Meu primo do Interior #3

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 1935 palavras
Data: 11/01/2013 23:43:09
Última revisão: 11/01/2013 23:50:53
Assuntos: Gay, Homossexual

Bom gente, meu nome é Gabriel, tenho 19, e vou continuar uma história real sobre um natal de fim de ano que para entender melhor, por favor, leia a primeira e segunda parte do conto.

Chegando próximo de casa, andávamos dando gargalhadas, ele bagunçava meu cabelo e depois se afastava para que eu não lhe distribuísse socos. Tudo isto, descontraidamente. Era nossa forma de carinho comum, entre dois bons amigos heterossexuais. Ao nos aproximarmos de casa, boa parte da família estava na sacada. E a nos ver se aproximando, ficava acenando descontroladamente. Para entender melhor a nossa relação com a família, irei explicar resumidamente: meu pai era um dos poucos a ter tido sucesso profissional. Ele tinha uma empreiteira associada a uma grande construtora americana. Ele prestava serviços em grande parte da região centro-oeste, tinha uma linda esposa e um belo filho. Não querendo me gabar, mas dei muita sorte de ser da parte "bonita" e rica da família. Já o pai de Enzo era acionista de uma multinacional, tinha um ótimo salário e qualidade de vida, mas recentemente, ele havia achado uma reserva de minérios em sua propriedade do interior, o que o fez mudar-se com sua família para a pacata cidade, para administrar o novo negócio bem mais lucrativo. E a família sabendo disto, trata-nos feito príncipes, a grande maioria por falsidade e para conseguir alguns presentes ou coisas do gênero de nossos pais: o mais puro interesse!

Chegando então em casa, minha tia mandou que parássemos onde estávamos para que desta forma, ela tirasse fotos "aéreas" da gente. Depois de uma cumprida sessão de fotos descontraídas, subimos para comer alguma coisa. Enzo preparou dois sanduíches do tipo X-Quase Tudo, e fomos comer na mesa de jantar. A sala estava cheia de crianças catarrentas endemoniadas, então quis ficar por ali mesmo. Começamos a comer o sanduíche e eu ficava admirando Enzo mastigar. Parecia rodar a cena em câmera lenta em minha cabeça, daqueles lábios se movimentando para cima e para baixo. Ele então adorou ser admirado, e depois ficou tirando sarro de mim por um bom tempo. Saí então da mesa para limpar meus dentes no banheiro. E enquanto me dirigia ao mesmo, meu celular tocou na mala. Eu havia me esquecido completamente do meu celular, algo praticamente impossível para um viciado em tecnologia como eu. Fui então ver o que era, mas fiquei sem paciência de ler todas as mensagens. Voltei para o banheiro com o celular no bolso e Enzo estava sentado na privada escovando seus dentes também. Para quebrar o gelo, coloquei uma musica animada de uma das minhas bandas favoritas, The Kooks, e entao dei play em uma musica perfeita para a ocasião. Comecei então a cantar o refrão: " Do you wanna... Make love to me ? I know you wanna make love to me !" Ele respondia rindo de mim cantar a musica com creme dental dentro da boca, cuspindo para todos os lados:

- Yeah Baby - risos - quero sim, só se for agora! - mais risos.

Depois de tudo isto, fui enxaguar minha boca, ainda rindo do ocorrido. Quando fui dar espaço a ele fazer o mesmo, assim que me virei, nossos corpos ficaram tão próximos que despertou uma vontade de beijá-lo naquele momento. Ficamos sérios e sem graça enquanto a musica tocava, e parados ali, um de frente para o outro. E para meu total espanto, ouvi:

- O que vocês estão fazendo ? - Perguntou meu primo de uns sete, ou oito anos, com uma voz estranha. A porta estava entre aberta e assim que ouvimos aquilo, disfarçamos o máximo.

- Estamos escovando os dentes, e cantando. Não está ouvindo a musica ? "Do you wanna ? Do you wanna ? Do you wanna make love to me ?..." Enzo mais uma vez caiu na gargalhada e meu primo, meio desconfiado, aceitou. Mas o que nos salvou mesmo foi o bérro que a irmã dele tinha lançado para avisar que estava passando Ben10 no Cartoon Network. Depois de estarmos de bocas limpas, lasquei um beijo nele, com a porta aberta mesmo. Saímos dali e fomos para a sala assistir a alguns filmes. Primeiramente expulsamos todas as crianças da sala, estendemos um colchão de casal bem em frente a TV, e nos cobrimos com um grosso edredom. Fazia um friozinho gostoso aquela noite, o que deixava tudo ainda mais romântico. Colocamos um filme de terror, para espantar por definitivo as crianças da sala, e por de baixo do edredom, ficávamos nos tocando e nos alisando. De vez em quando Enzo dizia em meu ouvido baixinho a frase: " I Know you wanna make love to me" em referência a música, o que me excitava, pois sua voz grave sussurrando em meu ouvido chegava a me arrepiar. Pena que já estava bem de noite, e o frio começou a castigar o pessoal da varanda, que decididos a se protegerem dos ventos, ficaram na sala. Eu então me despedi de todos e fui me deitar, antes mandei que Enzo ficasse por mais um tempo lá na sala, para que não desconfiassem de nada. Cheguei no quarto, e comecei a futricar nas coisas do meu primo: achei uma agenda com alguns telefones, álbuns de fotografias, bilhetes, frascos de perfumes... Comecei então a cheirar suas roupas, fiquei olhando sua gaveta de cuecas, até que chegou uma mensagem em meu celular. Era da Fabiana, uma garota com quem eu ficava em Goiânia. Após ler o SMS me lembrei de Flávio, o comisário de voo da TAM que eu havia conhecido. Liguei para ele então, como tinha prometido e me surpreendi:

- Alô ? Flavio ? Me chamo Gabriel está lembrado ?

- Gabriel, claro que me lembro. Como está a viagem ?

- Ah sim, está tudo tranquilo. O lugar é muito legal. Parentes de todos os cantos eficamos conversando por quinze minutos mais ou menos, tempo suficiente para saber um pouco mais sobre ele. Ficamos de nos encontrar para nos conhecermos melhor assim que eu chegasse em Goiânia, já que ele também era de lá. Enzo entrou no quarto no momento em que eu me despedia de Flávio. E começou a perguntar com quem eu falava, acho que Flávio deve ter escutado a tudo, pois me disse ironicamente: "é melhor você desligar, deve estar muito ocupado com outras coisas...". Desliguei então e tive que responder ao interrogatório de Enzo. Ele começou me perguntando com um bom humor, e eu, fiquei dizendo que não iria contar. Logo, o bom humor virou uma crise de ciúmes, ficava me dizendo algumas barbaridades:

- Espera aí! Você esta me trocando por um estranho ? O que você está fazendo aqui então sendo que quer estar com outro ? - ele não me deixava responder, e eu então apenas ria de sua crise de ciúmes - você pensa no Flávio enquanto me beija é? Só pode ! Porque não quis ficar comigo na sala pra falar com esse ai no telefone...

Depois de ele ter terminado de desabafar, assim digamos, eu o pedi que olhasse em meus olhos. Ele estava de costas pra mim, e se negou a virar.

- Cara, espera aí? Você não está se apaixonado por mim, está? - ele nada respondeu - Pera ai cara, vamos conversar... O combinado era agente não se apaixonar, e eu sinceramente não estou entendo esta sua crise.

Ele então respondeu sem se virar para mim:

- É Gabriel, mas eu não consegui seguir o trato, tá legal ? Essas coisas acontecem, e está satisfeito agora ? Porquê eu não estou. Eu pensando que você estivesse me dando atenção unicamente, e você estava falando com outro cara no telefone, combinando de se encontrar as minhas costas. Eu pensei que você gostasse mais de mim. Você deve ter fingido isto tudo não é ?

- Espera ai Enzo, não é bem assim. Eu gosto de você cara, mais eu não imaginei que você estivesse sentindo isto por mim cara. E para ! Como eu ia fingir tudo o que agente fez ? Mas, você me ama então ? - disse a ele com um ar de convencido.

- Amo. E estou começando a me arrepender disto. Porquê você complica tudo cara, porquê ?

Sem dizer nenhuma palavra, abracei Enzo pelas costas mesmo. Ele então segurou minhas mãos e as apertou bem forte. Ele entao se virou para mim e só neste momento pude perceber os olhos inchados, e as lágrimas escorrendo. Sequei seu rosto com as minhas mãos e lhe dei um abraço bem apertado. Meu primo havia se declarado pra mim, e aquelas lágrimas, foram como a prova para mim. Disse então que ele era importante demais para mim, e que eu nunca queria perdê-lo. Beijei-o em seguida; foi o beijo mais carregado de emoção que eu já havia recebido em toda minha vida. Levantei então, apaguei as luzes, e guiados pelo sentido, voltamos a nos beijar no escuro. Sem nenhuma palavra a dizer de ambas as partes, fiquei nu, e tratei de despí-lo carinhosamente. Ele ainda chorava um pouco, um choro resumido a lágrimas e um silêncio devastador. O beijando muito, o masturbei com a minha mão e assim que seu pênis ficou bem duro, fiz com que ele me penetrasse em uma de minhas posições favoritas: a famosa papai e mamãe. Embora muitas pessoas achem esta posição muito para iniciantes, que não entendem de sexo, eu a defendo com unhas e dentes, pois é nessa posição que posso sentir o peso e a atração dos corpos de meu parceiro e eu, se esfregando, enquanto o envolvo com minhas pernas, e beijo e abraço-o facilmente. A mais romântica das posições com o mais novo apaixonado da família: Enzo deitou-se então sobre mim, e com o pênis completamente penetrado, me beijava. O interrompi, sequei o que restava de suas lagrimas e cochichei baixinho em seu ouvido lentamente "eu tambem te amo piá". Ele entao me beijou novamente, só que desta vez, sua expressão facial estava muito melhor. Ele deitou-se sobre mim novamente enquanto beijava meu pescoço, começou o movimento de vai e vem. Desta vez, ritmado e sem a força brusca característica de nossas transas, mas sim, algo mais leve, lento e prazeroso. Ele tinha total carinho comigo. Me beijava, e controlava cada centímetro do meu corpo. Eu me entreguei de corpo e alma a ele. A dor comum da penetração tinha se tornado prazer ao prazer. A dor incomoda, virou tesão, e a nossa movimentação corporal de ambos, parecia apenas um só corpo. Eu o envolvia com minhas pernas e o abraçava com todo o prazer, beijava seu pescoço, boca, e bochechas para demonstrar todo o carinho que estava sentindo. Naquele momento eu descobri que realmente o amava e comecei a sentir pena de todas as outras pessoas que nunca tiveram o prazer de sentir o que eu sentia aquela noite. Pela primeira vez, algo até então novo para mim, ejaculei sem ter encostado em meu pênis, e Enzo gozava dentro de mim. Eu pedi para que ele não parasse, que queria sentir ele por mais tempo dentro de mim, que eu não podia desperdiçar o melhor sexo da minha vida, com a melhor pessoa possível. Transamos então até adormecer. Até hoje eu não sei como acabou; só sei que acordei debruçado no peito de Enzo enquanto ele me abraçava.

- Bom dia rapaz, - disse Enzo a mim - dormiu bem ?

- Bom dia meu piá. Como eu não poderia ter dormido bem com você aqui do meu ladinho ?

Depois de muito tempo abraçados conversando, e nos beijando, finalmente nos levantamos e para nossa surpresa e espanto a porta estava destrancada. Logo, a hipótese de alguém ter nos visto de noite passou a ser cogitada, e para nossa surpresa, era um fato. Havíamos sido descobertos.

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Comentários

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Que ruim o que fourlan ? Este texto está demais, muito melhor que a maioria dos textos aqui da casa. Ele consegue falar de sexo sem ser vulgar como muitos escritores aqui ... Tô gostando bastante de acompanhar os contos de Gabriel :]

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relaxa gente, . Posto assim que eu tiver um tempinho. Talvez o resto saia sábado de noite. Me favoritem e fiquem por dentro de tudo ;-)

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Muito bacana, parabens. A escrita e todo o resto eh otimo. Abraco queridao

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Ai comecei a acompanahr sua historia hoje e eu amei e por favor continua logo e nao dei nota nos outros e agora comcerteza e nota 1000 e mais esssa agora posta logo

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Vixi agora ferrou pro sei lado . O conto ficou muito legal , nao demora muito pra postar o conto pq eu fiquei curioso pra saber quem é que viu vcs dois . Nota 11

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Perfeitooo!! Posta logo :)

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