Um silencio repentino paira no ar, tinha terminado de amarrar o cadarço, um vento forte passou no meu rosto bagunçando meu cabelo. Eu sentir um aperto no meu coração o Danilo esta com uma mão na cintura e outra mexendo no celular, quando der repente um carro vem em alta velocidade. EU GRITO:
Eu- DAAANILLLLO sai dai1
Danilo- o que? Vem logo amor.
Eu- NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOO
-“Menos de trinta segundos o amor da minha vida voa longe com o impacto do carro um acidente que poderia ser evitado, eu poderia ter gritado mais alto, eu poderia ter saído correndo e empurra-lo do mesmo jeito que se faz em filmes e novelas, eu queria ter feito tudo isso, mas fui um fraco, não tive nenhuma reação a não ser por mão sobre a cabeça e gritar NÃOOOOOOOOOO, me sentindo culpado? Não! Eu tenho certeza de que fui eu o culpado, até mais culpado do que o próprio motorista que fugiu sem prestar socorro, eu fui mais covarde e mais fraco”.
Naquele exato momento, curiosos paravam pra saber o que tinha acontecido, eu estava sendo amparado por um bombeiro, em vão! Não conseguia me controlar, eu só sabia gritar e chora muito quando eu via de longe o Danilo numa maca todo coberto de papel alumínio, na minha cabeça de louco ou de extremamente apaixonado ele tinha, ele tinha, ai meu Deus não quero nem pensar. Em choros e berros pergunto ao bombeiro:
Eu- ele morreu? Ele morreu não foi?
Bombeiro- não! Calma ele não morreu!
Eu- e porque ele esta todo coberto de papel alumínio? Porque ele está numa maca? Por quê?
Bombeiro- não procedimentos de emergência, você vai ver como seu amigo vai ficar bem logo. E os pais de vocês? Temos que ligar pra eles pra relatar o ocorrido, e prestar queixa na delegacia, pois o autor do acidente fugiu!
Peguei meu celular e primeiro passei o numero da mãe do Danilo, meu Deus o que ela vai pensar a meu respeito fui causador do acidente que atingiu seu filho, ela vai querer me matar. O bombeiro liga pra meu tio Roberto e pra mãe do Danilo Dona Claudia. Eles chegam até a mim gritando, a ambulância tinha acabado de sair então a Dona Claudia mãe do Dan desvia o caminho que estava indo ao meu encontro, entra no seu carro e vai atrás da ambulância.
Meu tio chega e me dá um abraço, ele estava com os olhos cheios de lágrimas, não consegui me manter forte perto do meu tio pra ele achar que estava tudo bem então eu me desabo a chorar junto com ele.
Tio Roberto- Roni você está bem? Como tudo isso aconteceu?
Eu- fisicamente estou sim, mas meu coração está destruído, eu não sei como aconteceu foi rápido de mais.
Tio Roberto- sim! Mais onde vocês estavam uma hora dessas? (com tom de bronca)
Putz e agora?
Eu- tio depois você me pergunta o que você quiser, agora vamos pra o hospital, vai!
Tio Roberto- hospital? Que hospital que nada, vamos pra casa, a família do Danilo vai ser toda acionada pela mãe dele e aquele hospital vai ficar uma zona de tão cheio.
Eu- mais tio? E o Danilo, me deixa ir vai? Só um pouquinho? Você só me deixa lá e volta pra casa?
Tio Roberto- NÃO, eu já falei que não, você vai pra casa descansar você esta muito abalado emocinalmente.
Eu- se você não me levar eu fujo.
Tio Roberto- tá, tá... Vamos logo mais eu te deixo lá sozinho, mas com a condição de me contar Tim- Tim por Tim-Tim.
Eu- ok, vamos logo.
Meu tio pegou o carro e seguimos direto pra o hospital, chegando lá ele comprimento Dona Claudia, me deu um beijo na testa, me deu dinheiro pra eu pegar um taxi quando eu for embora, e depois ele foi pra casa. Nesse momento Dona Claudia me olha esquisito, meio fria e seca, eu fico meio apreensivo e assustado, ela se aproxima de me e dar-me um abraço caloroso e confortável eu retribuo e sentamos ainda abraçado num dos sofás da sala de espera. Ela afasta seu corpo do meu e segura a minha mão olha bem nos meus olhos e diz.
Dona Claudia- EU SEI DE TUDO!