Acho que dei uma mudada na forma de escrever aqui, essa parte me faz ficar meio diferente ao lembrar. Gente, desculpem a demora pra eu postar, e ontem o Lucas postou e eu nem revisei, estava vendo o Grammy, adoro aquiloCapítulo 8 - EspinhosO dia de escola tinha sido ótimo, eu conheci um aluno novo da minha sala e ele se chama Tales ele tem muitas coisas parecidas comigo, gosta do mesmo tipo de coisas, assiste os mesmos seriados e coisa do tipo. Ele é alto e magro porém tem músculos e tudo mais, não que eu tenha reparado naquele dia, mas é bom deixar escrito aqui.
O Lucas aparentemente não gostou nada do garoto, mas pra que ciúmes? Não liguei muito para aa atitude dele, mas no fim do dia notei que ele ficou mais normal e tinha entendido o motivo de eu não gostar das crises de ciúmes dele. Os dias se passaram bem, na outra semana iriamos pro Rancho no sul de minas. Na Quarta feira eu já estava mais enturmado com o Tales, falávamos de tudo, nesse dia a professora de história havia faltado e no lugar teríamos dois tempos de futebol. Tales jogava no mesmo time que Lucas, fiquei vendo os dois jogando por um tempo e logo depois Laura me chamou pra dançar com o resto da turma, fui mas logo cansei, corri pro vestiário pra arrumar as minhas coisas e deixar as do Lüc arrumadas, alguém chega no vestiário enquanto eu faria isso, provavelmente seria o Lucas, ele tinha mania de me seguir quando eu entrava aqui.
Eu estava terminando de arrumar as coisas na bolsa de Lucas quando alguém me vira e me beija, era um beijo bom, doce e ao mesmo tempo sensual e quente, mas pera, essa não era a boca do Lüc, eu empurrei ele de imediato, era Tales. Como assim?
- O que você fez? Eu tenho Namorado! – Eu disse irritado.
- Mas bem que você estava gostando, senti isso. Deixa aquele idiota do seu namorado, eu tenho mais coisa aqui pra você. – Ele disse tentando em agarrar. Imediatamente eu vi Lüc na porta om os olhos cheios de lagrimas, o que eu tinha feito? O que aquele desgraçado do Tales fez. Eu dei um chute no meio das pernas dele e ele me largou imediatamente.
- Seu desgraçado, você está acabando com a minha vida com isso. - Disse e peguei as minhas coisas e tentei alcançar Lüc. Corri até seu carro, ele estava lá chorando, coloquei nossas bolsas no porta-malas e entrei no lado do passageiro.
- Lüc, eu posso explicar aquilo, ele me beijou, eu não queria! – Eu disse já chorando também.
- Mas não vai negar que gostou, fala a verdade. – Ele disse me olhando nos olhos. Porra eu não conseguiria mentir pra ele, eu estava diferente naquele dia, mas não ao ponto de mentir.
- Eu não posso negar, eu estaria mentindo. – Eu disse com o choro mais intenso. – Mas eu te amo Lüc! Amo só você! Eu não amo ele. – Eu disse tentando beijá-lo que recusou de uma forma educada.
- Eu não sei o que pensar. Eu vou te deixar em casa, preciso ficar sozinho e pensar. – Ele disse. Eu só concordei com a cabeça;
Lüc aparentava estar arrasado, eu não entendia o motivo de tudo aquilo, só sentia raiva de mim mesmo por ter gostado do beijo, raiva por Tales ter forçado aquilo e arrasado pro ver meu amor no pior momento que eu já presenciei na vida dele. Ele estava chorando demais, dirigiu devagar até a minha casa, me deixou lá. Não queria deixa-lo, mas era preciso. Entrei em casa, minha mãe não estava lá, nem pensei em banho, deitei no chão do meu quarto, coisa que não fazia desde criança, mas me facilitava pensar e até hoje faço isso. Parece que pensar era a pior coisa, mas eu tinha que enfrentar tudo isso. Lucas não tinha raiva por Tales ter me beijado, eu não tinha culpa, mas se sentia confuso e inseguro por eu ter gostado do beijo, eu entendia isso àquela hora. O que eu poderia fazer? Caí no sono com essa questão em mente.
No outro dia acordei, não sabia se Lucas passaria pra me levar pro trabalho como sempre fazia, peguei o telefone e tentei ligar pra ele, fora de área, liguei pra sua casa. Sua mãe atendeu:
- Dona Helena, o Lucas está? – Eu disse tentando disfarçar o tom.
- Pensei que ele estava com você João, não o vejo desde ontem de manhã. – Ela disse mostrando preocupação. – Aconteceu algo entre os dois?
- Não, só um desentendimento qualquer, mas nada grave, ele deve ter ido há algum lugar conhecido e esquecido de avisar. Não se preocupa, mas sele chegar ai me liga tá? – Eu disse tentando disfarçar a preocupação e amenizar a dela.
- Ligo Sim João, o mesmo pra você. – Ela disse mais clama.
- Tudo bem, beijos, Tchau!
Desliguei o telefone, e peguei a bicicleta, nossa fazia tempo que eu não andava, senti a liberdade de novo, Ual! Tirei o boné que havia colocado pra trabalhar (parte do uniforme) e senti a brisa os meus cabelos, cheguei até rápido no café, mas estava muito preocupado. Confundi nada menos que cinco pedidos, e tive a atenção chamado no fim do expediente.
Tentei ligar pra Lucas de novo e nada, voltei pra casa, tomei banho e fui pra escola. Tive que encarar o desgraçado do Tales, quando ele me viu sai da linha de visão e entrei no banheiro mais próximo, mas espera, eu tinha que enfrentá-lo, peguei toda a sensação de liberdade que restava do passeio de bicicleta e fingir ser confiança sai do banheiro e vi ele conversando com Laura.
- Ooi La! – Eu disse sorrindo pra ela e desviando o olhar pra ele com uma cara de sério.
- Onde tá o Lucas? – Ela perguntou achando estranho eu sozinho na escola.
- O Lucas? Pergunta por Tales, ele deve saber. – Eu disse irônico.
- Me desculpa por ontem João.. – Ele falava e eu interrompi.
- Pelo que Tales? Acabar com meu relacionamento? – Eu disse mais irônico ainda. – Problema não, relacionamentos sérios devem estar chovendo por ai, é só eu arrumar outro, mas espero que com outro não apareça alguém como você pra estragar tudo de novo. – Disse saindo da frente dele e subindo para a sala.
A aula passou toda sem ele, estava chata e sem vida mas eu disfarcei cada segundo, eles não precisavam saber que eu estava sozinho, mas não aguentei por muito tempo, peguei minhas coisas e saí da sala sem avisar, a professora até tentou me parar, mas consegui chegar na secretaria e passar despercebido pelo portão, peguei minha bicicleta e fui embora. Cheguei em casa, deitei na minha cama e chorei até adormecer. Acordei faminto ás 4 da manhã, dezessete chamadas no telefone, quem era? Será que era ele? Não! Ela Laura, nem liguei com as chamadas.
Outro dia, a Rotina se repetiu, eu mais preocupado por Lucas ainda não responder as chamadas, mais um fumo no serviço, esqueci de entregar dois pedidos, escola na mesma situação, dessa vez fiquei na aula. Sábado e domingo ia ser divertido, em casa sozinho, minha mãe apesar de tentar me consolar estava sem tempo, meu pai ainda trabalhando fora. No final de semana minha mãe pegou um plantão no hospital da cidade vizinha por causa do feriado era necessária mais enfermeiras. Tudo ia se resumir em pipoca, filme de romance e choro. Dito e feito.
Telefone toca, era a mãe.
- João Pedro, o Lucas chegou aqui, não falou com ninguém e disse que outro dia conversa com você. Ele está muito mal, o que aconteceu?
- Nada dona Helena, na segunda depois da aula eu te conto, te ligo pra ver se ele está ai ou coisa do tipo. Tá bem?
- Sim, beijos.
Desliguei o telefone e continuei assistindo ‘Um Lugar Chamado Notting Hill’, chorei, chorei, chorei e dormi. No Domingo fiquei na cama a noite toda. Segunda, prazer sou o que resta do João Paulo. Fui trabalhar cheio de olheiras, chorei no emprego, não consegui atender as mesas direito e fui demitido! Isso mesmo DEMITIDO. E agora?
Agora nada, peguei minhas coisas e meu chefe ainda foi bom e não ia por justa causa. Ainda bem. Fui pra escola pior ainda, estava desempregado, sem namorado, cheio de olheiras e chorando o tempo tudo. Mas ele estava lá, sim Lucas!CONTINUADesemprego e problemas amorosos ao mesmo tempo é horrível gente, o Tales criou uma crise horrível na minha vida e não tinha quem me tirava dela. Espero que gostem da continuação, eu postarei o 9 e talvez o Lucas o 10, ou o 11.
Comentários:
Guuh18 - Eu adoro o Grammy, pena que a Gaga não foi indicada esse ano, pois queria vê-la. :D
Gente e obrigado pelos elogios e comentários, isso me faz escrever mais depressa! :D