Crescimento (Meu primo e eu) - Regresso ou avanço? (Parte 5 - Penúltima parte)

Um conto erótico de outroX
Categoria: Homossexual
Contém 1763 palavras
Data: 05/04/2013 01:54:37

Acho que é aqui que nossa história enfrenta a maior sequência de altos e baixos... Depois de toda a evolução narrada nos dois últimos capítulos que postei aqui, algumas coisas começaram a surgir (algumas reapareceram) e eu e Pablo caminhávamos para um momento meio decisivo mesmo que silencioso.

O primeiro alto, foi o que descrevi na parte 4. Eu consegui colocar meu lado mais sexual pra fora, nossas transas eram cada vez mais intensas, eu conseguia sentir prazer no sexo em si e as atitudes dele antes e durante a foda, mostravam que ele também se satisfazia comigo. Tudo começou a mudar bem sutilmente. Ele arrumou uma namorada relativamente séria e continuava a ficar comigo. No começo eu não sabia muito bem, achava que era só mais uma das 1000 ficantes dele, mas depois, ele se afastava de mim por um tempo e voltava como se nada tivesse acontecido. Achei estranho e numa conversa besta com uma prima, acabei descobrindo que ele namorava sério com uma menina qualquer.

Eu até perguntei a ele, mas era sempre negado. O maior problema não era nem esse... Eu crescia, ele também, e meus sentimentos por ele foram ficando maiores. Não que eu quisesse namorá-lo sério e assumir um relacionamento por aí (somos primos e ainda tirando isso, seria um inferno com a minha família), mas eu queria que ele sentisse as mesmas coisas por mim e não precisasse ficar pegando meninas por aí. Ele sempre disse que eu era e seria o único menino com quem ficaria. Isso me deixava de certa forma feliz, mas também mostrava que ele não se sentia muito confortável com o fato de sentir desejo por outro homem. Eu. Acho que foi daí que esse afastamento começou. A namorada surgiu, sumiu... Depois surgiu de novo, novamente sumiu e depois eu não soube mais dos dois juntos, mas minhas preocupações e sentimentos para com Pablo sempre estiveram presentes.

Nesse meio tempo, entre um namoro dele e uma tentativa de afastamento total da minha parte (eu precisava tirar esses sentimentos mais profundos por ele de mim de algum jeito), eu acabei conhecendo outro cara. Fernando. Ele era o oposto de Pablo. Era o que eu precisava, talvez... Mudança. Fernando hoje tem 22 anos. Bem, ele é branco, cabelos quase pretos e meio lisos. É um pouco acima do peso, mas isso não atrapalha sua beleza. Faz mais o tipo afeminado... Que mais? Hmmm... Ele me foi apresentado por uma amiga que sabia da minha orientação sexual e da dele e nós começamos a conversar. Ele era realmente o que eu precisava naquele momento. Eu precisava de algo mais, não apenas sexo e um quase amor não correspondido.

Eu e Nando ficamos umas 3 ou 4 vezes e parecíamos caminhar para um namoro. Minha preocupação maior com essa minha possível nova relação era ainda o sexo. Nando sempre foi passivo nas suas relações e Pablo era ativo quando eu ficava com ele. Seria algo novo pra mim... Eu não me sentia totalmente pronto, mas continuamos “quase namorando”. Nando era bastante paciente comigo. Ele sabia de Pablo, não colocava pressão em mim em relação ao sexo (ele havia saído de uma relação meio conturbada desse lado também) e acima de tudo era muito meu amigo mesmo. Acho isso fundamental.

Sabe quando tudo parece começar a dar certo, mas vem alguma coisa e acaba com tudo? Então...

Meu relacionamento com Nando era quase sério (nunca demos rótulos, mas pode-se chamar de namoro), eu gostava cada vez mais dele, Pablo ainda fazia parte dos meus pensamentos, mas eu fui aprendendo a lidar com isso... Ele foi meu primeiro e estaria sempre ali. Mas não. Ele tinha que voltar e me fazer ficar confuso de novo.

Era noite, domingo, eu estava sozinho em casa, no quarto da minha mãe, assistindo TV deitado (como sempre). Pablo chega. Sério, eu já senti algo diferente. Só em vê-lo, eu muitas vezes ficava excitado. Ele sempre teve (e acho que sempre vai ter) esse tipo de efeito sobre mim. Enfim... Eu sabia que ele estava namorando. Não sabia com quem mas sabia que não era a mesma menina de antes. Ele se senta do meu lado, depois se deita atrás de mim e me dá um beijo atrás do pescoço, forçando seu pau contra minha bunda me fazendo sentir sua ereção.

- Não. Para, Pablo. Sério.

- Que foi? – Ele perguntava a cada “não” meu me beijando o pescoço.

- Nada, véi. Não quero. Você tem namorada e eu também não posso.

- Namorada? Quem disse? Só fiquei com uma menina aí... O povo que diz que ela namora comigo. E você não pode porquê? Você tá namorando? Um menino?

- Tá. Acredito. Não, eu não tô namorando. Só tô conhecendo um carinha e até eu ter certeza de que não vai ter nada sério, não fico com ninguém. Você devia fazer isso também. Essa menina não merece ser traída toda hora.

Ele riu.

- Primeiro que além dela só fiquei com você. Segundo que ela nem é minha namorada e sabe disso. Então não devo explicação. Você tá achando é desculpa pra não ficar comigo. Se você não gosta mais de mim, fala, porra!

Ele se afastou um pouco e ficou olhando pra cima ainda deitado. Eu ri. Pra não chorar, mas ri.

- Ah, quem me dera não gostar mais de você. QUEM ME DERA! Sério mesmo. Eu queria. – ele olhou pra mim meio sério mas com uma certa esperança nos olhos – Véi, eu só cansei de ser tratado com uma opção quando você não consegue nenhuma menina por aí. “Vou comer Mateus. Ele sempre deixa!”. Parece que é sempre isso, Pablo. Eu não quero que você me namore, mas eu não quero ficar esperando que você queira ficar comigo e venha só pra “me comer” e depois fingir que nada aconteceu. Aconteceu e acontece muita coisa entre a gente. Você só não parece ver.

Pronto. Falei. Não olhei pra ele em nenhum momento. Meus olhos encheram de lágrimas. Ele demorou um pouco pra responder, percebeu que eu limpava os olhos e tentou voltar pra perto de mim. O afastei com uma mão e me sentei na cama (meio cena de novela, mas fazer o que? Hahaha).

- Eu gosto de você, Mateus. Se eu não gostasse eu nem aqui ‘tava’. E você não é uma opção. Só tem você. É sério.

- Eu não tô dizendo que você não gosta de mim. Você sempre diz que sou o único menino que você vai ficar

- E é!

- Então eu devo ter algum coisa mesmo, mas você se afasta, parece que eu nem existo mais. Eu sei que pra você é complicado entender que pode gostar de um menino, mas você devia entender meu lado.

- Pra mim não é complicado entender que gosto de você.

- Ah não!? Para e pensa, Pablo. Você faz comigo justamente o que seus amigos e você acham errado. Chamam de viadagem. Falam mal de quem faz qualquer coisa parecida. Você transa comigo. Isso não é besteira.

- Que se foda esse povo.

- Esse povo é você, Pablo. Você também chama os outros de “viado” ou coisa pior. Aí você esquece isso tudo, vem aqui, a gente transa, você vai embora e pronto. Eu só tô tentando fazer você ver o que acontece aqui.

Foi quando eu olhei pra ele e percebi apenas desorientação. Ele parecia meio confuso, tentando processar tudo que acontecia ali.

- E o que você quer? – ele perguntou de repente quase chorando – Você quer que a gente namore? Tá bom. Que a gente fale pra todo mundo, Mateus?

- Eu não quero nada disso. Eu só quero que você dê a devida importância ao que acontece entre nós. Não quero que você grite pra todo mundo que gosta de mim. Eu quero que você saiba que gosta de mim. Nós somos primos, daí já é complicado. Não preciso da aprovação de ninguém. Eu só quero que você entenda você mesmo. Entenda que eu sou um homem! Não é porque você enfia seu pau em mim que eu deixo de ser isso! Você gosta de um homem! Posso até ser o único, e eu sinceramente acredito que não vou ser, mas sou um homem. Pode não ser totalmente, mas você tem esse lado gay, Pablo. Esse lado que gosta de homem. Ou não. Ou pra você eu sou uma menina. Se é isso, você só tá se enganando.

- Eu já disse que só sinto atração por você. – Ele tinha parado de chorar e eu começava a disfarçar algumas lágrimas.

- Tá bom, tá bom... Mas você entendeu o que eu quis dizer?

- Entendi. Mas eu gosto de você. E eu sei que sou gay... Gosto de meninas mas gosto de você. E com você é diferente. É mais calmo.

Eu sorri.

- Mais calmo e eu aqui falando isso tudo na sua cara.

- De boa.

Minha mãe entrou em casa. Limpei meus olhos rapidamente, Pablo se levantou novamente me deu um selinho e saiu do quarto em direção ao computador.

Alguns minutos depois, mãe foi na casa da minha avó que ficava do lado e Pablo voltou ao quarto.

- Eu já tô indo.

- Oh. Tá certo... Tchau.

- Tá tudo bem? Você ainda precisa conversar? Se quiser...

- Não. De boa.

- Tá bom então... Tchau.

- Tchau, Pablo.

Pronto. Ali acabava um momento de baixa da nossa relação e começava o momento mais sincero entre a gente. Eu ainda me arrependo de ter dito algumas coisas. Falo demais quando estou discutindo. Mas essa conversa foi importante. Mesmo ele quase não falando, foi. E foi depois dessa conversa que eu percebi que ele podia se importar.

Com Fernando não deu certo. Ele era legal, somos amigos (melhores amigos pra falar a verdade), mas acho que não daríamos certo numa relação mais séria. Ele era igual a mim demais. Eu não me aguento muitas vezes. Rsrsrs’

Não sei se Pablo continuou namorando aquela menina, mas eu o percebia sendo mais meu (todos comemoram). Ainda era complicado pra mim e pra ele, a família começou a desconfiar... Mas fomos superando. Fomos voltando ao normal, ele ficava mais comigo, era mais carinhoso... Sei que isso não era da personalidade dele, mas era bom vê-lo tentando. Eu só não esperava a sequência de mudanças pelas quais eu iria passar nos meses seguintesFecho aqui a 5ª parte que fica como penúltimo capítulo. A parte 4 não teve uma recepção muito boa, mas o que importa é contar a história. Esse capítulo foi o menos erótico, mas é o mais importante pra mim. Tanto que lembro do diálogo com detalhes. Enfim... votem, comentem... Até a parte final.

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Comentários

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Gostei muito da parte 4 também. Acho que não teve muito repercussão, porque voce acabo demorando um pouco a postar a continuação, dai os leitores (como eu), acaba esquecendo um pouco e deixando de comentar. Adoro o conto, pois é realista, e sei que isso acontece com certa frequencia, e outra, quem nunca ficou com um primo.

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"pikdura18", não precisa se desculpar :)

Pelo menos não chegou dando 0 como um outro fez aí. Minha história é meio paradinha mesmo... Mas só conto o que aconteceu. Espero que você goste dos que virão quando eu terminar a parte 6.

Oliveira Dan, diálogo é tudo. Vem. Vem bomba haha. Mas foi algo de certa forma bom. Posto a parte 6 sexta que vem.

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ahhh que pena que já é o penúltimo; isso aí, tudo se resolvendo na base do diálogo. Vish, pelo jeito que você falou, lá vem bomba no próximo capítulo

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