O degustar do prazer

Um conto erótico de Barbara Leandra
Categoria: Homossexual
Contém 3254 palavras
Data: 24/04/2013 01:52:44
Última revisão: 24/04/2013 02:07:55

Bem queridos, aproveitando o feriado de São Jorge na linda cidade do Rio de Janeiro e o finzinho das minhas férias, resolvi escrever este texto. Espero que gostem.

Samantha era a garçonete do restaurante que eu sempre frequentei desde que consegui certa independência financeira. Ela e eu nunca fomos muito amigas, nos conhecemos quando ainda éramos adolescentes e pelos rumos distintos que nossas vidas tomaram eu me vi no fim de uma segunda graduação e plenamente realizada na primeira, ela, pelo que eu sabia havia feito escolhas diferentes e ganhava a vida durante o dia no restaurante e a noite fazia supletivo para concluir o ensino médio.

Sempre fomos muito diferentes uma da outra, eu era gordinha, usava pesadas lentes nos óculos, tinha o cabelo bem seco e aparelho nos dentes. Ela, por sua vez era a popular da escola, tinha lindos cabelos sedosos que lhe caíam pelas costas em cachos grandes, seu corpo era bem feito com todas as curvas que uma mulher pode querer, seu sorriso iluminava qualquer ambiente em que entrasse. Ela era atleta do time de futebol feminino do colégio e eu, bem eu era sempre escolhida para representar a instituição em maratonas de matemática ou feiras de ciências.

Não é de se estranhar que não fossemos próximas. Mas ela sempre me procurava na época das provas finais. Ia na minha casa contar histórias tristes para que eu colocasse seu nome no trabalho em grupo que eu sempre fazia sozinha, ou que eu lhe ensinasse a matéria que cairia na recuperação. Eu nunca tive muitos amigos, eles geralmente me repudiavam por ser uma geek, e estar sempre voltada para as questões escolares, e quando ela me pedia essas coisas geralmente aceitava, porque sabia que passaríamos algum tempo juntas e mesmo sabendo que ela só fazia isso por interesse nunca me passou pela cabeça lhe negar nada do que me pedia.

Até que a bomba explodiu.

Era uma da tarde da véspera da prova final que ela teria que fazer. Eu tentava em vão trazer sua atenção para a matéria, mas ela estava com o olhar perdido no teto, deitada no sofá da sala.

- Samantha? – chamei por ela pela décima vez.

- Hum? O que foi Jessica? – Sua voz era pouco mais alta que um sussurro.

- Você precisa prestar atenção no que estou falando. Se não vai ficar reprovada. – disse calmamente.

- Você não entende não é? – Ela sentou-se enquanto me olhava e prosseguiu: - Não vou conseguir terminar os estudos. Eu perdi a virgindade ontem à noite. Ele disse que vai casar comigo.

Levei um choque. Perder a virgindade no final da década de oitenta era assinar um atestado de não se casar jamais. Respirei fundo e perguntei:

- Ele? Ele quem?

- O Sr. Fernandes. – Ela sorria quando dizia o nome.

Paulo Fernandes era nosso professor de História. Deveria ter uns 40 anos de idade, e uma fama que fazia as meninas recatadas quererem distância dele.

- Mas Samantha, o professor Fernandes já é casado.

- Cale a boca! Você está é com inveja de mim que vou me casar com um homem lindo como ele! Logo você! Feia desse jeito, que nunca namorou ninguém. Você nunca vai namorar ninguém e nem vai ter amigos, porque você é feia!

Já havia ouvido coisas ruins antes, mas aquilo me feriu o peito mais do que tudo antes. Era como se todos esses anos eu tivesse cultivado uma cobra que só estava esperando o momento de me morder.

Fechei o livro de matemática que estava aberto na minha frente, olhei para ela, levantei-me e fui em direção à porta. Não disse uma palavra, ela entendeu bem o recado. Quando terminei de abrir a porta, ela saiu pelo corredor sem olhar para trás. Ao fechar a porta trás de mim desabei num pranto sem fim.

Ela não foi à escola nos dias que seguiram, reprovou em matemática. O professor Fernandes continuou assediando as meninas por alguns dias, mas com o fim das aulas não tive mais notícias dele.

No ano seguinte Samantha não se juntaria a nós na escola, fiquei sabendo que ela havia se mudado para o interior. A família alegou que ela estava doente. Naquele ano tínhamos treze anos.

O professor Fernandes foi despedido secretamente. Nunca nenhum dos alunos soube o que aconteceu, nenhum, a não ser Samantha e eu. Guardei esse segredo durante anos, só revelando para o meu analista mais de 15 anos depois.

Não foi surpresa o que aconteceu comigo, eu formei no ensino médio com 17 anos e no mesmo ano passei para Farmácia na UFRJ. Os anos foram passando, o cabelo foi melhorando, a medida que o dinheiro ia ficando cada vez mais real na minha vida, os óculos hoje têm a lente bem fina. Conforme fui ficando mais velha despontei uma beleza fria, intelectual que afasta a maioria dos homens. Meus olhos verdes desnudam a alma de qualquer um que ouse olhar dentro deles. As curvas apareceram quando emagreci. Na verdade não emagreci, cresci.

No último ano de faculdade perdi a virgindade com um namorado meu da Engenharia. Ficamos juntos ainda algum tempo depois do fim da minha graduação, mas meu desejo de continuar não era compatível com a ideia dele de constituir família.

Já trabalhava num grande hospital quando resolvi fazer outra graduação. Escolhi cursar algo na área de ciências da natureza, mas não queria nada com Biologia, foi então que pensei em Química.

Já estava no 4º período quando os colegas de curso sugeriram almoçar num restaurante na Ilha do Governador. Fomos todos, éramos pouco mais de 10 alunos. Chegamos bem no início do horário destinado ao almoço. Sentamos. Ao meu lado sentaram dois colegas lindos e conversávamos animadamente. Logo o cardápio estava em minhas mãos. Escolhi algo leve para a refeição e ao levantar os olhos fiquei muda. Bem diante de mim estava Samantha, uniformizada, com um bloco de pedidos na mão. Não acho que ela tenha me reconhecido de cara. Mas tenho certeza que o fez quando falei, minha voz pouco mudara todos esses anos.

Quando fiz o pedido e ela saiu de perto da nossa mesa, pensei o que teria levado-a aquele emprego. Disfarçadamente olhava para o balcão onde ela estava, mas logo abaixava o olhar ao notar que ela olhava para nossa mesa de maneira inquisitiva.

As palavras dela ainda me ecoavam aos ouvidos e para provar para ela que estava errada me virei para um dos meus colegas e perguntei baixo em seu ouvido se poderia beijá-lo e que lhe explicaria a situação quando fossemos embora. André concordou rapidamente, ele já vinha tentando alguma abertura comigo há algum tempo. Beijamo-nos como namorados. A boca macia e gentil era quente e convidativa, a língua tímida tentava alcançar a minha, me entreguei ao beijo com abandono. Ficamos assim durante alguns minutos, até que as risadas e as piadas já podiam ser ouvidas. Terminamos o beijo com relutância. Olhei para o balcão, mas Samantha não estava ali. Imaginei que tivesse ido ao banheiro.

Pedi licença e fui também ao banheiro. Ao entrar lá vi que Samantha enxugava o rosto numa espécie de lenço de papel. Ignorei seu olhar inquisitivo e segui ao reservado, deixando a porta aberta. Sabia que ela não sairia dali com os olhos vermelhos como estavam.

- Viu como você estava errada? – disse de dentro do reservado.

- Como? – Ela perguntou tentando dissimular que não entendera a pergunta.

- Não se faça de idiota! Eu sei quem você é e você sabe quem eu sou. – saí do reservado: - Você me disse que não teria amigos e nem namorados porque era feia. Mas você estava enganada. Olhe bem pra mim e diga o que vê.

Ela balançou a cabeça negativamente e se preparava para sair quando num impulso lhe segurei o pulso e disse com o rosto bem próximo ao dela:

- Agora eu sou bonita, gostosa e bem sucedida e você?

Percebi que seus olhos se enchiam de água e a soltei. Me dirigi ao espelho e de lá a observei deixar o banheiro.

Poucos minutos depois voltei à mesa. A comida logo foi servida. Comemos rindo. Ao fim da refeição fiz questão de pagar em dinheiro. E com soberba deixei uma generosa gorjeta.

Fomos embora. O dia se seguiu na normalidade.

A noite comecei a pensar se não havia exagerado e com a consciência pesada deitei minha cabeça no travesseiro. Sonhei com ela de maneira íntima e acordei trêmula no meio da noite.

Pela manhã, ao acordar, resolvi que pediria desculpas por minha conduta exagerada e com essa ideia em mente passei o dia no laboratório.

Na hora do almoço fui ao restaurante sozinha, apesar da insistência de André em me acompanhar.

A encontrei lá, atrás do balcão, estava abatida, com o semblante pesado, as olheiras denunciavam a noite mal dormida.

Quando me viu tirou um maço de dinheiro do avental e o estendeu para mim, não fiz qualquer menção de pegar. Ficamos alguns minutos em silêncio, como se estudássemos uma a outra.

Eu falei primeiro:

- Desculpe. Apesar de ter sido rude no banheiro, eu jamais quis lhe ofender. Pelo que me perdoe.

Ela ainda me olhava nos olhos e suspirando disse:

- Não há nenhum motivo para pedir desculpas, afinal eu fui uma cretina mesmo. Imagino como aquelas palavras devem ter doído em você. Éramos tão crianças...

- Doeram sim, mas não deve ter se comparado com o que fiz ontem, por favor, me perdoe.

- Se você faz tanta questão... – e virou-se para entrar na cozinha.

- Que horas termina seu expediente? Podemos tomar um drink?

- Olha Jéssica, apesar de as coisas terem ficado cordiais, não posso dispor de dinheiro para drinks. Ou você não percebeu que minha vida não foi tão perfeita quanto imaginei?

- Se o problema é o dinheiro, eu pago. Faço questão. Há coisas ainda a serem explicadas, não acha?

- Talvez você tenha razão. Saio as 17:00h.

Sorri, satisfeita pela resposta.

- Ok! Passo aqui as 17:00h para te buscar. Agora preciso voltar para o laboratório.

Ela deu de ombros.

Fui saindo devagar, pensando no que dizer.

Voltei ao laboratório e a cada instante olhava para o relógio em cima da porta.

- Mas que diabos Jessica! Preste atenção no que está fazendo. – chamou-me a atenção André, antes que eu provocasse uma reação adversa a que queria estudar no laboratório.

- Ai André... Preciso sair mais cedo. Segura as pontas pra mim?

- Sair mais cedo? Como assim? Você jamais se atrasou ou saiu mais cedo desde que começou aqui. O que está acontecendo? É por causa do beijo? Se for pode ficar tranquila, já percebi que essa não é sua praia, apesar de ter gostado do seu beijo.

Sorri, meio sem graça. Nunca antes alguém tinha me dito tão claramente que eu era lésbica. Mesmo eu não considerando essa condição como verdadeira devo admitir que tive uns casinhos com algumas garotas na faculdade, nada mais completo, eu diria.

- Obrigada. – agradeci dando-lhe um beijo caloroso no rosto.

- Vai logo mulher! Antes que eu me arrependa de fazer o cavalheiro. – e riu.

Fui dirigindo meu carrinho velho sem pressa. Pensava nela o tempo todo. Cheguei antes da hora e fiquei no carro esperando.

Ela saiu pontualmente as 17:00h e sem o uniforme lembrava a interesseira da época do colégio.

Buzinei, e ela logo estava sentada ao meu lado.

Não falamos nada, eu dirigia em silêncio até que chegamos num bar qualquer no centro da Ilha.

Eu pedi um suco de maracujá, precisava esfriar as ideias. Ela pediu cerveja.

Logo começamos a conversar. Ela me disse que o professor nunca assumiu que havia tirado a virgindade dela, que negou a promessa de casamento. E a mãe dela com medo da história vazar a manou estudar no interior do estado. Me disse que sem a minha ajuda rapidamente foi ficando para trás na escola, até que com 18 anos abandonou tudo de vez. Tentara ser modelo, mas nas agências só queria fazer o teste do sofá e ela havia ficado meio traumatizada em relação ao sexo. Disse que teve alguns namorados, mas que nenhum deles queria apresentar a moça furada à família como namorada.

- Foram tempos difíceis. Minha família me virou as costas. Consegui esse trabalho por indicação de uma das professoras do supletivo. Já estou aqui há 1 ano. – havia tristeza em sua voz.

- No fim desse ano termino o supletivo. E pretendo tentar a universidade, tentar ser alguém na vida, sabe? Afinal já tenho 37 anos, ou melhor, temos. – e sorriu. Mas logo seu sorriso se desfez – Mas você venceu na vida.

- Olha Samantha, minha vida também não é um mar de rosas. Eu luto todos os dias para conseguir ser alguém melhor. Você também pode fazê-lo.

Coloquei minha mão sobre a dela e a deixei ali. Ela não fez nenhum movimento para retirar a mão.

Ficamos em silêncio. Havia tensão sobre nós. Eu não sabia bem o que era, talvez apenas o passado querendo voltar a nos assustar.

- Me leva para outro lugar? – ela disse.

- Outro lugar? Que outro lugar?

- A sua casa, talvez... – seus olhos brilhavam intensamente.

Pedi a conta, logo estávamos em direção à minha casa.

Chegamos lá, não conversamos muito. Fui até a cozinha buscar a cerveja e ao me abaixar para pegar a garrafa na prateleira inferior me senti sendo envolvida por trás.

Ela fechou a porta da geladeira e me pressionou contra a mesma. Senti sua mão buscando minha calcinha por baixo da saia que eu vestia. A respiração ofegante dela me provocava arrepios. Quanto mais força eu fazia para me soltar, mais ela me prendia.

A mão ágil, logo atingiu meu sexo. E ficou ali, durante vários minutos acariciando-o.

Virei a cabeço o quanto pude e entre um gemido alto e outro ela me tomou a boca num beijo rude, violento. Reclamei e ela suavizou um pouco o contato.

Senti seu dedo me penetrar com força por trás e apesar do susto a sensação de prazer compensava a rudeza dela. Rebolava de encontro àquela mão, emburrando as nádegas cada vez mais forte de encontro a ela.

Ela segurou os meus cabelos e puxou com força, enquanto continuava a me penetrar. Essa situação era completamente nova pra mim. Ninguém antes havia me subjulgado, e de todos que tentaram, nenhum tinha me provocado esse tremor descontrolado nas pernas. Ela me forçou a ir ao quarto e me deitou ainda de roupa na cama.

Me tomou a boca com fúria há muito tempo reprimida, a língua não era gentil como a de André, era voraz e sedenta pela minha. Tentei corresponder com a mesma vontade, mas era algo distante da minha personalidade.

Ela foi tirando a minha roupa, e quando desnudou meus seios tomou um dos mamilos na boca sugando com força. Gemi de dor e prazer ao mesmo tempo.

Logo estava nua com ela igualmente nua encaixada em mim. Ela esfregava o sexo no meu com violência. Era como se há muito tempo tivesse esse desejo. A sensação de impotência transformava minha condição de subjulgada em excitação pura, logo estava urrando de prazer. Me esfregava naquele sexo cheio de desejo até que explodi num gozo sem precedentes. Minha visão ficou embaçada e enquanto tremia sem conseguir pronunciar nenhuma palavra senti que sua boca me tomava o sexo sensível. A língua ágil logo encontrou o ponto fraco do meu desejo e ao contrário do que se podia supor, me chupou com extrema delicadeza.

O contraste da maneira com que tinha me tomado a poucos minutos com o que fazia agora era algo insuportável, logo estava gozando mais uma vez, desta vez em sua boca. Ela ficou ali, me provocando, me levando ao extremo das sensações, testando os meus limites.

Nunca antes havia compartilhado tamanha intimidade. E quando ela escalou meu corpo para me beijar, rolei com ela na cama. Queria lhe proporcionar os mesmos estímulos.

Prendi seus braços com uma das mãos e tomei-lhe um dos seios na boca. Era a realização do meu sonho de adolescente, aquela mulher na minha cama, submissa.

Fiquei ali o máximo que consegui, até finalmente descer de encontro ao sexo totalmente depilado que se oferecia pra mim, num misto de selvageria e suavidade.

O gosto dela era bom. Como nenhum que já tivesse provado antes, o clitóris se insinuava para fora do sexo, implorando pelo beijo intimo que eu estava preste a lhe conceder.

Tomeio-o inteiro na boca. Ela tremeu neste momento. Chupei a pérola que se insinuava para a minha boca, enquanto lhe penetrava suavemente. Senti seus músculos potentes contraídos e a vagina apertada a comprimir meus dedos.

Iniciei os movimentos lentamente, enquanto lhe chupava com carinho o sexo depilado. Sues gemidos eram baixos, contidos, mas logo foram tomando proporções crescentes, até que num tremer intenso de seu corpo ela deixou escapar o grito que indicava sua satisfação.

Não satisfeita fiz com que ficasse de bruços e deitei sobre seu corpo. Podia sentir suas nádegas comprimidas de encontro ao meu sexo. E fiquei ali, me esfregando naquela bunda que rebolava como se eu lhe estivesse penetrando.

Fiz com que se virasse mais uma vez e com o corpo invertido, sentei-lhe no rosto enquanto ao mesmo tempo tomava mais uma vez o sexo entre os lábios.

Ficamos assim durante vários minutos até que sem aguentar mais explodi num gozo frenético em sua boca, ao mesmo tempo em que ela também gozava.

Demorei a me recuperar, meu corpo todo doía pelo esforço, mas me sentia feliz.

Deitei ao seu lado exausta e ela me sorriu, aquele sorriso malicioso da nossa adolescência e confessou:

- Sempre quis fazer com você. Eu ia lá para a sua casa pedir ajuda na esperança de você me transformar em mulher. Te contei do professor porque sabia que você teria ciúmes, assim como eu também teria se a situação fosse oposta. Mas você simplesmente me ouviu te ofender e nada disse.

Ficou em silêncio alguns instantes e prosseguiu:

- Os anos longe de você foram um tormento para mim. Sempre sabia de notícias suas e saber que você tinha seguido com sua vida me causava uma tristeza enorme. Até o dia em que você apareceu no restaurante. Inicialmente fiquei feliz em te vez, mas depois que você estava aos beijos com o rapaz me senti fútil e vazia. Por isso estava chorando no banheiro.

Eu não sabia o que dizer. Então disse a única coisa que não soaria idiota diante daquele momento:

- Obrigada!

E lhe toquei o rosto com as duas mãos antes de beijá-la na boca. Um beijo cúmplice, uma promessa.

Ela não foi à aula naquela noite. Ficamos deitadas nuas e abraçadas a noite inteira. Queríamos recuperar todo o tempo que havíamos perdido.

Dormimos com o dia claro, no dia seguinte era sua folga e eu não teria trabalho no laboratório, então, ficamos trancadas no meu apartamento.

Estamos juntas. Todo dia eu vou ao restaurante onde ela trabalha para almoçar. Ela se mudou para minha casa e apesar de eu insistir que ela não precisa, faz questão de ajudar nas despesas. As provas no supletivo estão chegando e desta vez ela não vai precisar de ajuda. Tem estudado bastante. Decidiu que vai ser farmacêutica, como eu, o que me deixa bem orgulhosa.

Ela sempre prepara o jantar e entre um prato e outro, já deixamos a comida sobre a mesa para nos saciar na cama. Ela é bem passional.

Eu to no meio da graduação agora e já penso no futuro abrir uma farmácia para mim, dinheiro para investir eu já tenho, resta só a coragem.

Mas vamos ver o que o futuro vai nos reservar... Afinal, tanta coisa ainda pode acontecer, não acham?

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Comentários

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...eu achei maravilhoso como sempre. Sou sua fã Barbara. Uau... que bom é ler os seus contos. Beijinhos.

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Gostei do seu relato, algo que fala do real, do que pode ocorrer em nosso dia a dia e que culmina com um encontro que dir-se-ia ja escrito pelo destino. Parabens. (prazercomamizade@hotmail.com) Rui. Recife.

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