Sangue Quente: O começo de tudo

Um conto erótico de V.
Categoria: Homossexual
Contém 1305 palavras
Data: 07/02/2013 20:00:42

Em um piscar de olhos tudo muda, o que você conhecia, o que você sabia

Você pensa que algumas coisas não fazem parte desse mundo, bem eu era assim

Até conhece-lo e ele me fez mudar completamente de opinião sobre o que é real ou imaginário

Mas quem disse que isso seria ruim? Aé muita gente....

Aqui estou eu, às cinco e meia da manhã, acordado e apavorado. Olhando meu reflexo no espelho do meu banheiro, vendo a imagem de um garoto com a pele branca perfeita, com os olhos de um verde hipnotizante, com o cabelo castanho claro molhado,um dos garotos mais perfeitos da escola, mas também via a imagem de um órfão, que tinha perdido os pais em um acidente de carro a anos atrás. Mas por que eu estou apavorado? Por que o ano escolar iria começar de novo? Não, disso eu tinha certeza, mas só que eu não fazia ideia do que estava sentindo medo.

Eu nasci aqui, em New Falls. Sempre morei nesta casa, sempre. Este é meu velho quarto de sempre, com a marca de queimadura no piso de madeira de quando Miah e eu tentamos fumar escondido no oitavo ano e quase morremos sufocados. Posso olhar pela janela e ver o grande marmeleiro que sempre adorei pra poder fugir de casa. Coisa que ficou muito frequente.

Mas neste momento tudo me parece estranho, como se este não fosse meu lugar. Eu é que estou deslocado. E o pior é que sinto que pertenço a algum lugar, mas não consigo descobrir qual é. Talvez por isso eu esteja com medo.

Era tudo completamente ridículo.

Desde quando eu, Nicco Bennett, tinha medo de alguma coisa? Vou para a janela do meu quarto.

Saio do meu transe, vou para o meu armário escolher alguma roupa. Visto uma calça preta, com uma camisa de mangas azul, dobro as mangas até o cotovelo.

-Nicco! Cadê você? Vai se atrasar para a escola! - A voz veio fraquinha do primeiro andar.

Dou uma ajeitada no meu cabelo liso, que pelo jeito já estava seco, pego minha mochila e desço as escadas.

Na cozinha, Rebekah, de 15 anos , comia cereais à mesa e tia Vivian queimava alguma coisa no fogão. Tia Vivian era o tipo de mulher que sempre parecia meio atrapalhada; tinha um rosto fino e meigo, e cabelo claro ondulado, puxado pra trás de qualquer jeito. Planto-lhe um beijo no rosto:

- Bom dia a todo mundo. Anda Rebekah, assim vamos nos atrasar - Digo já saindo da cozinha, indo em direção a porta.

- Calma aí maninho - Disse ela dando a ultima colherada na tigela, pegando a mochila e dando um beijo na nossa tia.

- Nicco você não pode sair sem comer nada - Falou minha tia preocupada

- Eu compro alguma coisa no caminho - Saio e fecho a porta

Rebekah andava no meu lado, ela era uma das únicas garotas que eu amava no mundo e faria tudo por ela. Esta era do tipo de garota que sempre andava na moda, melhor, ela criava a moda em New Falls, é a pessoa mais doce do mundo, por isso para mim ela é a minha princesinha, mesmo quando ela odeia que eu a chame assim. Rebekah era loira mas numa tonalidade quase branca, mais baixa que eu, com um rosto delicado, olhos azuis, que combinava com o vestido que ela usava junto com suas botas da moda.

A rua estava deserta, bem, com os últimos acontecimentos, assassinatos e pessoas sumindo também ficaria meio paranoico, mas assim mesmo as altas casas vitorianas pareciam estranhas e silenciosas , como se todas estivessem desocupadas, como as casas de um set de filmagem abandonado. Todas davam a impressão de não conter gente, mas sim coisas estranhas que me observavam.

É isso; alguma coisa me observava. O céu não estava azul, mas leitoso e opaco, como uma tigela gigante virada de cabeça para baixo. O ar era abafado e eu tinha certeza de que alguém me olhava.

Tive um vislumbre de alguma coisa escura nos galhos do velho marmeleiro em frente a casa dos Williams.

Era um corvo, empoleirado imóvel nas folhas amareladas. E aquilo me observava.

Disse para mim mesmo que era ridículo, que eu estava ficando paranoico junto com a cidade, mas não era paranoia. Era o maior corvo que eu vira na vida, roliço e lustroso, com um arco-íris cintilado nas penas negras do dorso. Podia ver cada detalhe dele com clareza: garras escuras e ávidas, bico afiado, olhos negros reluzentes.

Enquanto Rebekah e eu passamos pela árvore ele saltou e levantou voo.Suas asas eram imensas e o barulho que faziam parecia o de um bando inteiro de corvos. Minha irmã com medo segurou no meu braço. Ela estava tremula e branca, não parava de olhar para aquele corvo, parecia hipnotizada.

Mas ele subiu voo e circulou, uma silhueta preta contra o céu branco como papel. Depois, com um grasnido áspero, voou para a floresta.

Rebekah e eu nos endireitamos e andamos em direção para a escola. Não acreditava no que acabara de nos acontecer. Mas agora aquilo já se fora e o céu já parecia estar normal de novo. Nada de ruim ia acontecer - exceto que nós íamos chegar atrasados à escola.

No estacionamento da escola, Rebekah foi falar com suas "amigas", na verdade seguidoras, um bando de falsas que só andam com ela só para ficarem populares ou para ficarem perto de mim.

Vejo Miah, encostada no seu eco sport tuning preto, vestida com uma saia jeans e uma camisa verde com seus tênis all star azuis. Ela acena para mim e vou ao seu encontro.

Miah não tinha crescido nada, e seu cabelo ruivo e cacheado mal chegava ao meu queixo enquanto eu atirava os braços para abraça-la.

- Isso me lembra uma coisa - Esta pega na minha mão - Adivinha só o que minha avó me ensinou neste verão? - Antes que eu respondesse, ela informou, triunfante : - Leitura das mãos !

- Aff Miah, você acredita nisso?!

- Sim, pode rir se quiser eu não me importo. Mas minha avó disse que sou uma descendente de bruxas. Agora, vamos ver.. - Ela olhou a palma da minha mão

- Rápido, ou vamos chegar atrasados - Disse com certa impaciência.

- Tudo bem, tudo bem. Agora, esta é a linha da vida... Ou será a linha do coração? Calma estou alcançando o vazio. Eu vejo...Eu vejo... - De repente, Miah fica muito pálida, como se tivesse se assustado com algo. Seus olhos castanhos se arregalaram, mas ela não olhava para minha mão. Era como se olhasse através dela - Para alguma coisa apavorante.

- Vou conhecer um cara moreno, alto e gato? - Disse com certa ironia.

- Alto não, mas ele vai te causar muitos problemas, problemas estes que você talvez não conseguirá resolver e poderá te levar a....sua...a sua morte.... - Sua voz não parecia a mesma, estava roca.

- Ótimo, acabou o show. Vamos - Disse puxando minha mão. Eu sempre achei que os truques de paranormal eram só isso :truques. Então por que fiquei aborrecido? Só porque esta manhã eu mesmo quase tive um ataque de pânico...

Estávamos partindo para o prédio da escola, mas o ronco de um motor bem regulado nos fez parar.

- Uau! - Falei, olhando - Um carro e tanto

- Porshe e tanto - Corrigiu-me Miah

O 911 turbo preto e reluzente ronronou pelo estacionamento, procurando uma vaga, movendo-se com a indolência de uma pantera aproximando-se da presa.

Quando o carro parou, a porta se abriu e olhamos o motoristaAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH, isso mesmo eu voltei, não irão escapar de mim tão facilmente. Espero que tenha gostado do começo do começo dessa história. Senti tanta saudade de vcs e minha mão ficava coçando tanto pra voltar a escrever, acho q to meio viciado em escrever rsrsrs. Então quem gostou comenta e quem ñ gostou comenta tbm pq preciso saber a opinião de vcs.... bj bj do V.

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Comentários

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Na minha opinião é a melhor versão de T.V.D da casa. Amando! Bjo xD~

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MARAVILHOSO você realmente sabe escrever e descrever os fatos. 10

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Tá ótimo sim. Continua logo pfv.

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Diarios do Vampiro Gay kkkk interessante

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Adorei ,continua quero saber quem é o motorista. Será que a descendete de bruxa acertou? kkkkk nota 10

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