Saudações! Meu nome é Erick, vulgo Camaleão. Tenho 22 anos e vou contar como cheguei até aqui.
Eu sempre fui bastante sociavel. Não sou um Brad Pitt mas sou bonito. Tenho olhos e cabelos castanhos claros. Meu cabelo é bem curto, eu passo máquina. Eu sempre deixo uma barba mal feita na cara. Combina com meu tipo de rosto. Meu corpo é bem legal. Pratico muay thai, corro, faço barras, abdominais. Devido a isso tenho um "corpo invejável".
Em minha cidade, no interior de minas, eu conseguia pegar todas as meninas da cidade na época de escola. Não só devido a aparência, mas eu me considero uma pessoa bastante culta. Leio mundo, sempre por dentro dos acontecimentos, estudo bastante também. Enfim, tenho um papo interessante.
Uma coisa interessante: eu me considerava bissexual. Gostava de pegar mulheres, mas admirava muito o fisico masculino e eu sempre tive a vontade de ficar com um.
Tudo começou no fim do ensino médio. Eu e meu dois melhores amigos, Caio e o Lucas passamos no vestibular. Eu iria para Belo Horizonte, Caio para o Rio de Janeiro e Lucas para Campinas.
Caio era magro e baixo. Devia ter 1,70 de altura. Tinha os olhos castanhos e cabelos cor de mel. Já Lucas era todo malhado. Era alto e forte. Tinha um par de coxas perfeitas. Eu sempre zuava que um dia eu iria apaixonar nele. Lucas tinha olhos verdes e cabelos cacheados na altura do pescoço. Era bem mais bonito que Caio.
Enfim, para comemorar nossa passagem no vestibular e para ficar juntos nos ultimos momentos antes de nossa "separação" resolvemos ir para um hotel fazenda, onde vários jovens de diversas escolas iam comemorar sua passagem no vestibular. Só nós 3. A principio meus pais não gostaram muito da ideia, mas com o tempo deixaram.
Esse hotel ficava em uma cidade no interior do Rio de Janeiro. Essa comemoração durava uma semana, cada dia tinha alguma festa diferente.
O hotel era bem completo: tinha piscina, um restaurante, dois bares tématicos (texas e cassino), os quartos eram chalés, tinha um campo de futebol, quadras, uma area de jogos (sinuca, pembolim, dardos, arco e flecha, fliperama entre outros). Era o lugar perfeito.
Bom, arrumamos tudo e fomos. Meu pai leveu a gente até a cidade. De lá, pegariamos o ônibus proprio para o hotel, e assim se fez. Saimos da minha cidade de madrugada, chegamos na cidade e logo nos dirigimos à rodoviaria. Antes de embarcamos, Lucas faz a seguinte colocação:
- Bom, seu eu morrer nesse hotel, pelo menos morrerei feliz. - Era verdade. Nós três estavamos super felizes. Era hora do almoço. Comemos qualquer coisa na rodoviaria e entramos no ônibus. Eu mal sabia que essa semana seria a melhor da minha vida.
============================== 1 Dia:
Logo que chegamos ao Hotel Fazenda, chamado Hotel California, foi uma surpresa. Na entrada tinha um letreiro luminoso com os diseres: "Hotel California, Such lovely place, such lovely place, such lovely face". Era tudo muito especial, Tudo era perfeito. Recebemos um "mapa" do Hotel para nos localizarmos. Nós três ficariamos no mesmo chalé. Por precaução levei uma gravata (entendedores entenderão). Deixamos nossas coisas lá e fomos explorar o Hotel. Visitamos tudo, piscinas, quadras, restaurantes, bares e o resto. Havia altas gatas, e gatos. Era época dessas viagens de formatura de ensino médio então haviam muitos jovens nesse hotel. Isso seria bom.
Voltamos ao nosso chalé, para decidir o que fazer primeiro.
-Piscina! Olha as gatas de biquine! - Falei animado. Embora o que eu queria mesmo era tentar arranjar um homem para ficar, ninguém ali me veria de novo mesmo...
Votamos, entretanto os meninos quiseram ir para o bar. Eu mesmo assim fui para a piscina. Coloquei um sungão preto, um óculos escuro, minha cara mais sexy possivel e fui. O meninos já haviam ido para o bar beber tudo o possivel.
Me dirigi a piscina. Estava um sol de lascar. Nem me preocupei com protetor solar. Deitei em uma espreguiçadora e fiquei tomando sol. Meu pensamento estava longe quando algo me trouxe de volta ao mundo.
- Eaew brother! Tá de boa ai? - Um homem, perfeito havia se aproximado. Seu perfume era diferente de tudo que eu já havia visto. Melhor que todos os cheiros que eu já havia sentido. Ele estava somente com um sungão branco. Ele era mais ou menos do meu tamanho. Tinha um corpo escultural, peitoral lisinho, barriga cheia de gominhos. Pele branquinha, olhar sedutor. Seus olhos eram o mais puro tom de azul que já havia visto. Seus cabelos era um tom de loiro perfeito. Era o homem mais gato que eu já havia visto. Além do mais, era impossivel não notar o volume por tras do sungão branco. E ele estava falando comigo. Rapidamente eu me sentei na cadeira, e respondi:
- To sim cara!
- Mano, meu nome é Cadu! Bora jogar uma partida de polo aquatico? - Ele falava com todo um jeitinho todo convidativo.
- Uai cara, não é do meu feitio fazer isso. Mas eu posso tentar aprender...
- Eeeee... ó o cara falando bonito! - Seu tom de deboche era muito sexy e provocado - Vam bora brother! - Ele virou e começou a ir em direção a uma piscina que tinha um grupo de pessoas. Levantei rapidemente e começamos a ir lado a lado, em silencio. Chegamos mais perto e lá havia um grupo de quatro pessoas. Todos homens. Eram perfeitos. Todos tinha um corpo sarado, mas ninguem como Cadu. Todos eram belos, mas ninguem como Cadu.
- Pessoal, esse cara aki - apoio uma mão nas minhas costas e com a outra deu um tapinha do meu peito - vai completar o time. Ele se chama...
- Erick, ou Camaleão para os mais intimos. - Completei. Camaleão era meu apelido do ensino médio, não sei até hoje o motivo.
- Ihhh! Olha lá! Camaleão é nome de traficante na minha favela! - Um neguinho sarado falou em tom de deboche. Deve ter sido uma piada interna, pois todos estavam rindo.
- Vamos começar? O Camaleão é do time adversario. Times de sempre. - Após ele falar isso eu gelei. Times de sempre, eles já deviam jogar e eu nunca havia jogado.
Eles destribuiram uma faixa para colocar no braço para facilitar a diferenciação dos times. Eu peguei uma vermelha e coloquei no braço. Cadu me explicou as regras rapidamente e começamos. No começo foi dificil e complicado. Com o tempo eu fui pegando a lógica do jogo e fui melhorando. No fim, nos ganhamos por pouco!
- Cara, tu manja! Hoje nós planejamos tocar um violão de madrugada! Rola? - Cadu falou ao fim do jogo.
- Claro cara! Acho que nem vo consegui fugir! Pessoas, vo te que ir agora! Té mais. A gente se ve! - Falei e sai em direção ao meu chalé. Na hora que eu cheguei em frente ela, minha gravata estava na porta. Não pude conter um sorriso. Sentei em um banco pra esperar algum sinal de vida dos quartos, mas nada ocorreu. Para descontrair, fui até o bar do texas.
Chegando lá, tive uma surpresa. Cadu estava sentado sozinho, bebendo. Peguei uma bebida e sentei em sua mesa. Antes de me sentar, respirei fundo para sentir seu cheiro. Continuava perfeito. Na hora que eu sentei, percebi que seu rosto estava vermelho, parecia que ele havia chorado. Preocupado com meu novo amigo perguntei:
- O que foi cara?
- Não é da sua conta! - Claramente ele estava meio alterado. Aquele não era o Cadu qua havia me chamado para jogar polo.
- Calma cara! To só tentando ajudar...
- Como!? Tu nem meu amigo é! - Cada vez mais ele estava estressado e cada vez mais falava mais alto. Comecei a me irritar um pouco com aquilo.
- Bom, de onde eu venho é assim que se fazem amigos.
- Se intrometendo na vida dos outros!? - Cadu agora estava gritando.
- Não! Se preocupando com ela! - Gritei em mesma altura. Acho que esse argumento foi forte demais. Ele pegou o copo que estava bebendo e jogou o liquido (que eu reconheci como whisky) em minha cara. Meu sangue ferveu. Respirei fundo para acalmar. Não queria brigar ali, nem com ele. Eu levantei, falei "Cretino" e fui embora. Todos estavam olhando pra gente. Antes de eu sair da sala, Cadu fala:
- Camaleão, espera! Desculpa cara! - Sua voz tinha um tom arrependido. Com muita calma, parei, me virei e disse:
- Camaleão não. Camaleão é pros amigos. Pra você, Erick. - Falei num tom mais calmo possivel. Virei e fui embora de vez. Deu tempo de escutar um "espera" mas, quando sai do bar, comecei a correr em direção ao meu chalé. Cheguei lá, Lucas e Caio estavam discutindo quem havia pegado a mais gostosa. Quando me viram, pararam de discutir e voltaram sua atenção a mim:
- O que foi cara! Quem fez isso? - Ambos perguntaram quase que simultaneamente.
- Nada. - Respondi seco e entrei no banheiro. Tomei um banho demorado, coloquei uma bermuda de praia e sai. Havia um recado deles em cima da minha cama:
"Rafa, estamos na piscina aproveitando o fim de tarde, chega ai".
Atendendo o pedido, coloquei uma camiseta branca e sai em direção a piscina, ainda puto por causa do Cadu.
Cheguei na piscina, Lucas e Caio estavam lá com mais 3 meninas: Marina, Fernanda e Júlia. A que tava sobrando era a Júlia. Não foi preciso mais do que meia hora de conversa para convence-la a levá-la para "conhecer" meu chalé.
Assim se fez, fomos até ele. Coloquei a gravata na porta e nos trancamos lá. Começamos a nos beijar na porta mesmo, depois fomos pra cama, tiramos nossas roupas, coloquei uma camisinha e comi ela. Foi bom, mas aquilo já era um cliche. Eu queria algo diferente. Queria Cadu.
Logo após, Júlia simplesmente disse que tinha que ir. Vestiu sua roupa e foi embora.
Fiquei deitado por um bom tempo somente de cueca. Coloquei uma roupa e fui até o restaurante jantar. Já era noite quando eu cheguei. No primeiro dia a festa era na piscina, um DJ tocaria. Começaria as onze horas, portanto todos estavam no restaurante comendo ou no bar entrando no clima. Comi algo no restaurante, sem me preocupar com nada. Devia ser umas 22h quando eu voltei ao chalé para me preparar para a festa. Todos estariam lá, até Cadu.
Assim planejado, assim feito. Me aprontei: coloquei uma bermuda jeans, uma camisa polo preta, passei um perfume. Caio e Lucas também estavam prontos. Caio estava com uma bermuda estampada e uma camiseta azul. Lucas estava com uma bermuda branca e uma camiseta colada, realçando seu corpo másculo. Então, fomos.
Eram 23:30 na hora que chegamos ao local da festa. Estavam todos lá! Tava perfeitão! Música boa, bebida, gatos para olhar, gatas para pegar. Eu me contentei com as mulheres, peguei várias. Estava perfeito, até que eu sinto um cheiro familiar. Um perfume. Então eu escuto uma voz. Era ele.
- Erick... Desculpa cara... hoje no bar eu fui um babaca com você... - Ele falou em um tom tão arrependido, que meu coração amoleceu. Minha vontade era voar em cima dele e abraça-lo para nunca mais soltar. Mas eu não podia, tinha uma "reputação" a manter.
- Sério!? Nem percebi... - Meu tom foi o mais ironico e sarcastico possivel. Após minhas palavras ele deu um suspiro fundo.
- Cara, por favor, me desculpa. Eu tava com o sangue fervendo. Você não tem noção do que eu estava passando. - Seu tom continuava arrependido, até sexy, como ele todo.
- É.. não mesmo.. Acho que você me deu um banho de whisky antes de me contar. - Fui seco e aspero em minha resposta.
- E agora eu quero contar. Podemos ir para um lugar mais calmo? - Ele pediu de um jeito que a negativa era impossivel. Mas eu teria que dar o troco. Joguei todo o meu copo de vodka em sua cara. Ele deu um risinho e falou em um tom mais alegre:
- Podemos?
- Claro. - Saimos em direção a uma das quadras. Nela haviam apenas casais se pegando. Parecia até que eramos um casal de gays que iriam se pegar. Bem que podia. Nos sentamos em um ponto da arquibancada. Então ele começou:
- Primeiro: whisky é melhor que vodka. Segundo: Antes de eu vim para esse hotel, eu tinha uma namorada. Eu gostava muito dela, queria que ela tivesse vindo junto, mas os pais dela não deixaram. Mas eu vim assim mesmo. Só que hoje, após nosso jogo de polo, eu fui até os computadores, entrei no meu e-mail e vi um e-mail estanho. Abri esse e-mail. Era um vídeo da minha namorada fazendo sexo com outro. Outro não, outros! Tinham três com ela! Tudo explicito, tudo gravado! Estourei! Liguei pra ela, o "menos pior" xingamento que eu falei foi puta arrombada. Ela disse que havia sido estrupada. Não foi! De jeito nenhum! Então eu fui beber então você chegou, todo animado. Fiquei puto! Você estava tão feliz, e eu tão bravo que estressei com você! Me desculpa cara... - Ele começou calmo, estressou no meio e terminou arrependido.
- Cara, não sei nem o que eu te falo. Mas foi tenso. O que que seus amigos te falaram?
- Ex-amigos! Depois que eu sai do bar, fui até nosso chalé. Contei pra eles. Eles demonstraram surpresa no começo. Então eu sai, mas eu havia esquecido algo e voltei. Na hora que eu entrei eu consegui um "Aleluia o corno descobriu" e todo mundo rindo. Conclusão: Nem meus amigos são amigos. Foi ai que eu percebi que você poderia ser meu amigo. Tentei te encontrar, mas não achei.
- Mas se você está com eles, aonde você tá dormindo? - Perguntei encabulado.
- Se meus planos derem certo, cada dia na casa de uma vadia dessas. Modéstia a parte, eu não sou feio. Em 5 minutos eu consigo alguém pra comer. Ou três - Rimos bastante disso que ele havia dito. Começamos a conversar. Contei como era minha cidade, ele falou como era a dele. Contamos histórias engraçadas, rimos muito. Nem vimos o tempo passar. Até que o dia começou a clarear.
- Cara, hoje você não achou uma vadia pra dormir junto. Vamos pro meu chalé? Ai a gente pode fazer um sexo animal... - Perguntei, sério, mas brincando.
- Você tem camisinha extra gg? Nesse caso vou precisar... - Rimos e saimos para o meu chalé. Como eu imaginei, nem Lucas nem Caio estavam lá.
Nosso chalé tinha três camas de casal. Pagamos um absurdo para tal regalia.
- Você pode durmir na minha cama. Comigo. Mas não se preocupe, você não faz meu tipo. - Rimos, nos aprontamos e fomos durmir. Eu coloquei um short de pijama e fiquei sem camisa. Cadu ficou só de cueca. Provocante. Uma boxer verde limão. Aquele monstro fazia volume na cueca. Deitamos. Eu comecei a fingir que estava dormindo, mas continuei acordado só para sentir o cheiro do Cadu respirando ao meu lado. Após alguns minutos Cadu começou a fazer um leve carinho no meu cabelo. Continuei "dormindo". Após um tempo ele parou e eu pude finalmente dormir em paz.
==================================== FIM DO 1 DIA!!!