesticulou com a mão. – Céus, por que nenhuma coisa vem a minha cabeça agora?
-- Eu sei que conseguirá. É só pensar um pouquinho. – ele continuou.
-- Uma inspiração seria bem vinda agora papa. – ela olha para nós dois.
-- Ah bem... - ele disse se sentando... Louis por um momento ficou olhando para as mãos e depois para os pés, pensativo. Depois saiu por um momento e voltou com um pequeno báu de madeira. - Sabia que uma vez, enquanto caminhava em uma floresta sozinho, vestido de capa vermelha e uma cesta, só com uma faca pequena, um urso selvagem apareceu?
-- Uou! Sério?! - exclamou Fabrizio, sentando-se de forma para ouvir com mais atenção.
-- E que teu pai, Lorenzo, me salvou de ser devorado! - ele disse sorrindo.
-- Ah, não foi bem assim! Na verdade foste tu quem me salvou... - disse me recordando.
-- Humm... E que tal um lobo? Dizem que é um animal traiçoeiro e ardiloso, assim as pessoas vão captar a mensagem. Cuidado com as pessoas com segundas intenções. – ela sorriu de orelha a orelha.
-- Mais uma outra coisa? - perguntou Fabrizio.
-- Sim... Uma vez enquanto saía correndo de um baile... Um baile de máscaras oferecido por esse sujeito que cá está sentado conosco - todo mundo riu - Perdi um sapato... Eu acho que era de cristal ou vidro, só me restou um pé. E era lindo, e me custou uma fortuna! Mas Lorenzo me devolveu no dia seguinte... Foi quando ele te conheceu Bella.
-- Tu ainda se lembra?! - gargalhei.
-- Me lembro até daquele que perdi naquela vilinha na França. - ele estreitou os olhos de maneira cômica. - Couro e cetim inglês da melhor qualidade! E ainda me deve eles.
Mais uma roda de risadas.
-- Nossa! E tem mais? - Bella perguntou animada.
-- Espere... Ah sim. Teve uma vez que uma moça deu para os três uma maçã envenenada. - disse de maneira divertida. - E um infeliz os trancafiou no quarto mais alto da torre mais alta de um castelo abandonado... Apareci lá com uma espada, escudo, e um cavalo branco.
Louis apontou o pincel com se fosse um florete para mim de brincadeira.
-- E é claro... Fui eu que nos salvei. Aparentemente o nosso bravio cavalheiro deixou por minha conta ser salvo... - ele disse rindo. – E não era uma moça coisa nenhuma, era uma verdadeira bruxa.
-- Ei, não é bem assim. Eu fiz sim algo! - ri ofendido.
-- Seria uma história e tanto caso existisse - disse Fabrizio imaginando as lutas.
-- E quem disse que não existe? - disse Louis.
-- Bem... Eu não sei, oras... - ele respondeu.
Louis sorriu, abrindo o báu jogando para o alto algo que Fabrizio segurou rapidamente. E depois sacou uma espada para Bella entregando a ela com cuidado...
-- Então existe mesmo! A história é verdadeira?! - Fabrizio arfou admirado, olhando um sapato masculino prateado com pequenos cristais e pérolas costuradas, e a sola do calcanhar que era feita de vidro reforçado com vigas de prata em arabescos que reluzia na luz. Isabella encarou impressionada com a Meo Imortallis Dielectus, vendo o reflexo do seu rosto para a lâmina.
-- Claro que sim. - eu disse suspirando fundo, abraçando a cintura de Louis o puxando para perto de mim. - Querem ouvir a história de vida de teus dois pais... Cheias de escolhas, perdas, acertos e encontros e desencontros? Com duelos de espadas, lugares distantes, um nobre francês de origem rica e um plebeu italiano que se apaixonaram e se odiaram inconstantemente?
-- Isso vai ser ótimo! - disse Fabrizio.
-- Foi a há 20 anos atrás... - disse começando.
-- Papa! Assim não! Faça de um jeito pessoal... Assim fica parecendo mais um livro de história. - disse Bella pegando o sapato de Louis com o olhos brilhando, enquanto Fabrizio empunhava a espada firmemente. - Nossa é tão lindo...
-- E é ainda melhor quando serve para chutar o traseiro de alguém. - disse Louis, arrancando uma risada de Bella.
-- Hum... Deixe-me ver... - disse andado de um lado para o outro pensando. - Ah sim já sei.
-- Ebaaaaaaaa, conta, conta, CONTA!!!! – exclamaram os dois animados.
-- Vão me deixar contar ou não? - disse de bom humor alisando o meu queixo.
Eles sorriram.
-- Era uma vez... Um rapaz que amava muito uma moça... Mas este descobriu que ela iria se casar com um nobre duque... Então partiu para uma viagem que por consequência iria mudar a sua vida... Essa história não fala de como esse rapaz planejou acabar com a vida do noivo de sua donzela, mas sim, como o amor casual e sem planejamento nasceu... Essa é a nossa históriaEu não preciso continuar para dizer como acabou não é? Quase todos do mundo inteiro sabem como isso acaba. "E eles viveram felizes para sempre" não é um fim... É só um começo, um começo onde ambos os nossos personagens encontraram a paz, e conseguiram viver com ela até a sua morte. Louis e Lorenzo viveram juntos até a morte de ambos, mas nem ela conseguiu os separar... Isabella e Fabrizio casaram-se (ela fez o pedido claro rsrsrs) e tiveram filhos, conseguiram imortalizar a história de seus pais, que se fragmentou em várias e em diferentes versões, espalhando aos quatro cantos do mundo, mantendo-a viva na memória de suas crianças e das crianças de suas crianças, assim por diante, mas que até agora acaba todos eles acabam em "E eles viveram felizes para sempre".
Até logo, até mais ver, bon voyage, arrivederci, até mais, adeus, boa viagem, vá em paz, que a porta bata onde o sol não bate, não volto mais aqui, hasta la vista baby, sayonara... (Eu, a Patroa e as Crianças... Clássicos de Michael Kyle hahahaha)
Dicas, reclamações, agradecimentos, bater papo, ser amigo, inflar o meu ego ou encher a minha paciência com abobrinhas que não me interessa:
bernardodelavoglio123@hotmail.com