Continuando...
Acordei as 6:00 horas no dia seguinte,com uma forte dor de cabeca e sem nenhuma vontade de me levantar da cama.Mais se havia uma coisa pior do que morar naquela cidade,era ficar naquele quarto cheio de velharias e lembrancas da minha mae.Entao apos um longo esforco,me levantei e fui ate o banheiro,onde tomei um longo banho e em seguida voltei ao quarto.Eu vesti minha calca djins e uma regata branca,apos colocar o meu tenis,coloquei minha jaqueta.Apos respirar fundo,desci ate a cozinha,em passos lentos.Ao chegar la,encontrei meu pai e a loira oxigenada,sentados na mesa.
-Bom dia Thierry!-Disse meu pai sem olhar pra mim
-E Junior!-Eu corrigi irritado indo em direcao a porta.
-Thierry venha tomar cafe.-Disse meu pai em tom autoritario.
-Estou sem fome.-Eu disse,parando a meio caminho entre a cozinha e a porta.
-Eu nao fiz uma pergunta,agora venha tomar cafe.-Disse meu pai se virando para me encarar.
-Ja disse que nao estou com fome.-Eu disse lhe devolvendo o olhar
-Voce so saira daqui,quando agir como um rapaz educado e tomar cafe conosco.-Disse meu pai irritado
-Quem vai me impedir?-eu perguntei furioso
-Nao,se atreva a me desafiar Thierry.-Disse meu pai se levantando da mesa.
-E JUNIOR,CACETE.-Eu gritei extremamente furioso.
-Fernando,Junior por favor nao briguem.Vamos tomar cafe em paz.-pediu a loira aguada se levantando
-Suba pra o seu quarto,voce esta de castigo apartir de agora.-Disse meu pai tentando controlar a raiva.
-Ah,e?Parabens!-Eu disse debochando dele e da loira aguada.
-Eu nao estou de brincadeira,Thierry!-Disse meu pai me fuzilando com os olhos.
-Otimo,mais eu nao vou poder cumprir as suas ordens.Estou de saida.-Eu disse indo em direcao a porta e a abrindo com forca.
-Thierry?-meu pai chamou antes que eu passase pela porta e a fechasse com forca.
Apos respirar fundo,eu caminhei em direcao a praca,eu nao sabia pra onde ir,mais sentia uma enorme vontade de ver o Gabriel.
Eu fui em direcao a praca,mais antes de chegar la,entrei em uma rua e fui parar em frente a oficina,mais alguma coisa estava errada,os portoes estavam fechados e nao havia nenhum sinal dele ali.
Fiquei ali parado por alguns minutos e em seguida fiz o meu caminho de volta,mais sem nenhuma vontade de ir pra casa.
Ao dobrar a esquina,vi uma moto estacionada e sem nenhum sinal do dono,entao me ocorreu uma ideia.Me aproximei devagar e examinei a moto,entao notei que a chave estava na ingncao.Naquele momento percebi o que era excesso de confianca,pois numa cidade pequena daquela,quem iria roubar aquela moto,mais o seu dono estava com uma onda de azar,pois eu havia chegado na cidade.
Eu montei na moto e a liguei,em seguida dei partida.Apos varias voltas,peguei a estrada principal e sai da cidade.
A medida que Santa Clara ia ficando para tras,eu sentia que um peso saia das minhas costas,e a cada segundo me sentia cada vez mais livre.
Apos quase uma hora de viagem sem rumo,cheguei a uma cidade que a primeira vista,parecia maior que Santa Clara.
Depois de examinar a cidade,continuei dirigindo,na intencao de achar um posto de gasolina.Apos tomar algumas informacoes,achei um,estava meio vazio,mais dava pro gasto.
-Bom dia,o que deseja?-Perguntou um frentista ao me ver se aproximar.
-Reabastecer a moto.-Eu respondi estacionando a moto e em seguida descendo.
-Ok-Disse o frentista empurrando a moto.
Eu o encarei e me afastei lentamente em direcao a um cara que estava sentado em uma calcada.
-Oi mano!-Eu disse ao me aproximar dele.
-Fala ai mano!-Disse ele sem parar de mexer no celular.
-Mano,eu so quero saber que cidade e esta,voce poderia me dizer?-perguntei observando ao redor.
-Aqui e Dourados...Mais fala ai,ta perdido?-Ele respondeu parando de mexer no celular e me encarando.
-Nao,e que me mudei agora e nao conheco bem a regiao.-Eu respondi encabulado pelo jeito como ele me olhava.
-Tu veio da onde?-Ele perguntou parecendo curioso
-De Sao Paulo,cara.-Eu curioso aonde aquela conversa iria chegar.
-Mais e ai,o que tu ta achando da regiao?-Ele perguntou dando enfase na palavra regiao.
-Meio entediante,chato...Entende?-Eu respondi com sinceridade.
-E que tipo de diversao,tu procura mano?-Ele respondeu dando um sorriso maroto.
-Adrenalina,perigo,emocao...E uma mistura que me excita.-Eu respondi me lembrando dos momentos vividos em Sao Paulo.
-Hum!Aqui nao e Sao Paulo,mais conheco algumas coisas que podem te proporcionar essa mistura.-Ele disse me encarando.
-Eu adoraria saber que coisas sao essas,mais tenho que ir.-Eu disse apos alguns minutos.
-Ah,entendi!A mamae esta esperando,o nenem dela.-Disse ele em tom de deboche.
-Nao e nada disso cara,eu so estou com pressa.-Eu disse sem enteder o por que estava me explicando.
-Entao se a mamae nao esta esperando,voce esta com medinho...E isso,o nenem esta com medinho.-Ele disse,dando uma gargalhada alta
-Eu nao tenho medo de nada,cara
-Eu disse irritado.
-Ah,e?Entao prova mano.-Ele disse se levantado.
-Eu nao preciso provar nada pra ninguem.-Eu disse irritado com as provocacoes dele.
-Entao ta,maninho...Mais se voce mudar de ideia,me encontra em frente aos antigos depositos.-Ele disse se virando e caminhando em direçao a uma moto que havia ali perto.
Eu o observei montar na moto e dar partida,tentando imaginar aonde aquilo iria chegar.Um lado de mim,me dizia que o melhor era pegar a minha moto e ir pra casa,mais o outro lado,me dizia pra ir e ver no que aquilo ia dar,afinal eu ja estav encrencado.
Me virei lentamente e fui em direcao ao frentista.
-A sua moto ja esta abastecida.-Ele disse ao me ver se aproximando.
-Quanto e?-perguntei sem interresse
-6,00 reais-Ele respondeu
-O que sao os antigos depositos?-Eu perguntei pegando a carteira e retirando uma nota de 10 reais.
-E uns predios quue ficam no fim da cidade.-Respondeu ele,pegando a nota de 10.
-Como eu faco pra chegar la?-Eu perguntei observando a rua
-Desce a rua direto e vai perguntando,que voce consegue chegar la.-Ele respondeu me entregando duas notas de dois reais.
Eu peguei as notas e fui em direcao a moto,apos montar e dar partida,desci a rua que ele indicou,e parei em alguns pontos para perguntar a localizacao.
Apos 55 minutos cheguei em frente a uns predios abandonados,e estacionei a moto.Eu observei os predios lentamente e desci da motoi,me aproximando devagar dos predios.
O silencio era apavorante,mais respirei fundo e continuei caminhando.Depois de alguns minutos,o rapaz que eu havia visto mais cedo no posto,saiu de um dos predios.
Eu me aproximei dele e o encarei sem saber o que falar.
-Sabia que voce vinha,mano.-Ele disse me encarando e sorrindo.
-Por que?-Eu perguntei tentando decifrar o sorriso dele.
-Porque voce nao consegue dizer nao a um desafio...E isso nao e um elogio.-Ele respondeu desviando o olhar do meu.
-Aqui ta parado heim,mano?-Eu perguntei observando o lugar.
-Os manos ainda nao chegaram..Mais vamos conhecer o terreno!-Ele respondeu se virando e indo em direçao ao predio do meio.
Eu encarei o predio e caminhei lentamente,sem nenhuma vontade de acompanha-lo.Ele entrou no predio do meio,fazendo sinal para que eu o acompanhasse.
Eu apressei meus passos e entrei,estava muito escuro e nao conseguia ver onde ele estava.Apos 10 minutos,comecei a enxergar melhor o ambiente.
Era um galpao velho iluminado por alguns raios de luz,e havia alguns materiais de construcao abandonado a um canto.O meu anfitriao estava sentado em uns caixotes velhos e me olhava com curiosidade.
-Por que voce preferiu vir pra ca?-Eu perguntei ainda observando o galpao.
-Por que e melhor pra dar uma cheirada.-Ele respondeu retirando um saquinho do bolso.
-Vem ca,qual e o seu nome mano?-Eu perguntei,percebendo que ainda nao sabia seu nome.
-Me chama de Dudu cara,e tu?-Respondeu ele abrindo o pacote e derramando o conteudo na palma da mao.
-Junior!-Eu respondi desanimado.
-Mais e ai?...Tu gosta de cheira?-Dudu perguntou me mostrando o po na palma de sua mao.
-Sim,mais nao to afim agora.-Eu respondi olhando para o outro lado,sentindo dificuldade para resistir,afinal a droga era como se fosse uma fonte de vida para o meu corpo.
-Ah!Cara curte ai.-Disse ele me estendendo o po e um canudo que havia retirado do bolso.
Caros leitores,eu sei que agora voces devem estar me criticando,mais entendam,a maconha,a cocaina e o crack funcionavam pra mim como a agua funciona pra todos os seres vivos;me mantem vivo e forte.Elas eram pra mim,como uma rota de fuga,um meio de sair da dura realidade que eu vivia.
Eu olhei para o po branco e senti uma forte sensacao subir pelo meu corpo,entao peguei metade do po e o canudo,e aspirei...Aspirei com toda a forca que eu tinha.Era como se eu tivesse passado anos sem respirar,mais pouco a pouco a sencacao de saciedade tomava conta do meu corpo.Eu sentia uma onda de adrenalina pecorrer meu corpo,me sentia renovado.
-Pelo jeito gostou da minha droga!--Disse uma voz atras de mim,fazendo com que eu me virasse rapidamente.
Continua£££££Galera eu sofri um pequeno acidente e quebrei a mao que eu digito,entao passei por um tratamento de ervas e repouso,entao pra nao deixar voces na mao,resolvi postar mais um capitulo,ainda sinto muita dificuldade pra digitar,mais aos poucod tudo se resolve.
Luy95,frannnh e MMBelem obrigado pelos comentarios e pelo carinho,beijos queridos.
Cw achei legal a ideia da Drenade.
iPrince desculpe a demora,querido.
foguinho pra tudo se tem um jeito.
Obrigado a todos que leem,por favor deixem seus comentarios e ate a proxima.