A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 06X05 - "Por você..."

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1461 palavras
Data: 06/04/2013 12:42:32

- Paulo!!! Fala comigo... vamos... reage!!! - gritei chorando e balançando o corpo do meu irmão.

- Filho... para... para.... - gritou meu pai.

- Não. Ele está vivo! Ele está vivo! - falei.

- Pedro... amor... amor... olha para mim. - disse Mauricio também chorando, mas se mantendo firme.

- Faz alguma coisa. Eu... eu... não posso... não dá.

- Pedro. Eu to aqui. Não vou a lugar nenhum, precisamos ser fortes. Tua mãe... teu pai. Por nós.

- Mauricio. Você está louco? O Paulo está vivo. Não precisamos ser fortes. Precisamos acordar ele. Por favor... por favor...

- Chega Pedro!!! - gritou meu pai. - Chega!!!! Podem levar o corpo dele.

- Não... não.... parem... parem... ele não está morto... ele não está morto.... - gritei e levantei.

- Para... para... eu to aqui... - disse Mauricio me abraçando e me fazendo ficar quieto.

- Nãoooo!!!! - gritei acordando de um novo pesadelo.

- O que? - disse Mauricio acordando assustado.

- Nada... foi... foi... um pesadelo. - falei levantando e saindo do quarto.

Desci as escadas e abri a geladeira. Apesar de estar com frio fiquei suado rapidamente. Peguei um copo de suco e o resto de uma torta. Assustei-me com o Mauricio.

- Está tudo bem? - ele perguntou me passando um copo.

- Sim... só esses pesadelos que me perturbam. - disse entregando o copo cheio.

- Paulo?

- Sim... em cada sonho é um momento diferente. Mas, é tão real. Será que ele quer me dizer algo? E se o Márcio não for algo bom? E se ele continuar podre por dentro?

- Eu nunca deixaria ele fazer mal a você. Minha família é o que eu tenho de mais precioso. - ele disse pegando um pedaço da torta e colocando em minha boca.

- Obrigado.

Eram 2 horas da manhã. Eleonora a mãe de Ezequias saiu de casa e foi até o Centro da cidade. Mulher puritana, se surpreendeu com as mulheres e homens que andavam na rua.

- Nossa. - ela pensou.

- Deseja alguma coisa tia? - perguntou um garoto de programa.

- Não... não... se converta! - repreendeu a mãe de Ezequias.

- Desculpe.

- Jesus me ajude. Que lugar eu vim me meter... credo...

- Está perdida titia? - perguntou um travesti.

- Jovem senhora me responda? Onde eu encontro a boate Trix?

- Jovem senhora.... bem... siga-me. Só tome cuidado com algumas pessoas. - falou. - Ahhh e a propósito me chamo Luaine Lohaynne... com três enes.

- Tudo bem Luaine. - disse Eleonora segurando a bolsa.

Até que ponto iria uma mãe que mesmo machucada... queria ver o bem do filho? Eleonora se meteu em um novo mundo, onde nunca viu. Se surpreendia a cada nova esquina.

- Quem a senhora procura? - perguntou Luaine.

- Procuro o Bruno Carvalho. Ele é...

- O dono da boate.

- Sim... nossa é sempre barulhento aqui? - perguntou Eleonora.

- Demais. Mas, espera... - disse a travesti pegando dois algodões da bolsa e colocando nos ouvidos de Eleonora.

- Obrigada querida. Onde eu acho esse homem?

- Vamos. Ele está ali. Eiii... Bruno!!! - gritou Luaine.

- Fala gostosa. - gritou o homem.

- Essa senhora queria falar com você. Acho que ela quer um par de ingressos para a Trix.

- Tudo bom senhora?

- Então seu Bruno... meu filho vinha fazer um teste para tocar na sua boate. Ele é um ótimo músico, mas sofreu um acidente. Ele está se recuperando, mas gostaria que ele fizesse uma apresentação na sua boate.

- Bem... já contratamos o vocalista...

- Moço ele é muito bom... sabe... não é porque ele é meu filho, mas... ele toca e canta bastante.

- Bem. Ele pode tocar sábado, mas não prometo nada. O novo vocalista é um idiota. - falou Beto.

- Obrigada seu Roberto. - disse Eleonora o abraçando.

- Como sabe meu nome? - perguntou ele.

- Porque meu sobrinho insiste em se alto chamar Beto e acho Roberto um nome lindo.

- Ok. Dona Eleonora até sábado... pegue meu cartão. Me ligue. - abraços.

- Consegui. - falou Eleonora feliz abraçando Luaine.

- Que bom! Quero muito ouvir seu filho tocar.

- Menina se você quiser pode ir na minha casa. - falou Eleonora.

- Claro... me passa o teu telefone. - falou Luaine.

- Esse aqui é o meu. - disse Eleonora entregando um papel para o travesti.

- E parabéns... não é toda mãe que faz isso por um filho. Até mais... vou te deixar no ponto de táxi.

Vinicius e Jean estavam realmente envolvidos em criar uma liga LGBT na cidade. Eles viram coisas boas em sua viagem para a Irlanda. E trouxeram várias propostas para a cidade.

- Ei... vamos fazer assim... você será o presidente. Eu o vice, o Pedro, Mauricio e a Rosana fazem parte da diretoria. - falou Vinicius.

- Pode ser, mas precisamos votar em um nome. Tem que ser algo sério. Nada de baitolagem. - falou o saldado.

- Bobo... que tal Rouxinol? - perguntou Vinicius.

- Não... nada gay... é muito redundante... é como chamar uma pizzaria de mussarela.

- Vamos pensando em algo legal... afinal... é algo inédito para nós... quero fazer tantas coisas.

- Fiquei animado com as coisas que eu vi lá. - falou Jean.

- Caramba... se conseguirmos implantar aqui 30% já é uma grande vitória. Lembra o que aconteceu com o Duarte? Coisas como aquela não aconteceria. - disse Vinicius.

- Que tal... grupo... pôr do sol?

- Que lindo... pode ser... sempre haverá um novo dia. Esse vai ser o nosso slogan.

- Eu já disse que te amo? - perguntou Jean.

- Sim... mas, é bom você me relembrar.

Márcio tinha um segredo. Ele retornou para a prisão para dar baixa em seus documentos. Ele passou pela porta e respirou fundo. Márcio cumprimentou alguns guardas e pediu para ver uma pessoa.

- Oi? - perguntou ele.

- Você demorou... - respondeu o homem de longe.

- Desculpe, mas tive que procurar um trabalho... consegui um apartamento bacana para a gente... e...

- Você trouxe o que eu pedi? - perguntou o homem não deixando ele terminar sua frase.

- Sim. Mas, preciso ir no banheiro. - falou ele.

- Está esperando o que?! - disse o homem batendo na mesa.

- Já volto. - ele disse saindo.

- E ai? - perguntou outro detento. - O teu amorzinho trouxe o jantar?

- Não bagunça. Ele é o nosso passaporte para longe desse inferno.

- Inferno que a gente criou... e cria a cada dia. - disse. - Luciomar... somos farinha do mesmo saco... o sistema precisa pagar... todos precisam.

- É... Rian!!! - gritou o homem desferindo um soco no detento.

- Calma aí... mano... só porque tu manda em tudo aqui, não significa que é mais forte. - disse o homem o jogando contra a parede.

- Eles vão pagar... todos eles... enquanto estamos morrendo aqui nesse esgoto... eles vivem a vidinha pacata... mal sabe eles... o fim está próximo... a guerra se aproxima. Agora saí!!! - ordenou Ryan.

Depois de alguns minutos Márcio retorna e entrega um aparelho celular para Ryan.

- Desculpa a demora. - pediu Márcio.

- Puxa bebê... não se preocupa... agora vem cá... vem... fica de joelho.

- Estava com saudades?

- Sim... e aposto que você não teve trabalho com o celular... afinal... a gente treinou bastante. Me chupa logo vadia!!! - gritou Ryan baixando Márcio com violência.

- Tudo bem, mas não bate em mim não...

- Se você aguentar sem chorar... penso no teu caso.

Sim... Márcio estava apaixonado e para ele não importava, no seu coração Ryan o amava. E esse 'amor' traria sofrimento para muitas pessoas inclusive ele.

Judith e Bernardo decidiram fazer uma peça no orfanato. Eles conversaram com Larissa e decidiram produzir o espetáculo "O Gato de Botas".

- Adorei a ideia. - falou Larissa.

- Sim... é maravilhoso. - disse Judith sorrindo.

- E vamos treinar os meninos... e ministrar um pequeno curso de Teatro. - falou Bernardo.

- Depois faremos um teste de elenco e escolheremos os personagens. - falou Judith.

- Meninos confio em vocês. Sei que farão um belo trabalho. - garantiu Larissa. - Vou pedir para arrumarem uma sala ou até mesmo quem sabe fazer um mini-teatro? Vou falar com o avó de vocês... no caso... teu pai Bernardo.

- Tenho certeza que ele vai adorar. - garantiu o menino.

- Vamos colocar o plano em ação? - perguntou Larissa.

- Vamos!!! - gritaram os dois juntos.

Vinicius me ligou e fomos procurar um endereço para a sede do movimento Pôr-do-sol. A maiora deles era velho ou ficavam localizados em um bairro perigoso, mas o dinheiro que levantamos foi suficiente para o aluguel.

- Nossa gostei bastante o da rua Oscar Silva... mas, tem aquele também da Avenida Teixeira. Podemos escolher um deles. - falou Vinicius.

- Sim... - falei distante.

- Pedro? Pedro?

- Oi? Tudo bem?

- O que você tem? - questionou Vinicius.

- Nada.

- Distante desse jeito? Conta logo.

- Eu... eu... venho tendo sonhos com meu irmão. - falei.

- E o que acontece?

- Na verdade são fragmentos... tipo... lembranças... dele no hospital...

- Nossa. Amigo... será que ele está tentando dizer algo? - perguntou Vinicius assustado.

- Como assim?

- Lá na Irlanda... quando um parente morto aparece em sonho é sinal de mal presságio.

- Acho que não. Não acredito nisso. - falei entrando no carro.

- Mas, certas coisas é preciso ter cuidado. - ele disse entrando.

- Será?

Sim... Vinicius me deixou bastante assustado com aquele comentário. Estava tão feliz com a minha vida que não queria outra desgraça em minha vida. Porém, os sonhos me pareciam tão reais e assustadores.

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Comentários

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Parte do passado voltanda ao presente mexendo com as emoções, dores que estão esquecidas, ou melhor arquivadas no subconsciente..e novos personagens entrando em cena... essa temporada promete mesmo.. muito bom.

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Explora a relação do Marcio com o Ryan e o que este planeja.

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To cm pena do Marcio, tomara que tudo que ainda não comecou acabe bem.

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A vida do Marcio na cadeia é um assunto bacana hein... 10

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se der, conta mais sobre a vida de marcio na cadeia e como ele se apaixonou pelon ryan! amo contos na prisao hshshsh

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