Olá galera linda! ^^
Espero que esteja tudo bem com vcs.
Decidi dar uma adiantada e postar o conto mais cedo dessa vez. Há a possibilidade de eu postar o capítulo3 no domingo ou na quarta-feira de cinzas. Nada confirmado. Espero que estejam gostando. Obrigado aos que acompanham e comentam. Isso é muito importante.
Bem, quero aproveitar aqui pra deixar um recadinho pro meu amigo Sam...: eu vi seu comentário, seu bandido, e estou esperando a continuação do seu conto. Sou como qlq outro leitor, nada mais que isso. Mas agradeço suas palavras.
Sem mais enrolação e o blá-blá-blá característico da minha parte, boa leitura e não esqueçam de comentar.
Críticas e sugestões: silver.sunlight@live.com
P.S.: Peguem leve comigo, sempre disse que sou péssimo em partes eróticas... ^^'
Capítulo 02 – A quebra do pacto
John parou o carro na entrada de um belíssimo salão de festas. A entrada dele estava toda adornada com flores brancas e tecidos que eram agitados pelo vento. O interior era espetacular. Lustres de cristal, algumas mesas com cadeiras, uma pista de dança adornada com diversos tipos de flores criavam um grande contraste com a entrada. A sensação era a de estar entrando em um hospital e acabar se encontrando em uma floresta tropical. Tudo era de uma beleza arrebatadora. Meus olhos brilhavam tanto quanto os lustres. A festa era uma comemoração devido a um excelente contrato assinado com alguns estrangeiros.
_ Vai ficar parado na porta ou vai me fazer companhia lá dentro?- Perguntou-me John fazendo um movimento de reverência.
_ Você está mais folgado do que de costume. Eu tenho pernas e posso entrar sozinho!- Respondi estreitando meus olhos como se fosse ataca-lo pela provocação.
_ Muito bem. Vejo-te lá dentro!- Disse enquanto afastava-se de mim.
Dei alguns passos em direção à porta quando sou abordado por um jovem muito misterioso. Ele tinha cerca de 1,80m de altura, cabelos castanhos claros e lisos, olhos castanhos escuros, um sorriso encantador e um sotaque semelhante ao francês.
_ Poderia informar-me onde posso encontrar o Sr. Alberto Figueiredo?- Perguntou-me enquanto segurava meu braço.
_ Sim. Ele está naquela mesa junto aos investidores!- Disse tentando esconder o constrangimento que tamanha beleza me causou.
_ Obrigado pela gentileza! Paolo.- Falou estendendo a mão em minha direção.
_ Mallack.- Respondi apertando sua mão.
Ele soltou minha mão e dirigiu-se em direção ao interior do salão. Eu permaneci estático na entrada, observando-o se mover entre a multidão. Como ele era elegante. Movia-se de maneira leve como uma suave brisa. Sacudi minha cabeça, espantando esses pensamentos e adentrei o local.
Andei calmamente até uma das mesas e um garçom aproximou-se de mim.
_ Gostaria de algo para beber?- Questionou-me
Eu não havia notado sua presença e me surpreendi com a visão que tive. Ele era um homem não muito alto, cerca de 1,78, mas muito musculoso e com uma pele levemente bronzeada. Seu liso cabelo loiro estava jogado de forma muito atraente. Seus olhos castanhos pareciam penetrar a minha mente. Eu estava cedendo novamente aos meus pensamentos enquanto olhava aquele rosto másculo e muito perfeito.
_ Sim, obrigado!- Disse retirando uma taça de champanha da bandeja que ele carregava.
Antes de se afastar de mim, ele olhou no fundo dos meus olhos e deu uma piscadela. Achei uma atitude muito estranha, mas não dei tanta importância. Continuei a observar o ritmo da festa. Notei John dançando com uma das publicitárias da empresa e me senti um pouco mal. Levei a taça à boca e bebi, em um gole, metade de seu conteúdo. Senti um sabor diferente e decidi olhar o que era. Estranhamente, a taça em minha mão continha vinho e não champanha. Eu havia pegado uma taça de champanha. Como ela se transformou em vinho?!
Levantei-me mais que depressa e corri em direção ao banheiro. Eu não poderia tomar vinho. Eu havia feito um pacto com Nyx, o qual me proibia de tomar vinho. Isso não estava certo. Será que Hécate estava aprontando alguma das suas? Eu não sabia ao certo.
Entrei rapidamente e notei que o banheiro estava vazio. Enchi minha mão com água e tentei lavar meu rosto na esperança de pensar em uma solução. Ao levantar meu rosto, vi que o garçom que serviu-me a champanha estava atrás de mim. Mas ele estava diferente. Seu corpo estava envolvido em uma veste vinho muito elegante. Seus braços fortes e musculosos à mostra. Comecei a entender o que havia acontecido. Ele não tinha o direito de fazer isso comigo.
_ Que tal nos divertirmos um pouco, meu anjinho?- Disse-me enquanto enlaçava minha cintura com seus braços.
_ Por quê? Por que você fez isso? Você sabia que eu não posso tomar vinho!- Disse com os olhos marejados.
_ Acha mesmo que eu perderia a oportunidade de aproveitar essa sua inocência? Sou eu quem deveria ser seu guardião! Protegeria você de todos eles. Guardaria você apenas para os meus desejos.- Disse enquanto secava minhas lágrimas e aproximava seus lábios do meu.
O empurrei um pouco e olhei-me no espelho. Meus olhos começavam a ficar vermelhos. Minha íris começou a adquirir uma tonalidade avermelhada. Tarde demais. Dionísio, deus do vinho, havia me enganado e não havia mais salvação para mim. Além de Hécate, Nyx também estaria no meu encalço em busca de justiça. Nada poderia piorar. Ou poderia?
Acordei no dia seguinte ouvindo um som supersônico ensurdecedor. Era minha avó tocando a flauta da noite. Esse antigo instrumento tinha a capacidade de confundir os bruxos em um raio de um quilômetro, exceto quem o utilizava. A sensação que eu tinha era de que as coisas tinham piorado e muito.
_ Excelente você ter acordado!- Gritou minha avó demonstrando claramente a sua raiva.
_ O que aconteceu? A última coisa de que me lembro foi de estar no banheiro do salão de festas com o deus do vinho agarrando minha cintura.- Afirmei ao pressionar minhas têmporas na esperança de aliviar a dor.
_ Ótimo! Quer que eu comece pelo fato de você arruinar a nossa vida ao quebrar o seu pacto ou o sexo selvagem que foi protagonizado dentro de um carro na porta da minha casa?- Perguntou-me com uma expressão nada amigável em seu rosto.
_ O que a senhora disse? Eu não…- Não consegui terminar a frase ao notar marcas em meu corpo e uma intensa dor vinda do minha bunda.
_ Sentiu a dor não foi? Vamos! Beba isso e me conte o que houve.- Resmungou entregando-me uma caneca com chá.
_ O que é?- Questionei.
_ Chá de casca de acácia e frutos de lírio. Isso vai te ajudar a desbloquear a memória e me contar o que houve de verdade.- Respondeu sentando-se em uma poltrona de frente para mim.
Bebi aquela preparação estranha. O gosto era horrível. Senti ânsia de vômito, mas logo eu consegui entender o que houve. Fiquei tão envergonhado que abaixei minha cabeça.
_ Comece depois de seu encontro com Dionísio no banheiro.- Ela exigiu.
Enquanto estávamos no banheiro, minha visão começou a ficar turva. Beijei-o com muita ânsia. Sentiu seus músculos comprimirem-me meu corpo, mas eu não me importava com o que poderia acontecer. Deslizava minhas mãos por suas costas, enquanto ele procurava a pele intocada do meu quadril.
_ Acho melhor eu parar por aqui. Há muitas coisas que você não sabe, mas não vou arriscar meu pescoço com Zeus. Divirta-se!- Disse-me enquanto saia pela porta.
Olhei-me mais uma vez. Minha íris estava vinho e meu corpo não respondia aos meus comandos. Instintivamente, saí do banheiro indo em direção ao lugar onde estavam os dj’s. Pedi que colocassem uma música em particular. A essa altura eu já me comportava como uma bacante. Eu ansiava uma presa. Alguém capaz de satisfazer os meus piores desejos. Notei Paolo sentado em uma mesa. Iniciei uma caminhada leve e sutil em sua direção. As pessoas que estavam dançando me observavam espantadas, mas eu não sei bem o motivo.
_ Um homem jovem e bonito como você não deveria ficar sozinho em uma festa.- Disse ao me sentar na mesa e cruzar as pernas.
_ Eu… Eu… Eu…- Gaguejava ele, que não conseguia desviar o olhar das minhas coxas.
_ Venha! Eu preciso me divertir esta noite!- Falei agarrando seu braço arrastando-o para a pista de dança.
Começamos a dançar e percebi o quanto ele se divertia. Mas quem queria diversão era eu. Comecei a passar minhas mãos pelo corpo dele. Notei um arrepio. “Essa presa me será deliciosa!” pensei. Continuei dançando e tocando-o até que cansei do jogo de gato e rato. Empurrei-o contra uma parede e o beijei. Nossas línguas dançavam entra nossas bocas e eu sentia o quanto ele estava ficando sem fôlego. Desci minha mão e segurei firme em seu membro, que já dava sinais de excitação.
_ Uma ereção? Interessante! Posso dar um jeito nisso se você quiser.- Falei pausadamente em seu ouvido enquanto beijava seu pescoço.
Percebi o seu grau de excitação quando ele inverteu as posições e imprensou-me contra a parede. Seu corpo era tão quente, macio e delicioso. A sensação que eu tinha era de estar nadando nas águas de Glimmerlock: paz, desejo, paixão e muito mais. Infelizmente a sensação não durou muito, pois John viu o ocorrido e retirou Paolo da cima de mim e arrastou-me para fora da festa. Aquele idiota estava me machucando, mas se ele gostaria de ser a minha vítima eu não me importaria.
_ O que você pensa que está fazendo? Perdeu a noção de perigo? Se o nosso chefe tivesse visto o seu show, você poderia estar acordando no domingo com um bilhetinho azul colado no seu espelho.- Falava em um tom descontrolado. Ele estava um misto de raiva e preocupação.
_ Você está parecendo a minha avó, sabia? Qual o problema de eu me divertir um pouco? Aliás, você quem insistiu para que eu viesse.- Rebati de maneira amarga.
_ Tem razão! A culpa é minha e vou consertar meu erro. Entre no carro!- Disse bufando.
Eu não estava nem um pouco a fim de ouvir as sandices que ele tinha para me dizer. Aquilo para mim tinha um nome: ciúmes. Mas até onde me consta, John era hétero. Duvido muito que ele me visse como um irmãozinho ou algo do gênero. Mesmo que fossem ciúmes, ele não tinha o direito de fazer o que fez.
Chegamos a minha casa, mas o clima estava muito pesado dentro do carro.
_ Desculpe-me pelo o que fiz! Eu agi movido por…- Não permiti que ele terminasse a frase.
_ Ciúmes!- Disparei à queima roupa.
_ O que você disse?!- Questionou-me de forma confusa e surpresa.
_ Eu disse que você fez o que fez por ciúmes. John, sejamos sinceros uma vez na vida. Qual a razão para um homem bonito como você ficar me defendendo com unhas e dentes? Eu não sou seu irmão e nem sou tão indefeso quanto você pensa. Ninguém naquela empresa sabe o que eu vivo desde os meus cinco anos de idade e como tudo piorou com a morte dos meus pais aos dezesseis. Você nunca quis me proteger! Você sempre me quis do seu lado! Acha mesmo que eu não percebi a forma como você fica quando está perto de mim? Você sempre foi um cavalheiro comigo porque eu sempre estava sozinho e isso alimentava a sua esperança. A esperança de um dia ter coragem pra dizer o que eu estou dizendo agora.- Falei com calma e naturalidade, sem alterar meu tom de voz.
_ Eu… Eu… Eu não sei o que dizer!- Ele disse abaixando sua cabeça.
_ Não diga nada. Apenas faça!- Disse levantando seu rosto e puxando-o para um beijo.
Diferentemente da sensação que tive minutos atrás, o beijo do John era apaixonante, delicado, era como sentir uma brisa contínua em um dia de extremo calor. Era reconfortante. Eu ainda estava sobre o efeito do vinho, então desci minha mão direita até seu membro e constatei uma ereção. Aquilo me espantou, pois ele estava em um nível de excitação que o Paolo demoraria a chegar, principalmente porque eu o tentei seduzir muito menos que ao executivo.
_ Se você continuar me tocando deste jeito, eu vou ser obrigado a esquecer que estamos em frente a casa da sua avó.- Disse-me entre beijos e esboçando um sorriso safado.
_ Eu já não me importo com mais nada. Eu preciso de você. Agora!- Tentei dizer, mas estava extremamente ofegante.
Reclinei um pouco o banco do motorista para conseguirmos ir para o banco de trás. Ele usava uma fantasia de grego, o que facilitou muito o processo de retirada das roupas. Eu era um problema: haviam tantas peças que eu mais parecia um presente de Natal. Após despi-lo, ele fez questão de recostar-me para retirar as minhas roupas. Enquanto ele retirava cada peça da minha fantasia, ele me cobria de beijos e dizia que sempre desejou aquilo. Eu precisava de mais, muito mais. Eu estava fora de mim e isso era inegável.
Livres de nossas roupas eu já estava coberto por uma vontade alucinante. Agarrei-o e passei a lamber cada parte do seu corpo. Seu membro já estava pronto para a ejaculação, mas não era o que eu queria ainda. Após deixa-lo bastante úmido com minha saliva, decidi que precisava tomar as rédeas da situação.
_ Quero ver o quanto você é homem!- Disse próximo ao seu ouvido, dando-lhe um leve mordida e ganhando um gemido de prazer.
Coloquei seu pênis encostado em meu ânus e lancei meu corpo contra o seu, forçando a penetração. Eu estava tão alterado que nem senti dor. Não posso dizer o mesmo dele.
_ Machuquei você, bebê? Acho que terei que procurar alguém que seja mais homem que você!- Disse em um tom muito debochado.
_ Chega de conversa!- Disse ele jogando-me no banco sem tirar seu membro de mim.
Ele dava-me estocadas ritmadas e com muita força. Trocávamos beijos, carícias, mordidas e arranhões enquanto transávamos em um carro parado na porta da minha casa. Após uns vinte minutos de penetração, ele anunciou que o gozo estava chegando.
_ E então? Sou homem suficiente pra você?- Disse em meu ouvido enquanto se contorcia enchendo meu interior com seu sêmen.
_ Muito… Muito homem.- Respondi acariciando seu rosto.
Ainda ficamos cerca de quinze minutos nos recompondo quando eu pude sair do carro e entrar em casa.