Quero agradecer a todos que comentaram ou gostaram, pois são os seus comentários que fazem com que os autores produzam boas histórias. Qualquer elogio, críticas, dúvidas, serão aceitas e respondidas. Espero continuar meu conto, mas isso vai depender E MUITO de vocês. Obrigado por tudo e espero que gostem. NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR OU COMENTAR.
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Capítulo 2
Marcelo
O primeiro dia na casa dos meus tios não foi muito diferente do que eu esperava. Naquela noite; após o mínimo, mas estranho momento com o Marcelo, terminei minha refeição e me ofereci para ajudar minha tia com a louça. Ela recusou o meu auxílio, o que era extremamente normal, dizendo que eu estava muito cansado, que eu precisava dormir um pouco e todas aquelas coisas que lhe falam quando você chega de viagem. Pensei em subir e ir direto ao meu quarto, mas lembrei-me de que o Marcelo estaria lá. Refleti um pouco sobre como cumprimentá-lo, antes de pegar minha escova de dentes. Despedi-me do meu tio que estava na sala assistindo a algum filme de ação, e ele me respondeu com um sorridente “Boa Noite”.
Subi o primeiro degrau da escada e uma pontada diferente ardeu em meu peito. Quando coloquei o pé no segundo, parte de mim queria fugir de algo que eu não sabia o que era. No quinto degrau minha visão embaçou e eu, não sei por que, passei a me escorar no corrimão, enquanto minha visão nebulosa diminuía significativamente meus reflexos. Sentei-me no topo da escada e inspirei profundamente, desejando secretamente que ninguém me notasse, ou seria iniciada uma sessão de interrogatórios que eu, sinceramente, não teria disposição para responder. Olhando para a escada, imaginei minha família subindo e rapidamente entendi o motivo do meu mal estar repentino. Balancei a cabeça numa tentativa quase inválida de espantar aqueles maus pensamentos. “Essa noite será longa”, eu dizia a mim mesmo. Respirei fundo algumas vezes, certificando-me de que eu ficaria melhor e lancei um sorriso que inutilmente serviu para disfarçar meus sentimentos. Olhei para onde eu estava sentado e me levantei, o mais depressa possível, conduzindo-me ao banheiro com o intuito de escovar os dentes.
Entrei no lavatório, fechei a porta, dirigi-me até a pia e, com as duas mãos juntas em forma de concha, lancei uma quantidade considerável de água em meu rosto. “E que as águas levem meu mal-estar com elas”, rezei silenciosamente. Coloquei o creme dental na escova, sem muita vontade de fazer aquilo; escovei meus dentes cuidadosamente, afinal meu sorriso era uma das poucas coisas que eu ainda admirava em meu corpo. Terminei toda a minha higiene bucal e me desloquei até meu quarto, desejando confidencialmente que Marcelo já estivesse dormindo. “O que você tem com o Marcelo, Nick?”, eu me perguntava; “Afinal, vocês só se viram uma vez, e porque ele não o cumprimentou não quer dizer que ele seja arrogante. Ele poderia estar cansado”. Concordei alegre com a conclusão a qual cheguei. Ajeitei meu cabelo, coloquei o meu melhor sorriso no rosto, repeti mentalmente meu nome, para que não o esquecesse na hora de me apresentar, e fui.
Entrei no quarto lentamente, e com um sorriso enorme no rosto; sorriso que se desfez de uma vez quando percebi que o Marcelo já estava dormindo. “Merda!”. Ele estava deitado, de costas para mim, sua cabeça repousava sobre seus braços, e sua respiração mantinha-se em um ritmo tão tranqüilo que era possível usá-la como um calmante natural. Olhei novamente para ele, e logo em seguida para a cama que estava ao meu lado, vazia, completamente arrumada e com um “Nicolas William Gomes” invisível, escrito nela. Olhei para ela com um olhar apaixonado e disse: “É caminha, minha linda, somos apenas eu e você essa noite”. A minha cama não me respondeu, mas tenho certeza de que, por alguns dias, será ela a minha melhor companhia.
***
Incrivelmente acordei antes de o sol nascer. Nascer não; o sol não nasce; ele simplesmente reaparece, surgindo sorridente e em grande estilo quase todas as manhãs. Podem me considerar maluco, mas o sol era minha inspiração. Olhando para ele em dias nublados, eu percebia que as dificuldades e oposições acontecem com todos, inclusive com o sol. Porque até ele, em todo o seu esplendor, às vezes tem dificuldade em aparecer e é fortemente combatido por algumas nuvens acinzentadas, deprimentes, pessimistas e invejosas, que insistem em cobrir a sua beleza. Mas o sol sempre se sobressai, trazendo com ele os dias lindos de verão.
Após aquela estranha noite de desconforto, levantei-me da minha cama arrumando-a. Olhei para o meu lado, certificando-me de que meu colega de quarto ainda estava dormindo, e dirigi-me ao banheiro. Realizei minha higiene pessoal e obrigatória, e desci as escadas em direção à sala para assistir televisão. Realmente meu humor não havia melhorado em nada, pois revirei todos os canais da TV a cabo procurando algo que me entretece, mas não consegui prender-me a nenhum. Acabei decidindo-me pela History Channel e, no volume mais baixo possível, passei a olhar fixamente para a televisão sem nem ao menos prestar atenção no que estava passando. Meus pensamentos estavam longe e me peguei mais uma vez pensando em casa. Olhei novamente para a escada onde, ontem à noite, eu tivera meu estranho momento de desconforto. Sorri e me achei um verdadeiro babaca por estar tão triste, já que o combinado seria: vir para cá, para esquecer-me dos problemas.
Olhei as horas em um relógio que estava ao lado da televisão, e observei que poucos minutos haviam se passado. Desliguei o aparelho com o controle remoto, enquanto me levantava do sofá. Fui até a cozinha, tomei um copo d’água e resolvi ir ao meu quarto, pois talvez houvesse algum livro ou qualquer outra coisa lá em cima para me animar. Coloquei o primeiro pé na escada e reparei que ela era branca; olhei para o lado e percebi que eu também não havia reparado na textura da parede e nem em alguns quadros que ali estavam pendurados. “Estranho”, eu pensei. Continuei subindo as escadas, olhando para baixo e quando resolvi subir um pouco mais depressa, bati em alguém que estava descendo enquanto coçava os olhos. “Ai!”, eu gritei.
A batida não foi tão forte, mas tivera força suficiente para me desequilibrar e jogar-me escada abaixo se algo não tivesse me parado. Em contrapartida, a mesma pessoa que havia trombado comigo foi rápida o suficiente para me segurar com uma mão e me puxar contra seu corpo, evitando que eu me machucasse. Passei a respirar mais profundamente, recuperando o fôlego depois do susto e com minha cabeça encostada em algo que parecia um... Tórax? “Desculpe”, foi o que eu tive tempo de dizer após me afastar do Marcelo que havia me segurado e impedido minha queda.
- Você poderia ter se machucado! – Marcelo falou olhando para mim.
- Eu sei; isso não vai se repetir... – Eu disse tentando me afastar dele. Minhas pernas se enroscaram, e pela segunda vez eu quase caí, apoiando-me no corrimão, enquanto o Marcelo fez menção de me segurar novamente.
Eu não sei se já falei para vocês, mas um dos meus defeitos mortais é ser DESASTRADO. E esse defeito se agrava todas as vezes que eu fico ansioso, envergonhado ou aflito. Naquela hora, não sei o porquê, mas eu estava envergonhado. Minhas mãos estavam suando; minha respiração e batimentos cardíacos estavam consideravelmente acelerados. Depois de alguns segundos, percebi que não estava assim somente por causa do susto que passei ao quase cair. Parado alguns degraus à minha frente, Marcelo não parecia em nada com o menino idiota e mimado que eu havia imaginado. Com seus 1,80m, com seu corpo definido, com um sorriso lindo, mas contido, e com um olhar profundamente penetrante; ele estava mais para um galã de novela. Senti-me corar, observando-o e instantaneamente voltei meus olhos para os meus sapatos.
- Não me apresentei direito ontem. Eu sou Marcelo – ele estendeu as mãos para me cumprimentar, mas demorei alguns segundos para me tocar responder sua saudação.
- A-a sim... Sou Nícolas – cumprimentei-lhe sorrindo, apertando sua mão. Até hoje não sei se suas mãos eram muito quentes, ou se eram as minhas mãos que estavam completamente frias.
Ele sorriu.
- Bem, Nícolas. Eu preciso ir trabalhar agora, mas de tarde eu volto para a gente conversar um pouco.
- Tudo bem – dei um sorriso bobo – Eu te espero.
Marcelo se despediu com uma mão e saiu porta afora.
***
Passei meu dia normalmente. Depois do almoço resolvi dar uma volta pelo bairro novo, e conhecer um pouco a vizinhança. Objetivo frustrado. Por ser terça-feira boa parte dos vizinhos estavam trabalhando, e os que não estavam, passavam a maior parte do tempo trancados em suas prisões particulares que eles insistiam em chamar de casa. A única vizinha digna de ser reconhecida era a Dona Helena, juntamente com sua neta, a Bárbara.
As duas estavam na varanda da casa delas quando eu voltei depois de uma caminhada extremamente rápida. Elas me cumprimentaram de longe e perguntaram se eu não queria conversar um pouco. Achei bastante legal da parte delas. Entrei cumprimentando-as com um abraço, enquanto a Bárbara fechava o portão.
Era uma casa do tipo que toda vovó quer ter, cheia de plantas na varanda dos mais diversos tipos; plantas que dona Helena regava todas as manhãs, mesmo empurrada em uma cadeira de rodas. Bárbara entrou em casa e voltou com um banquinho para eu sentar. Aceitei agradecendo-a, e ficamos ali conversando sobre vários assuntos. Descobri que Bárbara tinha a minha idade, e que ela viera nas férias passar um tempo [indeterminado] com sua avó. Descobri também que além de bonita, ela era inteligente e engraçada; gostava de ler e cozinhar; e o melhor de tudo, ela gostava de crianças e idosos. Dona Helena contou que quando eu era mais novo, Bárbara costumava visitar minha avó que morava ali perto. Sinceramente eu não me lembrava delas, mas D. Helena continuava a contar casos sobre a aproximação das nossas famílias. E eu ficava ali, sorrindo e concordando com tudo o que ela falava.
Algumas vezes a Bárbara interrompeu o diálogo para me oferecer sucos e biscoitos, aceitei, lógico; eu estava com muita fome. Bárbara me disse que antes de vir para a casa da sua avó, achava que acabaria encontrando aqui mais pessoas da idade dela, mas que ela estava enganada.
- Você não se sente sozinha aqui não? – perguntei, enquanto preparávamos o suco.
- Algumas vezes, mas eu gosto da minha avó, gosto de ficar com ela.
Eu sorri, observando a bondade que havia em suas palavras. Ela parecia tão pura, tão angelical.
- Se você se sentir sozinha, eu moro aqui ao lado, agora. Você pode me chamar sempre que precisar – Falei para ela sorrindo.
- Obrigada, Nícolas – ele deu um sorriso tímido.
- Por favor, só Nick.
Eu a conhecera há pouco mais de vinte e quatro horas, mas já me sentia como se fôssemos grandes amigos. A Bárbara tinha um sorriso muito lindo, e amigável. A forma como ela conversava era tão sincera que você acabaria confiando nela cegamente. Preparamos os sucos, os biscoitos e nos dirigimos até a sala. Ela me perguntou sobre meus amigos e com um sorriso irônico respondi que não tinha nenhum.
- Nenhum, Nick? – Ela me olhou incrédula.
- É, oras... – eu já estava ficando corado – Nenhum que realmente merecesse receber o título de “AMIGO”.
Ela sorriu, enquanto mordia um biscoito.
- Eu também não tinha amigos, apesar de me dar bem com todos, era no máximo colegas de sala.
- Uhum... Desse jeito mesmo... – concordei.
Rimos um pouco mais, comentamos as notícias que estavam passando na televisão, e colocamos em um canal infantil só para rir das “musiquinhas” tocadas na Discovery Kids. Trocamos nossos números de celulares e a partir dali eu tive a plena convicção de que não ficaria mais sozinho naquela casa. Vale lembrar vocês que nesse primeiro “encontro” nosso, eu evitei falar sobre a estranha tragédia ocorrida em minha família. Minha tarde passou normalmente e para fechar com chave de ouro meu irmão Rick me ligou perguntando se eu estava bem. Ele contou sobre como a casa ficara vazia agora que eu havia ido embora, e como a solidão batia nele todas as vezes que sua namorada não estava por perto. Tentei protestar, dizendo que eu deveria ter ficado em casa, mas ele me animou (pelo menos tentou me animar), afirmando que aquilo era uma fase e que rapidamente iria passar. Mandei um beijo para ele que se despediu pedindo para eu continuar orando por ele. Respondi que iria, sem nem me lembrar direito de como fazer aquilo e ele disse que ficaria melhor sabendo que eu estava bem. Desliguei o celular e voltei para casa, esperando para saber o que a noite ainda me reservaria.
***
Assim que cheguei em casa, tratei logo de tomar um bom banho e me arrumar. Desci às escadas correndo em direção à cozinha, esbarrando no meu tio, que no mesmo instante me fez voltar e dar um abraço nele. O mesmo aconteceu com a minha tia, exceto pela parte do esbarrão. Sentei-me à mesa e observando os beijos que minha tia me mandava de vez em quando, comecei a pensar em minha relação com a minha família. Claro, eu não era assumido, como disse a vocês, mas eu percebia que meus familiares tinham certa preocupação em serem mais delicados comigo. Por que será? Todos eles, exceto minha mãe, tomavam uma posição mais branda em relação a mim. Meus tios já me visitaram várias vezes, mas eu não me lembro de eles terem demonstrado tanto afeto pelo Rick, meu irmão mais velho.
Meus pensamentos foram interrompidos por minha tia, que já estava pondo a mesa. Levantei da cadeira, lavei minhas mãos, chamei meu tio e fui me servir. Assim que todos estavam reunidos e servidos, minha tia, juntamente com meu tio, fez uma oração abençoando a refeição. Estranhei aquilo, pois por mais que aquilo fosse rotina na minha casa, eu não sabia que meus tios eram religiosos. Juntei-me a eles e disse um quase silencioso: “Senhor, muito obrigado pelo alimento, pela Bárbara, minha nova amiga, por meu dia, pelos meus tios, pelo meu irmão, pelo meu pai e pelo... Pelo... Deixa pra lá. Amém”.
-Então, Nick – meu tio me perguntou – Como foi o seu dia?
- Foi ótimo – respondi, lembrando das coisas que aconteceram.
- Fez o que o dia todo? – ele voltou a perguntar
- Eu fiquei conversando com a Bárbara, ela é muito legal. Ficamos horas falando sobre tudo – eu disse sorridente.
- Graças a Deus, por você ter gostado da Bárbara – minha tia agradeceu – Ela pode ser sua companhia. E... Ela te disse que ela é afim do Marcelo?
- hã?! – quase engasguei com a comida – Não... Por que ela me diria isto?
- Por nada... – minha tia continuou olhando para mim por alguns segundos.
Voltamos a ficar em silêncio. Fora um silêncio rápido, pois ele logo foi interrompido pelo barulho da porta se abrindo. Era o Marcelo.
Meu coração acelerou por um motivo desconhecido. Tentei disfarçar ao máximo, mas podia sentir que minhas bochechas estavam coradas. Abaixei a cabeça procurando algo inexistente em minha comida, enquanto passos se aproximavam da copa.
- Boa noite tia, boa noite tio, boa noite Nícolas – Marcelo cumprimentou a todos, assim que adentrou no cômodo onde estávamos.
- Boa noite – dissemos todos em uníssono.
Ele se retirou dizendo que desceria em alguns minutos. Olhei para a mesa quadrada e contei: uma, duas, três, quatro cadeiras, sendo que três estavam ocupadas. Se minha tia estava sentada de frente para o meu tio, e a cadeira à minha frente estava vazia, tudo indicava que o Marcelo... “Ai meu Deus! Ele vai se sentar à minha frente. Como eu vou disfarçar?”. Comecei uma respiração controlada por uma canção silenciosa de inspira, expira, inspira, expira, inspira... Parei de respirar quando ele chegou, cumprimentou a todos novamente, se serviu e ocupou a cadeira que estava sobrando, à minha frente.
Bom, a partir daí vocês podem ter uma idéias do como foi difícil disfarçar. Minhas mãos começaram a suar, enquanto minhas bochechas brancas ficavam cada vez mais vermelhas. “Por que meu deus, por quê?”. Numa tentativa inútil de levar a comida até a boca e comer normalmente, acabei deixando o garfo cair sobre o meu prato, o que causou o barulho imenso fazendo voar uma quantidade considerável de comida pelo chão. Olhei para todos, que ainda estavam olhando a bagunça feita por mim, mas não esperei para me pronunciar; olhei para a minha tia perguntando onde havia um pano, e ela sorrindo disse que havia um num quartinho próximo à lavanderia. Puxei a cadeira para trás, com o intuito de me retirar da mesa, mas sem querer meus pés se enroscaram nos pés do Marcelo, que também estavam sob a mesa. Ele olhou para mim com no meio do caminho, enquanto eu instintivamente levei minhas duas mãos para a minha boca, como se eu estivesse com vergonha de mim mesmo.
Meu tio terminou de jantar e se levantou, pedindo licença e dizendo que ele estava muito cansado. Minha tia fez a mesma coisa, mas antes ela me alertou que eu não precisava limpar. Eu retruquei dizendo que era minha obrigação limpar já fora eu quem sujara o chão; então ela pediu para que o Marcelo me mostrasse o quartinho e pegasse um pano para mim. Ele se limitou a olhar para ela e assentir silenciosamente. Depois que ela se retirou um silêncio profundo dominou a cozinha, deixando ambos – Marcelo e eu – desconfortáveis.
- Então, senhor Nícolas – Graças a Deus, o silêncio foi quebrado pelo Marcelo – Meu tio falou muito sobre você.
- Falou? – minha voz saiu bastante anima, então tentei disfarçar com uma tosse forçada.
- Ele contou que você viria para cá, mas que não era para eu me preocupar, pois você era muito legal.
- Tadinho dele. Ele que nunca me viu nos meus momentos depressivos – eu disse sorrindo.
- Olha; desculpe-me por não ter me apresentado melhor ontem, mas era porque eu estava muito cansado – o olhar do Marcelo era tão sincero.
-Tudo bem. Eu não ligo para isso – meu sorriso escapou quase que naturalmente.
Ficamos conversando até tarde. Arrumamos a cozinha, enquanto eu contava sobre a minha vida. Falamos sobre diversas coisas desde jogos e televisão, passando por jornais e livros. Ele me contou que morria de medo de cachorro, pois ele havia sido mordido por um quando ainda era criança; levando pela conversa acabei contando sobre o meu estranho medo de tempestades que não passava de jeito nenhum, e que todas as vezes que elas aconteciam, eu tinha que pular para a cama do meu irmão mais velho. E ele riu.
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Continua...