Nícolas - Parte QUATRO

Um conto erótico de Nick W.
Categoria: Homossexual
Contém 2517 palavras
Data: 08/03/2013 01:24:06
Assuntos: Beijo, Gay, Homossexual

Pessoal,

Por favor, me desculpem mesmo pela demora. Para não deixá-los esperando mais, decidi dividir a quarta parte em duas. Garanto que a quinta parte será melhor escrita. Para todos que comentaram e votaram, muito obrigado; a opinião de vocês vale muito. Amo vocês!

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Capítulo 4

Tempestades

SABE QUANDO ALGO É TÃO BOM que você chega a pensar que aquilo é mentira, que não passa de um sonho? Foi isso o que eu vivi. Não que aquela tenha sido a cena mais romântica do mundo, não que ele tenha evidenciado claramente que me amava, mas fora algo novo, diferente, pois até então os únicos abraços que eu recebera foram de familiares, geralmente do papai e do Rick; mas aquele toque não. Aquele abraço era simplesmente a realização de um sonho; era a materialização de algo que, para mim, só funcionava no campo das idéias, ou como diriam as crianças, no mundo da imaginação. Como eu descreveria aquele momento? Não sei, faltavam-me palavras para fazê-lo. Acho que os vocábulos “único”, “romântico” e “perfeito” apareceriam constantemente nessa descrição. Uma vez certa pessoa disse: “Tudo que é bom, dura o tempo necessário para ser inesquecível” e, com certeza, aquele primeiro contato corpo-a-corpo seria difícil de esquecer.

Depois que o sol se pôs, decidimos ir para a casa. Separamo-nos e tentamos descer a elevação o mais normal possível, o que se comprovou dificílimo. Minhas pernas ainda estavam bambas e eu, definitivamente, permanecia no mundo da lua e com as bochechas completamente coradas. Marcelo não estava muito melhor do que eu; ele parecia estar com vergonha, apreensivo, pensativo. Enquanto descíamos o monte refleti sobre o que acontecera, e fiquei imaginado quem iria dar o primeiro passo. Eu sabia que eu gostava do Marcelo, mas será que ele sentia o mesmo por mim? Será que aquele abraço fora apenas o fruto de um sentimento de culpa por ele me ter feito lembrar-me dos meus pais? Passamos alguns minutos descendo em silêncio, um ao lado do outro, até que eu tropecei em uma das pedras que estavam a nossa frente. Marcelo rapidamente segurou o meu braço impedindo-me de descer rolando colina a baixo.

- Pedra, um! Nícolas, zero! – eu disse enquanto me recuperava – Belo reflexo.

- Será que eu vou ter que te segurar todas as vezes que você tropeçar? – Marcelo projetou um sorriso. Eu apenas respondi com outro sorriso acanhado.

Chegamos próximo a lagoa e resolvemos pegar o caminho de volta ao estacionamento. Todas as luzes do bosque agora estavam acesas. Andamos até a entrada da lagoa e eu o parei, segurando seu braço e olhando no fundo dos seus olhos.

- Por que você me abraçou lá em cima? – Os olhos do Marcelo se estreitaram. Com certeza eu o pegara de surpresa.

- Porque você parecia estar precisando de um abraço... – ele desviou os olhos dos meus, puxando uma folha de uma árvore que estava próxima. Refleti sobre a resposta e cheguei à conclusão de que eu não estava nem na hora certa, nem no lugar certo para fazer mais perguntas. Marcelo pareceu entender que as interrogações haviam acabado e continuou andando em direção à saída. Eu o segui, andando um pouco mais lento, para que eu pudesse permanecer atrás dele.

A caminhada até a saída do parque foi extremamente silenciosa. Agora, uma nova sessão de perguntas cada vez mais escassas e de respostas monossilábicas e pré-definidas se iniciara. Tentei manter a calma e olhar atentamente para o caminho que ainda parecia agora tão iluminado quanto durante o dia. “Acabou sendo um passeio romântico?”. Olhei para o céu, absorto; não havia nuvens lá em cima, mas as estrelas eram facilmente ofuscadas pelas luzes que vinham do parque. Uma brisa calma, mas gelada tocou o meu rosto e eu senti frio. Lembrei-me de que eu não trouxera um agasalho. “As árvores e a lagoa deveriam estar abaixando a temperatura”. Marcelo continuava andando, agora numa velocidade menor, à minha frente. Senti uma vontade imensa de voltar a ser criança, correr atrás dele e segurar a sua mão. Novamente senti a temperatura baixar e mais uma vez uma brisa fria e travessa transpôs o meu caminho. Cruzei os braços numa tentativa inútil de inibir o frio. Marcelo que estava à minha frente virou para trás sorrindo:

- Corre, Nícolas! Vem!

Perdi-me no seu sorriso. Lembrei-me novamente do nosso contato físico que ocorrera há alguns minutos; desejei silenciosamente que nunca houvesse acabado. Depois de olhar mais uma vez para o Marcelo, que andava cada vez mais rápido em direção à saída, observei novamente o caminho de hexágonas sobre o qual eu estava pisando; só que agora ele estava vazio, deserto, sem casais de namorados, famílias, insetos e, muito menos, pássaros azuis.

***

- PIZZA COM CERTEZA seria uma boa ideia! – gritei para o Marcelo do andar de cima, meus cabelos ainda estavam molhados, pois eu acabara de sair do banho. Assim que entramos no carro nossos tios nos ligaram avisando que ficariam fora até amanhã, domingo, à noite; por isso Marcelo me perguntara se eu gostaria de pedir uma pizza. – Prefiro frango com catupiry! – respondi com outro grito.

Eu realmente era uma pessoa que não receberia nota dez pelo ato de gritar. Se um dia eu participasse de uma competição de gritos seria facilmente vencido.

- Quer ou não a pizza!

- Quero!

- Hã?

“Seria ele o surdo ou eu realmente gritava tão baixo?”. Resolvi colocar a primeira camisa e bermuda que eu achei e desci para falar com ele. Corri tão rápido que quase escorreguei no chão do quarto que eu molhara há pouco tempo. Abri a porta depressa e num susto caí no chão.

- Desculpa! – Marcelo e eu dissemos ao mesmo tempo. Novamente, ao abrir a porta, eu trombara com ele. Só um lembrete: dessa vez ele não me segurou. Meus cabelos lisos, molhados, grudaram na minha testa e eu coloquei as mãos para trás, para amortecer a queda. “Eu definitivamente preciso tomar mais cuidado”.

- Você está bem?

- Sim estou. – Eu disse sorrindo. Marcelo estendeu a mão para me ajudar a levantar, e eu aceitei. – Eu já estava descendo para falar que eu queria pizza.

- É, eu vim saber o seu pedido. – Marcelo abafou um sorriso – Você gosta de qual sabor mesmo? – Notei que um segundo riso fora abafado por ele.

- Frango com catupiry. – Eu disse pausadamente, tentando decifrar o porquê da risada.

- Tudo certo. – Marcelo continuou olhando para mim e sorriu mostrando seus dentes perfeitos, tão brancos quanto o leite. Ele olhou para o chão, coçando a nuca com uma de suas mãos. De repente ele me olhou com uma cara engraçada. – Você por acaso se trocou depressa demais?

- Acho que um pouquinho – eu disse sem entender o motivo da pergunta – Por quê?

- É que sua bermuda está do lado errado...

***

UMA SEMANA se passou desde o meu passeio ao parque. Como era costume dos meus tios, novamente eles saíram nos deixando sozinhos no final de semana. Eu disse ao Marcelo que ele não precisaria ficar em casa por minha causa, até porque, eu iria ficar com a Bárbara. Bárbara? Sim, a Bárbara. Desde que eu cheguei aqui ela está sendo (em algumas situações) a minha melhor companhia. Principalmente naquela semana em que meu tio me deu a árdua tarefa de redecorar o meu FUTURO quarto, que ainda nem estava sendo reformado, e, pelo jeito, a reforma iria demorar muito para começar. Não me entusiasmei com a ideia, pois a verdade era: eu não queria mais trocar de quarto. Mas mesmo assim, Bárbara era a melhor decoradora que eu conhecia.

- Estas coisas estão aqui desde quando? Desde que os dinossauros eram vivos, ou desde que os peitos na minha “querida” tia Lucélia não eram caídos? – Bárbara me perguntou enquanto retirava alguns quadros de dentro de uma caixa de papelão.

A tia Lucélia dela era uma mulher já com seus setenta e poucos anos, que insistia em usar shorts curtíssimos que mostravam até o útero, e “tomara-que-NÃO-caias”. Ela fazia o maior sucesso com os idosos do clube da terceira idade. Tinha a fama de ser a mais beijoqueira, e desde seus trinta anos ela tinha a fama de já ter dormido com mais de duzentos homens. Haja fogo!

- Qual deles é mais antigo? Os dinossauros, ou os peitos da sua tia? – Eu disse segurando a risada.

- Nem sei... – Bárbara caiu na gargalhada – Acho que os dinossauros são mais novos!

O cômodo estava uma bagunça. Caixas e mais caixas de papelão recheadas de tralhas – quadros, fotos antigas, medalhas, livros e enfeites de natal – cobriam todo o chão. A janela do quarto, completamente empoeirada, tinha vista para os vizinhos do leste. Uma espécie de estante recheadas de livros – Sidney Sheldon, Augusto Cury e outros – ficava na parede próxima a porta. Teias de aranhas pré-históricas enfeitavam o teto dando ao local um ar de casa mal assombrada. A iluminação era ótima e o quarto completamente arejado; o único problema ali era a bagunça.

- Tem certeza de que você quer arrumar? – Bárbara me perguntou enquanto tentava matar uma barata que saíra correndo assim que ela levantou uma das caixas.

- Não sei... – respondi pensativo.

- Você sabe que as aulas começam na próxima semana, não sabe? – Bárbara me perguntou enquanto retirava mais uma caixa do local. Dessa vez uma família completa de baratas “exóticas” nojentas, saiu correndo. – Ai! Que nojo!

Eu ri bastante dos gestos que ela fazia enquanto tentava matar aquelas coisinhas repugnantes.

- Sei sim... – Achei um diário no meio dos livros velhos do meu tio. Acho que era da tia Samantha. – Você vai estudar na mesma escola que eu?

- Acho que não... – Ela suspirou – Não consegui a vaga... Vou ter que estudar numa escola pública mesmo.

- Que pena... Eu iria gostar tanto se você fosse da mesma sala que eu...

Olhei pela janela e percebi que algumas nuvens estavam se formando. “Ótimo, hoje vai chover”. Chuvas de verão são exemplos de coisas passageiras, certo? Errado. Para mim tempestades, por mais rápidas que fossem, eram extremamente assustadoras.

No final do dia Bárbara e eu acabamos nem arrumando o quartinho. Descemos para a cozinha e fizemos brigadeiro. “Eu amo brigadeiro”. Assistimos a um filme qualquer de comédia romântica, e quando o relógio bateu umas seis horas da tarde, ela foi embora.

Percebi que eu iria passar a minha noite de sábado sozinho. Lembrei do meu irmão, Rick, e resolvi ligar para ele, mas ele não atendeu. Levantei-me do sofá, caminhei até a porta, a abri, mas quando caminhei até a rua, olhei para o céu e percebi que não havia estrelas. “Vai chover”. Voltei para casa correndo, tranquei a porta e subi as escadas em direção ao me quarto. Ao tentar fechar a porta do meu dormitório, meu cordãozinho prendeu na maçaneta e o pingente de pomba branca caiu desaparecido. Enquanto eu estava abaixado procurando o “bendito” pingente o vento passou a soprar cada vez mais forte do lado de fora, anunciando a chuva que viria a seguir. Logo o primeiro relâmpago veio, e eu, com as mãos cobrindo as orelhas, parei de procurar a pombinha e esperei ansioso pelo trovão; segundos depois ele apareceu, para o meu desespero.

Vale lembrar vocês de que meu estranho medo de tempestades, além de anormal, parecia ser hereditário. Meu pai até pouco tempo depois de casado morria de medo de tempestades, meu avô e o meu irmão, Rick, também. Uma vez meu pai me disse que o seu medo de tempestades só passou alguns anos depois de o Rick nascer. De acordo com meu velho o seu medo passou porque toda vez que vinha uma tempestade ele tinha que acalmar o Rick, então ele acabou esquecendo-se do medo. O mesmo aconteceu com o Rick, pois o medo dele só passou depois que eu nasci; depois de tanto me acalmar nas tempestades o medo dele simplesmente sumiu.

Mas naquela hora eu estava sozinho, e, por mais que eu soubesse que os trovões eram apenas o sinal de que o pior já havia passado, eu não conseguia neutralizar o meu medo. Um barulho ensurdecedor ia de encontro aos meus tímpanos, enquanto um frio incontrolável arrepiava cada pêlo do meu corpo. A essa altura eu já tinha parado de procurar o meu pingente, mas, mesmo assim, eu continuava embaixo da cama, imóvel, com os olhos fechados, ouvindo cada uma das milhares de gotas de chuva que caíam no telhado, na rua, nas árvores e até mesmo as que batiam na janela. Eu já não estava mais em mim, a minha fobia de chuva era intensa. Cada minuto que passava era uma eternidade. “Já vai passar; eu tenho certeza que vai passar”. Mas não passou. Eu já não tinha noção do tempo, para mim já fazia dias, semanas ou até meses que eu estava debaixo daquela cama.

Eu ouvi um barulho. Parecia o portão. “Ai meu Deus, o vento está derrubando o portão”. Um minuto depois ouvi alguém subindo as escadas correndo.

- Nícolas!

Essa voz me era familiar, eu a conhecia de algum lugar. Lógico que eu a conhecia, era a voz do Marcelo.

- Nícolas! – a voz dele chegava cada vez mais perto. Resolvi tomar coragem e sair de debaixo daquela cama. Quando eu estava saindo, mais um relâmpago veio e eu, instintivamente, agachei próximo à minha cama com as mãos na orelha. Deslizei minhas mãos pelo meu cordão a procura de abrigo; então me lembrei de que ele estava sem o pingente.

- Nícolas! – ele abriu a porta do quarto numa velocidade incrível. Quando me viu agachado próximo a cama fez questão de se ajoelhar na minha frente. - Nícolas, está tudo bem? Você está bem? Fala comigo...

Um novo relâmpago apareceu; então eu, por impulso, abracei o Marcelo, que estava na minha frente, com toda força, esperando pelo trovão que não esperou nem três segundos para dar as caras.

- Calma... – Marcelo deslizava as suas mãos pelos meus cabelos, enquanto eu ainda o abraçava inocentemente com toda a força. – É só uma chuva... Já vai passar... E além do mais, eu estou aqui...

Aquelas palavras me encorajaram. Ajoelhei-me na frente dele, e olhei nos seus olhos. Lembro-me apenas de ter reparado no sorriso mais inocente e confortante que eu já vi na minha vida, antes de nossos lábios se encostarem. Percebi que aquele toque foi a melhor prova de que mágica existe, pois aquele momento foi encantador. As mãos de Marcelo envolveram a minha cintura me levantando. Ambos ficamos em pé. As mãos dele continuavam na minha cintura enquanto meus braços envolviam seu pescoço. Entramos em um acordo mútuo, sem palavras, onde apenas nossos lábios conversavam; próximos DEMAIS um do outro.

Mais um trovão ribombou, despertando-me do meu momento de êxtase. Com o susto eu abracei forte o Marcelo, enterrando minha cabeça no seu peito. Ambos estávamos ofegantes. A cada trovão, o Marcelo me abraçava mais forte.

- Você precisa vencer o medo... – Novamente as mãos do Marcelo alisavam meus cabelos.

- Você não sabe de nada...

Um silêncio se formou entre nós. Lá fora a chuva parecia nunca mais cessar.

- Você não ia dormir fora? – perguntei ao Marcelo – Por que voltou tão cedo?

- Eu ia... Mas então começou chover e...

Ele não precisou continuar falando; algo já me afirmava que ele havia voltado por minha causa...

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Comentários

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Que cena mais romântica... oohhhh

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Ah lindo,maravilhoso,divino.O seu conto é simplesmente excelente,vc escreve muito bem e por favor não demore a postar.

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Opa carinha, desculpa a demora em ler, mas vc sabe que minha vida é uma correria. O que dizer sobre o seu conto? è maravilhoso, e você tem muito talento. Te desejo mto sucesso com ele e com os outros que virão. Saiba que é o único que acompanho ultimamente. Importante vc hein??? rsrs. Brincadeiras a parte, tá show de bola!!!! 10. Continua logo!!!

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gostei muito cara sua formar de tratar o momento é muito real e cheia de detalhes como ja te disse virei fâ eu ja fico imaginahndo a continução

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oi cara desculpa pela demora de comentar e pontuar adorei o conto e gostei da surpresa que c flou eu ja fico até imaginado acontinuação

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Você pediu e aqui estou. Bom, o que tenho para dizer exatamente? Você escreve primorosamente bem e a sua história é linda, em um grau de romantismo que me deixou sorridente a cada sílaba que eu lia. A história está linda e bem tecida. Meus parabéns, então não demore a postar a continuação, hein. Ah, ao contrário do personagem, que odeia tempestades, eu sou apaixonado, de verdade. Gosto de tormentas, observar o céu nebuloso, fitar raios refulgentes riscando o céu, nuvens negras aglomerando-se profusamente, o vento sibilando e fazendo as árvores rumorejarem.

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Comecei a ler e vicei, a maneira que escreve me fez querer ler mais e mais. Qual deles é mais antigo? Os dinossauros, ou os peitos da sua tia? KKKKKKKKKKKKKKKK pelo visto essa tia é daquelas que querem curtir tudo e voltar a ser jovem hahahaha. Esse medo Eu também tinha, me escondia em qualquer lugar e sempre tava os ouvidos ao máximo. Agora vai te ajudar a aproximar do Marcelo né?! E mesmo sabendo que iria dormir fora, ele foi para sua casa.. Não demora!!!

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Awwwwwn teu conto ta mais que perfeito, super fofo <3 parabéns pelo conto :)

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Nossa cara! Lindo demais o conto! Sem palavras pow! Valeu a pena esperar esse tempo... Nota 10!

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Até que enfim, achei tu tivesse abandonado o conto. E a propósito, estou amando o conto <3

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Que bela atitude a do Marcelo! Amei seu conto e estou ansioso pela continuação.

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