Paraíso Sombrio - Parte 1
"Luzes da cidade"
Sábado, 15 de dezembro de 2012 – 20h45min. Aeroporto de Guarulhos São Paulo – Brasil.
Uma noite chuvosa na cidade de São Paulo, depois de uma semana de expectativa com o fim das aulas na faculdade, os quatros amigos, Santiago, Gregório, Elisabeth e Sarah, após mais de 3 horas esperando sentados no chão de um saguão lotado de gente, depois de terem feito o check-in, esperavam para embarcar no avião para Paris, onde fariam uma escala antes de irem a seu destino principal, Amsterdã.
- Cara eu não acredito nisso, depois de um saco de ano que foi esse, uma coisa boa pelo menos. – Disse Sarah, comemorando depois de um ano cheio de frustrações amorosas e de muito estresse na faculdade.
- Sarah, seu ano não foi nada perto do meu, 2012 foi o ano que menos transei desde que comecei a ser sexualmente ativo. Vou recompensar cada garota que não comi aqui, lá na Holanda.
- Deixa de ser safado Santiago. – Disse Elisabeth. – Como se nossa viagem fosse apenas e exclusivamente para transar e festar. Nós vamos aos Museus, conhecer os famosos moinhos de vento, aqueles imensos jardins de tulipas, andar de barco pelos canais de Amsterdã.
- Ah não Eliza, não venha com esses seus programinhas de virgem. Estamos indo para o Paraíso do Sexo, das Drogas e você vem falar de Museu? – Disse Santiago.
- O paraíso em Amsterdã não é só pra saciar seus vícios e desejos sexuais Santi. E se sou virgem o problema é meu ok?
- Vamos ver por quanto tempo. – Disse Santiago dando um sorriso de canto de boca para sua amiga.
- Ah! Podem parar, não vamos começar assim o clima para nossa viagem. – Disse Gregório. –Vamos dividir nosso tempo para tudo, festas, passeios, são 7 dias gente.
- Isso aí Greg. – Concordou Sarah.
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“Vôo 770 da Air France com destino a Paris, embarque no Portão 19”.
- É o nosso pessoal. – Disse o Gregório já se levantando do chão.
- Vamos lá. – Responderam praticamente todos juntos, em direção ao portão 19.
Os 4 foram para o portão de embarque, passaram pelo detector de metais e se dirigiram para a aeronave.
- Nossa! O tamanho desse avião. – Disse Elizabeth surpresa ao passar pelo túnel de embarque, e ver o avião no qual iriam embarcar.
- É um Boeing 777, sempre fui louco para entrar em um desses. – Respondeu Santiago, o qual desde pequeno, sempre foi fascinado por aviões.
Pouco menos de 20 minutos, e o avião já se preparava na pista para decolar. Para dar início a essa viagem.
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Domingo, 16 de dezembro de 2012 – 11h30min. Aeroporto Charles de Gaulle Paris - França.
Após 11 horas de viagem, 3 horas a mais de fuso horário, o vôo AF-770 aterrissou às onze e meia da manhã em Paris. A escala teve duração de aproximadamente 3 horas. Os amigos almoçaram, e fizeram compras com seus Euros, adquiridos no Câmbio de moedas em São Paulo. Às duas horas e meia da tarde já estavam novamente embarcando, agora na aeronave da KLM Airlines com destino a Amsterdã.
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Domingo, 16 de dezembro de 2012 – 16h05min. Aeroporto de Schiphol Amsterdã – Holanda.
Após pouco mais de uma hora de vôo de Paris, finalmente desembarcaram em seu destino final. A bela capital da Holanda, Amsterdã. Um dia ensolarado, com poucas nuvens no céu, muito bonito, porém frio, por volta de 10º, o que forçou os 4 jovens a se agasalharem bem. Após conseguirem pegar todas as suas bagagens foram para a Estação de Trem ao lado do Aeroporto.
- Que merda, aqui tá mais frio ainda do que em Paris. - Sarah reclamou apanhando outra blusa de sua mala.
- Não acredito que finalmente chegamos, não aguentava mais ficar no ar. – Gregório indagou. – E aquela turbulência que deu, pensei que agente ia morrer.
- Deixa de ser viado Greg – Santiago implicou dando um tapa na cabeça de Greg.
- Cala a boca Santiago! - Greg advertiu-o irritado.
- Gente pare, não vamos começar com briga já. – Elizabeth disse recriminando os meninos.
- A Eliza tá certa, cala a boca os dois, e vamos logo comprar o tal cartão pra pegar o trem. –Sarah disse já tomando a frente, e entrando na estação.
Os 4 entraram na estação e adquiriram o OV-Chipkaart 7. Um passe para uso do transporte coletivo em Amsterdã válido para se locomover na cidade e em viagens para cidades próximas, válido por 7 dias. Amsterdã tem um dos melhores sistemas de transporte coletivo interligado do mundo, o qual permite conhecer a cidade inteira e cidades vizinhas, usando bondes, trens, ônibus, metrô e balsa com um único cartão.
- Não vejo a hora de chegar no hotel, tomar um banho, e me jogar na cama. – Falou Greg cansado da viagem.
- Cama? Deixa de ser frutinha Greg, só vamos tomar banho e vamos sair. Não dá pra perder um minuto se quer, nessa cidade. - Santi indagou.
- Você dormiu quase a viagem inteira Santi, eu não consegui pregar o olho. – Disse Greg virando a cara para Santi.
- Gente, vamos parar de briga, vamos logo pegar esse trem, lá no hotel combinamos o que vamos fazer. – Disse Eliza pegando as malas.
- Concordo Eliza. – Falou Sarah também pegando suas malas, e entrando no trem que já esperava na estação.
Por último, Greg e Santi que se encaravam, também juntaram suas malas e embarcaram.
***
Da estação do aeroporto foi cerca de vinte minutos de trem até desembarcarem na estação central. Os amigos ficaram encantados com Amsterdã.
- Nossa! Olha esses canais que formam com o rio. – Eliza exclamou impressionada com o que via.
- Cadê os carros dessa cidade? Esse povo só tem bicicleta. – Sarah indagou saindo do trem, na medida em que o mesmo parou na estação.
- Parece que não leu no roteiro, que em Amsterdã tem praticamente uma bicicleta para cada habitante. – Disse Greg pegando suas bagagens.
- Greg, veja aí no GPS do teu celular como chegar no hotel agora. – Ordenou Santi.
- Se você virar para trás verá nosso hotel. –Disse Greg.
- Ah é. Bem que disse que era do lado da estação central. – Falou Santi, apanhando sua bagagem. – Vamos logo! – Chamou-os e saiu andando em direção à saída da estação.
Os 4 saíram da estação, e caminharam por cerca de uns 100 metros até chegar ao hotel. Ao entrarem para fazer o check-in foram muito bem recebidos pela recepcionista, e o gerente do hotel.
- Olá meus jovens, sejam bem vindos ao Hotel Ibis Amsterdã Centre. – O gerente os recebeu educadamente.
- Obrigado, queremos fazer nosso check-in. –Falou Eliza entregando os passaportes deles.
- Claro, deixe-me ver. – Pediu a recepcionista pegando os passaportes.
Após um tempo analisando as reservas no computador, a recepcionista pegou duas chaves e entregou a eles.
- Pronto, aqui as chaves, são dois quartos com cama de solteiro o 220 e o 229 ambos no 3º andar. – Prontificou a recepcionista entregando-os as chaves e os passaportes.
- Dank u – Respondeu muito obrigado Greg, testando o seu holandês, o qual praticou por semanas antes da viagem.
O gerente ainda conversou um pouco mais com os 4, passando mais informações do hotel, e algumas dicas de lugares para se visitar em Amsterdã. Se despediram do gerente, e subiram para seus quartos.
- Posso ficar no mesmo quarto com você Eliza. –Disse Santi dando uma piscada safada para sua amiga.
- Santiago, vê se me esquece. – Disse Eliza dando um empurrão em Santi. – Vamos Sarah. – Falou já entrando no quartoNervosinha! – Exclamou Santi.
- Nos encontramos aqui no corredor em duas horas para sairmos dar uma volta, ok? – Disse Sarah.
- Tudo bem. – Concordou Santi. – Cadê o Greg? – Perguntou Santi olhando para os lados e não vendo o amigo.
- Ele já foi pro quarto. – Falou Sarah. – Vai lá, depois nos encontramos. – Falou já entrando no quarto também.
Santi foi para o quarto, entrou já tirando o grande casaco que vestia e fechou a porta. Greg já arrumava suas coisas.
- Greg, vamos nos encontrar no corredor com as garotas em duas horas pra dar uma volta.
- Tudo bem, quem vai tomar banho primeiro?
- Acho que dá pra nos tomar banho juntinho. – Falou Santi abraçando o Greg por trás. Greg sentiu o pau de seu amigo roçar levemente em sua bunda, e isso o excitou instantaneamente.
- Sai, idiota! – Exclamou Greg dando uma cotovelada na barriga de Santi.
- Calma Greg, não precisa ficar nervosinho, só estava brincando, deixa que eu vou primeiro. –Disse Santi pegando sua necessaire e uma das toalhas que estavam sobre a cama e dirigiu-se para o banheiro.
Greg pegou seu notebook, e conectou a internet do hotel. Enquanto esperava Santi tomar banho, entrou em seu facebook. A primeira coisa que fez, foi postar as fotos que tirou durante a viagem e a chegada em Amsterdã.
* * *
ENQUANTO ISSO NO QUARTO DAS GAROTAS...
- Amiga, que roupa será que eu visto? –Perguntou Eliza, mostrando algumas peças que trouxe para Sarah.
- Não sei Eliza. Veste essas duas, vai esfriar mais com certeza e você não vai passar frio. –Disse Sarah apontando as roupas. – Eu acho que vou ficar com o Santi.
- Credo Sarah. Você sai do Brasil, vem pra Europa, a chance de conhecer um monte de gatinho, e vem falar que acha que vai ficar com o Santi. De novo?
- Ah Eliza, vai dizer que não tem uma quedinha por ele?
- Eu não, ele é muito safado e mulherengo, e não faz meu tipo, ele faz o seu tipo, isso sim garota piranha. – Falou rindo Eliza.
- Seu tipo é o Greg então?
- O Greg é mais meu tipo do que o Santi, é meigo, romântico, e lindo também.
- Sim, o Greg é tudo isso, porém é gay.
- Eu sei que ele é gay, mas ele é meu amigo.
- Amiga, eu acho que não encontrará caras com o tipo do Greg por aqui, você prometeu no começo do ano, que perderia a virgindade, o ano chegando ao fim e você virgem ainda garota.
- Ah Sarah não estou preparada ainda. – Falou Eliza envergonhada.
- Você vai cumprir essa promessa ainda esse ano. – Disse Sarah pegando suas roupas e indo para o banheiro tomar banho.
Elizabeth é uma menina meiga, 19 anos, muito bonita, 1,62 de altura, loira e de lindos olhos verdes. Muito tímida, e com um medo muito grande de ter sua primeira vez, ela já namorou vários garotos, mas nunca conseguiu passar das preliminares. Diferente de Sarah, uma jovem fogosa, safada, e extrovertida. 20 anos, muito bonita também, morena de uma pele bronzeada, 1,70 de altura, de cabelos e olhos castanho escuro. As duas, apesar de serem muito diferentes, são melhores amigas desde infância.
* * *
ENQUANTO ISSO NO QUARTO DOS GAROTOS...
- Ei Greg. Volta pra terra cara. Tá dormindo acordado? – Santi chamou a atenção de Greg. Ele tinha acado de sair do banho.
- Falou comigo? – Perguntou Greg acordando de seu transe ao ver o corpo escultural e definido de seu amigo, apenas enrolado em uma toalha.
- Não. Eu falei com aquele velhote que tá encostado na bicicleta olhando para o rio. Só que ele não me escutou também – Disse Santi irônico olhando pela janela.
- Foi mal, eu to pregado de sono por causa da viagem. – Disse Greg bocejando. – Vou lá tomar um banho.
Greg há alguns anos, desde que descobriu sua sexualidade, esconde uma paixão platônica por seu amigo Santi. Os dois são amigos desde os tempos de escola, Greg tem 19 anos, é tímido e tem dificuldades em seus relacionamentos homoafetivos, uma sina em sua vida, é de se apaixonar por homens comprometidos e/ou héteros. Possui pouca experiência sexual, perdeu a virgindade aos 15 anos com seu padrasto. Greg é baixo, 1,67 de altura, magro, branco feito um leite, de cabelos castanhos claro e liso, olhos verdes escuros e um rosto angelical. Um garoto muito bonito.
... Enquanto Greg tomava banho, Santi curtia e comentava as fotos da viagem postadas por Greg no facebook.
Durante o banho, a imagem do corpo escultural e definido de Santi ao sair do banho apareceu na mente do Greg, o que o fez ficar excitado e de pau duro na hora. – “Santi tem 20 anos filho de pai espanhol, alto 1,85 de altura, forte pelas inúmeras horas de academia diária, moreno, cabelos pretos e curtos, olhos escuros. Gênio forte, briguento, um safado compulsivo por sexo. Tudo o que fazia Greg ter uma quedona por ele.” – Greg começou a punhetar seu pau debaixo do chuveiro enquanto pensava em Santi, todo aquele desejo, aquela vontade reprimida por ele o fazia delirar. Greg só sabia fazer isso, se masturbar pensando em Santi, a muito tempo é assim, pegar a cueca do amigo e cheirar enquanto se masturba, de madrugada quando um dorme na casa do outro, Greg se aproveita do sono pesado de Santi, e passeia com sua mão pelo corpo dele. Mas coragem, Greg nunca teve. Até por que Santi é hétero, e tirando Greg pelo fato de ser seu amigo, tem preconceito quanto a outros homossexuais. Essa é a sina de Greg sofrer de amores por héteros.
- Cara, abre essa porta, por favor, estou me mijando nas calças. – Disse Santi batendo na porta.
- Tá, já vai. – Greg se enrolou na toalha, e abriu a porta para o Santi que entrou correndo. Greg pegou suas roupas na pia do banheiro, e olhou para Santi, ou melhor para o pau do Santi. Não que ele já não tenha visto, mas cada vez que ele olhava, desejava mais e mais a rola de seu amigo.
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ENQUANTO ISSO NO QUARTO DAS GAROTAS...
- Acha que está bom assim Eliza? – Perguntou Sarah, sobre o que vestia.
- Está sim, nem com o frio que está fazendo apaga esse fogo, vai congelar as partes baixas. – Disse Eliza rindo do vestido curto que Sarah vestia.
- Engraçadinha. Já deu duas horas, e nada deles.
- Vamos lá no quarto deles então. – Falou Eliza pegando seu cachecol e sua bolsa.
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NO QUARTO DOS GAROTOS...
- Santi, o que acha de irmos para a Dam Square, fica menos de 1km daqui do hotel, uma praça bem histórica e tem umas lojas bem maneiras. – Disse Greg analisando o roteiro turístico de Amsterdã que comprou quando estava ainda no Brasil.
- Tem algo mais pé no saco do que isso não? –Resmungou Santi.
- Tem sim, você. – Disse Greg arrumando seu cabelo em frente ao espelho. – A viagem não vai ser só do seu gosto não cara.
- Tudo bem marrentinho.
Sarah e Eliza chegaram ao quarto deles, e bateram na porta. Ao escutar as batidas Santi foi abrir a porta.
- As duas moças já estão prontas, ou o Greg ainda está fazendo chapinha? – Disse Sarah rindo, e já entrando no quarto dos garotos junto com Eliza.
- Mas vocês implicam comigo, tá louco. –Respondeu Greg. – Eu estou pronto, o metidão aí que não está. – Falou apontado para o Santi que ainda estava sem camisa.
- Problema resolvido. – Disse Santi vestindo uma blusa de lã que estava em cima da cama. –Vamos. – Disse saindo imediatamente do quarto.
Os 4 saíram em direção ao elevador.
- E ai gente, aonde vamos? – Perguntou Eliza.
- Eu pensei em irmos a Dam Square, aquela praça pra baixo da estação, vi no roteiro tem umas lojas legais lá.
- Estou tão empolgado. – Disse ironicamente Santiago.
- Podemos ir sim, deixa de ser chato Santi, e depois vamos naquele PUB que vimos no roteiro, tomar uma cerveja. Estou louca para experimentar as famosas cervejas holandesas. –Disse Sarah.
- O De Bierkoning? – Perguntou Greg.
- Sim, esse mesmo.
- Ah, lá deve ser legal. No roteiro disse que os garçons falam muito bem inglês, pelo menos isso, porque o holandês não dá pra arriscar xingar ninguém. – Comentou Eliza tirando risadas dos demais.
O elevador parou, e eles se dirigiram para fora do hotel.
- Fica a poucas quadras da Dam Square para nossa sorte. – Disse Greg analisando o roteiro.
- Perfeito. Vamos para o Dam Square, e depois para o bar. – Falou Sarah.
Os amigos foram conversando durante o caminho, reparando em cada detalhe que ali avistavam, as ruas estreitas, o grande número de pessoas andando a pé ou de bicicleta, os canais formado pelo rio que cortavam as principais ruas e avenidas, as flores guerreiras em resistir ao frio que fazia. Pouco menos de 10 minutos e eles chegaram a praça Dam Square. Uma praça histórica de Amsterdã. Marcado pelo monumento nacional, um obelisco.
- Legal, você nos trouxe aqui para ver um obelisco? – Perguntou Santi. – Agora já viu, vamos seguir em frente, por que eu quero beber.
- Calma Santi, vamos tirar fotos, entrar naquelas lojas do outro lado da rua. O bar não vai fugir de lá. – Disse Eliza, abraçando seu amigo Greg.
Tiraram fotos em frente ao obelisco, e foram comprar alguns souvenirs nas lojas no entorno da praça. Andaram por mais duas quadras até chegarem na Rua Paleisstraat a qual fica o PUB que iriam.
- É aqui. – Disse Sarah olhando para a fachada do bar.
- Parece bem aconchegante. – Comentou Eliza.
- Vamos beber moçada. – Falou Santi sendo o primeiro a entrar.
Foram recebidos por um dos garçons e sentarem-se em uma das mesas. Com o menu em mãos ficaram em dúvida de qual cerveja pedir. O garçom deu algumas dicas das melhores, e eles decidiram tomar a famosa Westvleteren, garrafa de 600ml por 12 euros.
- Estou com fome, vamos comer gente? –Perguntou Sarah.
- O que se comer aqui! – Disse Eliza analisando o cardápio. – Batata fritas com maionese, e esse tal de Stamppot. Uma linguiça defumada enrolada em folha de couve. O que acham?
- Pra mim está ótimo. – Falou Santi.
Todos concordaram e pediram a comida. Os 4 conversaram muito de como estava sendo essa viagem, e já programando as loucuras para os próximos dias. Decidiram pedir mais cervejas, agora mais baratas, e ficaram um bom tempo no bar.
- Gente, eu vou dar uma volta, quero conhecer melhor esses canais que achei lindo. – Disse Sarah.
- Mas daqui a pouco já vamos embora, já está anoitecendo. – Falou Eliza.
- É rápido, eu já volto, quero andar um pouco, espairecer minha cabeça. – Disse Sarah levantando-se da cadeira pegando sua bolsa.
- Tudo bem. Esteja aqui no máximo em 15 minutos. Ai pegamos o trem e voltamos para o hotel. – Falou Greg.
- Ok, eu já volto gente. – Disse se despedindo de seus amigos.
Sarah resolveu andar até os canais. Ficou ali alguns minutos admirando. Ela sempre teve um sonho de conhecer Veneza, ver algo parecido com o que sonhava conhecer em Amsterdã a encantava. Havia escurecido, e ela decidiu voltar para o PUB. Perdeu um pouco a noção de qual rua tinha vindo, ela conseguiu se lembrar do sentido que veio, porém pegou uma pequena viela uma quadra antes da rua que deveria pegar. Ela caminho por alguns metros, e a rua era aparentemente deserta, haviam muitas casas, porém todas pareciam estar fechadas com as luzes apagadas.
- Onde estou meu deus? - Sarah perguntou a si mesmo. - Que lugar sinistro! - Ela disse assustada. As ruas eram pequenas e estreitas. Alguns postes de luz estavam quebrados, poucos piscavam. O que dava um aspecto estranho ao lugar à noite. Sarah escutou barulhos em um arbusto em frente a uma enorme mansão aparentemente abandonada. Estava com a sensação de ser seguida. Já com muito medo começou a dar passos largos, como se estivesse fugindo.
- AHHHHH! - Sarah se espantou, gritou e caiu sentada no chão. Um gato preto tinha bufado e pulado na sua frente.
- Meus deus! - Sarah exclamou um pouco mais calma e com a respiração ofegante. - Era só um gato. - Ela disse se levantando do chão.
- Wat een mooi meisje als jij hier alleen? –Perguntou em holândes: O que uma garota bonita como você está fazendo aqui sozinha? -Um homem apareceu atrás dela.
- AHHHH! - Sarah se assustou novamente -Desculpe, senhor eu não falo holandês. - Ela não entendeu nada do que aquele homem havia dito. - O senhor sabe onde fica o hotel Ibis Amsterdam Centre? - Ela perguntou. Era um homem barbudo, mal vestido, que fedia a álcool e estava fumando. Ele se aproximou com uma mão segurava uma garrafa sem rótulos, e com a outra começou a cariciar o rosto de Sarah, passando seus dedos pelos cabelos dela. - O que você quer comigo? – Perguntou Sarah, tirando a mão dele de seu rosto, e deu alguns passos para atrás.
Sarah já pressentia o perigo. O medo tomou conta dela. Ela para tentar se salvar, correu ligeiramente do homem. Olhou para trás enquanto fugia e percebeu que ele estava perseguindo-a. Até que o medo, a pressa e seu salto alto, fizeram-a tropeçar no chão e machucar o joelho. Sarah estava caída no chão, olhou para seu joelho ralado quase que sangrando. Ela sentia muita dor, uma dor que a impossibiltava de se levantar e fugir. Sarah temia pelo o que podia acontecer a seguir. O medo não deixava pensar direito. Ela só conseguia ficar olhando fixamente com os olhos arregalados para que aquele sujeito, àquele vilão se aproximando lentamente dela. Ela estava indefesa. Do nada Sarah conseguiu se levantar, mesmo com o joelho machucado. E tentou cambalear mesmo alejada. Mas era em vão, já que ela não conseguia ir muito rápido. Facilmente o sujeito chegaria a ela. Quando tentou cambalear mais rápido, o homem segurou-a firme por seu braço, tirando sua bolsa e dando um soco em seu rosto. Com a força do golpe Sarah caiu deitada no chão. O golpe fez seu nariz sangrar.
- SOCOOORRRSarah suplicava por ajuda. Mas sua boca foi tampada pela mão suja do homem.
- Fica calminha docinho, que nada vai te acontecer... - O homem ameaçou-a com um sorriso maldoso. Sarah estava ferida e assustada. E não podia fazer nada. O homem levou-a até um beco escuro.
- Esta noite será inesquecível pra você. Hahahaha.
CONTINUA...