Politicamente Incorreto - Capítulo 10

Um conto erótico de Mr. Characters
Categoria: Homossexual
Contém 1258 palavras
Data: 02/03/2013 21:47:58
Última revisão: 03/03/2013 21:51:58

Só ficaria perfeito se a gente falasse um pouco de você! Até porque sabe, não é? Se eu ficar aqui só te contando sobre a minha vida, você vai se apaixonar mais, já vai querer casamento e tudo mais..._ Ele soltou um largo sorriso.

_Menos, bem menos bonitão!_ Fiz sinal com as mãos. _Bom, eu não sou o melhor em falar sobre a minha vida._

_Eu não quero o melhor mesmo. Pode começar me contando como era antes de eu aparecer e roubar seu coração?_ Fez o gesto de como se estivesse segurando seu coração no peito. _Poxa, mas isso ficou brega mesmo!_ Riu.

_Ok, me convenceu._

Capítulo 10

Comecei contando a ele que também me descobri ainda adolescente, mas às coisas eram mais complicadas na minha casa. Não percebia segurança para contar a ninguém. Então carreguei isso comigo por um bom tempo. Minha primeira relação, que não passou de uma noite, foi com um colega de ensino médio durante uma viagem de fim de ano, antes da formatura. Foi estranho. Não tive coragem de encará-lo nas vezes que nos encontrávamos ainda antes da formatura.

_Eu ficaria extremamente decepcionado se você fugisse de mim depois daquele dia!_ Novamente um sorriso, mas desta vez mais doce.

_Na verdade, eu fugi!_

_É mesmo, mas acabou voltando. Eu sabia que voltaria._

_Talvez porquê você seja meu chefe?_ Fiz cara de óbvio.

_Namorado. Sou seu namorado magya!_

Expliquei que após minha primeira vez, as coisas não aconteceram tão rápidas e fáceis como deveriam. Depois de algumas tentativas frustradas de relacionamento, quando já podia ser independente resolvi abrir o jogo com meus pais.

_Não apanhei, fui expulso de casa ou qualquer coisa assim. Talvez meus pais já soubessem, porém sabe como é? Todos sabem, mas ninguém fala nada, e está tudo certo._ Por um momento sai de órbita lembrando de enquanto estava sentado a mesa de jantar contando tudo isso aos meus pais.

_Não foi rejeitado? E nem compreendido?_

_Nada doeu mais em mim do que ver a cara de decepção deles. Eu era filho e não deixaria de ser, só que não era isso que eles esperavam, me senti mais frustrado que nunca._

Ele segurou minha mão, e me senti confortado. Continuei contando que a partir daquele momento acabei indo morar sozinho e entrando na faculdade. Eu cursava Relações Públicas. E foi durante a faculdade que conheci minha melhor amiga Vic, ou Victória num primeiro momento. Depois de sair do armário, procurei por vários psicólogos, analistas e terapeutas, porém não me sentia a vontade com nenhum. E com Vic, ainda estudante de Psicologia, consegui uma grande intimidade.

_Se minha amizade ia bem, minha vida amorosa já tinha ido por água abaixo!_ Confessei.

_Por quê?_

_Depois de um tempo minha mãe acabou me aceitando e me dando todo o apoio, mas meu pai tinha alguns “pré-conceitos”, que ele acabava expondo, do tipo: gays não casam, não namoram sério, em sua maioria são promíscuos, enfim... Talvez por causa disso, minhas relações não durassem mais de uma noite. Normalmente eu estragava tudo._

_Isso é triste._ Ele fez cara séria. _Nunca pudemos viver uma relação saudável._

_Acabou por ter um lado bom. Consegui criar essa imagem inatingível, profissionalmente, uma casca que ajudou muito nos negócios. Como dizem? Não se pode ter tudo, certo?_

Sinceramente, acabei me acostumando a ser taxado de promíscuo, sem sentimentos ou até sem vergonha. Cada semana tinha um diferente na minha cama. Tinha sexo e um bom trabalho. Pensava que vivia bem.

_E o que você viu de diferente em mim?_ Ele me perguntou.

_De verdade? Ainda não sei. Pela primeira vez deixo minha intuição me guiar._ Respondi.

_Eu acho que somos bem parecidos, mesmo que diferentes. Que contraditório!_ Ele constatou. _Veja só: opostos se atraem, certo? Teoricamente somos totalmente diferentes. Mas na prática, somos dois caras quebrados por dentro que só procuram um amor._

Nesse meio tempo de conversa já tínhamos acabado o jantar. Levantamos e ele me abraçou.

_Um amor?_Questionei.

_É, talvez isso que encontramos um no outro._ Ele me beijou logo em seguida.

_Quer conhecer meu quarto?_ Ele me perguntou entre beijinhos.

_Achei que não fosse convidar!_

.

Fomos para o quarto. Não era mais que eu podia imaginar, bem decorado e distinto. Para falar a verdade, a cara dele.

Ele me beijava e mordia meu lábio, enquanto nossas mãos passeavam pelos corpos já ouriçados de tanto tesão. Tirei sua camisa, a luz no ponto certo me permitia ver aquele corpo esculpido de uma forma que só a palavra perfeito definiria corretamente. Depois de sentir sua língua vasculhar minha boca, desci beijando todo o seu corpo até a altura do pau. Mordisquei de leve por cima da calça, e ele respirava ofegante.

_Me chupa! Vou explodir._ Disse com urgência.

Abri sua calça, e o membro saltou duro e bem posicionado para minha boca. Chupei como se fosse à última vez que poderia fazer na vida. Sentia seus espasmos de prazer que me estimulavam a continuar cada vez com mais vontade.

_Vem aqui!_ Falou, me levantando e tirando minhas roupas e me colocando de quatro na cama.

Esperava senti-lo dentro de mim, mas fui ao paraíso ao sentir sua língua me penetrar, causando uma sensação maravilhosamente boa. Foram momentos de êxtase até ele se posicionar e começar a me penetrar. A dor era inevitável, visto seu belo dote. Mas também era passageira.

_Rebola!_ Solicitou quase como uma ordem, e eu adorava.

Logo, ele já havia deitado com todo seu peso sobre mim, e podia sentir como se fossemos quase um corpo só.

_Não para! Continua assim, gostoso!_ Pedi manhoso.

Quando as estocadas ficaram mais fortes meu corpo estremeceu, quase petrificado, gozei muito, sem nem ter me tocado. Isso foi o suficiente para deixar ele louco.

_Gostou, não é, delícia?_ Disse com um sorriso safado, que me fez voltar a ponto de bala, novamente.

E então me beijou e aumentou a intensidade, num ritmo quase frenético, gozou, soltando um urro que parecia ter acumulado vontade durante toda uma vida. Gozei novamente. E fiquei ali, sem forças, derrotado e mais satisfeito que nunca.

_Vem para banheira comigo?_ Ele convidou.

_Vamos_

E fomos de mãos dadas para a banheira. Ficamos lá por um tempo, somente curtindo o contado dos dois corpos e das duas bocas.

.

Na manhã seguinte, acordei na cama deitado em seu peito, enquanto ele me vigiava.

_Você dorme como uma criança. E fica ainda mais lindo!_ Sorriu, e disse às palavras que guardo no meu coração até hoje. _ Eu te amo!_

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Pessoas,

Primeiro quero agradecer os comentários, saber que tem gente que está acompanhando a história - e principalmente, gostando - é o que me motiva a escrever.

Sinto muito pela demora, mas tenho que informar que só consiguirei postar o próximo capítulo daqui a três semanas. Tenho muito, muito pouco tempo (faculdade, trabalho, sites da internet e ainda tento ter uma vida social!). Além do tempo, quero continuar a história com a qualidade que sempre mostrei a vocês aqui, por isso peço do fundo do coração que voltem para acompanhar!

Para terem uma idéia de o que vem pela frente, primeiro a dúvida: como será que nosso Felipe vai reagir a declaração do todo poderoso Bernardo? E uma dica: nosso casal vai enfrentar uma crise logo adiante. Mas será pela declaração de amor, ou um fato inesperado? Enfim, diatem mais.

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Comentários

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Adorei teu conto !!!!!!!!!!!!!!!!! Ouw q declaraçao é essa , to curioso !!!!!!!!!!!!!q teu conto ta muito bom nota 10 !!!!!!!!!!!!!!!

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Adorei teu conto !!!!!!!!!!!!!!!!! Ouw q declaraçao é essa , to curioso !!!!!!!!!!!!!q teu conto ta muito bom nota 10 !!!!!!!!!!!!!!!

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É sempre bom esse início de relacionamento. Credo agora vou ficar com dó deles, mas já era previsto por estarem na política, a crise me parece ser grave. Até o próximo. Abraço ;)

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Vai demoraaaaaar! Mas eu vou esperar. Muito bom. Estou ansioso pela continuação!

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