Como eu disse no final do conto passado “Tudo começaria realmente uns 3 ou 4 anos depois”. E começou. Porém, algumas coisas devem ser esclarecidas antes.
Nesse período de 2 a 4 anos, eu e Pablo nos afastamos muito. Ele continuava sendo meu primo mais próximo, porém o que acontecia parou de acontecer, ele passou a ter mais amigos (homens em sua maioria), eu continuei recluso, mas já conseguia ter alguns amigos. Normalmente meninas (o que já provocava aqueles apelidos chatos no colégio). De certo modo, eu deixei de reconhece-lo como um amigo e ele também parecia ter a mesma linha de atitude que eu. Passamos a brigar, muitas vezes por ele fazer parte do grupo dos que me provocavam na escola, ele continuava a frequentar minha casa, mas não tínhamos a mesma intimidade de antes.
Uma coisa que hoje, mais velho, eu percebo, é que desde cedo, eu tive um conhecimento muito grande sobre sexo. Aprendi o nome certo da “pintinha”, aprendi sobre doenças, sobre homossexualismo e heterossexualíssimo, sobre tudo que envolve sexo e sexualidade. Foi nesse período de afastamento de Pablo que conheci a masturbação e comecei a perceber que a maior parte da minha atração era por homens. Não mais velhos, sempre da minha idade, mais novos ou razoavelmente mais velhos como Pablo. Nunca fui de fantasiar com namorados das minha tias ou da minha mãe e tal... Enfim... Lembro-me que me masturbava muito, sem pensamentos específicos no início, mas logo minhas sessões de masturbação começaram a ser preenchidas por pensamentos ligados ao meu primo que não tinha mais nada a ver comigo. Que parecia ter esquecido tudo que ocorrera anos antes.
Foi quando eu comecei a observá-lo. Ainda não descrevi Pablo, então lá vai:
Pablo é magro, era baixinho, mas nos últimos anos deu uma esticada (hoje tem quase a minha altura). Ele é negro (porém mais claro que eu), cabelo castanho escuro, olhos castanhos e tem 17 anos (faz 18 no fim do ano. Eu faço 17 em maio). Ele tem o tipo do Neymar, só é um pouco mais bonito (rosto). Ele, como eu disse, sempre foi o primo safado, ousado, bagunceiro e tal... Continua assim na época que estou narrando agora e até hoje.
Quando percebi que sentia uma atração diferente por alguns meninos, por Pablo em especial, e que ele era o menino que eu podia me aproximar mais (sexualmente falando), comecei a pensar em como faria para saber se ele sentia a mesma coisa ou algo parecido por mim ou por meninos no geral. O segundo parecia impossível. Ele sempre fez o tipo charmosinho. Pegador.
Meu primeiro passo, foi tentar vê-lo sem roupa. Sempre estudamos juntos, pelo menos no mesmo horário. Aproveitei isso e passei a fazer o possível para tomar banho com ele. Inventava atrasos ou qualquer coisa que me “obrigasse” a tomar banho com ele. Acho que minha mãe sempre desconfiava, mas não falava nada.
Deu certo. Consegui rever meu primo nu. Ele sempre teve um pênis grande, mas com 12 ou 13 anos, estava bem maior. Não era o normal para um menino da idade dele eu achava. Ou talvez o meu fosse pequeno demais...
Ele super magrinho, ressaltava um pouco mais o tamanho. Era levemente curvado para a esquerda. Realmente lindo. Parei. Logo que ele percebeu que eu olhava, passou a me ajudar, sem me dizer diretamente, com as investidas nos banhos e tal. Dizia que iriamos chegar atrasado, que a água podia acabar... E lá íamos nós tomar banho juntos. O banheiro era grande, brincávamos de luta no chão, os dois cheios de sabão, nus... Eu adorava. Mas depois desses momentos em que parecíamos ser amigos de novo, voltávamos a ficar afastados. Ele voltava a me xingar disso e daquilo no colégio, eu voltava a bater nele (era gordinho, maior que ele... Ajudava). Nem parecíamos primos ou amigos fora de casa. Cada um tinha seu mundo.
Sempre me diziam que apesar de eu ser meio intolerante com esses meninos que enchiam meu saco, eu era maduro, que sabia conversar, que era inteligente... Logo decidi usar isso para resolver minha situação com Pablo.
- Porque você me trata desse jeito no colégio, véi?
Eu perguntei um dia em casa. Ele não soube responder, ficou pensativo... Depois de alguns dias eu percebi uma melhora. Não havia mais tanta perseguição por parte dele ou dos seus amigos no colégio. Duas amigas minhas o achavam bonitinho, me pediam ajuda, eu falava a ele, conversávamos sobre isso... Passamos para o campo de amigos de novo, eu acho.
Quando eu tinha 14 e ele estava perto de completar 15, nossa relação era mais calma. Éramos amigos de novo. Não como antes, mas éramos primos próximos mesmo. Com 14 anos entramos no ensino médio (começamos a estudar bem cedo) e nossas escolas eram diferentes.
Até aí nada havia rolado. Mas meu desejo por ele (agora era mais focado nele mesmo) aumentava. Uma coisa que gostávamos de fazer era lutar. Nós dois nunca gostamos de luta mesmo, mas gostávamos de lutar um com o outro. Sempre partia de mim. Um murrinho nas costas, ele devolvia e assim ia... Sem machucar de verdade. Eu era obviamente mais forte que ele por conta do tamanho e peso, mas me deixava perder. Ele adorava me imobilizar me deitando de barriga pra baixo na cama e ficando por cima de mim. E eu? Ah, eu adorava ainda mais. Antes dele chegar lá em casa, tirava a cueca, colocava uma bermuda menor, mais fina... E aproveitava a sensação de ter meu primo em cima de mim.
Com o tempo, ele começou a se esfregar de leve em mim enquanto me “imobilizava”. Eu fingia não perceber, fingia não sentir nada, mas lembro de ter total consciência do que acontecia ali. A porta do meu quarto era virada para a sala onde ficava a TV, então quase sempre assistíamos de dentro do meu quarto, na cama. Quando “lutávamos” e ele conseguia ficar por cima de mim, simplesmente ficávamos ali, deitados vendo TV. Ele com o pênis duro e cada vez maior roçando na minha bunda e eu empinando levemente em direção a ele, sem deixa-lo perceber. Fingindo total interesse na televisão.
Lembro do dia que foi a chave para avançarmos e parar com essa idiotice. Mesma coisa: luta, imobilização, pênis extremamente duro, ele forçando levemente... Eu comecei a me mexer.
- Ah, véi, sai. Quer ver como tu é fraquinho?
E tentava tirá-lo de cima de mim. Não usando minha força completa. Me mexia, tentava tirar o braço dele do meu pescoço... Depois de alguns minutos, consegui libertar meus braços e ele para não me deixar sair, colocou os braços por baixo de mim, me abraçando mesmo, com força. Eu sentia sua respiração ofegante no meu pescoço. Aquilo me excitava profundamente, me pênis imprensado contra a cama, chegava a doer. Não aguentei mais e decidi tentar fazer alguma coisa a mais acontecer. Num movimento brusco, quase fiquei de quatro na cama, ele caiu um pouco pro lado e quando tentou voltar, eu abaixei sua bermuda até os joelhos deixando-o com a cueca e a ereção expostas.
Ele conseguiu voltar para cima de mim, mas estava apenas de cueca. Um avanço. E era azul. Ali realmente começou. Meu Deus, como éramos bestas. Ele começou a cantar. Eu juro. Cantava e a cada sílaba, jogava os quadris para trás e voltava com força. Eu comecei a cantar músicas mais rápidas. Logo ele estava “me comendo”, infelizmente ainda com roupas. Aí aconteceu da minha mãe chegar. Como eu me odiei ali. Porque não adiantamos? Pelo menos tinha sido um avanço.
Ela nos mandou ao mercado.
- Gostou? – Ele perguntou na maior cara de safado.
- Gostei... Mas nem fizemos nada. Mãe chegou.
- Depois a gente faz de novo. Tu vai ver como sou bem mais forte que você.
- Que nada, Pablo. – Dei um soco no braço dele e fomos ao mercado.
Como essa noite me rendeu fantasias para masturbação. Daquele dia em diante as coisas melhorariam. Deixamos claro um pro outro o que queríamos e as personalidades dos dois ajudaram.
Gente, acho que para a segunda parte isso está bom. Repito: conto como aconteceu. Esqueço de alguns detalhes, mas os que lembro estão aí. Não é um conto de todo erótico como os poucos que leram o primeiro e esse devem ter percebido, mas escrevo a verdade e ela nem sempre é totalmente erótica. No conto seguinte, narrarei nossa primeira vez e as que vieram depois. Devem ter notado que pulo um pouco anos, meses e tal... A partir do próximo tentarei narrar fases de crescimento da nossa relação sexual e emocionalmente. Enfim... Votem, divulguem, sei lá. E qualquer crítica, elogio, sugestão, deixem um comentário aí. Um abraço.